A Calma Tempestade
Me perdendo aos poucos, errando por ai. Esse sou eu, assim que sou, desse jeito que vou. Sem sentido nem caminho, apenas caminhando para aproveitar a noite que venta. As luzes tremulam nas sombras das árvores e a mente viaja em alta velocidade pelo brilhante céu. Busco com minha mente encontrar aquela ilha tão tão distante, perdida em algum lugar da história. O lugar que sento ser meu lar. Não temos rumo nem propósito, apenas estar por estar, ser por ser, assim bem simples sem ter que complicar a simplicidade do mundo. Nada é complicado, apenas nós, nossa cultura e custumes que complicados, criamos problemas onde não há e negamos a natureza que cresce no peito. Apenas deixe-se ser. Seja, veja, viva. Tudo volta para seu rumo, mesmo que você não tenha um ou não sabia qual é, um dia pode ter certeza vai notar-lo.
Não sei o que dizer para expressar mais o que sinto, é como se as palavras me tivessem sido roubadas, e isso já me aconteceu outra vez. Dei a volta por cima, entretanto não sei se tenho forças o bastante para fazer de novo... É como se o tempo passasse forte por mim e não deixasse que minhas palavras fossem eternizadas em papel ou aqui em meio digital. Não sei o que aconteceu, mas alguma coisa mudou. Talvez seja a época do ano eu não sei. Por mais que as idéias venham a minha cabeça simplesmente as coisas não saem pelos dedos, pois, talvez, o filtro que eu mesmo criei me impede de simplesmente escrever, sem se importar com sentido ou qualquer coisa assim. Da solução não sei, mas acredito que como tudo é como um círculo, posso eu então voltar a ler os antigos grimórios que escrevi e assim me encontrar. Mergulhar dentro de mim e abrir os olhos lá embaixo para ver o que é que acho, se assim eu me encontro enfim. Afinal o que mais procuramos normalmente está sempre ao nosso alcance, mas a busca cega e não lhe deixa ver o que está na frente de nossos rostos.
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