Alvorecer de Minha Casa
A mesma escuridão que ensinou, hoje maltrata. Faz com que sinta só e somente só, mesmo que esse mundo esteja povoado de diferentes e incríveis pessoas, aquele alguém ainda me falta. O alguém que acalentará a dor da alma, que irá entender o que se passa por trás de minhas cortinas, o alguém que vou correr pra abraçar. Esse alguém, ainda não achei. Então sinto-me só. Mesmo que o sol brilhe amanhã e me faça sorrir ao perceber que não dormi a noite inteira, o peito se aperta e me vejo novamente sorrindo sozinho. Olhando para o céu da alvorada quando o sol ainda não se elevou e seus raios começam a iluminar tudo ao redor, não há ninguém ao meu lado apenas uma lembrança perdida que sinto não ser minha, embora seja tão familiar. Os momentos que se seguiram até aqui foram levados a uma eternidade, onde eu sempre estava sorrindo e feliz, mesmo que no rosto isso não transparecesse, esse era o sentimento que pulsava intensamente dentro do peito como uma bomba-relógio.
De tudo que sempre considerei mais sagrado, sempre mantive no pedestal as memórias que jamais quis esquecer, tudo fotografado e catalogado pela mente. Pois sem elas com certeza cairia na singularidade que existe no fundo de minha alma, algo tão intenso e veloz que seria incapaz de sair dali. Já estive em suas bordas prestes à cair, prestes a me alçar naquele mar negro que clamava por minha presença e de alguma maneira sentia que se mergulhasse lá iria entender as razões disso tudo, matando para sempre essa insegurança de ficar imerso na escuridão da noite. Teriam braços quentes e delicados envoltos ao meu corpo gelado que cairia quase que imovel, sentiria o calor do amor fluindo do teu corpo ao meu em sincronia cosmica, algo que por éras já acontecia. Os anos me separaram disso tudo, dessas imagens amargas que vejo ao olhar para o poço escuro nas bordas da singularidade. Imagens que mostram as memórias que não são minhas, embora sinta que aquele seja eu, que aqueles olhos seja os meus... Isso tudo confude e abtrai meus pensamentos para o além do aqui e agora. Quero o que é meu por direito, quero poder voltar para o lugar no qual por éras chamei de casa, e ver a pessoa na qual jurei sempre amar. Perdi tudo isso nas areias do tempo e tudo virou pó neste deserto de estrelas. Ainda que não fosse ela mesma, e sim somente um reflexo do seu eu completo, não me importo eu queria voltar a encontrá-la em algum lugar que não meus sonhos. E se não ela, alguém que faça o mesmo, alguma alma que seja tão pura à esse ponto, que possa compreender tudo que existe entre o céu e a terra e ainda ver além dessa simplicidade de mundo. Ah... Escuridão me envolve quando sei que vou perder sem nem ter ganhado, a esperança voltará a brilhar fraca ainda que o sol esteja no alto e minha alma irá se acalmar mais um vez, voltando assim para o que antes era. Voltarei a viver no cotidiano de simplesmente viver sendo consumido pouco à pouco pela própria loucura da noite, onde os espirítos voam livremente e as estrelas dançam nos céus. Preciso voltar para casa e encontrar a deusa que lá deixei à me esperar, assim voltarei a ser aquele que sempre fui e tudo ficará claro como o amanhacer de ontem, quando sorri ao olhar para o céu e saber que não estava sozinho.
Os pensamentos que a mente já não mais suporta ter são passados adiante para que alguém mais possa ver que a loucura não pertence há uma só pessoa...
domingo, 28 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Registre!
Foto-lembranças
Cada momento, uma foto. A vida é estagnada em um momento, quando o dedo clica o botão e o flash sai para que a foto seja batida. Assim nasce uma lembrança, nasce uma ancora para que anos depois se possa voltar para aquele momento e revivê-lo em sua mente. Na hora não percebemos, apenas para-se para tirar uma foto e pronto, mas quando olhamos para ela anos depois, daí sim que nota-se o quão especial era aquela foto, aquelas pessoas e tanto tempo já passou desde então. Os olhos mostram a mente indo fundo e relembrando das coisas que aconteceram, o olhar profundo expressa saudade de maneira inconfundível. Dessas lembranças de papel antigamente faziam-se álbuns para que justamente possuíssemos algo que conseguisse fazer-nos lembrar de todos os bons momentos de nossas vidas, de nossas alegrias. Não é atoa que aniversários, casamentos, formaturas, nascimentos e etc, são todos registrados em videos e fotos para não esquecermos. Pois com o tempo a memória vai se embaçando e tudo fica mais nebuloso como se uma neblina pairasse em nossa mente, e isso chama-se idade. Relembrar é viver, já dizia alguém em algum lugar, então quem sou eu para contradizer? Apenas deixo sonhar, deixo com que vivam e quero que vivam o máximo que conseguirem. Afinal não interessa se ruim ou bom, triste ou feliz, momentos são momentos e sempre nos lembraremos deles, não é atoa que dizem que passa o filme de nossa vida nos alguns segundos de vida, com certeza muitas fotos aparecerão em nossas cabeças. É assim que é.
