terça-feira, 23 de março de 2010

O Cosmos II

Some times neither the stars know what they do...

Anda lentamente para um lugar no qual não se sabe se existe ou se faz parte da imaginação da humanidade que cresceu em cima de crenças e mais crenças. Os fundamentos do que acreditar ou não se perdem na mente se começarmos a pensar de mais e as coisas vão ficando cada vez mais complexas que é melhor nem imaginar para que a cabeça não entre em parafuso. Mas ainda assim, aquele evento moveu os pilares da sorte e fez com que algo mudasse ali naquela noite, pois não havia mais sonhos quando ele dormia e as vezes não conseguia ouvir o que as pessoas falavam, o som simplesmente sumia e logo depois reaparecia... Os dias se passavam longos e exaustantes, como se o verão tivesse chegado novamente, mesmo que ele tenha terminado à pouco, pois o vento quente e desgastante soprava dia após dia como se até mesmo ele estivesse entediado. E em contraponto as noites passavam cada vez mais rápido, mesmo que não conseguisse se lembrar de nada depois que seus olhos se fechavam, quando ele abria a janela pela manhã conseguia sentir entrando pelo seu nariz e fazendo com que os pulmões inflassem um cheiro conhecido que ele não iria esquecer nunca, o cheiro do ar cosmico que sentiu naquele devaneio daquela noite. Será que aquilo tudo tivera sido real? Essa era a pergunta que constantemente martelava em sua cabeça que ficava pesada só de pensar nesse assunto, e o pior é que não tinha coragem de contar para alguém já que ninguém jamais iria acreditar que uma fenda do universo abriu-se em sua frente, no meio de seu quarto...
Sua memória já não era como antigamente que conseguia lembrar-se de tudo e todos, hoje ele já possuia certa dificuldade de lembrar de certas coisas que aconteceram ou que fez. Parecia um velho com um corpo jovem. Sentia-se mais cansado do que meses atrás e nem tivera aumentado suas atividades diárias, para ele tudo isso era consequencia daquela noite... Algo lhe dizia isso, e essa mesma coisa fazia com que ele quisesse voltar à ver aquela fenda do espaço mais uma vez, porque ali estaria as respostas, ou melhor, a cura para o que lhe aflingia todos os dias depois daquele encontro.
Uma certa noite em que estava solitário em seu quarto apenas ouvindo as músicas aleatórias de seu computador, teve por instinto querer ver a lua e abriu a janela em um subto movimento. Lá estavam a lua e suas estrelas, lindas e brilhantes como diamentes brutos no teto de uma caverna virgem. Pode sentir no rosto o sereno que caia do céu em uma noite limpa e praticamente sem nuvens, aquilo praticamente o hipnotizou e fez com que entrasse em um estado de quase meditação. Sentia-se tão puro respirando o ar que entrava por sua janela que por um momento pensou que iria voar para longe junto com o vento, mas então seus pés se firmaram no chão quando a música repentinamente parou. E com um calafrio ele virou para dentro de seu quarto, e viu, sim ele viu! Mais uma vez ele viu!! Estava ali em sua frente mais uma vez, bem onde a luz da lua penetrava em seu quarto. Não tinha como negar que era real, não podia dizer que não e também não havia como ele estar dormindo! A fenda que aquele dia tivera se aberto estava ali novamente, e seu coração batia forte e rápido como se estivesse prestes a pular do peito de tão afoito que se encontrava. Mas quando pensou em movimentar-se, um braço saiu da fenda, como assim já tivera acontecido, e antes que conseguisse-o tocar a luz da lua iluminou o peito dele fazendo-o sentir um intenso calor como se a lua o estivesse abraçando. Com isso não conseguiu não se entregar a leveza que aquela luz lhe proporcionava e deixou-se levar. Aos poucos seu corpo tomava a cor do universo e ele ia perdendo a noção do real e do sonho, pois a mente já estava em exastasse total que não tinha mais noção de absolutamente nada. Foi ai que aquela mão tocou na sua, e com um movimento forte o levou para dentro do cosmos que ali estava, sem reação seu corpo apenas aceitou o movimento e entrou para o que ele achava ser o universo em si. Então uma nuvem branca se pos na frente da lua e cegou o seu olhar que caia para dentro do quarto daquele jovem, com isso a fenda espacial simplesmente se reduziu e sumiu no espaço-tempo, bem ali dentro de seu quarto...
Para onde ele foi não sei, mas posso dizer que algum dia ele irá voltar lá de onde está...


