A Lótus da Loucura
O Bater das Asas
Vontade de voar baixo pelas ruas da cidade deixando as luzes distorcidas no horizonte. Fazendo com que a alma pulsasse incessantemente em um ritmo tão frenético que o coração mal conseguiria acompanhar. Libertar toda essa ira que dorme no meu corpo desde os tempos remotos onde ainda os reis lutavam entre si. Jogar fora esta sensação de prisão que corre todo o corpo e contraí os músculos para que eles façam alguma coisa. Fazer com que as asas escondidas pelo tempo apareçam lentamente em minhas costas, de tal maneira a por fora todo o lixo que consume meu ser no dia-a-dia. Os olhares que me fuzilam com pensamentos prématuros e com densos préconceitos, seriam simplesmente alçados ao ar para que fossem destruidos pela íra que minhas asas desprendem. O futuro mostrará que o voo do cardial é demais para que humanos comuns consigam entender e quando eu tocar o topo e retirar a mascará que esconderá meu rosto, todos irão cair. E por ventura, como a própria história diz, eles irão voltar-se a mim e tentar usar de meu poder para que possam então também crescer. Eis que a maldição de minha íra irá recair sob os que um dia não tiveram humildade e irão sucumbir na escuridão do abismo. Não por vingança, não por ódio, isso tudo acontecerá por pura justiça... E a história será reescrita aos poucos com as lágrimas daqueles que já se foram...
Os pensamentos que a mente já não mais suporta ter são passados adiante para que alguém mais possa ver que a loucura não pertence há uma só pessoa...
domingo, 13 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Pétala Solitária
Lótus da Loucura
Um Pequeno Demônio Branco
Da emoção e da loucura, as vezes apenas quero me desfazer e criar alguma outra coisa na qual eu também possa sentir. As nuvens brancas de chuva apontam-me que a tormenta irá enfim começar, pois hoje o passado já se decompõe nas margens do tempo e nada mais faz sentido. Tudo o que um dia eu acreditei ser real simplesmente não é, e todos os vitrais com as imagens reais foram estilhaçados pela tempestade. As linhas retas se tornaram curvas e assim a realidade se distorceu fazendo com que tudo mudasse de uma hora para a outra. Assim eu vi a verdade. Uma verdade nua e crua, algo que ninguém jamais iria acreditar e que me fez perceber o quão infimo é o comportamento da humanidade. As preocupações e noites sem dormir por coisas sem significado, por coisas pequenas, me fez ver o quão idiota e ignorante são as pessoas que por ai vivem.
As lutas se tornaram algo obstante, pois notei que tentava ir contra o que as correntezas tentavam me fazer ver e ouvir. Hoje simplesmente deixo com que o fluxo exato de vida pulse em meu corpo e diga-me o que realmente vale a pena ou não lutar. Tomará que eu não seja o único que possa ver tal mundo... Pois a solidão pode o destruir assim como abriu as portas para que a verdade pudesse entrar.
Um Pequeno Demônio Branco
Da emoção e da loucura, as vezes apenas quero me desfazer e criar alguma outra coisa na qual eu também possa sentir. As nuvens brancas de chuva apontam-me que a tormenta irá enfim começar, pois hoje o passado já se decompõe nas margens do tempo e nada mais faz sentido. Tudo o que um dia eu acreditei ser real simplesmente não é, e todos os vitrais com as imagens reais foram estilhaçados pela tempestade. As linhas retas se tornaram curvas e assim a realidade se distorceu fazendo com que tudo mudasse de uma hora para a outra. Assim eu vi a verdade. Uma verdade nua e crua, algo que ninguém jamais iria acreditar e que me fez perceber o quão infimo é o comportamento da humanidade. As preocupações e noites sem dormir por coisas sem significado, por coisas pequenas, me fez ver o quão idiota e ignorante são as pessoas que por ai vivem.
As lutas se tornaram algo obstante, pois notei que tentava ir contra o que as correntezas tentavam me fazer ver e ouvir. Hoje simplesmente deixo com que o fluxo exato de vida pulse em meu corpo e diga-me o que realmente vale a pena ou não lutar. Tomará que eu não seja o único que possa ver tal mundo... Pois a solidão pode o destruir assim como abriu as portas para que a verdade pudesse entrar.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Das Pétalas Talvez a Mais Bela
A Lótus da Loucura
Eu e Você, mas nunca Nós
Os dois se encontram na noite de outono e frente à frente começam a conversar. Uma conversa que seria a última, que decidiria tudo o que aconteceu e o que acontecerá...
Olá...
Oi!
Lembra de mim?
Como poderia esquecer?
Achei que você esqueceria, já que eu não pude esquecer.
Ah é? E se eu tivesse esquecido?
Faria você lembrar
Se eu não lembrasse?
Estaria mentindo para si mesma
Se eu quisesse apenas brincar com você?
Então não seria mais você, teria mudado
E se tivesse?
Não seria a única que mudou, mas e se ainda assim eu amasse você?
Ainda iria te odiar
As coisas não teriam mudado tanto afinal
... E se eu não tivesse vindo?
E se eu não tivesse chamado?
Se eu ignorasse você?
Teria te procurado
E se você não tivesse coragem?
O destino iria nos unir como já o fez
E se eu não estivesse ao seu alcance?
Você nunca esteve
... Se eu não desse a mínima para o que você diz?
Não teria vindo até aqui.
E se fosse embora?
E se eu não soubesse quase sem querer que você sente, sabe e vê o mesmo que eu?
E se esse dia nunca viesse a acontecer?
E se você não soubesse que ele viria?
E se eu tenha feito você de bobo só para me divertir?
E se você parasse de fingir?
Se você... - interrompida-
Se minha boca calasse a sua?
Eu não iria resistir
Se o vento nos abraçasse?
