Dos confins da mente, uma reflexão sobre o que passou acontece e se desmancha em palavras...
O Fim que Começa
Após tantos anos, o fim chegou. Não nos pegou desprevenidos, mas mesmo assim nos arrasa, como um furação. Algo que todos sabíamos que iria acontecer, mas nunca tivermos pensado que seria tão rápido.
Hoje, tivemos que nos separar, querendo ou não, o destino foi obrigado a tirar de nós aquilo que mais tínhamos de precioso. Talvez pareça agora, entretanto um dia veremos que foi, e ai então, emocionados, nos lembraremos de tudo que vivemos juntos. Poderíamos não ser todos amigos, mas éramos colegas. De alguns éramos muito amigos, outros éramos apenas colegas, só que de certa forma, isso não era tudo. Porque de alguma maneira algo não era comum naquela turma. Não sei se por alguém ou por algo, mas éramos especiais, ou talvez únicos. E mesmo com a entrada de novos e a saída de antigos, com o passar dos anos continuávamos sendo os melhores e os piores ao mesmo tempo. Pois não importou o que aconteceu, a essência da turma sempre foi a mesma.
Infelizmente, é chegada a hora de nos separarmos. A primeira vez em 10 anos que ficaremos uns sem os outros. Em tanto tempo, somente a partir de agora, todas as nossas manhãs serão diferentes umas das outras, sem as mesmas caras, sem as mesmas pessoas, sem nada. Tudo diferente para todos, ninguém a igual à ninguém. Depois de uma longa jornada, temos que nos separar... Triste, não? Mas acontece, mesmo que o destino não queira, é necessário, pois tudo na vida tem um fim, até mesmo à própria vida. Por mim, se existisse alguma maneira, gostaria de vê-los pelo menos três vezes por semana, um número pequeno comparado ao que nos tínhamos antes. Mas mesmo assim, isso já me faria feliz, saber que vocês ainda estariam ali, todos nós estaríamos ali. Com nossas diferenças ou não, com as brigas e sem elas, com qualquer coisa! Queria que pudéssemos estar juntos pela vida toda, como tem sido até agora.
Entretanto isso não é possível, o destino toca um para cada lado, e nós ficamos perdidos no meio disso tudo. Alguns vêem isso como uma coisa boa, pois vão sair desse lugar que freqüentam há tanto tempo. Mas lá na frente, vão voltar aqui em memórias e ver que tudo isso realmente lhe era importante demais.
Saímos hoje daqui, com a sensação de perda e de fim, com algo entalado no peito louco para sair. A ficha de alguns ainda não caiu, não perceberam que nesse fim de ano não será como nos 10 anos que se antecederam, com aquele clássico, "Até o ano que vem." e sim, com um amargo, "Até um dia.". É duro ter que passar por algo assim, dizer adeus para teus mais fiéis amigos, aqueles que passastes mais tempo do que sua família. E pensar que amanhã, não verá a cara de cada um lá na sala de aula. Um dia sentirás saudade de tudo, até daqueles que o incomodavam, que você não ia com a cara, com os professores e tudo mais. Vai sentir o que sinto agora, um forte aperto por ter perdido aqueles que fizeram de mim o que hoje sou.
Podem achar o que achar, não tenho vergonha de dizer que vocês foram importantes para mim, que não esquecerei de ninguém, pois uma turma não se faz com apenas alguns, e sim com todos. Poderia escrever mais, dizer que com os erros que cometemos, com as brigas que tivemos, com as dificuldades que passamos, com tudo que vivemos, ficamos mais fortes e crescemos. Mas isso se estenderia demais, falar dos mestres que tivemos que das lições que eles nos ensinaram sobre a vida. Bom, nossa estrada chegou ao fim, aquela que começamos lá na primeira sério do ensino fundamental, hoje acaba aqui. Todos que pelo caminho ficaram, ou aqueles que saíram e nos deixaram, não são menos importantes dos que hoje aqui estão. Digo a eles que também fazem parte dessa história, pois tiveram papel importante, apenas com uma participação menor.
Do amanhã, não sei, mas posso dizer com todas as letras, o ontem foi maravilhoso. Obrigado à todos, por tudo, e por serem quem são, pois cada um é único e teve papel importante em minha vida.
Obrigado, 226, 236, 246, 356, 365, 372, 382, 412, 422 e 431.
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