[CONTINUA...]

segunda-feira, 22 de março de 2010

O Cosmos I

Todas aquelas que caracterizam os momentos únicos que sempre e para sempre iremos e queremos voltar. Todas essas lembranças são guardadas em algum lugar além do tempo, e para lá que nós todos um dia deveríamos voltar para que finalmente possamos encontrar o "nós" que sempre procuramos...

Ilusões Cósmicas


De um sonho virtuoso tive que acordar, afinal não tinha mais nenhuma alternativa e já não existia lugar que eu não conhecesse naquele mundo, estava no tempo de acordar para encontrar algo diferente. Sem hesitar abri os olhos, mas o que vi não me foi confortante e senti como se uma estaca gelada atravessasse meu peito rapidamente e sem piedade. Não tive reação nem escolha, apenas ficara ali pasmo com o que estava à minhas frente, uma fenda no espaço que dividia o sonho do real, algo surreal! Não sabia como aquilo podia ter acontecido, mas estava em minha frente assim como tudo de meu quarto; estava tão perto de mim que podia sentir o cheiro cosmico entrando minhas narinas e fazendo com que os pulmões se enchessem com esse ar que dali saia. Algo inacreditavelmente belo, com todas aquelas luzes e cores que se apresentavam em um fundo azul escuro, o que me parecia ser o universo em si ali dentro de meu quarto. Como pudera eu ter acordado, era mentira afinal eu estava muito cansado na noite anterior e realmente não podia estar acordado agora... Até porque no relógio marcavam quarto horas da madrugada e eu sentia minha mente fervendo em emoção que saia pelos olhos e fazia com que o corpo todo ficasse quente e se contrai-se, como se estivesse a espera de algo que iria vir dali a pouco. Uma sensação única de desespero e ansiosidade, um misto de tudo o que um dia esteve na caixa de Pandora, e mais um pouco agora estava ali dentro de meu peito e circulava pelo corpo todo como um grito unis sonoro. Aquela linda fenda de realidade abria para mim um universo que jamais poderia viver se não estivesse tomado pelos desejos do inconsciente, e foi ai então que uma mão se estendeu para mim... A principio fiquei assustado ao ver aquele braço sendo estendido em minha direção e recuei por um instante, mas no seguinte que se sucedeu não tive medo, pois algo me disse que aquele braço banhado de universo não me faria mal, e sim revelaria para mim algo que jamais eu iria esquecer... E foi assim que pelo o que me lembro consegui chegar até aquele lugar além do aqui e agora. Cheguei finalmente lá onde sempre quis pisar, só que nunca tivera a completa consciencia de que esse lugar realmente existia, entretanto parecia estar para sempre destinado e reservado à mim... Ah, esse lugar sagrado que é a terra em que todos os puros de alma deviam estar, aqui em .... é o meu lugar!