Voaríamos com os pés no chão.
Se eu não te amasse?
Não te odiaria. Se meu céu fosse coberto pela escuridão?
Seria eu que viria te dizer "Olá"
Se o Sagitário matasse o Leão?
Ele morreria sabendo o que é felicidade
Se eu morresse antes de você me encontrar?
Te procuraria até além dos portões do inferno
E se o vento parasse de soprar?
Minha alma nunca descansaria. E se eu não pertencesse a você?
Não seria a luz
Se eu não fosse a noite?
Qual importância teria o dia?
Se eu não tivesse me apaixonado?
Seriamos amigos
E se fosse ao contrário?
Não teríamos história.
Mas e se não fôssemos tão diferentes?
Não teríamos importância um para o outro
E se tudo for um sonho?
...
Não quero acordar...
Ele abraçou ela forte, trazendo-a junto ao peito e afagando-a com seus braços. Ela suspirou e deixou-se levar, pois de algum modo sabia que suas mentes estavam conectadas, e não só elas como as almas também. Algo no seu interior pulsava forte e dizia que aquela seria a última vez que eles se veriam nessa existência, assim, assustada, ela acordou em sua cama com os lençóis revirados e o corpo suado. Teria mesmo aquilo tudo sido apenas um sonho?
Ao mesmo tempo em um quarto aleatório da cidade, um rapaz também acorda de um sonho louco no qual encontrara o antigo amor e com ela conversara palavras que não tivera coragem de falar. Surpreso e um pouco abalado com o sonho, sentou em sua janela e ficou a observar o céu de nuvens brancas que flutuavam na noite de outono... E sentiu que alguém mais, naquele exato momento também contemplava a luz da lua que reinava na escuridão da noite...
Eu e Você, mas nunca Nós
Os dois se encontram na noite de outono e frente à frente começam a conversar. Uma conversa que seria a última, que decidiria tudo o que aconteceu e o que acontecerá...
Olá...
Oi!
Lembra de mim?
Como poderia esquecer?
Achei que você esqueceria, já que eu não pude esquecer.
Ah é? E se eu tivesse esquecido?
Faria você lembrar
Se eu não lembrasse?
Estaria mentindo para si mesma
Se eu quisesse apenas brincar com você?
Então não seria mais você, teria mudado
E se tivesse?
Não seria a única que mudou, mas e se ainda assim eu amasse você?
Ainda iria te odiar
As coisas não teriam mudado tanto afinal
... E se eu não tivesse vindo?
E se eu não tivesse chamado?
Se eu ignorasse você?
Teria te procurado
E se você não tivesse coragem?
O destino iria nos unir como já o fez
E se eu não estivesse ao seu alcance?
Você nunca esteve
... Se eu não desse a mínima para o que você diz?
Não teria vindo até aqui.
E se fosse embora?
E se eu não soubesse quase sem querer que você sente, sabe e vê o mesmo que eu?
E se esse dia nunca viesse a acontecer?
E se você não soubesse que ele viria?
E se eu tenha feito você de bobo só para me divertir?
E se você parasse de fingir?
Se você... - interrompida-
Se minha boca calasse a sua?
Eu não iria resistir
Se o vento nos abraçasse?
Voaríamos com os pés no chão.
Se eu não te amasse?
Não te odiaria. Se meu céu fosse coberto pela escuridão?
Seria eu que viria te dizer "Olá"
Se o Sagitário matasse o Leão?
Ele morreria sabendo o que é felicidade
Se eu morresse antes de você me encontrar?
Te procuraria até além dos portões do inferno
E se o vento parasse de soprar?
Minha alma nunca descansaria. E se eu não pertencesse a você?
Não seria a luz
Se eu não fosse a noite?
Qual importância teria o dia?
Se eu não tivesse me apaixonado?
Seriamos amigos
E se fosse ao contrário?
Não teríamos história.
Mas e se não fôssemos tão diferentes?
Não teríamos importância um para o outro
E se tudo for um sonho?
...
Não quero acordar...
Ele abraçou ela forte, trazendo-a junto ao peito e afagando-a com seus braços. Ela suspirou e deixou-se levar, pois de algum modo sabia que suas mentes estavam conectadas, e não só elas como as almas também. Algo no seu interior pulsava forte e dizia que aquela seria a última vez que eles se veriam nessa existência, assim, assustada, ela acordou em sua cama com os lençóis revirados e o corpo suado. Teria mesmo aquilo tudo sido apenas um sonho?
Ao mesmo tempo em um quarto aleatório da cidade, um rapaz também acorda de um sonho louco no qual encontrara o antigo amor e com ela conversara palavras que não tivera coragem de falar. Surpreso e um pouco abalado com o sonho, sentou em sua janela e ficou a observar o céu de nuvens brancas que flutuavam na noite de outono... E sentiu que alguém mais, naquele exato momento também contemplava a luz da lua que reinava na escuridão da noite...
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Lótus e suas Pétalas
A Lótus da Loucura
Tragetória Incerta
Talvez um dia você me culpe, pois eu realmente tentei te esquecer. Ah como eu quis isso! Mergulhei na água mais densa que havia e deixei de respirar para ver se aquela água me purificava de alguma maneira. Entretanto a única luz que veio em minha mente foi a do teu sorriso, embora a mão que tenha me puxado tivesse sido outra e os olhos que encontrei fora daquele poço não fossem os seus. Ainda assim me apaixonei por quem me salvou. Me rasguei em dois e fiz com que as sombras do passado voassem pela noite sem comprimisso de tal maneira a simplesmente aceitar o que passou, afinal a sabia sacerdotiza já dizia: "O que está feito, está feito." E assim deixei-me levar pelos novos ventos que batiam em minha janela, ventos que vinham de longe, que atravessavam lagos e rios somente para me acalentar nas frias manhãs de outono.
