Imperfeições do Eu
Há certas coisas que gostaria de falar, há certas coisas que não sei como dizer, há verdades que não consigo sempre esconder. Existem tantas e tantas coisas aqui comigo. Existem caminhos que não sei traçar, que só conheço como andar depois que estou neles, mas o que adianta se eles não consigo encontrar. Uma vez me perdi e quando vi já estava em uma longa estrada que muito me ensinou. Percorrer o mesmo caminho é burrice, mas a vontade que cresce no ser faz com que isso passe a ser uma possibilidade mesmo que esteja claro não iria dar certo. Das montanhas já conheço, os desafios continuam o mesmo e a roda giraria da mesma forma e ritmo. E o moinho não pode ser sempre o mesmo, ter sempre a mesma rotina.
Dos ares novos que me trazem aqui, das coisas que correm e morrem por terra, eu não posso falar. Falharia só em pensar, me desanimo em dizer e não arrisco para não obter. Seria direto demais, cru demais, seco demais. Nesse mundo em que tudo precisa ser embelezado, bezundado com o tempo e retocado com uma falsidade lisa tão fina como uma simples película de água, para que tenha a cor intensa da verdade nua e crua, tudo se faz mais difícil e irreal ao mesmo tempo. Onde os mais incredúlos possuem mais, onde aqueles que não pensam e que não hajem são mais valorizados, nesse mundo de cabeças pro ar. Eu não consigo viver em paz. Pois de tudo o que guardo em mim, queria dizer aos ventos... E então todos apaixonados ficariam pela virtuda que afloraria no ar e viveria nos ventos dos quatro cantos do mundo, purificando toda essa horda de ilusões.
Os pensamentos que a mente já não mais suporta ter são passados adiante para que alguém mais possa ver que a loucura não pertence há uma só pessoa...
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Em que velocidade você anda?
Rota 1991
As estradas correm rápido e passam por mim sem que eu perceba. Aumento a velocidade para não perder de vista esses sonhos malucos que fazem com que o motor continue ligado. O velocímetro começa a subir constantemente enquanto vou pisando fundo no acelerador, o vento começa a assoviar e parece até cantar as músicas mais loucas que me dizem para ir mais rápido mais rápido. Conta-giros não existe mais! As rotações são tantas e tão poucos segundos que o ponteiro já parou de funcionar. Enxergo apenas o sol no horizonte distante e sei que tenho que alcança-lo de alguma maneira, nessa corrida contra mim mesmo. Vamos deslizando pelas curvas e ultrapassando as barreiras do cotidiano, não ligo mais para essas coisas pequenas que se intrometem no meu caminho. Tudo é tão pequeno e passageiro, apenas tenho que aumentar a velocidade para não sentir-los passar. O pé afunda o pedal sem parar e o ronco desse motor me faz sonhar cada vez mais alto, voando baixo já nessa estrada sem rota certa. O circulo completo da vida roda em mim e apenas aquilo que de fato importa é o que está explicito no painel de instrumentos, nada de pequenos problemas sem relevância, coisas que serão apagadas perante a robustez da vida e do tempo. Para onde você vai? Para qualquer lugar que me leve para longe de mim mesmo, para um lugar onde possa eu ser sempre verdadeiro sem que me julguem com suas opiniões sem sentido, afinal eles não sabem o que sinto aqui dentro. Ninguém conhece minha lógica de funcionamento, por isso não tenho concerto. Talvez até haja um alguém que entende um pouco, que conseguiu ver que essa mecânica toda é mais simples do que aparenta e que há mais efeitos visuais que funcionalidade em si. O pedal do acelerador serve para aumentar a velocidade, o freio para não entrar rápido demais nas curvas e o freio de mão para segurar quando estiver caindo no declive. Simples e fácil. Sem marchas, sem embreagem.
A freada brusca trava tudo e faz com que os sonhos se percam no horizonte, logo após aquela curva dos 18 anos. E só agora com velocidade reduzida vejo que me perdi há tempos. Não reconheço mais esse caminho, mas quem se importa afinal? E o pé volta cair sobre o pedal. A frente impina e com uma força extrema tudo avança pegando novamente velocidade, se parar já era ficará para trás. Nunca pare, jamais pare. Tudo recomeça e a velocidade vem e vem. Esse ciclo, minha "mecanica" por assim dizer, já me falava "é como um circulo baby", e lá vamos nós de novo!
As estradas correm rápido e passam por mim sem que eu perceba. Aumento a velocidade para não perder de vista esses sonhos malucos que fazem com que o motor continue ligado. O velocímetro começa a subir constantemente enquanto vou pisando fundo no acelerador, o vento começa a assoviar e parece até cantar as músicas mais loucas que me dizem para ir mais rápido mais rápido. Conta-giros não existe mais! As rotações são tantas e tão poucos segundos que o ponteiro já parou de funcionar. Enxergo apenas o sol no horizonte distante e sei que tenho que alcança-lo de alguma maneira, nessa corrida contra mim mesmo. Vamos deslizando pelas curvas e ultrapassando as barreiras do cotidiano, não ligo mais para essas coisas pequenas que se intrometem no meu caminho. Tudo é tão pequeno e passageiro, apenas tenho que aumentar a velocidade para não sentir-los passar. O pé afunda o pedal sem parar e o ronco desse motor me faz sonhar cada vez mais alto, voando baixo já nessa estrada sem rota certa. O circulo completo da vida roda em mim e apenas aquilo que de fato importa é o que está explicito no painel de instrumentos, nada de pequenos problemas sem relevância, coisas que serão apagadas perante a robustez da vida e do tempo. Para onde você vai? Para qualquer lugar que me leve para longe de mim mesmo, para um lugar onde possa eu ser sempre verdadeiro sem que me julguem com suas opiniões sem sentido, afinal eles não sabem o que sinto aqui dentro. Ninguém conhece minha lógica de funcionamento, por isso não tenho concerto. Talvez até haja um alguém que entende um pouco, que conseguiu ver que essa mecânica toda é mais simples do que aparenta e que há mais efeitos visuais que funcionalidade em si. O pedal do acelerador serve para aumentar a velocidade, o freio para não entrar rápido demais nas curvas e o freio de mão para segurar quando estiver caindo no declive. Simples e fácil. Sem marchas, sem embreagem.
