sábado, 30 de julho de 2011

É assim que é, é assim que sempre será

"Às vezes parecia que era só imaginar"

Sei que sou muitos, sou todos e tudo o que é, simplesmente sou. Se algo pode ser, esse pode ser eu também. Tudo aquilo que pode ser, posso também ser. Imperfeito, voraz, ágil, fraco, violento, carismático. Tudo e mais um pouco, ou quase nada. Existem muitos de mim, vivo em todas as partes, vivo dentro da mente de cada um que passou por mim. Eles me vêem de maneiras diferentes, nunca sou o mesmo e nunca me repito para ninguém. Por ai se misturam qualidades e defeitos, noções e ações, julgamentos e sentenças, verdades e mentiras, muita coisa enfim. Cada pessoa me vê de uma forma, em diferentes lugares tenho diferentes nomes, ajo de diferentes formas em diferentes cenários, mas de certa forma sou o mesmo sempre. E sou sempre diferente aos olhos dos outros, ou seja, sou muita gente mesmo sendo só eu mesmo. O mais incrível é que todas as concepções que as pessoas ao redor tem de mim, formam um único ser que sou realmente eu, e esse eles não podem mudar. Mesmo que todos os "eus" sejam eu, não sei mais quem sou...
A cada passo que tento dar tropeço em um sobressalto da vida, uma raiz de árvore que não vi, ou o piso imperfeito do meu caminho. E as nuvens da incerteza fecham o céu fazendo cair uma chuva de lágrimas doces, que levantam da terra o cheiro de viva da floresta. Cada vez que tento fazer com que o frágil ser que vive em meu peito enfrente a vida e cresça com a força que deve ter, as gotas d'água o machucam e o gelam, fazendo até, por vezes, congelar. Com isso as proteções de gelo maciço vão crescendo e crescendo, para que assim fique completamente protegido dos perigos lá de fora. Meu eu vai se petrificando em gelo e aos poucos isso reflete em todos aqueles que também sou eu. Perdem sua essência, sua confiança no mundo lá fora e aos poucos minha alma vai ficando fria como a neve. O mundo não tem piedade, ninguém realmente tem. Já quis simplesmente não ligar para as facas que atravessavam a carne e faziam-me sangrar, entretanto não adianta, pois cada corte vai fundo e dói o peito em uma dor que se espalha pela alma e trás a aflição da vida para os pensamentos. Pouco a pouco os sentimentos irão desaparecer e apenas os fósseis do que um dia foi um coração vão existir. De resto apenas sobrarão as lendas de textos e aventuras vividas por alguém que desistiu de se aquecer no fogo da vida e entregou-se aos braços acolhedores da solidão...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Incerteza do Amanhã

Talvez eu me perca em mim, talvez me ache em você. Quem saberia dizer se temos mais em comum do que nossas mentes podem dizer? Quem sabe o que vai acontecer? Talvez eu nunca me esqueça, mas jamais me lembre. Pode ser que não seja nada disso, pode ser apenas o acaso, pode não ser nada, assim como pode ser tudo...

Talvez Nos Sonhos


Quando sonhamos acordados a mente nos prega peças e faz com que por alguns momentos imaginemos como o mundo seria diferente se apenas alguns detalhes fosse rearranjados. Talvez fosse diferente se os sonhos, ou pelo menos partes deles, viessem a ser reais. Creio que poderia ensinar mais às pessoas, mostrar-lhes o que o mundo que vivemos tem de melhor, e não simplesmente deixá-las ao léu para descobrir por si próprias. Dar-lhes uma visão nova lá de fora, algo novo dentro do peito de cada um que pudesse enxergar. Não teria medo dizer o que penso para que todos pudessem ouvir e simplesmente não iria mais ligar para o que passa na mente das pessoas. Mas a realidade se faz diferente do que minha louca mente tente a imaginar. Certas coisas nunca deixarão o plano dos sonhos.
Talvez no meio de algum sonho louco, você apareça para destabilizar tudo. Talvez você tente encontrar em mim o que ninguém mais acredita que haja, talvez queira provar para si mesmo que é capaz de ir além do que todos os outros pensavam, mas sabe que eu acredito em ti. Talvez nossas existências se batam e rebatam, talvez estraguemos tudo, talvez apenas aproveitemos o tempo juntos com muitas risadas e sorrisos estampados nos rostos. Talvez eu te ame. Talvez o vento não corte o meu peito somente para vê-lo arder no frio da noite sem estrelas. Talvez o sol se ponhã duas vezes e que em ambas nós possamos estar juntos sentindo a brisa da lua que se aproxima. Talvez você entenda. Talvez minha fortaleza de pedra simplesmente derreta se transformando em um oceano e as estrelas do mar iluminem os céus. Talvez eu encontre em você a paz que há tanto procuro. Talvez você me odeie. Talvez... Tantas coisas poderiam acontecer nesses sonhos que tenho ao olhar para as estrelas e imaginar que esse brilho que vejo já se foi há muito tempo. Entretanto quando volto a realidade sei que estás tão distante de mim quanto a lua se afasta da terra, está ao alcance dos meus olhos, mas não de minhas mãos. E é no aqui e agora que deixo escapar as lágrimas que deveriam existir apenas nos sonhos, lágrimas que deveriam ser quentes e não frias como o gelo que queimam ao rolar pelo rosto...
Mesmo que minhas crenças nos sonhos tenham acabado há anos atrás, todo o dia quando acordo tento lembrar do que aconteceu naquela noite, e minha mente se conforta criando esperanças de que um dia os sonhos serão verdades. Para que assim eu finalmente veja essa tempestade castanha abrir-se no mais lindo azul que o céu pode ter. Então finalmente terei certeza que o brilhará em meus horizontes, fazendo com que a alma se aqueça e destruindo a fortaleza que um dia protegeu esse mundo que agora se faz novo. Mas para que essa esperança torne-se real, preciso mais do que um simples sonho, um simples devaneio. Preciso ser eu mesmo, preciso ser um sonhador e crer no impossível, pois o amanhã poderá me mostrar que o impossível de ontem hoje é uma possibilidade real e que o futuro mudou assim como eu. Entretanto, ainda sonho acordado, pois é lá e somente lá que irei lhe amar.