domingo, 21 de março de 2010

Streets of Nowhere

Sem fim, e sem nenhuma certeza, apenas com a consciência que terá de caminhar muito ainda para chegar à algum lugar. Nessa filosofia o caminho se estende até o vão e o infinito se faz real, mesmo que seja tão difícil de se enxergar. Mas algo diz que todo o sofrimento da jornada será recompensado no final, e quando o final chegar as flores de lótus irão se abrir para a nova vida que ali se põe para transpor a que se vai. Lindo e triste, pois a felicidade chegou tarde demais para um lar que já não possui mais esperança, e se esvaiu há tempos atrás. Hoje faz anos desde que me lembro de ter começado a trilhar essa estrada, estava sozinho como agora, entretanto nunca pensei que não iria conseguir continuar meu caminho. Pois acreditava em algo maior que me guiava e que não deixaria com que eu me perdesse de minha rota, mas eu estava errado afinal. O que se mostrou à mim foi uma grande incógnita que jamais consegui resolver e que de período em período mudava e se transformava em algo totalmente novo no qual eu nunca tivera visto antes, sempre novo sempre diferente do anterior. Como só havia a mim naquele lugar, tive a impressão que seria eu o responsável por decifrar tal mistério e quem sabe até obter alguma resposta para as perguntas que nasciam em minha mente. Fui ingênuo e paguei o preço, porque esqueci-me do caminho que seguia e me perdi em meio a imensidão do local pelo qual passava, e agora não tinha mais como voltar. Simplesmente me perdi naquilo tudo que estava a minha volta e o que via começou a girar em alta velocidade e sem perceber apaguei e cai. Quando me dei por mim havia uma fogueira e algo me protegia do calor da noite, era um corpo, um corpo lindo que brilhava à luz do luar, uma pele macia e quente que me protegia de todo o mundo que estava ali fora. Me senti como se estivesse no centro do universo e que aquela ali junto à mim era a mãe de tudo que existia, era a grande força na qual eu acreditava, e então sentindo-me seguro adormeci novamente.
Quando acordei com o sol do novo dia, já não havia mais vestigios do que acontecera noite passada, então pensei "por quanto tempo será que fiquei de olhos fechados?" . Pois para mim parecia que apenas algumas horas tinham passado, mas o tempo me foi cruel e fez com que eu dormisse em sono profundo por dois longos anos, assim a alma se desprendeu e o corpo agiu por si próprio. Tive então que continuar minha caminhada incerta, apenas com as lembranças do passado e na esperança de recontrar alguém que possa me dar pelo menos um pouco do que senti naquela noite com aquela que jamais terei novamente. Hoje então sigo por essas ruas desertas em um lugar no qual não mais reconheço, mas ainda sei que isso aqui é a estrada na qual eu comecei a trilhar há tempos atrás, vamos assim rumando o futuro pelas estradas de ninguém....

sexta-feira, 19 de março de 2010

Reflexo do Sonho

Todas as fichas foram apostadas e o jogo terminou, você perdeu. A vontade de chorar por não saber mais o que fazer, uma vez que o mundo desaparece diante de seus pés. Não tenho mais para onde correr, mas mesmo assim queria achar um meio de escapar de tudo isso. O coração se remexe dentro do peito e se contrai para que a dor passe, e em vão as lágrimas caem dos olhos secos. A mentira se põe como amiga e lhe oferece o ombro para que você não sofra mais e possa se esconder por de trás das sombras das mascaras. Mesmo que viva o que apareça pela frente, o meu mundo irá sempre girar em direção à você e ainda assim sei que nunca mais chegarei àquele lugar. Então não sei mais o que fazer, pois me perco a cada direção e na encruzilhada da vida não sei mais para onde correr. Me perco em mim mesmo antes de mover os pés, decido sem decidir e penso "Seja o que o destino quiser", mas nem assim eu dou o primeiro passo para as coisas, e na hesitação do dia-a-dia e paro e volto atrás para que não perca nada, entretanto acabo perdendo muito mais do que se quebrasse a cara. Ainda que sem um lugar para voltar, eu sinto como se uma corrente me prendesse e não deixasse fazer com que o futuro aconteça hoje, pois essa noite parece não ter fim. Está sempre tudo tão escuro e só que as luzes artificiais dos humanos não mais conseguem iluminar aqui dentro do meu peito, onde eu sinto a solidão do mundo todo e o vento gélido me acaricia o rosto calmamente.
Agora não há mais volta, as portas atrás de mim já se fecharam para nunca mais abrir e devo enfrentar o mundo que está por vir, afinal essa era a liberdade que eu tinha, mas vejo que eu próprio me restrinjo ao bel prazer da vida e assim continuo sendo o mesmo que sempre fui. Ou vai ver que as coisas não são como meus olhos enxergam e as esperanças de um sonho bom nunca antes tivera existido e algum dia eu acorde desse sonho louco que se chama vida...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Living Just for Live