Cada foto, cada video, essas coisas todas elas vivem com nós e morrem apenas quando não existir mais ninguém que possa olhar-las e lembrar com ternura dos momentos vividos lá naquele passado. Seja intenso, não ligue para o que a sociedade diz, não caia na onda da maldade e acredite no que lhe falam! Por vezes pode ser verdade, mesmo que você se surpreenda ao ouvir alguma coisa... Mas quanto as fotos, tire muitas, forme albuns, entretanto não apenas coloque-as na internet como o usual, imprima-as e faça um álbum de verdade! Que daqui à anos quando olhar dentro das velhas gavetas da comoda da sua mãe, encontre esse registro de quando tinha apenas 20 anos ou menos e achava que seus problemas eram os mais terríveis do universo! Bons tempos aquele você vai pensar, que é o que penso hoje sobre quando tinha apenas 15, 16 anos. Olho para as fotos e deixo a mente voar longe, assim como sei que tu também faz.
Sorria então, para que não saia mal na foto, pois elas lhe serão úteis no futuro!
Cada momento, uma foto. A vida é estagnada em um momento, quando o dedo clica o botão e o flash sai para que a foto seja batida. Assim nasce uma lembrança, nasce uma ancora para que anos depois se possa voltar para aquele momento e revivê-lo em sua mente. Na hora não percebemos, apenas para-se para tirar uma foto e pronto, mas quando olhamos para ela anos depois, daí sim que nota-se o quão especial era aquela foto, aquelas pessoas e tanto tempo já passou desde então. Os olhos mostram a mente indo fundo e relembrando das coisas que aconteceram, o olhar profundo expressa saudade de maneira inconfundível. Dessas lembranças de papel antigamente faziam-se álbuns para que justamente possuíssemos algo que conseguisse fazer-nos lembrar de todos os bons momentos de nossas vidas, de nossas alegrias. Não é atoa que aniversários, casamentos, formaturas, nascimentos e etc, são todos registrados em videos e fotos para não esquecermos. Pois com o tempo a memória vai se embaçando e tudo fica mais nebuloso como se uma neblina pairasse em nossa mente, e isso chama-se idade. Relembrar é viver, já dizia alguém em algum lugar, então quem sou eu para contradizer? Apenas deixo sonhar, deixo com que vivam e quero que vivam o máximo que conseguirem. Afinal não interessa se ruim ou bom, triste ou feliz, momentos são momentos e sempre nos lembraremos deles, não é atoa que dizem que passa o filme de nossa vida nos alguns segundos de vida, com certeza muitas fotos aparecerão em nossas cabeças. É assim que é.
Cada foto, cada video, essas coisas todas elas vivem com nós e morrem apenas quando não existir mais ninguém que possa olhar-las e lembrar com ternura dos momentos vividos lá naquele passado. Seja intenso, não ligue para o que a sociedade diz, não caia na onda da maldade e acredite no que lhe falam! Por vezes pode ser verdade, mesmo que você se surpreenda ao ouvir alguma coisa... Mas quanto as fotos, tire muitas, forme albuns, entretanto não apenas coloque-as na internet como o usual, imprima-as e faça um álbum de verdade! Que daqui à anos quando olhar dentro das velhas gavetas da comoda da sua mãe, encontre esse registro de quando tinha apenas 20 anos ou menos e achava que seus problemas eram os mais terríveis do universo! Bons tempos aquele você vai pensar, que é o que penso hoje sobre quando tinha apenas 15, 16 anos. Olho para as fotos e deixo a mente voar longe, assim como sei que tu também faz.
Sorria então, para que não saia mal na foto, pois elas lhe serão úteis no futuro!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
O Ano que Tudo Mudou
Memoráveis relatos de tempos remotos onde as coisas aconteciam por acontecer, quando os ventos ainda sopravam puros e minha mente não havia sido corrompida pela vida.