A freada brusca trava tudo e faz com que os sonhos se percam no horizonte, logo após aquela curva dos 18 anos. E só agora com velocidade reduzida vejo que me perdi há tempos. Não reconheço mais esse caminho, mas quem se importa afinal? E o pé volta cair sobre o pedal. A frente impina e com uma força extrema tudo avança pegando novamente velocidade, se parar já era ficará para trás. Nunca pare, jamais pare. Tudo recomeça e a velocidade vem e vem. Esse ciclo, minha "mecanica" por assim dizer, já me falava "é como um circulo baby", e lá vamos nós de novo!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Luzes da Lucidez
Retrato sob o Sol do Tempo
Irei me esquecer do seu rosto com o passar dos anos, assim como uma antiga foto que vai perdendo a cor. Já não me lembro mais da sua voz, e do seu olhar indo em encontro ao meu. Os anos passaram e apenas ficou na memória flashs de uma pessoa que não existe mais, momentos especiais, de um tempo especial que ficou para trás, lá quando eu ainda era jovem o suficiente para não saber o que de fato era viver. O que ainda vive dentro de mim são apenas lembranças de sentimentos que marcaram minha vida... Um dia vou esquecer até seu nome, e quem sabe até me arrepiar ao ouvi-lo mesmo sem conseguir lembrar do porque. Seu rosto irá se desfocar nas minhas memórias, mais do que hoje já está, e somente vou lembrar de que uma menina conseguiu mudar minha vida com simples atos que mal e mal consigo explicar. Meus netos ficaram deslumbrados com as histórias e ao olhar para o horizonte, deixando o vento afagar meu rosto enrugado eu ei de voltar no tempo para mais uma vez sentir aquele abraço quente que reconfortava e fazia flutuar. Eu amei uma ilusão que hoje já se perdeu em meio a multidão. Hoje já não sei se era delírio ou desilusão, amor ou ficção, mas tenho certeza que o peito ficava quente amolecia com o suave toque se sua pele. Bons tempos aqueles em que por ti eu de joelhos cai. Pena que do teu rosto eu não recordo mais, entretanto o ano não consigo não lembrar, pois aquele 2006 marcou muitas coisas, que não me permitiram esquecer de tal número. Ah um dia não vou mais lembrar do seu rosto, seu sorriso, seu olhar, e quando esse dia chegar, vou ter ainda a certeza de continuar a te amar...
Irei me esquecer do seu rosto com o passar dos anos, assim como uma antiga foto que vai perdendo a cor. Já não me lembro mais da sua voz, e do seu olhar indo em encontro ao meu. Os anos passaram e apenas ficou na memória flashs de uma pessoa que não existe mais, momentos especiais, de um tempo especial que ficou para trás, lá quando eu ainda era jovem o suficiente para não saber o que de fato era viver. O que ainda vive dentro de mim são apenas lembranças de sentimentos que marcaram minha vida... Um dia vou esquecer até seu nome, e quem sabe até me arrepiar ao ouvi-lo mesmo sem conseguir lembrar do porque. Seu rosto irá se desfocar nas minhas memórias, mais do que hoje já está, e somente vou lembrar de que uma menina conseguiu mudar minha vida com simples atos que mal e mal consigo explicar. Meus netos ficaram deslumbrados com as histórias e ao olhar para o horizonte, deixando o vento afagar meu rosto enrugado eu ei de voltar no tempo para mais uma vez sentir aquele abraço quente que reconfortava e fazia flutuar. Eu amei uma ilusão que hoje já se perdeu em meio a multidão. Hoje já não sei se era delírio ou desilusão, amor ou ficção, mas tenho certeza que o peito ficava quente amolecia com o suave toque se sua pele. Bons tempos aqueles em que por ti eu de joelhos cai. Pena que do teu rosto eu não recordo mais, entretanto o ano não consigo não lembrar, pois aquele 2006 marcou muitas coisas, que não me permitiram esquecer de tal número. Ah um dia não vou mais lembrar do seu rosto, seu sorriso, seu olhar, e quando esse dia chegar, vou ter ainda a certeza de continuar a te amar...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Indescritível
Na Balada do Sonho Vivo
Ao ouvir aquelas músicas, as notas penetravam no corpo e pousavam na alma como suaves borboletas. Nisso o estado de êxtase chegava ao seu pico e o corpo de carne e osso se transformava em energia pura que se misturava com a multidão. Podia sentir as partes do corpo de estendendo por toda a área, numa propagação ritmada pela guitarra que ecoava ao fundo, fazendo com que a melodia ditasse toda uma sincronia de emoções e imaginação. Como se fosse um turbilhão de pura emoção, pois creio que ninguém ali conseguia acreditar que de fato estava a viver tal acontecimento. Um evento que por si só já trás força suficiente para mover os mares, estava todo compactado em um único local, com milhares de sonhadores que viviam um sonho em plena lucidez. Em minha mente brotavam imagens, memórias, cenas de lugares que nunca vi, coisas que nunca vivi, lembranças confusas de momentos memoráveis, mas totalmente inexplicáveis que de certa forma eu lembrava naquele momento, movido pela melodia que entornava o lugar. Os flashs de lembranças continuavam a cada nova música e ao mesmo tempo em que a mente viajava pelas ondas sonoras que se encaixavam perfeitamente nos elos perdidos da alma, o corpo sentia na pele o vento que o fazia se desfazer em energia, que o relaxava e dançava ao ritmo da música. Lá no centro de tudo isso, alguém que proporcionava tal fenômeno tão inexplicável, uma pessoa que veio das terras das quais eu devo voltar, alguém que trás consigo uma carga de experiência tão inimaginável quanto ao que vinha na mente. Alguém especial por si só. Sabia de certa maneira que ele também podia sentir o bem que suas palavras emanavam e sentia a aura que tomara conta do lugar.