Ando tão cansado que parece que minha estrada não vai é para lugar nenhum. Os dias passam, as horas passam, as pessoas passam, e tudo continua na mesma coisa, até a paisagem ao redor é a mesma todos os dias. Tenho até medo que esteja sendo dominado pela rotina que persegue à todos nós, mas quero ser diferente e viver de loucuras, fazendo com que cada dia seja distinto e único, para que eu possa me lembrar deles pelas aventuras que tive e não pela monotonia que se passou nas tardes de verão. O vai e vem da vida não me atinge e simplesmente permaneço parado em meu mundo, sem qualquer interação que me faça ganhar sentido. Em outras palavras meu mundo precisa ter uma razão para girar novamente, um sonho, uma meta, mas preciso de algo que não se sustente só em mim, necessito compartilhar. Dividir com quem quiser receber as coisas que tenho aqui no peito, mas já aviso que nem todas elas são boas e aceito receber o que tiveres ai também, afinal só assim poderemos compartilhar e viver o mesmo sonho bom.
Um motivo é tudo que peço, para que as coisas comecem a girar novamente. A roda gigante parou e eu estou sozinho lá no topo. O resto todo é trivial, o que me importa é poder viver sem saber o que virá à acontecer no amanhã e esperar ansioso pelo imprevisto que se apresenta à mim...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Palavras Simples e Melódicas

Eco do Pensamento

Minha mente voa simples pelo céu cheio de nuvens brancas, absolutamente sem preocupação nenhuma e o que foi feito para ser bom, acaba por ser maravilhoso. O orgulho se eleva dentro do peito ao pensar que a bondade se transpõe pelas pontas dos dedos e chega até àqueles
mais distantes amigos. E não há porque negar ajuda a alguém que você conhece e confia, mesmo que o tempo tenha sido posto em cima de seus laços assim como um tapete é posto sobre o chão de madeira, isso não quer dizer que o chão desapareceu ou perdeu sua cor, você apenas não pode ver-lo mais. Assim são as amizades lançadas no tempo. Entretanto isso já me foi assunto para muitos e muitos textos, e hoje queria apenas discertar sobre o simples da vida, sobre a beleza que os atos simples e puros escondem e a bondade que poderíamos produzir se isso se espalhace. Não sei, mas há vezes que acho o mundo cruel demais para que qualquer coisa assim seja acolhida pela grande massa, e tem vezes que o mundo me parece demasiado bom para que as coisas precisem de ajuda. Deve ser assim que deve ser, eu não sei...
Hoje sou mais simples, com menos raiva, com menos impulso, com menos odio, com menos... Enfim, com menos coisas ruins dentro de meu peito e para fazer o contraponto, hoje eu penso mais, reflito sobre as coisas mais do que antes e tento ver além do que se apresenta diante de meus olhos. A bondade pode ser suprimidade e até vista com maus olhos por aqueles que desconfiam até da própria sombra, entretanto só quero ver aqueles que gosto bem. E nossa... Gosto de tanta gente, que não sei nem por onde começar. Não me culpe por ser assim, não me julgue por querer ser assim sempre, não me puna por ter amado meus amigos, não me machuque por proteger os que me são importantes, mas me mate caso eu falhe com o que minha alma acredita por ser o certo...