Na utopia de que exista algum futuro para nós, minha mente inconscientemente delira em seus sonhos e me faz encarar um mundo cruel ao acordar. Toda aquela cor, aquelas sensações e tudo o que o mundo de minha mente criou simplesmente se vai ao abrir os olhos e o tocar do despertador.
Talvez um dia você me perdoe, talvez um dia eu me perdoe. Talvez eu me perca em um sonho e não volte mais para o que se diz ser a realidade, onde os problemas mutanos consomem nós humanos e nos faz perder o poder de pensar. Dos sonhos à loucura pura, é assim que a vida brinca comigo, me testando dia após dia para ver até onde vou ir sem surtar. Sem quebrar tudo, sem simplesmente falar somente a verdade e o que se passa dentro do peito. Ou a vida apenas queira que eu revele ao mundo o meu eu e nada mais. Por isso força e força que eu saia do casulo que a própria alma construiu para se proteger, quando estava lá embaixo d'água procurando as respostas para tudo o que não fazia sentido e explicações para minhas próprias ações. Quando tentava provar para o mundo quem eu realmente era, sendo que não tinha de provar nem a mim mesmo, pois a realidade se contorce com o passar do tempo. Procurei não achar um lugar no qual eu pertencesse e me escondi atrás de minhas próprias mentiras e sorrisos. Subia aos poucos uma montanha ingrime onde no topo estava a o trono do Rei da Solidão... Mas um dia me atirei lá de cima e somente ai consegui crer que realmente estava vivo. Quando descobri que realmente o que me matava aos poucos e corroia meu peito durante todos aqueles anos, era de fato, amor. Incontrolável me enlouqueceu e o remédio eu apenas encontrei no fundo daqueles olhos que não eram os que eu tinha visto em meu passado ou sonho, - já não me lembro mais - mas que confortava e fazia-me acreditar em um futuro incerto no qual descobriria o que é a felicidade. Foi quando você voltou ao meu mundo, como uma visita inesperada, mas dessa vez os ventos não mudaram e pude então perceber que estava pronto para lhe encarar.
Pronto para enfrentar um destino doce no qual pela primeira vez não sei o que vai acontecer...
Tragetória Incerta
Talvez um dia você me culpe, pois eu realmente tentei te esquecer. Ah como eu quis isso! Mergulhei na água mais densa que havia e deixei de respirar para ver se aquela água me purificava de alguma maneira. Entretanto a única luz que veio em minha mente foi a do teu sorriso, embora a mão que tenha me puxado tivesse sido outra e os olhos que encontrei fora daquele poço não fossem os seus. Ainda assim me apaixonei por quem me salvou. Me rasguei em dois e fiz com que as sombras do passado voassem pela noite sem comprimisso de tal maneira a simplesmente aceitar o que passou, afinal a sabia sacerdotiza já dizia: "O que está feito, está feito." E assim deixei-me levar pelos novos ventos que batiam em minha janela, ventos que vinham de longe, que atravessavam lagos e rios somente para me acalentar nas frias manhãs de outono.
Na utopia de que exista algum futuro para nós, minha mente inconscientemente delira em seus sonhos e me faz encarar um mundo cruel ao acordar. Toda aquela cor, aquelas sensações e tudo o que o mundo de minha mente criou simplesmente se vai ao abrir os olhos e o tocar do despertador.
Talvez um dia você me perdoe, talvez um dia eu me perdoe. Talvez eu me perca em um sonho e não volte mais para o que se diz ser a realidade, onde os problemas mutanos consomem nós humanos e nos faz perder o poder de pensar. Dos sonhos à loucura pura, é assim que a vida brinca comigo, me testando dia após dia para ver até onde vou ir sem surtar. Sem quebrar tudo, sem simplesmente falar somente a verdade e o que se passa dentro do peito. Ou a vida apenas queira que eu revele ao mundo o meu eu e nada mais. Por isso força e força que eu saia do casulo que a própria alma construiu para se proteger, quando estava lá embaixo d'água procurando as respostas para tudo o que não fazia sentido e explicações para minhas próprias ações. Quando tentava provar para o mundo quem eu realmente era, sendo que não tinha de provar nem a mim mesmo, pois a realidade se contorce com o passar do tempo. Procurei não achar um lugar no qual eu pertencesse e me escondi atrás de minhas próprias mentiras e sorrisos. Subia aos poucos uma montanha ingrime onde no topo estava a o trono do Rei da Solidão... Mas um dia me atirei lá de cima e somente ai consegui crer que realmente estava vivo. Quando descobri que realmente o que me matava aos poucos e corroia meu peito durante todos aqueles anos, era de fato, amor. Incontrolável me enlouqueceu e o remédio eu apenas encontrei no fundo daqueles olhos que não eram os que eu tinha visto em meu passado ou sonho, - já não me lembro mais - mas que confortava e fazia-me acreditar em um futuro incerto no qual descobriria o que é a felicidade. Foi quando você voltou ao meu mundo, como uma visita inesperada, mas dessa vez os ventos não mudaram e pude então perceber que estava pronto para lhe encarar.
Pronto para enfrentar um destino doce no qual pela primeira vez não sei o que vai acontecer...