Em meu íntimo sei que o eram aquelas imagens desfocadas que minha mente reproduzia com tanta firmeza, mas fico com receio de descobrir o que há por de trás de tudo aquilo que vi com os olhos de meu próprio espírito. Porque não tenho a certeza de que será isso que irá me confirmar o que desde sempre a mente veio a imaginar, entretanto creio cegamente que essas coisas já aconteceram e o presságio de que tudo mudará continua cada vez mais forte, como se agora a árvore estivesse prestes a dar seus belíssimos frutos. Fica aqui então a lembrança de que os ventos mudarão e meu nome desaparecerá das mentes alheias para um dia voltar a brilhar como nunca antes alguém viu. Fazendo desacreditar e impressionar aqueles que ousaram um dia esquecer do quão importante podemos ser... Jamais feche seus olhos para essa beleza do ser, do nascer e da vida como um todo.
Ao ouvir aquelas músicas, as notas penetravam no corpo e pousavam na alma como suaves borboletas. Nisso o estado de êxtase chegava ao seu pico e o corpo de carne e osso se transformava em energia pura que se misturava com a multidão. Podia sentir as partes do corpo de estendendo por toda a área, numa propagação ritmada pela guitarra que ecoava ao fundo, fazendo com que a melodia ditasse toda uma sincronia de emoções e imaginação. Como se fosse um turbilhão de pura emoção, pois creio que ninguém ali conseguia acreditar que de fato estava a viver tal acontecimento. Um evento que por si só já trás força suficiente para mover os mares, estava todo compactado em um único local, com milhares de sonhadores que viviam um sonho em plena lucidez. Em minha mente brotavam imagens, memórias, cenas de lugares que nunca vi, coisas que nunca vivi, lembranças confusas de momentos memoráveis, mas totalmente inexplicáveis que de certa forma eu lembrava naquele momento, movido pela melodia que entornava o lugar. Os flashs de lembranças continuavam a cada nova música e ao mesmo tempo em que a mente viajava pelas ondas sonoras que se encaixavam perfeitamente nos elos perdidos da alma, o corpo sentia na pele o vento que o fazia se desfazer em energia, que o relaxava e dançava ao ritmo da música. Lá no centro de tudo isso, alguém que proporcionava tal fenômeno tão inexplicável, uma pessoa que veio das terras das quais eu devo voltar, alguém que trás consigo uma carga de experiência tão inimaginável quanto ao que vinha na mente. Alguém especial por si só. Sabia de certa maneira que ele também podia sentir o bem que suas palavras emanavam e sentia a aura que tomara conta do lugar.
Em meu íntimo sei que o eram aquelas imagens desfocadas que minha mente reproduzia com tanta firmeza, mas fico com receio de descobrir o que há por de trás de tudo aquilo que vi com os olhos de meu próprio espírito. Porque não tenho a certeza de que será isso que irá me confirmar o que desde sempre a mente veio a imaginar, entretanto creio cegamente que essas coisas já aconteceram e o presságio de que tudo mudará continua cada vez mais forte, como se agora a árvore estivesse prestes a dar seus belíssimos frutos. Fica aqui então a lembrança de que os ventos mudarão e meu nome desaparecerá das mentes alheias para um dia voltar a brilhar como nunca antes alguém viu. Fazendo desacreditar e impressionar aqueles que ousaram um dia esquecer do quão importante podemos ser... Jamais feche seus olhos para essa beleza do ser, do nascer e da vida como um todo.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Uma Lição Ou Não
Um Drama para a Vida
O que seria de nossas existências sem que houvesse uma história? Um traçado digno de livros e estudos afins, tais como os que encontramos por ai sobre as grandes celebridades da humanidade. Cada dia uma história e uma história em cada dia. Quem nunca quis fazer-se elevar para que todos o conhecessem, ter as luzes dos holofotes iluminando seus rostos em meio a noite estrelada, envolta de música e flashs rápidos que cruzam o campo de visão? Quem nunca quis viver aquele filme romântico em que o amor brota até do chão e nos arranca lágrimas emocionadas pela felicidade dos personagens, que embora fictícios nos parecem tão reais. Quem nunca quis viver uma aventura em que sabes que irá conseguir voltar para casa e que o mundo todo saberá de seus feitos? Quem nunca quis ser Arthur, e dominar a Bretanha? Ou Gandhi e espalhar o bem mundo à fora? Até mesmo ser reconhecido como um grande líder como o qual foi Napoleão? Entrar para história, fazendo história.
Viver um drama, procurar de maneira implícita por aquele sofrimento gostoso que nos faz sentir vivos e não deixa com que a mente esqueça de que ser feliz é sempre melhor. Procurar por aquele abraço cinematográfico do amigo que tu sabes que podes confiar, e se entregar aos cuidados da pessoa amada que lhe entenderá por completo. Fixar a imagem daquele romance de quanto éramos jovens e não sabíamos das incertezas que o mundo tem para nos mostrar. Viver intensamente sem nem ao menos saber. Ah quem nunca quis viver um filme, só para poder conhecer o que realmente quer dizer o "felizes para sempre". Perder o medo de falar e simplesmente ser verdadeiro consigo mesmo e com o mundo, falando o que a mente diz e não o que o corpo simplesmente quer. Quebrando as barreiras da sociedade e voltando aos tempos antigos que a ignorância nos permitia ousar mais... Faça assim, de sua maneira, seja ela qual for, a vida ter um sentindo para que não seja esquecida nos anos que virão e que tu mesmo possa relembrar dos momentos que passaram, com aquela saudade gostosa que trás consigo a nostalgia e o sorriso mais sincero que possuís, fazendo com que apareça a aura de felicidade que à todos contagiará. Em outras palavras, viva seu drama, pois o final feliz acontece dia após dia, só cabe a nós podermos reconhecer-lo.
O que seria de nossas existências sem que houvesse uma história? Um traçado digno de livros e estudos afins, tais como os que encontramos por ai sobre as grandes celebridades da humanidade. Cada dia uma história e uma história em cada dia. Quem nunca quis fazer-se elevar para que todos o conhecessem, ter as luzes dos holofotes iluminando seus rostos em meio a noite estrelada, envolta de música e flashs rápidos que cruzam o campo de visão? Quem nunca quis viver aquele filme romântico em que o amor brota até do chão e nos arranca lágrimas emocionadas pela felicidade dos personagens, que embora fictícios nos parecem tão reais. Quem nunca quis viver uma aventura em que sabes que irá conseguir voltar para casa e que o mundo todo saberá de seus feitos? Quem nunca quis ser Arthur, e dominar a Bretanha? Ou Gandhi e espalhar o bem mundo à fora? Até mesmo ser reconhecido como um grande líder como o qual foi Napoleão? Entrar para história, fazendo história.