domingo, 14 de março de 2010

Fragmentos da Vontade

Dia a dia tentamos encontrar um lugar onde possamos simplesmente ser nós mesmos e falar para que todo o resto possa ouvir. Procuramos conhecer aqueles que estão ao nosso lado para termos certeza de que ali é realmente nosso lar e que neles podemos confiar, abrir o peito e não ter medo do que possa vir. Particularmente busco algo que não sei o que é, um alguém, um momento, um lugar, uma coisa, eu não sei! Procuro sem saber diante da vida que se apresenta e me impressiona com a complexidade que as coisas se ligam, e como se ligam tão inesperadamente e de forma tão clara. Por vezes até creio que o mundo tenha vida própria e tudo gira, conspirando para que haja sempre um motivo ou razão pelo qual faz com que nós vivamos o que se espera de nós. Queremos sempre ser os melhores e os mais mais de tudo, por vezes até mais importantes e únicos na vida dos outros, mas porque nunca pensamos em simplesmente ser nós mesmos? Só ser. Serei eu enquanto durar a vontade que reside em meu peito, vontade de viver, de realizar a vida que existe ao redor, manipular ela como se fosse água e beber de sua vertente. Não precisamos querer ser algo que não somos, ou buscar ser os melhores e sim apenas ser aquilo que você é. Claro, cresça sempre, mas não tente se transformar, não tente sair da linha pela qual sua alma anda, porque pode cair ou se perder nesse mar de brumas.
Apenas dê as mãos para aqueles que estão ao seu lado e curta o momento, a vida que se apresenta sem pensar no amanhã ou no pensamento dos aleátorios! Mas aceite conversar, aceite os conselhos, pense e reflita. Tudo que lhe acontece não é em vão, mesmo que a vida não seja um filme, tudo se conecta no final, pois como disse anteriormente a corrente de vento que corre pelo mundo une tudo e faz com que as coisas aconteçam ao bel prazer do destino. Por isso tudo, simplesmente seja simples, fale a verdade e busque o que você não tem idéia do que é, pois assim nunca irá se decepcionar quando algo encontrar, e faça com que suas palavras sejam ouvidas por aqueles que as precisam escutar, afinal, a verdade é para todos não somente para aqueles que a viram...

sexta-feira, 12 de março de 2010

A Mensageira dos Ventos

Por mais que o tempo passe e as coisas mudem, ainda assim minhas memórias de vida estarão intactas no tempo, assim como o céu está para as estrelas. Mas aquela era já passou e hoje seus fragmentos vivem em mim e me fazem sentir como se com eles pudesse reviver os longos minutos que passamos juntos. Algo que ninguém irá entender, ou aceitar, uma coisa que vai além de nossas próprias mentes e se entrelaça com a alma, uma ligação especial e verdadeira que pode superar o tempo e os desencontros que a vida nos propõe. Você veio à mim assim como conheci você, tão inesperadamente e sem motivo aparente, mas fazendo com que algo dentro de mim se modificasse a medida em que conversávamos. Era como se um universo todo tivesse começado a se mover dentro de mim, sabia que grandes coisas iriam acontecer a partir dali, algo que mudaria o jeito que eu e você víamos o mundo. Sabia de tudo isso, mas não conseguia acreditar que seria de tamanha importância alguém que tivera chego a mim de uma maneira que hoje não me lembro, entretanto recordo-me que foi estranho e diferente, assim como nos filmes. Só que nosso final feliz não teria nada de clichê, afinal não terminariamos como um casal romantico e como algo mais forte e duradouro do que o próprio amor. Seriamos eternos amigos.
Foi sempre só você, que me entendeu do inicio ao fim. Em você que pude confiar cegamente, e dai então abri meu peito e deixei que você lesse as coisas que ninguém jamais leu. Me expus como não queria me expor a ninguém, tinha medo que uma vez que alguém estivesse lendo as páginas de minha alma, eu pudesse me machucar. Mas com você foi diferente, pois quando olhei em seus olhos, senti que em você poderia acreditar. Não tive medo nenhum de saber que você poderia me destruir de se quisesse já que saberia e conheceria tudo sobre mim. Dai tive vergonha, pois sabia que aquela pessoa ali conhecia-me por completo, e o pior me entendia... Loucura total. Então me surpreendi, quando você chegou a mim e sem receio abriu seu peito para que eu lesse também, uma reciprocidade intensa e cheia de boas intenções. Dali pra frente, aprendemos um com o outro, nossas desilusões, dores, amores, ódio e tudo mais que tivemos direito de viver. Nosso laço era mais forte que qualquer coisa e o tempo passou fazendo com que acreditássemos nisso.
Eu vivia em você e você mim, em um sincronismo de palavras escrita para os ares que chegava a ser esplêndido. Não havia segredos entre nós, nem mesmo restrições, falávamos o que queríamos e eu fazia as mancadas na vida, e você sempre sabia como me por cima. Por anos foi a única na face da terra que podia entender totalmente minhas palavras, queria sempre poder ter você como tive uma vez, mas o tempo passa e nossas vidas seguem caminhos distintos, e assim as coisas mudam e se transformam. O que era ontem, hoje já não é mais e amanhã estará outra coisa em seu lugar. Ainda assim levei para a alma nossa relação e a linda amizade que se espelha das estrelas dita que em ti devo confiar não importanto o tempo que passe, pois pra sempre terei a certeza que é sempre só você que me entende do inicio ao fim e tem a cura pro vicio de insistir nessa saudade que eu tenho de tudo que ainda não vi...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Um Pouco do que li na Verdade