O Mundo Antes de 2006
parte 1
Pra mim não existia, pois simplesmente não lembro de nada que tenha acontecido antes desse ano que mudou tudo. Dali pra trás há somente flashs de memórias apagadas, como um filme antigo, como fotos velhas e desfocadas, todas castigadas pelas garras do tempo. Se tivesse que classificar minha vida em uma linha, iria separa-la em Antes de 2006 e Depois de 2006. No antes aconteceram tantas coisas que ainda me recordo, mas creio que a maioria realmente não teve tanta importancia quanto os fatos que sucederam o sexto ano do século 21. Desde lá parece-me ter vivido mais de uma década, não sei bem ao certo porque, mas as memórias se perdem e não sei ao certo quanto as coisas aconteceram. Por vezes elas parecem ter sido há tanto tempo trás que quase não lembro, e outras vezes parece-me terem acontecido há tão pouco tempo que é como se tivesse sido no mês passado. E em ambas vezes estou errado, ou já aconteceu há mais do que penso, ou antes do que me recordava, embora na maioria das vezes seja o primeiro caso...
Foram tantas imersões em mim mesmo que já não lembro mais quantas vezes recorri aos imensos corredores da própria cabeça para fugir do mundo e pensar, refletir sobre tudo. Foram anos lá dentro que só não envelheci, porque ao passo do tempo aqui fora passaram-se apenas alguns minutos ou horas, sendo que lá eram meses e anos. Aprendi tanto que livros e livros poderiam ser escritos por essas mãos que hoje trocam a caneta pelo teclado, aprendi estudando à mim. Antes disso tudo, eu era apenas eu e vivia sem saber, mesmo que buscasse algo maior, algum significado para tudo isso que eu sentia. E por fim, depois de tudo o que aconteceu naquele ano, acordei para a vida literalmente. Achei o foco, achei a mim mesmo, eu me formei como individuo. Sempre em metamorfose, sem nunca possuir uma forma final! Fui do buraco mais profundo ao canto mais longuinquo do céu alguns anos. Peguei a vida e virei ela de cabeça para baixo, me atirei sabendo que iria quebrar a cabeça ao tocar o chão, apenas ignorei as consequencias, queria um aqui e agora e tive! Depois de um 2007 todo voltado para a reflexão e lenta evolução, abri as portas em 2008 e explodi, vivi muito e poderia ter feito muito mais se não fosse algumas correntes que me seguravam. Entretanto isso pouco importa, o que a mente lembra são de bons momentos, coisas históricas para minha existência, que eu ei de lembrar até os últimos dias e quando o filmezinho passar, algunas cenas com certeza vão estar lá!
O Mundo Antes de 2006
parte 1
Pra mim não existia, pois simplesmente não lembro de nada que tenha acontecido antes desse ano que mudou tudo. Dali pra trás há somente flashs de memórias apagadas, como um filme antigo, como fotos velhas e desfocadas, todas castigadas pelas garras do tempo. Se tivesse que classificar minha vida em uma linha, iria separa-la em Antes de 2006 e Depois de 2006. No antes aconteceram tantas coisas que ainda me recordo, mas creio que a maioria realmente não teve tanta importancia quanto os fatos que sucederam o sexto ano do século 21. Desde lá parece-me ter vivido mais de uma década, não sei bem ao certo porque, mas as memórias se perdem e não sei ao certo quanto as coisas aconteceram. Por vezes elas parecem ter sido há tanto tempo trás que quase não lembro, e outras vezes parece-me terem acontecido há tão pouco tempo que é como se tivesse sido no mês passado. E em ambas vezes estou errado, ou já aconteceu há mais do que penso, ou antes do que me recordava, embora na maioria das vezes seja o primeiro caso...
Foram tantas imersões em mim mesmo que já não lembro mais quantas vezes recorri aos imensos corredores da própria cabeça para fugir do mundo e pensar, refletir sobre tudo. Foram anos lá dentro que só não envelheci, porque ao passo do tempo aqui fora passaram-se apenas alguns minutos ou horas, sendo que lá eram meses e anos. Aprendi tanto que livros e livros poderiam ser escritos por essas mãos que hoje trocam a caneta pelo teclado, aprendi estudando à mim. Antes disso tudo, eu era apenas eu e vivia sem saber, mesmo que buscasse algo maior, algum significado para tudo isso que eu sentia. E por fim, depois de tudo o que aconteceu naquele ano, acordei para a vida literalmente. Achei o foco, achei a mim mesmo, eu me formei como individuo. Sempre em metamorfose, sem nunca possuir uma forma final! Fui do buraco mais profundo ao canto mais longuinquo do céu alguns anos. Peguei a vida e virei ela de cabeça para baixo, me atirei sabendo que iria quebrar a cabeça ao tocar o chão, apenas ignorei as consequencias, queria um aqui e agora e tive! Depois de um 2007 todo voltado para a reflexão e lenta evolução, abri as portas em 2008 e explodi, vivi muito e poderia ter feito muito mais se não fosse algumas correntes que me seguravam. Entretanto isso pouco importa, o que a mente lembra são de bons momentos, coisas históricas para minha existência, que eu ei de lembrar até os últimos dias e quando o filmezinho passar, algunas cenas com certeza vão estar lá!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Acreditas?