Viver um drama, procurar de maneira implícita por aquele sofrimento gostoso que nos faz sentir vivos e não deixa com que a mente esqueça de que ser feliz é sempre melhor. Procurar por aquele abraço cinematográfico do amigo que tu sabes que podes confiar, e se entregar aos cuidados da pessoa amada que lhe entenderá por completo. Fixar a imagem daquele romance de quanto éramos jovens e não sabíamos das incertezas que o mundo tem para nos mostrar. Viver intensamente sem nem ao menos saber. Ah quem nunca quis viver um filme, só para poder conhecer o que realmente quer dizer o "felizes para sempre". Perder o medo de falar e simplesmente ser verdadeiro consigo mesmo e com o mundo, falando o que a mente diz e não o que o corpo simplesmente quer. Quebrando as barreiras da sociedade e voltando aos tempos antigos que a ignorância nos permitia ousar mais... Faça assim, de sua maneira, seja ela qual for, a vida ter um sentindo para que não seja esquecida nos anos que virão e que tu mesmo possa relembrar dos momentos que passaram, com aquela saudade gostosa que trás consigo a nostalgia e o sorriso mais sincero que possuís, fazendo com que apareça a aura de felicidade que à todos contagiará. Em outras palavras, viva seu drama, pois o final feliz acontece dia após dia, só cabe a nós podermos reconhecer-lo.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Just what I know
Todos Temos Asas
E quando o mundo recomeça a girar o sentido se põe em prumo novamente. Assim se faz a vida. Enquanto todos acham que o céu é o limite, eu descubro o universo. Eles procuram estar nas nuvens enquanto me torno um caçador de estrelas. O universo me fascina, admito, porém nem sempre pude estar nas alturas para observá-lo de perto, pois a linha da vida que nos conduz como meros fantoches nem sempre libera nossas asas para voar. Por vezes até me ponho a crer que de fato as coisas acontecem de formas certas, entretanto de modos estranhos, e a coisa toda vai funcionando bem, plenamente bem. A mente se liberta das correntes humanas aos poucos e vai ficando robusta com o tempo, é o que chamam de evolução. Uma evolução neural que pode ser levada à outro nível de vida, outro nível de percepção do todo que é a Terra em si. Livrar-se do animal que nos prende e deixar com que a alma (ou seja lá como você cre que seja) tome conta e mostre-te algo aquém do que vê no dia-a-dia morbido, algo diferente do cotidiano. Os olhos ainda serão os mesmo, mas com um brilho diferente. A luz das estrelas espelhar-se-á na face da iris, banhando-a com uma cor que somente a natureza seria capaz de criar, algo que todos irão perceber mesmo sem saber do que se trata. O céu ficará livre, assim como os mares e onde quer que queira explorar, porque o pensamento voa rápido e colore as paredes da mente nas cores do pôr-do-sol.
Tudo se repete sabia? Tudo é feito de circulos, até mesmo os planetas. Mesmo que não acredistes, pois não o forçarei a crer no que escrevo, nem que siga o que falo, apenas digo-te para que lembres bem de cada palavra, porque quando estivermos lá na frente quero te ver lembrar que uma vez eu já havia profetizado as realidades nas quais negastes. De alguma maneira, posso ouvir as vozes dos ventos e sentir o que a terra tem a dizer sobre o futuro que virá. Ou ainda consigo ler a lingua simples dos livros do destino, onde está explicita toda a lógica fula da sociedade, afinal ainda somos animais, somos macacos. Sendo assim, tudo não se passa e não se limita em algo diferente do que já aconteceu, somente as pessoas mudam, os fatos ficam e ficam por muito tempo... Enfim, a mente se transformou em algo que decolou um alta velocidade, livrando-se das correntes mortais que a prendiam na ignorancia da humanidade e voou para um lugar no qual tenho certeza que já estive, mas que não lembro ter vivido... Provavelmente algo parecido com Alkazam, que já descrevi uma vez.
E quando o mundo recomeça a girar o sentido se põe em prumo novamente. Assim se faz a vida. Enquanto todos acham que o céu é o limite, eu descubro o universo. Eles procuram estar nas nuvens enquanto me torno um caçador de estrelas. O universo me fascina, admito, porém nem sempre pude estar nas alturas para observá-lo de perto, pois a linha da vida que nos conduz como meros fantoches nem sempre libera nossas asas para voar. Por vezes até me ponho a crer que de fato as coisas acontecem de formas certas, entretanto de modos estranhos, e a coisa toda vai funcionando bem, plenamente bem. A mente se liberta das correntes humanas aos poucos e vai ficando robusta com o tempo, é o que chamam de evolução. Uma evolução neural que pode ser levada à outro nível de vida, outro nível de percepção do todo que é a Terra em si. Livrar-se do animal que nos prende e deixar com que a alma (ou seja lá como você cre que seja) tome conta e mostre-te algo aquém do que vê no dia-a-dia morbido, algo diferente do cotidiano. Os olhos ainda serão os mesmo, mas com um brilho diferente. A luz das estrelas espelhar-se-á na face da iris, banhando-a com uma cor que somente a natureza seria capaz de criar, algo que todos irão perceber mesmo sem saber do que se trata. O céu ficará livre, assim como os mares e onde quer que queira explorar, porque o pensamento voa rápido e colore as paredes da mente nas cores do pôr-do-sol.