O Universo Dentro de Nós

Lindo como o mar de que rodeia, e puro como as estrelas mais distantes do cosmos, tão brilhante quando um diamante e tão raro como o amor, é a verdadeira face de nossa alma ir se mostrar à todos. Aquilo que guardamos às sete chaves e que ninguém jamais irá poder ver, uma hora ou outra sente a imensa vontade de respirar o ar puro, sentir a liberdade do mundo e escapar desse corpo de carne que a trancafia tão severamente. Mesmo possuindo o espaço que tem para se locomover e viver em paz dentro de nosso peito, as almas ainda assim tentem a se agitar e querer se livrar do tédio que as toma com o passar dos anos, mas o problema é que se revelada para o mundo todos irão saber da verdadeira face aquele homem ou daquela mulher, todos os defeitos e qualidade, os desejos mais secretos, os sonhos, medos, e sentimentos. Um verdadeiro desastre para quem deixasse que seu verdadeiro rosto aparecesse para o mundo que espera uma oportunidade de pegar-lo desprevenido. Não que o mundo em si seja mal, ou queria a infelicidade das pessoas, o que ocorre é que a maioria dos desastres são ocasionados do famoso "sem querer" com a inocência de uma brincadeira que não sabia limites e que quem a fez nem pensou em suas conseqüências. Não culpo os fazedores de tais coisas, afinal quem pensa nas conseqüências de algo quando age por instinto? Enfim, a verdade é que as almas de todos nós gostariam de poder se mostrar e se conhecer, acabar com as máscaras que vivem no rosto de cada um que vive, mas se fizermos isso ficaremos expostos àqueles que não deixam cair suas máscaras tão facilmente...

[CONTINUA]