Imperfeições do Eu
Há certas coisas que gostaria de falar, há certas coisas que não sei como dizer, há verdades que não consigo sempre esconder. Existem tantas e tantas coisas aqui comigo. Existem caminhos que não sei traçar, que só conheço como andar depois que estou neles, mas o que adianta se eles não consigo encontrar. Uma vez me perdi e quando vi já estava em uma longa estrada que muito me ensinou. Percorrer o mesmo caminho é burrice, mas a vontade que cresce no ser faz com que isso passe a ser uma possibilidade mesmo que esteja claro não iria dar certo. Das montanhas já conheço, os desafios continuam o mesmo e a roda giraria da mesma forma e ritmo. E o moinho não pode ser sempre o mesmo, ter sempre a mesma rotina.
Dos ares novos que me trazem aqui, das coisas que correm e morrem por terra, eu não posso falar. Falharia só em pensar, me desanimo em dizer e não arrisco para não obter. Seria direto demais, cru demais, seco demais. Nesse mundo em que tudo precisa ser embelezado, bezundado com o tempo e retocado com uma falsidade lisa tão fina como uma simples película de água, para que tenha a cor intensa da verdade nua e crua, tudo se faz mais difícil e irreal ao mesmo tempo. Onde os mais incredúlos possuem mais, onde aqueles que não pensam e que não hajem são mais valorizados, nesse mundo de cabeças pro ar. Eu não consigo viver em paz. Pois de tudo o que guardo em mim, queria dizer aos ventos... E então todos apaixonados ficariam pela virtuda que afloraria no ar e viveria nos ventos dos quatro cantos do mundo, purificando toda essa horda de ilusões.
Há certas coisas que gostaria de falar, há certas coisas que não sei como dizer, há verdades que não consigo sempre esconder. Existem tantas e tantas coisas aqui comigo. Existem caminhos que não sei traçar, que só conheço como andar depois que estou neles, mas o que adianta se eles não consigo encontrar. Uma vez me perdi e quando vi já estava em uma longa estrada que muito me ensinou. Percorrer o mesmo caminho é burrice, mas a vontade que cresce no ser faz com que isso passe a ser uma possibilidade mesmo que esteja claro não iria dar certo. Das montanhas já conheço, os desafios continuam o mesmo e a roda giraria da mesma forma e ritmo. E o moinho não pode ser sempre o mesmo, ter sempre a mesma rotina.
Dos ares novos que me trazem aqui, das coisas que correm e morrem por terra, eu não posso falar. Falharia só em pensar, me desanimo em dizer e não arrisco para não obter. Seria direto demais, cru demais, seco demais. Nesse mundo em que tudo precisa ser embelezado, bezundado com o tempo e retocado com uma falsidade lisa tão fina como uma simples película de água, para que tenha a cor intensa da verdade nua e crua, tudo se faz mais difícil e irreal ao mesmo tempo. Onde os mais incredúlos possuem mais, onde aqueles que não pensam e que não hajem são mais valorizados, nesse mundo de cabeças pro ar. Eu não consigo viver em paz. Pois de tudo o que guardo em mim, queria dizer aos ventos... E então todos apaixonados ficariam pela virtuda que afloraria no ar e viveria nos ventos dos quatro cantos do mundo, purificando toda essa horda de ilusões.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Em que velocidade você anda?