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Pétalas da Lótus
A Lótus da Loucura
A Garota do Leopardo
parte final
Seu olhar desceu de encontro com sua pata que mergulhava lentavamente no sangue, e estremeceu mais uma vez. Jamais iria correr sob a luz da lua com ela ao seu lado, e das manhãs que acordava com a leveza das patas de sua amada, nada disso teria um amanhã. Para ele nunca mais haveria amanhã, tudo seria uma noite gélida e interminavel, onde a única opção seria acomodar-se das sombras da solidão e tristesa para sempre e sempre. Mas em meio ao seu Desespero Circular, algo quebrou aquela atmosfera tenebrosa, era o toca carinhoso da pata de outro felino que viera até ali para vê-lo. A "leorpada" encostava sua pata levemente sobre a dele e procurava a atenção de seus olhos. A lucidez voltara com aquele toque quente sobre sua pele fria e úmida, e o fez levantar a cabeça de modo a encarar a fêmea em sua frente da mesma maneira que um filhote olha para a mãe em busca de proteção. Ela movimentou a cabeça como se o chamasse e intuitivamente ele retribui caminhando com ela para longe dali, embora que antes de se distanciar tenha olhado uma última vez para trás, para sua amada que ali jazia para todo o sempre. Mas as lágrimas do Rei não poderiam ser expostas dessa maneira e ele as engoliu amargas como nunca mais iria engolir. Sentiu-as rasgarem tudo por onde passaram como se fossem suas próprias garras o golpeando e fechou os olhos para que em sua mente se despedir da Rainha.
O caminho incerto que aquela "leoparda" o levava parecia tão familiar embora nunca tivesse ido tão longe em sua vida. Um lugar onde as estrelas brilhavam mesmo com o amanhecer do dia e a brisa soprava fraca, apenas refrescando o ambiente. Milhões de perguntas bombardeavam sua mente e de repente sem mais aguentar, teve de perguntar "quem é você afinal?". A resposta foi o que mais lhe surpreendeu, pois a doce voz da fêmea lhe disse no mais sereno timbre "Sou a mensageira que lhe mostrará a verdade, apenas confie em mim". Ao terminar a frase virou as costas e continuou a caminhar pelo campo que se abria à sua frente. Depois de muito caminhar, quando o sol já estava alto no céu, finalmente ela parou e indicou com a cabeça uma pequena caverna ao pé da montanha. Sem fraquejar o leão pode sentir o espiríto trepidar e sentiu que a verdade na qual ele inconscientemente sempre buscou estava ao seu alcance. Entrou e correu pela rampa de pedra que levava ao topo da montanha; a "leoparda" o seguia correndo da mesma maneira e conforme eles iam correndo naquela rampa circular a luz do sol ia penetrando pelas imperfeições da rocha e iluminava tudo lá dentro. Sua mente começou a clarear, os pensamentos não eram mais nuvens de dúvidas e flashs de memórias iam surgindo em sua mente como flores no campo. A lucidez ia chegando a cada imagem que aparecia na frente dos seus olhos e o corpo já movia-se sozinho, como se tivesse vontade própria!
Até que chegou ao topo da montanha, o fim da rampa revelara uma paisagem indescritível onde podia-se ver toda a floresta e mais além! Foi quando mesmo que deslumbrado com a visão que tinha, podendo enxergar de cima tudo aquilo que um dia foi seu reino, ele sentiu um toque macio em seu braço e sem pensa pós gentilmente a mão no local no qual tinham o tocado. Assim encontrou a mão da "leoparda", mas percebeu que não era uma pata e sim, de fato, uma mão, uma mão humana. Antes que pudesse se surpreender a doce voz acalmou-lhe os ouvidos "Esses somos nós em vidas antes das nossas, onde o mundo inteiro era nosso reino e governavamos tudo daqui. Da nossa queriada Avalon... Consegues te lembrar?". Sem ao menos pensar e sendo surpreendido por si mesmo ele respondeu: "Sim, lembro de nós, desse mar brilhante e de toda a vida que aflora pelos campos quando as fogueiras são acesas. Como poderia simplesmente esquecer de quem realmente sou e de onde é meu lar... Como esquecer de você...".
Quando a noite começara a cair sob a floresta, os felinos desceram da montanha e sairam da caverna. O Rei estava de volta, estava renovado e agora sabia de toda a verdade que havia no mundo. Nada poderia deter o desejo da realeza em voltar para sua terra, seu lar. Embora ele soubesse que não iria conseguir levá-la junto de si, tinha a certeza e a determinação de voltar para buscá-la. E assim o sonho nasceu mais uma vez, uma outra vez. Da morte onde seu animal não conseguiu viver até onde sua alma pode correr... Assim vive o Rei de Avalon, que hoje perece entre as Pétalas da Lótus...
A Garota do Leopardo
parte final
Seu olhar desceu de encontro com sua pata que mergulhava lentavamente no sangue, e estremeceu mais uma vez. Jamais iria correr sob a luz da lua com ela ao seu lado, e das manhãs que acordava com a leveza das patas de sua amada, nada disso teria um amanhã. Para ele nunca mais haveria amanhã, tudo seria uma noite gélida e interminavel, onde a única opção seria acomodar-se das sombras da solidão e tristesa para sempre e sempre. Mas em meio ao seu Desespero Circular, algo quebrou aquela atmosfera tenebrosa, era o toca carinhoso da pata de outro felino que viera até ali para vê-lo. A "leorpada" encostava sua pata levemente sobre a dele e procurava a atenção de seus olhos. A lucidez voltara com aquele toque quente sobre sua pele fria e úmida, e o fez levantar a cabeça de modo a encarar a fêmea em sua frente da mesma maneira que um filhote olha para a mãe em busca de proteção. Ela movimentou a cabeça como se o chamasse e intuitivamente ele retribui caminhando com ela para longe dali, embora que antes de se distanciar tenha olhado uma última vez para trás, para sua amada que ali jazia para todo o sempre. Mas as lágrimas do Rei não poderiam ser expostas dessa maneira e ele as engoliu amargas como nunca mais iria engolir. Sentiu-as rasgarem tudo por onde passaram como se fossem suas próprias garras o golpeando e fechou os olhos para que em sua mente se despedir da Rainha.