domingo, 7 de março de 2010

A Letter For You

Veja Bem

Vou tentar ser o menos infantil que eu conseguir, pode ser (e vai ser) difícil, mas acho que consigo.
Não tenho porque tentar explicar o que aconteceu, já que você está tão decidida assim, mas ainda assim acho que agora posso falar as coisas que nunca pude... Até porque estamos longe demais para mim sentir alguma vergonha ou até mesmo o medo que sinto ao me expor.
Enfim, sentir e viver as coisas é uma experiência que sempre me agradou e sempre preferi sentir do que apenas viver. E isso foi o que aconteceu com você, senti e vivi coisas que jamais sairão da mente, afinal, foram lembranças de um tempo muito bom. Claro, faria algumas coisas diferentes, entretanto não podemos voltar e o mundo não vai girar ao contrário porque queremos. Toda a felicidade que um dia já experimentei vieram de suas mãos, vieram de você. Não importa o que o tempo diga, isso é o que a voz aqui de dentro do peito diz, por isso pouco me importa as interpretações dos acontecimentos aleatórios da vida, pois pra mim foi inesquecível e dificilmente sentirei felicidade maior mais uma vez.
Abri a mente e vi que tivera encontrado alguém que poderia sim partilhar alguns longos anos de minha vida, mesmo com brigas constantes e altos e baixos, no fim, tudo acabava bem. Erros daqui e dali, nada muito incomum numa relação. Mas o que realmente fazia com que o brilho e a ânsia que tinha nos olhos por querer ter você sempre junto à mim fosse se recontorcendo lentamente e fazendo doer no fundo do peito, eram as idas e vindas da vida e principalmente do avião. Pois a cada vez que via o avião decolar, com ele iam minhas esperanças de um futuro esplêndido. Me perdi em mim mesmo, admito, fiquei confuso com o que fazer como um cego em tiroteio e as palavras de esperança que buscava me eram sempre atiradas com um pingo de "cai na real" e ao longo do tempo todos esses pingos formaram um córrego que fazia força para que a cruel realidade fosse vista e que acordasse de meu mais belo e prazeroso sonho. Enquanto isso fora de mim a cabeça rodava todos os dias pensando e pensando no que fazer, e via-me tão perturbado por ter finalmente achado quem eu queria e aos poucos estar perdendo essa pessoa. E o pior, eu a perdia para o tempo e a distância e mais ainda, pois quando vi eu mesmo ajudava nessa perda.
Não me apego ao futuro, ao que virá amanhã, apenas vejo o como foi lindo e incrível o que contigo vivi. Sei que nunca me expressei, somente aquela vez deitado em seu colo as palavras voaram de minha boca ainda que com medo do mundo, como essas que aqui descrevo. O que realmente quero dizer não sei, sinto-me perfeito e único estando ao seu lado, o problema é estar ao seu lado, pois a cada manhã que acordo, sei que você não estará presente ali. Mas quando posso ter essa certeza é como se tudo ao redor se fosse e ficasse somente eu e você. Sim foi difícil assimilar essa idéia de "somente nós" no inicio e abdicar praticamente a tudo e todos, mas com os dias que se passaram com você ao meu lado, tudo me fez ver que talvez essa idéia realmente tivesse algum sentido e deveria realmente crer nisso. Mas o que se passou depois não foi somente a sua volta pra casa, pois voltava também o desespero daquela guerra que travava contra os longos quilômetros da estrada que nos liga. A mente se perturbava tanto que apenas queria esquecer esse problema e poder viver feliz, mas isso atrapalhava os pensamentos e se refletia no dia-a-dia. Até que chegou uma hora que não soube mais o que fazer, tanto para com nossa situação como para parar de pensar nisso, me sentia impotente e queria acabar com esse sentimento de inutilidade que me devastava. E mesmo com todas as idas e vindas que faziam com que a esperança se esvairá-se, algo aqui dentro do peito ainda fazia-se sentir quente e acolhedor, trava-se do que sento por ti, mas até mesmo isso, precisa de você para continuar sobrevivendo. Deveria haver uma troca, um contato continuo para tudo sempre estivesse bem, porque quando estávamos juntos podia fazer qualquer coisa, sentia-me seguro e com poder para tudo, já que aquela pessoa que me é especial estava ao meu lado e retribuía o mesmo sentimento que eu possuía por ela.
Foram realmente os melhores e mais dolorosos anos que já passei, felizes e tristes quase formaram um equilibro perfeito, mas uma voz de minha mente dizia "de um jeito de achar uma maneira com que tudo fique bem, pois não quero mais sentir essa aflição de uma indefinição!". Indefinição essa que não conseguimos resolver até hoje. O que sei, é que as palavras que mais quero dizer, parecem-me que não dizem nada de tão comuns e clichês que são hoje em dia, mas que ainda assim não consegui encontrar melhor jeito de expressar o que se passa aqui dentro. Enfim, te amo e nada muda isso, nem tempo, nem distancia, o que passamos juntos levarei para sempre, pode não querer acreditar, mas em minha mente fostes a coisa mais maravilhosa que me aconteceu. E que gostaria que pudéssemos continuar assim, mas escolhas são escolhas e elas que nos ditaram o caminho a percorrer embora o final seja sempre o mesmo.