Tudo se repete sabia? Tudo é feito de circulos, até mesmo os planetas. Mesmo que não acredistes, pois não o forçarei a crer no que escrevo, nem que siga o que falo, apenas digo-te para que lembres bem de cada palavra, porque quando estivermos lá na frente quero te ver lembrar que uma vez eu já havia profetizado as realidades nas quais negastes. De alguma maneira, posso ouvir as vozes dos ventos e sentir o que a terra tem a dizer sobre o futuro que virá. Ou ainda consigo ler a lingua simples dos livros do destino, onde está explicita toda a lógica fula da sociedade, afinal ainda somos animais, somos macacos. Sendo assim, tudo não se passa e não se limita em algo diferente do que já aconteceu, somente as pessoas mudam, os fatos ficam e ficam por muito tempo... Enfim, a mente se transformou em algo que decolou um alta velocidade, livrando-se das correntes mortais que a prendiam na ignorancia da humanidade e voou para um lugar no qual tenho certeza que já estive, mas que não lembro ter vivido... Provavelmente algo parecido com Alkazam, que já descrevi uma vez.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Série: O Quarto Onde o Dia Nunca Nasceu
O Quarto Onde o Dia Nunca Nasceu
Parte 2 de 2
Queria ter nascido desenho animado, para viver 12 ou 13 episódios, uma ou duas temporadas quem sabe mais, isso não importa, pois iria a felicidade de cada episódio e morrer sem deixar de existir quando chegasse ao fim da história. Reviveria a cada "play" que alguém desse e saberia que apenas as alegrias da fantasia estariam à minha espera, porque não teria de me preocupar com as incertezas do mundo e tudo acabaria bem no final... Ou se não haveria outra temporada. Teria uma aventura, uma paixão e conheceria o verdadeiro significado da palavra amor, com algo inocente e sem duplos sentidos, tão puro que transpareceria da humanidade que temos em nosso seio. Teria uma vida de aventuras, batalhas, romances e até mesmo mágia! Teria de fato algo à chamar de vida. Creio que assim minha alma se acalmaria, sentiria-me satisfeito por fim, sem esse vazio que consome a cada dia a inutilidade de objetivos fulos e sem profundidade, sem razão, sem importância.
Venceria por fim meu maior inimigo, não teria que ver ele tirar aqueles que amo sem piedade e também por ao léu minhas tão preciosas lembranças, venceria o tempo. Iria viver e morrer como se nada tivesse acontecido, pois estaria vivo para sempre na mente alheia que por gerações tocariam seus olhos em meu sorriso através do monitor. A vida da animação, do personagem, a minha vida, iria fluir pela tela e o espectador sentiria em seu peito a beleza dos sentimentos e quem sabe até entender um pouco do que se trata essa existência que chamamos de vida. Assim como eu faço agora. Busco mais do que simplesmente viver. Busco o que está além, a aventura de uma vida, as loucuras de fato loucas que se pode fazer e tentar descobrir o quão não-animal é isso que chamamos de amor. Algo que vai além do corpo, que acalenta a alma e não o corpo, que te faz descansar em braços cheios de plenitude onde não sentes mais seu interior pulsando e implorando por ser ouvido. Busco em mim mesmo a não humanidade, a intelectualidade que temos, sem se entregar ao instinto do carnal, sem se entregar ao animal que reside em nosso peito; tento controlar essa selvageria que meu corpo possuí.
Por fim tudo seria mais belo, mas vibrante e empolgante. Seria algo que de fato conheço por vida, mesmo que seja somente em minha imaginação. Continuarei aqui em meu quarto procurando por alguma coisa motivo ou razão que possa satisfazer totalmente esse desejo que impregna meu eu de tal forma que por vezes mergulho na escuridão das sombras da lua. O quarto ainda me acolhe e aqui é o lugar onde as reflexões conseguem chegar o mais próximo do que seria esse sentir a vida que tanto me fascina. Pois aqui consigo sentir a energia, por assim dizer, que circunda o mundo e faz as coisas acontecerem... Aqui da janela de meu quarto... O mundo ainda gira quando chega o fim e os créditos da nossa vida vem à tela do monitor...
Clique Aqui para ler a parte 1!
Parte 2 de 2
Queria ter nascido desenho animado, para viver 12 ou 13 episódios, uma ou duas temporadas quem sabe mais, isso não importa, pois iria a felicidade de cada episódio e morrer sem deixar de existir quando chegasse ao fim da história. Reviveria a cada "play" que alguém desse e saberia que apenas as alegrias da fantasia estariam à minha espera, porque não teria de me preocupar com as incertezas do mundo e tudo acabaria bem no final... Ou se não haveria outra temporada. Teria uma aventura, uma paixão e conheceria o verdadeiro significado da palavra amor, com algo inocente e sem duplos sentidos, tão puro que transpareceria da humanidade que temos em nosso seio. Teria uma vida de aventuras, batalhas, romances e até mesmo mágia! Teria de fato algo à chamar de vida. Creio que assim minha alma se acalmaria, sentiria-me satisfeito por fim, sem esse vazio que consome a cada dia a inutilidade de objetivos fulos e sem profundidade, sem razão, sem importância.
Venceria por fim meu maior inimigo, não teria que ver ele tirar aqueles que amo sem piedade e também por ao léu minhas tão preciosas lembranças, venceria o tempo. Iria viver e morrer como se nada tivesse acontecido, pois estaria vivo para sempre na mente alheia que por gerações tocariam seus olhos em meu sorriso através do monitor. A vida da animação, do personagem, a minha vida, iria fluir pela tela e o espectador sentiria em seu peito a beleza dos sentimentos e quem sabe até entender um pouco do que se trata essa existência que chamamos de vida. Assim como eu faço agora. Busco mais do que simplesmente viver. Busco o que está além, a aventura de uma vida, as loucuras de fato loucas que se pode fazer e tentar descobrir o quão não-animal é isso que chamamos de amor. Algo que vai além do corpo, que acalenta a alma e não o corpo, que te faz descansar em braços cheios de plenitude onde não sentes mais seu interior pulsando e implorando por ser ouvido. Busco em mim mesmo a não humanidade, a intelectualidade que temos, sem se entregar ao instinto do carnal, sem se entregar ao animal que reside em nosso peito; tento controlar essa selvageria que meu corpo possuí.
