terça-feira, 9 de agosto de 2011

Gelo Queimado

Supernova Temporal
Os mais sábios vão tentar adivinhar, os mais incrédulos irão crer no que as palavras não podem descrever, mas a história desta menina ficará na memória de todos conseguirem enxergar nas estrelas o seu olhar...

De tempos em tempos descem dos céus os luminosos raios que abençoam a Terra com sua beleza. O evento que dura apenas alguns segundos que marcado na mente de todos os sortudos que podem presenciar tal maravilha. Mas mal sabem eles que desses raios nasce a vida que vem do além-céu. Vida que irá determinar o futuro dos homens e o destino de milhões... Jovens crianças providas da beleza natural e que marcaram o fim da Tormenta... Dos oceanos em fúria e dos ventos misericordiosos, veio à humanidade a criatura capaz de mudar os caminhos dos homens apenas com as mãos. Uma jovem que iria conseguir ver além do que os olhos podem dizer, um poder inegualável, embora simples, residia em seu peito totalmente adormecido até os anos de sua maturidade. Com o tempo as descobertas de seu potencial ilimitado e as noções de que tudo o que existia ao seu redor poderia pender ao seu próprio bel prazer, ela foi percebendo um mundo diferente, um mundo no qual os olhos comuns não conseguiam enxergar. Dentro de si havia algo diferente, algo que a queimava em dor por dentro, uma coisa forte demais para um casco tão frágil como aquele que lhe fora dado pelos raios do céu. Aquela sensação trovejava forte em seu peito fazendo-a desesperar de uma aflição sem fim. Eram perguntas sem respostas e decisões infundadas que ela deveria responder e tomar! Tudo sem sentido, tudo na escuridão do não saber. E foi assim, na dor contínua que esse poder lhe causava que seus olhos tiveram de aprender a mentir, mesmo que jamais tivesse visto um olhar que não pudera decifrar.
O mundo que conhecia se abriu para o novo, para a revolução dos homens e suas crenças caíram por terra... Hoje os mitos dos raios do céu já não abalavam os humanos e nada do que um dia se acreditou fazia-se verdade. Os tempos passaram e ela própria havia mudado, embora não conseguisse responder se para melhor ou pior, pois em sua mente continuara a mesma, mesmo que tão diferente. Lembrara que uma vez tivera nas mãos o poder de moldar os destinos, mas não lembrava-se como fazê-lo, e isso apenas fazia crescer a solidão dentro de si. Era melhor quando podia atirar-se aos braços nus da donzela chamada escuridão. Braços que a acalentavam no frio da noite, sob estrelas que dançavam para que ela encontrasse o seu lugar no universo. Ela sabia de alguma maneira que não podia estar fadada àquela vida ingrime e sem sentido, pois podia mais e muito mais! Não havia razão para ficar presa à grilhões quando possuía asas capazes de voar...

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