segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Acreditas?

Imperfeições do Eu

Há certas coisas que gostaria de falar, há certas coisas que não sei como dizer, há verdades que não consigo sempre esconder. Existem tantas e tantas coisas aqui comigo. Existem caminhos que não sei traçar, que só conheço como andar depois que estou neles, mas o que adianta se eles não consigo encontrar. Uma vez me perdi e quando vi já estava em uma longa estrada que muito me ensinou. Percorrer o mesmo caminho é burrice, mas a vontade que cresce no ser faz com que isso passe a ser uma possibilidade mesmo que esteja claro não iria dar certo. Das montanhas já conheço, os desafios continuam o mesmo e a roda giraria da mesma forma e ritmo. E o moinho não pode ser sempre o mesmo, ter sempre a mesma rotina.
Dos ares novos que me trazem aqui, das coisas que correm e morrem por terra, eu não posso falar. Falharia só em pensar, me desanimo em dizer e não arrisco para não obter. Seria direto demais, cru demais, seco demais. Nesse mundo em que tudo precisa ser embelezado, bezundado com o tempo e retocado com uma falsidade lisa tão fina como uma simples película de água, para que tenha a cor intensa da verdade nua e crua, tudo se faz mais difícil e irreal ao mesmo tempo. Onde os mais incredúlos possuem mais, onde aqueles que não pensam e que não hajem são mais valorizados, nesse mundo de cabeças pro ar. Eu não consigo viver em paz. Pois de tudo o que guardo em mim, queria dizer aos ventos... E então todos apaixonados ficariam pela virtuda que afloraria no ar e viveria nos ventos dos quatro cantos do mundo, purificando toda essa horda de ilusões.

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