Rota 1991
As estradas correm rápido e passam por mim sem que eu perceba. Aumento a velocidade para não perder de vista esses sonhos malucos que fazem com que o motor continue ligado. O velocímetro começa a subir constantemente enquanto vou pisando fundo no acelerador, o vento começa a assoviar e parece até cantar as músicas mais loucas que me dizem para ir mais rápido mais rápido. Conta-giros não existe mais! As rotações são tantas e tão poucos segundos que o ponteiro já parou de funcionar. Enxergo apenas o sol no horizonte distante e sei que tenho que alcança-lo de alguma maneira, nessa corrida contra mim mesmo. Vamos deslizando pelas curvas e ultrapassando as barreiras do cotidiano, não ligo mais para essas coisas pequenas que se intrometem no meu caminho. Tudo é tão pequeno e passageiro, apenas tenho que aumentar a velocidade para não sentir-los passar. O pé afunda o pedal sem parar e o ronco desse motor me faz sonhar cada vez mais alto, voando baixo já nessa estrada sem rota certa. O circulo completo da vida roda em mim e apenas aquilo que de fato importa é o que está explicito no painel de instrumentos, nada de pequenos problemas sem relevância, coisas que serão apagadas perante a robustez da vida e do tempo. Para onde você vai? Para qualquer lugar que me leve para longe de mim mesmo, para um lugar onde possa eu ser sempre verdadeiro sem que me julguem com suas opiniões sem sentido, afinal eles não sabem o que sinto aqui dentro. Ninguém conhece minha lógica de funcionamento, por isso não tenho concerto. Talvez até haja um alguém que entende um pouco, que conseguiu ver que essa mecânica toda é mais simples do que aparenta e que há mais efeitos visuais que funcionalidade em si. O pedal do acelerador serve para aumentar a velocidade, o freio para não entrar rápido demais nas curvas e o freio de mão para segurar quando estiver caindo no declive. Simples e fácil. Sem marchas, sem embreagem.
A freada brusca trava tudo e faz com que os sonhos se percam no horizonte, logo após aquela curva dos 18 anos. E só agora com velocidade reduzida vejo que me perdi há tempos. Não reconheço mais esse caminho, mas quem se importa afinal? E o pé volta cair sobre o pedal. A frente impina e com uma força extrema tudo avança pegando novamente velocidade, se parar já era ficará para trás. Nunca pare, jamais pare. Tudo recomeça e a velocidade vem e vem. Esse ciclo, minha "mecanica" por assim dizer, já me falava "é como um circulo baby", e lá vamos nós de novo!
As estradas correm rápido e passam por mim sem que eu perceba. Aumento a velocidade para não perder de vista esses sonhos malucos que fazem com que o motor continue ligado. O velocímetro começa a subir constantemente enquanto vou pisando fundo no acelerador, o vento começa a assoviar e parece até cantar as músicas mais loucas que me dizem para ir mais rápido mais rápido. Conta-giros não existe mais! As rotações são tantas e tão poucos segundos que o ponteiro já parou de funcionar. Enxergo apenas o sol no horizonte distante e sei que tenho que alcança-lo de alguma maneira, nessa corrida contra mim mesmo. Vamos deslizando pelas curvas e ultrapassando as barreiras do cotidiano, não ligo mais para essas coisas pequenas que se intrometem no meu caminho. Tudo é tão pequeno e passageiro, apenas tenho que aumentar a velocidade para não sentir-los passar. O pé afunda o pedal sem parar e o ronco desse motor me faz sonhar cada vez mais alto, voando baixo já nessa estrada sem rota certa. O circulo completo da vida roda em mim e apenas aquilo que de fato importa é o que está explicito no painel de instrumentos, nada de pequenos problemas sem relevância, coisas que serão apagadas perante a robustez da vida e do tempo. Para onde você vai? Para qualquer lugar que me leve para longe de mim mesmo, para um lugar onde possa eu ser sempre verdadeiro sem que me julguem com suas opiniões sem sentido, afinal eles não sabem o que sinto aqui dentro. Ninguém conhece minha lógica de funcionamento, por isso não tenho concerto. Talvez até haja um alguém que entende um pouco, que conseguiu ver que essa mecânica toda é mais simples do que aparenta e que há mais efeitos visuais que funcionalidade em si. O pedal do acelerador serve para aumentar a velocidade, o freio para não entrar rápido demais nas curvas e o freio de mão para segurar quando estiver caindo no declive. Simples e fácil. Sem marchas, sem embreagem.