sábado, 6 de março de 2010

O que o tempo ainda não disse

Encontro com a Verdade

Os olhos não se abrem, mas você acorda de novo como se tivesse nascido agora e a claridade do mundo machucasse profundamente seus olhos ingênuos. E diante de você agora está a verdade em forma física que se mostra real e material, não há mais como fugir, correr ou ir para algum lugar no meio das cavernas da mentira. Ainda tonto como se o mundo todo rodasse ao seu redor e o som das almas ecoasse em seus ouvidos, seus olhos mal e mal conseguem enxergar algo além do cenário embaçado que se apresenta nesse lugar estranho. Não sabe o que é real e o que você mesmo inventa por causa das alucinações da mente pobre de consciência, tudo é tão estranho nesse mundo que parece ser o mesmo que já conhecia, mas que antes era tão belo e misterioso hoje parece simples e tedioso, como se uma grande memória tivesse acordado no interior do ser. Como se fosse um outro alguém, um alguém que já viveu eras e eras e sabe de tudo um pouco sobre o mundo que existe, talvez até por isso que é tão tedioso estar ali agora. Depois de tanto viver, de tanto ver e ouvir, e até saber, mais uma vez teria de voltar para o mundo que o rejeitou e fez com que suas lembranças fossem todas deixadas para trás.
Seus olhos começam a se acostumar com a luminosidade que ali impera, e aos poucos vê o rosto da verdade que se pôs em sua frente há alguns minutos atrás. Mas mesmo podendo enxerga-lá as palavras que saem do que talvez seja sua boca não lhe dizem nada, como se elas não tivessem nem sido proferidas. Estranho. Entretanto de alguma maneira ele sabe que a criatura em sua frente é real e não existe um ser como esse, algo que não se revelaria para qualquer um. Então ao tentar o contato com a verdade, para que quem sabe talvez possa obter as respostas que sempre quis mesmo tento vivido tanto tempo dentre os humanos, percebeu que mesmo que tentasse falar suas palavras são conseguiam sair de sua boca, e de repente a verdade levantou seu braço como se quisesse que ele não se esforçasse mais, pois seria tudo em vão. Então inesperadamente sua visão embasou novamente e uma imagem apareceu em sua frente, e a principio não teve ideia de quem era aquela pessoa que a verdade lhe apresentara. E em um súbito movimento do ser da verdade como se fosse um aceno, viu-se o mundo escurecer ao seu redor, como se o seu eu que tivera acordado voltasse a dormir, e vendo a verdade lhe dar adeus, ele simplesmente apagou, voltando para o mundo de onde viera. Se foi um sonho, um delírio, um pensamento, ou qualquer coisa assim, isso ele não pode dizer quando deu por si em seu mundo e apenas uma lembrança do que vivera a minutos atrás restava-lhe na memória, mas uma imagem lhe era clara em sua mente, aquele rosto que a própria verdade tivera o revelado, e nos poucos que lembrava daquela experiencia estranha ele começou a lembrar das palavras que o ser lhe dissera, mesmo que tivessem sido poucas e a lembrança fosse somente do som da voz e não das palavras em si, uma delas soava claro o suficiente para se lembrar. Essa palavra era: Alkazam.