Por fim tudo seria mais belo, mas vibrante e empolgante. Seria algo que de fato conheço por vida, mesmo que seja somente em minha imaginação. Continuarei aqui em meu quarto procurando por alguma coisa motivo ou razão que possa satisfazer totalmente esse desejo que impregna meu eu de tal forma que por vezes mergulho na escuridão das sombras da lua. O quarto ainda me acolhe e aqui é o lugar onde as reflexões conseguem chegar o mais próximo do que seria esse sentir a vida que tanto me fascina. Pois aqui consigo sentir a energia, por assim dizer, que circunda o mundo e faz as coisas acontecerem... Aqui da janela de meu quarto... O mundo ainda gira quando chega o fim e os créditos da nossa vida vem à tela do monitor...
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Série: O Quarto Onde o Dia Nunca Nasceu
O Quarto Onde o Dia Nunca Nasceu
Parte 1 de 2
Quando escolhi esse cômodo, nunca imaginei que ele se tornaria tão frio, tão escuro e por vezes tão sinistro. Não fazia idéia de que o sol não reinava aqui e que as sombras já haviam tomado conta dele muito antes de eu chegar, e não sabendo de nada disso eu o escolhi. Eu, o escolhi. Foi assim que as coisas aconteceram, foi assim que tudo do que me lembro aconteceu e aconteceu aqui neste quarto. Já troquei as coisas de lugar movendo tudo o que podia para um lado e para o outro, sempre tentando encontrar a melhor maneira de me acomodar, uma vez quase pintei as paredes com desenhos em giz de cera, já tive os mais diversos quadros e até adereços no teto. Já vivi muito aqui. Do que me lembro foram dez anos de vida que se passaram desde que cheguei, e em nenhuma vez, nem a lua nem o sol vieram me visitar... Houve uma vez que pensei que pudesse ser o sol, e quando pela janela (ah a janela...) olhei vi que era apenas o reflexo de seus raios que batiam no edificio lá adiante do outro lado da rua. Quem normalmente vem me acolher é o crepusculo, o entardecer. Sempre sombrio e calmo, respirando do seu vento que tudo acalma e que faz com que minha alma fique tão inquieta que sinto-a estremecer me pedindo algo que não sei o que é. O deprecivo cair da noite, quando as luzes se apagam e os postes ascendem suas lampadas mais deprimentes ainda, que com seu brilho triste iluminam a rua em tom de melancolia.
Tudo isso e mais um pouco, vi do meu quarto, de minha janela. Anos passaram e a paisagem pouco se modificou, mas aquele garoto lá vivia cresceu sempre com seus sonhos voando alto pelo céu que pudera ver dali onde estava. Quantas histórias já aconteceram, quantas pessoas já não estiveram aqui, e quantos sentimentos alegrias e tristesas... Nossa, foram dez anos afinal. Dez anos em que muitos e muitos amigos passaram por aqui, muitas pessoas que daqui eu conheci. Só essas paredes sabem de tudo o que houve, pois nelas estão as marcas de cada fato de cada acontecimento. As lagrímas que caíram, os gritos que ecoaram, as verdades que foram lançadas ao ar, os desabafos suspirados e as brincadeiras que ressoaram com o riso. Tantas e tantas memórias... Hoje todas elas estão perdidas pelas sombras que aqui ficaram, pois a solitão fria volta a sua casa e repousa ao meu lado, nua e bela sob o reflexo da noite. Seu abraço gélido me faz suspirar e expõe meu verdadeiro eu de modo que não tenho como não deixar-me possuir, porque ela e somente ela sabe o quão dócil e fraco sou. As forças que um dia tive para aguentar as vezes que ela me chamava, agora já estão longe demais para que eu possa pensar em não ter sua companhia. Sinto o seu corpo me abraçar, me confortar e faz delirar em loucura viva e profunda nos parapeitos da mente, onde ameaço cair no mais puro lago de insanidade. Meus pensamentos fantaseiam um mundo no qual eu sei não existir, mas que sempre sinto já ter vivido, como um salto temporal onde existia aquilo que me acalmava e deixava com que a alma descançasse. Não entendo esse mundo, essa realidade.
Dos passos que dou em vão pela casa toda com o pensamento longe tentando encontrar um motivo, um alguém ou qualquer coisa que me faça estar satisfeito, pois não sei mais o que faço com essa vontade louca, com essa saudade de algo que eu nunca vi; desses passos não tiro nada, nenhuma conclusão. Apenas vejo minhas lembranças estampadas nas paredes da casa me lembrando que não voltaram, e que a vida fui deixando para trás sem piedade nem responsabilidade, muito menos coragem para proferir as palavras que marcariam elas não só em mim, mas em quem me acompanhava. Queria que pudessem sentir o mesmo, essa fervura no peito que faz com que me dê o desejo de relembrarmos juntos esses tempos e por eles viver mais e mais....
Parte 1 de 2
Quando escolhi esse cômodo, nunca imaginei que ele se tornaria tão frio, tão escuro e por vezes tão sinistro. Não fazia idéia de que o sol não reinava aqui e que as sombras já haviam tomado conta dele muito antes de eu chegar, e não sabendo de nada disso eu o escolhi. Eu, o escolhi. Foi assim que as coisas aconteceram, foi assim que tudo do que me lembro aconteceu e aconteceu aqui neste quarto. Já troquei as coisas de lugar movendo tudo o que podia para um lado e para o outro, sempre tentando encontrar a melhor maneira de me acomodar, uma vez quase pintei as paredes com desenhos em giz de cera, já tive os mais diversos quadros e até adereços no teto. Já vivi muito aqui. Do que me lembro foram dez anos de vida que se passaram desde que cheguei, e em nenhuma vez, nem a lua nem o sol vieram me visitar... Houve uma vez que pensei que pudesse ser o sol, e quando pela janela (ah a janela...) olhei vi que era apenas o reflexo de seus raios que batiam no edificio lá adiante do outro lado da rua. Quem normalmente vem me acolher é o crepusculo, o entardecer. Sempre sombrio e calmo, respirando do seu vento que tudo acalma e que faz com que minha alma fique tão inquieta que sinto-a estremecer me pedindo algo que não sei o que é. O deprecivo cair da noite, quando as luzes se apagam e os postes ascendem suas lampadas mais deprimentes ainda, que com seu brilho triste iluminam a rua em tom de melancolia.