A freada brusca trava tudo e faz com que os sonhos se percam no horizonte, logo após aquela curva dos 18 anos. E só agora com velocidade reduzida vejo que me perdi há tempos. Não reconheço mais esse caminho, mas quem se importa afinal? E o pé volta cair sobre o pedal. A frente impina e com uma força extrema tudo avança pegando novamente velocidade, se parar já era ficará para trás. Nunca pare, jamais pare. Tudo recomeça e a velocidade vem e vem. Esse ciclo, minha "mecanica" por assim dizer, já me falava "é como um circulo baby", e lá vamos nós de novo!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Luzes da Lucidez
Retrato sob o Sol do Tempo
Irei me esquecer do seu rosto com o passar dos anos, assim como uma antiga foto que vai perdendo a cor. Já não me lembro mais da sua voz, e do seu olhar indo em encontro ao meu. Os anos passaram e apenas ficou na memória flashs de uma pessoa que não existe mais, momentos especiais, de um tempo especial que ficou para trás, lá quando eu ainda era jovem o suficiente para não saber o que de fato era viver. O que ainda vive dentro de mim são apenas lembranças de sentimentos que marcaram minha vida... Um dia vou esquecer até seu nome, e quem sabe até me arrepiar ao ouvi-lo mesmo sem conseguir lembrar do porque. Seu rosto irá se desfocar nas minhas memórias, mais do que hoje já está, e somente vou lembrar de que uma menina conseguiu mudar minha vida com simples atos que mal e mal consigo explicar. Meus netos ficaram deslumbrados com as histórias e ao olhar para o horizonte, deixando o vento afagar meu rosto enrugado eu ei de voltar no tempo para mais uma vez sentir aquele abraço quente que reconfortava e fazia flutuar. Eu amei uma ilusão que hoje já se perdeu em meio a multidão. Hoje já não sei se era delírio ou desilusão, amor ou ficção, mas tenho certeza que o peito ficava quente amolecia com o suave toque se sua pele. Bons tempos aqueles em que por ti eu de joelhos cai. Pena que do teu rosto eu não recordo mais, entretanto o ano não consigo não lembrar, pois aquele 2006 marcou muitas coisas, que não me permitiram esquecer de tal número. Ah um dia não vou mais lembrar do seu rosto, seu sorriso, seu olhar, e quando esse dia chegar, vou ter ainda a certeza de continuar a te amar...
Irei me esquecer do seu rosto com o passar dos anos, assim como uma antiga foto que vai perdendo a cor. Já não me lembro mais da sua voz, e do seu olhar indo em encontro ao meu. Os anos passaram e apenas ficou na memória flashs de uma pessoa que não existe mais, momentos especiais, de um tempo especial que ficou para trás, lá quando eu ainda era jovem o suficiente para não saber o que de fato era viver. O que ainda vive dentro de mim são apenas lembranças de sentimentos que marcaram minha vida... Um dia vou esquecer até seu nome, e quem sabe até me arrepiar ao ouvi-lo mesmo sem conseguir lembrar do porque. Seu rosto irá se desfocar nas minhas memórias, mais do que hoje já está, e somente vou lembrar de que uma menina conseguiu mudar minha vida com simples atos que mal e mal consigo explicar. Meus netos ficaram deslumbrados com as histórias e ao olhar para o horizonte, deixando o vento afagar meu rosto enrugado eu ei de voltar no tempo para mais uma vez sentir aquele abraço quente que reconfortava e fazia flutuar. Eu amei uma ilusão que hoje já se perdeu em meio a multidão. Hoje já não sei se era delírio ou desilusão, amor ou ficção, mas tenho certeza que o peito ficava quente amolecia com o suave toque se sua pele. Bons tempos aqueles em que por ti eu de joelhos cai. Pena que do teu rosto eu não recordo mais, entretanto o ano não consigo não lembrar, pois aquele 2006 marcou muitas coisas, que não me permitiram esquecer de tal número. Ah um dia não vou mais lembrar do seu rosto, seu sorriso, seu olhar, e quando esse dia chegar, vou ter ainda a certeza de continuar a te amar...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Indescritível
Na Balada do Sonho Vivo
Ao ouvir aquelas músicas, as notas penetravam no corpo e pousavam na alma como suaves borboletas. Nisso o estado de êxtase chegava ao seu pico e o corpo de carne e osso se transformava em energia pura que se misturava com a multidão. Podia sentir as partes do corpo de estendendo por toda a área, numa propagação ritmada pela guitarra que ecoava ao fundo, fazendo com que a melodia ditasse toda uma sincronia de emoções e imaginação. Como se fosse um turbilhão de pura emoção, pois creio que ninguém ali conseguia acreditar que de fato estava a viver tal acontecimento. Um evento que por si só já trás força suficiente para mover os mares, estava todo compactado em um único local, com milhares de sonhadores que viviam um sonho em plena lucidez. Em minha mente brotavam imagens, memórias, cenas de lugares que nunca vi, coisas que nunca vivi, lembranças confusas de momentos memoráveis, mas totalmente inexplicáveis que de certa forma eu lembrava naquele momento, movido pela melodia que entornava o lugar. Os flashs de lembranças continuavam a cada nova música e ao mesmo tempo em que a mente viajava pelas ondas sonoras que se encaixavam perfeitamente nos elos perdidos da alma, o corpo sentia na pele o vento que o fazia se desfazer em energia, que o relaxava e dançava ao ritmo da música. Lá no centro de tudo isso, alguém que proporcionava tal fenômeno tão inexplicável, uma pessoa que veio das terras das quais eu devo voltar, alguém que trás consigo uma carga de experiência tão inimaginável quanto ao que vinha na mente. Alguém especial por si só. Sabia de certa maneira que ele também podia sentir o bem que suas palavras emanavam e sentia a aura que tomara conta do lugar.