O caminho incerto que aquela "leoparda" o levava parecia tão familiar embora nunca tivesse ido tão longe em sua vida. Um lugar onde as estrelas brilhavam mesmo com o amanhecer do dia e a brisa soprava fraca, apenas refrescando o ambiente. Milhões de perguntas bombardeavam sua mente e de repente sem mais aguentar, teve de perguntar "quem é você afinal?". A resposta foi o que mais lhe surpreendeu, pois a doce voz da fêmea lhe disse no mais sereno timbre "Sou a mensageira que lhe mostrará a verdade, apenas confie em mim". Ao terminar a frase virou as costas e continuou a caminhar pelo campo que se abria à sua frente. Depois de muito caminhar, quando o sol já estava alto no céu, finalmente ela parou e indicou com a cabeça uma pequena caverna ao pé da montanha. Sem fraquejar o leão pode sentir o espiríto trepidar e sentiu que a verdade na qual ele inconscientemente sempre buscou estava ao seu alcance. Entrou e correu pela rampa de pedra que levava ao topo da montanha; a "leoparda" o seguia correndo da mesma maneira e conforme eles iam correndo naquela rampa circular a luz do sol ia penetrando pelas imperfeições da rocha e iluminava tudo lá dentro. Sua mente começou a clarear, os pensamentos não eram mais nuvens de dúvidas e flashs de memórias iam surgindo em sua mente como flores no campo. A lucidez ia chegando a cada imagem que aparecia na frente dos seus olhos e o corpo já movia-se sozinho, como se tivesse vontade própria!
Até que chegou ao topo da montanha, o fim da rampa revelara uma paisagem indescritível onde podia-se ver toda a floresta e mais além! Foi quando mesmo que deslumbrado com a visão que tinha, podendo enxergar de cima tudo aquilo que um dia foi seu reino, ele sentiu um toque macio em seu braço e sem pensa pós gentilmente a mão no local no qual tinham o tocado. Assim encontrou a mão da "leoparda", mas percebeu que não era uma pata e sim, de fato, uma mão, uma mão humana. Antes que pudesse se surpreender a doce voz acalmou-lhe os ouvidos "Esses somos nós em vidas antes das nossas, onde o mundo inteiro era nosso reino e governavamos tudo daqui. Da nossa queriada Avalon... Consegues te lembrar?". Sem ao menos pensar e sendo surpreendido por si mesmo ele respondeu: "Sim, lembro de nós, desse mar brilhante e de toda a vida que aflora pelos campos quando as fogueiras são acesas. Como poderia simplesmente esquecer de quem realmente sou e de onde é meu lar... Como esquecer de você...".
Quando a noite começara a cair sob a floresta, os felinos desceram da montanha e sairam da caverna. O Rei estava de volta, estava renovado e agora sabia de toda a verdade que havia no mundo. Nada poderia deter o desejo da realeza em voltar para sua terra, seu lar. Embora ele soubesse que não iria conseguir levá-la junto de si, tinha a certeza e a determinação de voltar para buscá-la. E assim o sonho nasceu mais uma vez, uma outra vez. Da morte onde seu animal não conseguiu viver até onde sua alma pode correr... Assim vive o Rei de Avalon, que hoje perece entre as Pétalas da Lótus...
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
As Pétalas da Lotus
A Lótus da Loucura
A Garota do Leopardo
"Corre, corra, correremos juntos não importa o que aconteça!".
O gritou ecoou no céu da floresta e tremulou as copas das árvores. Lá em um canto distante da selva estavam o leão e a leoa batendo em retirada de uma caçada que não havia dado certo e fugiam para um lugar no qual os dois pudessem pertencer. Agora os humanos haviam lhes tomado tudo e não resta abrigo para os nobres animais, que antes eram Rei e Rainha, hoje apenas fugitivos exilados de seu próprio reino. Quando o sol começa a se erguer no céu ouvi-se o rugido triste do leão quebrar a calmaria da manhã e arranhar o som do vento. A leoa, sua eterna amada não estava mais ao seu lado e o sangue banhava suas patas como se fosse um lago vermelho. O reflexo de seu rosto refletiu no sangue denso que descansava no chão ainda úmido, relevando o brilho tímido da água que caia dos seus olhos. Mais um rugido quebrou a monotonia e fez com que os passáros acordassem para enxer os céus, mas dessa vez o som que se ouviu emanava dor e sofrimento. Ainda viva ela perecia imóvel à frente de seu amado. Os olhos fracos mal e mal conseguiam ver a realidade ao seu redor e muito menos ela conseguia sentir o toque delicado da pata do leão em seu rosto.
Assim se foi a vida da Rainha, a Guinevere da Selva jazia no chão úmido sob aquele rio de sangue. Ela deixara seu amado sozinho no mundo o qual foi renegado, amaldiçoado a andar pelas intermináveis florestas daquele planeta preto e branco. Pois a cor de sua vida havia se esvaiado minutos atrás. Eis então que como se tivesse atendido o chamado da noite passada, surge sorrateiramente do meio da mata fechada a sinueta de um felino. O corpo esguio fazia movimento rápidos e precisos por de trás da vegetação e assim pouco a pouco prendia a atenção do leão. Então calmamente o animal saiu da mata para enfim confrontar o leão, era uma leopardo que viera ao encontro de seu Rei. Por um momento o leão paralisou, ficou imóvel e surpreso com o ser que tivera saído das sombras, entretanto sentiu o úmido sangue grudar entre seus dedos e voltou a si...
A Garota do Leopardo
"Corre, corra, correremos juntos não importa o que aconteça!".