Tudo isso e mais um pouco, vi do meu quarto, de minha janela. Anos passaram e a paisagem pouco se modificou, mas aquele garoto lá vivia cresceu sempre com seus sonhos voando alto pelo céu que pudera ver dali onde estava. Quantas histórias já aconteceram, quantas pessoas já não estiveram aqui, e quantos sentimentos alegrias e tristesas... Nossa, foram dez anos afinal. Dez anos em que muitos e muitos amigos passaram por aqui, muitas pessoas que daqui eu conheci. Só essas paredes sabem de tudo o que houve, pois nelas estão as marcas de cada fato de cada acontecimento. As lagrímas que caíram, os gritos que ecoaram, as verdades que foram lançadas ao ar, os desabafos suspirados e as brincadeiras que ressoaram com o riso. Tantas e tantas memórias... Hoje todas elas estão perdidas pelas sombras que aqui ficaram, pois a solitão fria volta a sua casa e repousa ao meu lado, nua e bela sob o reflexo da noite. Seu abraço gélido me faz suspirar e expõe meu verdadeiro eu de modo que não tenho como não deixar-me possuir, porque ela e somente ela sabe o quão dócil e fraco sou. As forças que um dia tive para aguentar as vezes que ela me chamava, agora já estão longe demais para que eu possa pensar em não ter sua companhia. Sinto o seu corpo me abraçar, me confortar e faz delirar em loucura viva e profunda nos parapeitos da mente, onde ameaço cair no mais puro lago de insanidade. Meus pensamentos fantaseiam um mundo no qual eu sei não existir, mas que sempre sinto já ter vivido, como um salto temporal onde existia aquilo que me acalmava e deixava com que a alma descançasse. Não entendo esse mundo, essa realidade.
Dos passos que dou em vão pela casa toda com o pensamento longe tentando encontrar um motivo, um alguém ou qualquer coisa que me faça estar satisfeito, pois não sei mais o que faço com essa vontade louca, com essa saudade de algo que eu nunca vi; desses passos não tiro nada, nenhuma conclusão. Apenas vejo minhas lembranças estampadas nas paredes da casa me lembrando que não voltaram, e que a vida fui deixando para trás sem piedade nem responsabilidade, muito menos coragem para proferir as palavras que marcariam elas não só em mim, mas em quem me acompanhava. Queria que pudessem sentir o mesmo, essa fervura no peito que faz com que me dê o desejo de relembrarmos juntos esses tempos e por eles viver mais e mais....
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Infernos Cósmicos
As Muralhas do Outro Mundo
Meus pés já tocaram o solo árido do inferno, cai naquele lugar e de lá voltei mais forte. Conheci a mais profunda escuridão, bebi da água vermelha dos rios do além-mundo, fiz lá um pouco de tudo e me revoltei! A cada dia que passava aquelas chamas negras dançavam em meu corpo que se contorcia em dores; a dor vinha de dentro para fora e fazia com que o peito abrisse em lágrimas quentes. De dentro de mim mesmo podia-se ver que algo incandescente vivia e morria ali a cada segundo, e sangrava um liquido denso e escuro que anos depois fui descobrir que era a mais pura treva. Sucumbi dentre as rochas frias procurando encontrar alguma razão que ocupasse aquela lacuna na qual ela deixara, mas encontrei apenas poeira cósmica de páginas apagadas da memória. O ferimento de espada que cruzou meu ser, pulsava tão forte, tão vivido, tão recente que não parecia ter sido feito pelas mãos de uma mulher. Aquilo ainda sangrava lentamente e aos poucos a bela cicatriz ia se formando conforme passava o tempo ali no inferno. Afundei-me na lava da loucura procurando pela minha sanidade que há muito tivera perdido, ardia-me o rosto, o corpo e até mesmo a alma, entretanto sabia que no fundo daquele poço fervente estaria a chave que me libertaria do inferno.
Durante todos aqueles anos que vivi lá, não parei de pensar um dia sequer, assim a mente mantinha-se ocupada em viver mesmo que o corpo estivesse parado ou sendo punido por erros que nem meus eram, mas não me importava mais. Tudo que uma vez foi minha carne, eu sei, não me pertencia mais, pois nunca eu de carne fui. Então pra que preocupar-me com o estado desse corpo se a mente se perdia em um distante oceano lá nos confins do inferno? Quando finalmente encontrei as respostas para as questões que me aflingiam, pude eu então renascer para o mundo material! Não sabia, não tinha percebido e nem envelhecido como tal, mas os anos que vivi no submundo equivaliam à apenas um mero ano. Consegui assim evoluir a mente para um estado que nunca antes tivera visto e aquela pessoa de martir passou a admirável e uma questão de eras vividas por um viajante astral. Naquele tempo todo que lá vivi, conheci muita gente e muitos lugares, fui até o mais distante ponto do mundo, onde as águas são calmas e quentes, mas também fui até o mais alto pico que existe onde minha alma se transformou em gelo e por detalhe não esqueci-me de quem eu era. Viagens infinitas pelo universo iluminado e pelos mundos virgens do espaço, entretanto sempre carregava aquela chama negra que matava e renascia em meu eu aquele momento em que o peito me cortaram... Aprendi muito, vivi muito mesmo sem viver nada.
Renasci, voltei das cinzas do inferno para um mundo no qual eu não sabia que havia então mudado, me perdi em sua beleza e nesse sonho louco adormeci durante dois outros anos... Hoje enfim volto para o que restou de mim aqui nesse mundo no qual jugam ser o real. Usarei tudo o que um vi ou vivi para conseguir ir mais além e encontrar a pessoa na qual eu perdi há séculos atrás... Ainda ei de encontrar, nem que pelos infernos mais uma vez eu tenha de passar!