Em meu íntimo sei que o eram aquelas imagens desfocadas que minha mente reproduzia com tanta firmeza, mas fico com receio de descobrir o que há por de trás de tudo aquilo que vi com os olhos de meu próprio espírito. Porque não tenho a certeza de que será isso que irá me confirmar o que desde sempre a mente veio a imaginar, entretanto creio cegamente que essas coisas já aconteceram e o presságio de que tudo mudará continua cada vez mais forte, como se agora a árvore estivesse prestes a dar seus belíssimos frutos. Fica aqui então a lembrança de que os ventos mudarão e meu nome desaparecerá das mentes alheias para um dia voltar a brilhar como nunca antes alguém viu. Fazendo desacreditar e impressionar aqueles que ousaram um dia esquecer do quão importante podemos ser... Jamais feche seus olhos para essa beleza do ser, do nascer e da vida como um todo.
Ao ouvir aquelas músicas, as notas penetravam no corpo e pousavam na alma como suaves borboletas. Nisso o estado de êxtase chegava ao seu pico e o corpo de carne e osso se transformava em energia pura que se misturava com a multidão. Podia sentir as partes do corpo de estendendo por toda a área, numa propagação ritmada pela guitarra que ecoava ao fundo, fazendo com que a melodia ditasse toda uma sincronia de emoções e imaginação. Como se fosse um turbilhão de pura emoção, pois creio que ninguém ali conseguia acreditar que de fato estava a viver tal acontecimento. Um evento que por si só já trás força suficiente para mover os mares, estava todo compactado em um único local, com milhares de sonhadores que viviam um sonho em plena lucidez. Em minha mente brotavam imagens, memórias, cenas de lugares que nunca vi, coisas que nunca vivi, lembranças confusas de momentos memoráveis, mas totalmente inexplicáveis que de certa forma eu lembrava naquele momento, movido pela melodia que entornava o lugar. Os flashs de lembranças continuavam a cada nova música e ao mesmo tempo em que a mente viajava pelas ondas sonoras que se encaixavam perfeitamente nos elos perdidos da alma, o corpo sentia na pele o vento que o fazia se desfazer em energia, que o relaxava e dançava ao ritmo da música. Lá no centro de tudo isso, alguém que proporcionava tal fenômeno tão inexplicável, uma pessoa que veio das terras das quais eu devo voltar, alguém que trás consigo uma carga de experiência tão inimaginável quanto ao que vinha na mente. Alguém especial por si só. Sabia de certa maneira que ele também podia sentir o bem que suas palavras emanavam e sentia a aura que tomara conta do lugar.
Em meu íntimo sei que o eram aquelas imagens desfocadas que minha mente reproduzia com tanta firmeza, mas fico com receio de descobrir o que há por de trás de tudo aquilo que vi com os olhos de meu próprio espírito. Porque não tenho a certeza de que será isso que irá me confirmar o que desde sempre a mente veio a imaginar, entretanto creio cegamente que essas coisas já aconteceram e o presságio de que tudo mudará continua cada vez mais forte, como se agora a árvore estivesse prestes a dar seus belíssimos frutos. Fica aqui então a lembrança de que os ventos mudarão e meu nome desaparecerá das mentes alheias para um dia voltar a brilhar como nunca antes alguém viu. Fazendo desacreditar e impressionar aqueles que ousaram um dia esquecer do quão importante podemos ser... Jamais feche seus olhos para essa beleza do ser, do nascer e da vida como um todo.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Uma Lição Ou Não
Um Drama para a Vida
O que seria de nossas existências sem que houvesse uma história? Um traçado digno de livros e estudos afins, tais como os que encontramos por ai sobre as grandes celebridades da humanidade. Cada dia uma história e uma história em cada dia. Quem nunca quis fazer-se elevar para que todos o conhecessem, ter as luzes dos holofotes iluminando seus rostos em meio a noite estrelada, envolta de música e flashs rápidos que cruzam o campo de visão? Quem nunca quis viver aquele filme romântico em que o amor brota até do chão e nos arranca lágrimas emocionadas pela felicidade dos personagens, que embora fictícios nos parecem tão reais. Quem nunca quis viver uma aventura em que sabes que irá conseguir voltar para casa e que o mundo todo saberá de seus feitos? Quem nunca quis ser Arthur, e dominar a Bretanha? Ou Gandhi e espalhar o bem mundo à fora? Até mesmo ser reconhecido como um grande líder como o qual foi Napoleão? Entrar para história, fazendo história.