O gritou ecoou no céu da floresta e tremulou as copas das árvores. Lá em um canto distante da selva estavam o leão e a leoa batendo em retirada de uma caçada que não havia dado certo e fugiam para um lugar no qual os dois pudessem pertencer. Agora os humanos haviam lhes tomado tudo e não resta abrigo para os nobres animais, que antes eram Rei e Rainha, hoje apenas fugitivos exilados de seu próprio reino. Quando o sol começa a se erguer no céu ouvi-se o rugido triste do leão quebrar a calmaria da manhã e arranhar o som do vento. A leoa, sua eterna amada não estava mais ao seu lado e o sangue banhava suas patas como se fosse um lago vermelho. O reflexo de seu rosto refletiu no sangue denso que descansava no chão ainda úmido, relevando o brilho tímido da água que caia dos seus olhos. Mais um rugido quebrou a monotonia e fez com que os passáros acordassem para enxer os céus, mas dessa vez o som que se ouviu emanava dor e sofrimento. Ainda viva ela perecia imóvel à frente de seu amado. Os olhos fracos mal e mal conseguiam ver a realidade ao seu redor e muito menos ela conseguia sentir o toque delicado da pata do leão em seu rosto.
Assim se foi a vida da Rainha, a Guinevere da Selva jazia no chão úmido sob aquele rio de sangue. Ela deixara seu amado sozinho no mundo o qual foi renegado, amaldiçoado a andar pelas intermináveis florestas daquele planeta preto e branco. Pois a cor de sua vida havia se esvaiado minutos atrás. Eis então que como se tivesse atendido o chamado da noite passada, surge sorrateiramente do meio da mata fechada a sinueta de um felino. O corpo esguio fazia movimento rápidos e precisos por de trás da vegetação e assim pouco a pouco prendia a atenção do leão. Então calmamente o animal saiu da mata para enfim confrontar o leão, era uma leopardo que viera ao encontro de seu Rei. Por um momento o leão paralisou, ficou imóvel e surpreso com o ser que tivera saído das sombras, entretanto sentiu o úmido sangue grudar entre seus dedos e voltou a si...
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
A Lótus da Locura
A Lótus da Locura
Os olhos claros refletem a calmaria das águas que passam à sua frente. O azul puro que transparece nas margens desse pequeno riacho. Ah se tudo fosse tão belo assim, tão verdadeiro assim. Por um momento até posso crer que essa seria a melhor solução para os problemas de hoje, mas o mundo é muito maior do que meu quarto e esse riacho é apenas uma doce ilusão. A idealização de um mundo que pereceria em minhas mãos e dançaria ao meu bel prazer pela simplicidade de minhas palavras. Um sonho bom. Entretanto nem nos sonhos algo assim acontece, por qual razão então que esse desejo iria ser refletido nas águas da verdade? Seria lidar com poderes maiores do que minha própria existência ou apenas uma ganância maior que minha sanidade, pois correr atrás de objetivos tão incrédulos apenas explicitaria minha loucura ao mundo. Ainda assim a realidade seria um lugar melhor para se viver...
Os olhos mesmo que cegos pelo prazer de renegar o animal interior, conseguem ver os detalhes que destoneam a harmonia que existe nas coisas e pessoas, assim relevando pontos que antes não conseguiria ver. Hoje não se escondem mais e por maior que seja o desejo de que isso não ocorra, de que não seja descoberto ou desmascárado, quem esconde tais segredos sabe que o que lhe espera é apenas a revelação de sua verdadeira face na frente de todos à quem enganou. Pois um dia todas as máscaras ão de cair sem se revelarem e o mundo será um lugar solitário onde somente eu saberei da verdade, acabando sozinho por opção, uma vez que o Poder do Rei o isolará de todos ao seu redor. E quando esse momento chegar apenas me restará não alguém nem algo, mas apenas a linda flor-de-lótus que nasce das águas para um dia conquistar o céu.
Os olhos claros refletem a calmaria das águas que passam à sua frente. O azul puro que transparece nas margens desse pequeno riacho. Ah se tudo fosse tão belo assim, tão verdadeiro assim. Por um momento até posso crer que essa seria a melhor solução para os problemas de hoje, mas o mundo é muito maior do que meu quarto e esse riacho é apenas uma doce ilusão. A idealização de um mundo que pereceria em minhas mãos e dançaria ao meu bel prazer pela simplicidade de minhas palavras. Um sonho bom. Entretanto nem nos sonhos algo assim acontece, por qual razão então que esse desejo iria ser refletido nas águas da verdade? Seria lidar com poderes maiores do que minha própria existência ou apenas uma ganância maior que minha sanidade, pois correr atrás de objetivos tão incrédulos apenas explicitaria minha loucura ao mundo. Ainda assim a realidade seria um lugar melhor para se viver...
Os olhos mesmo que cegos pelo prazer de renegar o animal interior, conseguem ver os detalhes que destoneam a harmonia que existe nas coisas e pessoas, assim relevando pontos que antes não conseguiria ver. Hoje não se escondem mais e por maior que seja o desejo de que isso não ocorra, de que não seja descoberto ou desmascárado, quem esconde tais segredos sabe que o que lhe espera é apenas a revelação de sua verdadeira face na frente de todos à quem enganou. Pois um dia todas as máscaras ão de cair sem se revelarem e o mundo será um lugar solitário onde somente eu saberei da verdade, acabando sozinho por opção, uma vez que o Poder do Rei o isolará de todos ao seu redor. E quando esse momento chegar apenas me restará não alguém nem algo, mas apenas a linda flor-de-lótus que nasce das águas para um dia conquistar o céu.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Nuvens que Dançam no Ar
A Calma Tempestade
Me perdendo aos poucos, errando por ai. Esse sou eu, assim que sou, desse jeito que vou. Sem sentido nem caminho, apenas caminhando para aproveitar a noite que venta. As luzes tremulam nas sombras das árvores e a mente viaja em alta velocidade pelo brilhante céu. Busco com minha mente encontrar aquela ilha tão tão distante, perdida em algum lugar da história. O lugar que sento ser meu lar. Não temos rumo nem propósito, apenas estar por estar, ser por ser, assim bem simples sem ter que complicar a simplicidade do mundo. Nada é complicado, apenas nós, nossa cultura e custumes que complicados, criamos problemas onde não há e negamos a natureza que cresce no peito. Apenas deixe-se ser. Seja, veja, viva. Tudo volta para seu rumo, mesmo que você não tenha um ou não sabia qual é, um dia pode ter certeza vai notar-lo.