Meus pés já tocaram o solo árido do inferno, cai naquele lugar e de lá voltei mais forte. Conheci a mais profunda escuridão, bebi da água vermelha dos rios do além-mundo, fiz lá um pouco de tudo e me revoltei! A cada dia que passava aquelas chamas negras dançavam em meu corpo que se contorcia em dores; a dor vinha de dentro para fora e fazia com que o peito abrisse em lágrimas quentes. De dentro de mim mesmo podia-se ver que algo incandescente vivia e morria ali a cada segundo, e sangrava um liquido denso e escuro que anos depois fui descobrir que era a mais pura treva. Sucumbi dentre as rochas frias procurando encontrar alguma razão que ocupasse aquela lacuna na qual ela deixara, mas encontrei apenas poeira cósmica de páginas apagadas da memória. O ferimento de espada que cruzou meu ser, pulsava tão forte, tão vivido, tão recente que não parecia ter sido feito pelas mãos de uma mulher. Aquilo ainda sangrava lentamente e aos poucos a bela cicatriz ia se formando conforme passava o tempo ali no inferno. Afundei-me na lava da loucura procurando pela minha sanidade que há muito tivera perdido, ardia-me o rosto, o corpo e até mesmo a alma, entretanto sabia que no fundo daquele poço fervente estaria a chave que me libertaria do inferno.
Durante todos aqueles anos que vivi lá, não parei de pensar um dia sequer, assim a mente mantinha-se ocupada em viver mesmo que o corpo estivesse parado ou sendo punido por erros que nem meus eram, mas não me importava mais. Tudo que uma vez foi minha carne, eu sei, não me pertencia mais, pois nunca eu de carne fui. Então pra que preocupar-me com o estado desse corpo se a mente se perdia em um distante oceano lá nos confins do inferno? Quando finalmente encontrei as respostas para as questões que me aflingiam, pude eu então renascer para o mundo material! Não sabia, não tinha percebido e nem envelhecido como tal, mas os anos que vivi no submundo equivaliam à apenas um mero ano. Consegui assim evoluir a mente para um estado que nunca antes tivera visto e aquela pessoa de martir passou a admirável e uma questão de eras vividas por um viajante astral. Naquele tempo todo que lá vivi, conheci muita gente e muitos lugares, fui até o mais distante ponto do mundo, onde as águas são calmas e quentes, mas também fui até o mais alto pico que existe onde minha alma se transformou em gelo e por detalhe não esqueci-me de quem eu era. Viagens infinitas pelo universo iluminado e pelos mundos virgens do espaço, entretanto sempre carregava aquela chama negra que matava e renascia em meu eu aquele momento em que o peito me cortaram... Aprendi muito, vivi muito mesmo sem viver nada.
Renasci, voltei das cinzas do inferno para um mundo no qual eu não sabia que havia então mudado, me perdi em sua beleza e nesse sonho louco adormeci durante dois outros anos... Hoje enfim volto para o que restou de mim aqui nesse mundo no qual jugam ser o real. Usarei tudo o que um vi ou vivi para conseguir ir mais além e encontrar a pessoa na qual eu perdi há séculos atrás... Ainda ei de encontrar, nem que pelos infernos mais uma vez eu tenha de passar!
Minha Ilha...Meu lar...
Estrelas da Vida
O mundo nunca brilhou de verdade, nem hoje nem nos tempos em que a luz que existia provinha de velas. Tudo sempre foi escuro e denso como uma floresta. Onde o vento ressoava pelas árvores e as copas dançavam em seu ritmo calmo e delicado. Há tempos atrás respirávamos vida onde quer que estivéssemos, a natureza em si fluía como as ondas que correm para a beira-mar. Podíamos nos perder na neblina a acabar encontrando um outro lugar, tão maravilhoso que a imaginação não consegue criar imagens nas quais sejam semelhantes. Vivíamos intensamente, livres e sem qualquer preocupação, ouvindo o som longínquo das gaitas do norte que ecoavam pelas montanhas verdes e virgens. Sob o céu iluminado com as luzes da vida éramos felizes e corríamos com o gamo pelos campos do mundo à fora. A noite acolhia à todos nós e nos dava o dom da vida como se descesse do céu a energia que ligava os mundos, passando pelo nosso corpo e entrando em sincronia com a terra pulsante.
Hoje as coisas se tornaram cinzas, as brumas não existem mais e as crenças emburrecem. Somos o que somos e o sistema que criamos nos controla impiedosamente. A liberdade nos foi tirada e levada pelos ventos que sopram em direção à ilha esquecida. Nem mais o céu mostra seu sorriso de estrelas jovens e as lágrimas do meu eu caem no vão temporal do aqui e agora. Ah como quero voltar para aquele lugar que um dia chamei de lar... Lá na ilha onde o sol colore os céus e toca aquele som de harpa que calma e relaxa. Quero voltar para o meu lar no além mar...
O mundo nunca brilhou de verdade, nem hoje nem nos tempos em que a luz que existia provinha de velas. Tudo sempre foi escuro e denso como uma floresta. Onde o vento ressoava pelas árvores e as copas dançavam em seu ritmo calmo e delicado. Há tempos atrás respirávamos vida onde quer que estivéssemos, a natureza em si fluía como as ondas que correm para a beira-mar. Podíamos nos perder na neblina a acabar encontrando um outro lugar, tão maravilhoso que a imaginação não consegue criar imagens nas quais sejam semelhantes. Vivíamos intensamente, livres e sem qualquer preocupação, ouvindo o som longínquo das gaitas do norte que ecoavam pelas montanhas verdes e virgens. Sob o céu iluminado com as luzes da vida éramos felizes e corríamos com o gamo pelos campos do mundo à fora. A noite acolhia à todos nós e nos dava o dom da vida como se descesse do céu a energia que ligava os mundos, passando pelo nosso corpo e entrando em sincronia com a terra pulsante.
Hoje as coisas se tornaram cinzas, as brumas não existem mais e as crenças emburrecem. Somos o que somos e o sistema que criamos nos controla impiedosamente. A liberdade nos foi tirada e levada pelos ventos que sopram em direção à ilha esquecida. Nem mais o céu mostra seu sorriso de estrelas jovens e as lágrimas do meu eu caem no vão temporal do aqui e agora. Ah como quero voltar para aquele lugar que um dia chamei de lar... Lá na ilha onde o sol colore os céus e toca aquele som de harpa que calma e relaxa. Quero voltar para o meu lar no além mar...
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