domingo, 25 de abril de 2010

As Transcrições do Medo

Às vezes somos surpreendidos por coisas que já conhecemos e não tínhamos nos dado conta de como o tempo passou e mudou tudo ao nosso redor. As fraquezas que encontramos hoje em nosso peito apenas refletem os erros do passado e na linha da vida você deseja voltar para reparar tudo aquilo que hoje lhe faz mal. Se pudesse lá trás ter visto o que meus olhos enxergam hoje, talvez mudasse tudo! Talvez as coisas fossem melhores do que um dia foram, talvez eu não me perdesse em mim mesmo e talvez o mundo não teria caido sobre mim. Naqueles tempos em que os ventos eram mais puros e o coração não respirava as trevas que hoje nele residem, pois não havia conhecido a escuridão da solidão nem a dor do mundo, ele era puritano e vivia alegre pelos caminhos da cidade, iluminada pela luz da lua. Sem pretensão e nem preocupação apenas ia vivendo esperando que os ventos lhe dissessem o que fazer, porque sabia que o destino possuía algo guardado para ele e apenas estavam esperando que o tempo para que isso fosse-lhe apresentado chegasse. Naqueles dias em que a inocência lhe tomava o corpo e mente, e fazia com que ele se perdesse nos sentimentos novos que brincavam com seu eu. Assim, sem que ele se desse conta estava sendo manipulado pelas sensações que faziam seus sentidos se misturar em algo que ele não conseguia saber o que era. Foi assim que ele viveu até que o mundo lhe deu um tapa no rosto e o fez acordar e ver a realidade que o envolvia... E então ele conheceu as trevas que lhe mostraram transparentes e carinhosas...

Um comentário:

Melo G. disse...

Sinto que a dor alheia por hora influência em nossa propria dor. Fucnking empatia de merda...