Não sei o que dizer para expressar mais o que sinto, é como se as palavras me tivessem sido roubadas, e isso já me aconteceu outra vez. Dei a volta por cima, entretanto não sei se tenho forças o bastante para fazer de novo... É como se o tempo passasse forte por mim e não deixasse que minhas palavras fossem eternizadas em papel ou aqui em meio digital. Não sei o que aconteceu, mas alguma coisa mudou. Talvez seja a época do ano eu não sei. Por mais que as idéias venham a minha cabeça simplesmente as coisas não saem pelos dedos, pois, talvez, o filtro que eu mesmo criei me impede de simplesmente escrever, sem se importar com sentido ou qualquer coisa assim. Da solução não sei, mas acredito que como tudo é como um círculo, posso eu então voltar a ler os antigos grimórios que escrevi e assim me encontrar. Mergulhar dentro de mim e abrir os olhos lá embaixo para ver o que é que acho, se assim eu me encontro enfim. Afinal o que mais procuramos normalmente está sempre ao nosso alcance, mas a busca cega e não lhe deixa ver o que está na frente de nossos rostos.
Me perdendo aos poucos, errando por ai. Esse sou eu, assim que sou, desse jeito que vou. Sem sentido nem caminho, apenas caminhando para aproveitar a noite que venta. As luzes tremulam nas sombras das árvores e a mente viaja em alta velocidade pelo brilhante céu. Busco com minha mente encontrar aquela ilha tão tão distante, perdida em algum lugar da história. O lugar que sento ser meu lar. Não temos rumo nem propósito, apenas estar por estar, ser por ser, assim bem simples sem ter que complicar a simplicidade do mundo. Nada é complicado, apenas nós, nossa cultura e custumes que complicados, criamos problemas onde não há e negamos a natureza que cresce no peito. Apenas deixe-se ser. Seja, veja, viva. Tudo volta para seu rumo, mesmo que você não tenha um ou não sabia qual é, um dia pode ter certeza vai notar-lo.
Não sei o que dizer para expressar mais o que sinto, é como se as palavras me tivessem sido roubadas, e isso já me aconteceu outra vez. Dei a volta por cima, entretanto não sei se tenho forças o bastante para fazer de novo... É como se o tempo passasse forte por mim e não deixasse que minhas palavras fossem eternizadas em papel ou aqui em meio digital. Não sei o que aconteceu, mas alguma coisa mudou. Talvez seja a época do ano eu não sei. Por mais que as idéias venham a minha cabeça simplesmente as coisas não saem pelos dedos, pois, talvez, o filtro que eu mesmo criei me impede de simplesmente escrever, sem se importar com sentido ou qualquer coisa assim. Da solução não sei, mas acredito que como tudo é como um círculo, posso eu então voltar a ler os antigos grimórios que escrevi e assim me encontrar. Mergulhar dentro de mim e abrir os olhos lá embaixo para ver o que é que acho, se assim eu me encontro enfim. Afinal o que mais procuramos normalmente está sempre ao nosso alcance, mas a busca cega e não lhe deixa ver o que está na frente de nossos rostos.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Deflexão
Viagem pelas Palavras
Pelas palavras me solto, pelas palavras eu viajo. Esse sou eu, essa é minha casa. Aqui nada tem limite e tudo é permitido, um lugar onde meus mais loucos sonhos podem enfim ganhar vida. Ninguém irá me reprimir ou ir contra o que falo ou penso, aqui posso correr. O mar infinito de palavras e palavras onde as histórias mais bonitas são contadas em um simples emarranhado de letras. Minha própria história foi contadada aqui, eu me descrevo em palavras por folhas e folhas e folhas, nunca conseguindo definir ou limitar, nunca ficando satisfeito com o que está escrito, mas sem jamais apagar. Pois o que a mente definha em sua lucides não devem ser simplesmente esquecidas apenas com o passar das correntes do tempo. E assim torno-me imortal enfim! Palavras nunca morrem. Letra após letra, nem pensar muito não, se não não ficaria bom. Por isso diversos monstros já foram criados, com palavras erradas, uma escrita chula e pobre, com pontos e virgulas totalmente erradas e desnecessárias. Mas esse sou eu, nunca fui perfeito e nem o que escrevo um dia será! Ainda que no momento do nascimento de meus imperfeitos textos eu os tenha odiado, hoje quando olho para cada um deles e vejo as maravilhas que são, fico impressionado em como consegui criar algo tão bom, pois não vejo em mim tal capacidade. Entretanto essa é a realidade que se apresenta e ainda assim mesmo com toda essa reflexão e pensamentos ilógicos a cerca de mim mesmo, não consegui me encontrar saber quem afinal eu sou. Creio que a busca esteja longe no fim, mesmo que a cada dia eu esteja mais próximo da resposta... Alias, todos estamos.