Viver um drama, procurar de maneira implícita por aquele sofrimento gostoso que nos faz sentir vivos e não deixa com que a mente esqueça de que ser feliz é sempre melhor. Procurar por aquele abraço cinematográfico do amigo que tu sabes que podes confiar, e se entregar aos cuidados da pessoa amada que lhe entenderá por completo. Fixar a imagem daquele romance de quanto éramos jovens e não sabíamos das incertezas que o mundo tem para nos mostrar. Viver intensamente sem nem ao menos saber. Ah quem nunca quis viver um filme, só para poder conhecer o que realmente quer dizer o "felizes para sempre". Perder o medo de falar e simplesmente ser verdadeiro consigo mesmo e com o mundo, falando o que a mente diz e não o que o corpo simplesmente quer. Quebrando as barreiras da sociedade e voltando aos tempos antigos que a ignorância nos permitia ousar mais... Faça assim, de sua maneira, seja ela qual for, a vida ter um sentindo para que não seja esquecida nos anos que virão e que tu mesmo possa relembrar dos momentos que passaram, com aquela saudade gostosa que trás consigo a nostalgia e o sorriso mais sincero que possuís, fazendo com que apareça a aura de felicidade que à todos contagiará. Em outras palavras, viva seu drama, pois o final feliz acontece dia após dia, só cabe a nós podermos reconhecer-lo.
O que seria de nossas existências sem que houvesse uma história? Um traçado digno de livros e estudos afins, tais como os que encontramos por ai sobre as grandes celebridades da humanidade. Cada dia uma história e uma história em cada dia. Quem nunca quis fazer-se elevar para que todos o conhecessem, ter as luzes dos holofotes iluminando seus rostos em meio a noite estrelada, envolta de música e flashs rápidos que cruzam o campo de visão? Quem nunca quis viver aquele filme romântico em que o amor brota até do chão e nos arranca lágrimas emocionadas pela felicidade dos personagens, que embora fictícios nos parecem tão reais. Quem nunca quis viver uma aventura em que sabes que irá conseguir voltar para casa e que o mundo todo saberá de seus feitos? Quem nunca quis ser Arthur, e dominar a Bretanha? Ou Gandhi e espalhar o bem mundo à fora? Até mesmo ser reconhecido como um grande líder como o qual foi Napoleão? Entrar para história, fazendo história.
Viver um drama, procurar de maneira implícita por aquele sofrimento gostoso que nos faz sentir vivos e não deixa com que a mente esqueça de que ser feliz é sempre melhor. Procurar por aquele abraço cinematográfico do amigo que tu sabes que podes confiar, e se entregar aos cuidados da pessoa amada que lhe entenderá por completo. Fixar a imagem daquele romance de quanto éramos jovens e não sabíamos das incertezas que o mundo tem para nos mostrar. Viver intensamente sem nem ao menos saber. Ah quem nunca quis viver um filme, só para poder conhecer o que realmente quer dizer o "felizes para sempre". Perder o medo de falar e simplesmente ser verdadeiro consigo mesmo e com o mundo, falando o que a mente diz e não o que o corpo simplesmente quer. Quebrando as barreiras da sociedade e voltando aos tempos antigos que a ignorância nos permitia ousar mais... Faça assim, de sua maneira, seja ela qual for, a vida ter um sentindo para que não seja esquecida nos anos que virão e que tu mesmo possa relembrar dos momentos que passaram, com aquela saudade gostosa que trás consigo a nostalgia e o sorriso mais sincero que possuís, fazendo com que apareça a aura de felicidade que à todos contagiará. Em outras palavras, viva seu drama, pois o final feliz acontece dia após dia, só cabe a nós podermos reconhecer-lo.
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