Pelas palavras me solto, pelas palavras eu viajo. Esse sou eu, essa é minha casa. Aqui nada tem limite e tudo é permitido, um lugar onde meus mais loucos sonhos podem enfim ganhar vida. Ninguém irá me reprimir ou ir contra o que falo ou penso, aqui posso correr. O mar infinito de palavras e palavras onde as histórias mais bonitas são contadas em um simples emarranhado de letras. Minha própria história foi contadada aqui, eu me descrevo em palavras por folhas e folhas e folhas, nunca conseguindo definir ou limitar, nunca ficando satisfeito com o que está escrito, mas sem jamais apagar. Pois o que a mente definha em sua lucides não devem ser simplesmente esquecidas apenas com o passar das correntes do tempo. E assim torno-me imortal enfim! Palavras nunca morrem. Letra após letra, nem pensar muito não, se não não ficaria bom. Por isso diversos monstros já foram criados, com palavras erradas, uma escrita chula e pobre, com pontos e virgulas totalmente erradas e desnecessárias. Mas esse sou eu, nunca fui perfeito e nem o que escrevo um dia será! Ainda que no momento do nascimento de meus imperfeitos textos eu os tenha odiado, hoje quando olho para cada um deles e vejo as maravilhas que são, fico impressionado em como consegui criar algo tão bom, pois não vejo em mim tal capacidade. Entretanto essa é a realidade que se apresenta e ainda assim mesmo com toda essa reflexão e pensamentos ilógicos a cerca de mim mesmo, não consegui me encontrar saber quem afinal eu sou. Creio que a busca esteja longe no fim, mesmo que a cada dia eu esteja mais próximo da resposta... Alias, todos estamos.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Momento Oportuno
Vozes do Eu
Por vezes acreditei que deveria ser mais impessoal e assim fui-me restringindo a não falar certas coisas. Meus textos começaram a perder a vida e não sentia mais neles a vitalidade que antes pudera sentir, era como se tivessem mortos, ou apenas com menos intensidade. Eram sentimentos mascarados, as mesmas máscaras que condeno eu mesmo punha em meus textos. Tentava assim não falar de ninguém, de nenhuma situação e colocava outras coisas para que no fim tudo isso que realmente queria por para fora ficasse nas entrelinhas. Não digo que não tenha funcionado, até porque obtive resultados, eu ficava mais leve e sentia que aquilo tinha passado, mesmo que não por completo. Mas faltava algo, faltava a cereja do bolo a parte final da obra-prima assim como existia nas memórias de meu caderno.
Consegui descobrir a peça que faltava em meu quebra-cabeças, era algo simples, algo amador que eu havia perdido há tempos atrás. Era a simples paixão por escrever e só escrever, sem querer ou fazer para que alguém possa ler, sem esconder informações, pensamentos ou sensações. Perdi o que antes era eu mesmo descrito em palavras, e só quando ouvi minhas próprias palavras pude notar que essa era a mágia que havia naquilo que escrevia. Fui tão impessoal que as vezes tinha de pensar antes de escrever, refletir para saber como ficaria bom o texto, se teria nexo ou se encaixaria. Entretanto agora me pergunto: Porquê?Pra quê? Das primeiras palavras que escrevi pouco me importava quem iria ler, embora sempre soubesse que alguém um dia veria eu pouco me importava. Aquilo era pessoal, era eu afinal.
Agora tento resgatar o que eu acreditava ser o mais belo que possuía, que aos meus olhos nunca foi nada demais, apenas agia com o coração e nem pensava em como isso iria soar. De meus sonhos pude encontrar a chave que procurava, e não me culpem, pois o que escreverei aqui sou eu e minha vida, nada além disso. Minhas loucuras secretas que precisam de um escape, a imaginação que voa alto e a solidão sob a luz negra da lua. Coisas assim que pairam em minha mente e que há muito já ilustraram esse espaço, hoje irão retornar para me lembrar de seus marcas e cicatrizes. Espero que possa enfim dar mais um passo na procura do meu eu.
Por vezes acreditei que deveria ser mais impessoal e assim fui-me restringindo a não falar certas coisas. Meus textos começaram a perder a vida e não sentia mais neles a vitalidade que antes pudera sentir, era como se tivessem mortos, ou apenas com menos intensidade. Eram sentimentos mascarados, as mesmas máscaras que condeno eu mesmo punha em meus textos. Tentava assim não falar de ninguém, de nenhuma situação e colocava outras coisas para que no fim tudo isso que realmente queria por para fora ficasse nas entrelinhas. Não digo que não tenha funcionado, até porque obtive resultados, eu ficava mais leve e sentia que aquilo tinha passado, mesmo que não por completo. Mas faltava algo, faltava a cereja do bolo a parte final da obra-prima assim como existia nas memórias de meu caderno.
Consegui descobrir a peça que faltava em meu quebra-cabeças, era algo simples, algo amador que eu havia perdido há tempos atrás. Era a simples paixão por escrever e só escrever, sem querer ou fazer para que alguém possa ler, sem esconder informações, pensamentos ou sensações. Perdi o que antes era eu mesmo descrito em palavras, e só quando ouvi minhas próprias palavras pude notar que essa era a mágia que havia naquilo que escrevia. Fui tão impessoal que as vezes tinha de pensar antes de escrever, refletir para saber como ficaria bom o texto, se teria nexo ou se encaixaria. Entretanto agora me pergunto: Porquê?Pra quê? Das primeiras palavras que escrevi pouco me importava quem iria ler, embora sempre soubesse que alguém um dia veria eu pouco me importava. Aquilo era pessoal, era eu afinal.
Agora tento resgatar o que eu acreditava ser o mais belo que possuía, que aos meus olhos nunca foi nada demais, apenas agia com o coração e nem pensava em como isso iria soar. De meus sonhos pude encontrar a chave que procurava, e não me culpem, pois o que escreverei aqui sou eu e minha vida, nada além disso. Minhas loucuras secretas que precisam de um escape, a imaginação que voa alto e a solidão sob a luz negra da lua. Coisas assim que pairam em minha mente e que há muito já ilustraram esse espaço, hoje irão retornar para me lembrar de seus marcas e cicatrizes. Espero que possa enfim dar mais um passo na procura do meu eu.
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