domingo, 24 de julho de 2011

Nas Luzes da Manhã

O Que Realmente se Passa Aqui Dentro

Muitas vezes me vi envolto por situações que simplesmente queria fugir em desespero, coisas que minha mente de criança não estava preparada para lidar e que eu nunca quis de fato enfrentar. Já me vi sem saber o que fazer, dizer ou agir por muitas vezes. Já tive de lidar com a timidez que cresceu em meu eu enquanto os anos passavam, e já vi que algumas coisas dentro de mim nunca irão mudar. Por mais que tente me demolir para reconstruir algo melhor e assim ir vivendo, existem bases fundamentais para que eu possa me chamar de eu. Algumas vezes já tive raiva de mim mesmo por não conseguir agir de acordo com o que a mente dizia para fazer, tive de me socar internamente para que o corpo de movesse como deveria e o medo me acorrentou em tantas outras ocasiões. Já não soube o que dizer, já fiquei sem reação, mas sempre continuei sendo eu mesmo, mesmo que as vezes não soubesse ao certo quem eu era. Já tentei ser muitas coisas que não sou e isso só me serviu para provar que ser falso não é algo que nasci para fazer.
Uma vez viajei para longe à fim de simplesmente parar para refletir e encontrar a paz que dizem existir no mundo. Nesse lugar encontrei a calmaria que via nos sonhos ilustrada nas copas das árvores que dançavam ao som da brisa que entornava as montanhas. Foi aí que vi o quão pequeno eram meus problemas e todas as ilusões que minha mente havia criado. Entretanto não culpei a mim mesmo, pois sabia que aquele mundo que criei, todas as preocupações e problemas pequenos eram apenas meios para que me agarrasse a vida e pudesse viver. Nosso próprio mundo criado ao bel prazer do inconsciente. Depois disso deixei de tentar entender os motivos pelos quais eu olhava para o céu tão fascinado com a beleza das estrelas. Sabia de algum certo modo que éramos parecidos, mas não iguais, e embora o brilho delas me confortasse sentia-me sozinhos aqui embaixo, pois só conseguia ver o brilho que emanava dos outros e não o meu.
Os sonhos que me foram roubados esqueci, talvez façam melhor uso do que eu. A sensação de estar fazendo bem sem fazer nada além de ser eu mesmo e não ligar para o mundo lá fora me invadiu assim como a luz do sol. O amanhecer vinha repleto de vida e fazia com que o horizonte do mundo se curvasse diante sua magnetude. Não vi o tempo passar e até tinha me perdido nas páginas em branco que lia. As páginas de minha vida, escritas com uma língua que só eu poderia ler e que jamais alguém que não eu iria entender. Toda a loucura do mundo descrita em um livro sem fim que abrigava o coração que tirei do peito para não sofrer. Nessa hora, eu não soube o que fazer, mas vi que estar perdido é a melhor sensação que já experimentei. Porque eu poderia arriscar, poderia viver sem saber o que era certo ou não fazer. Seria simplesmente o que tivesse de acontecer.
Por fim vi que a beleza do viver estava no não saber, em arriscar e seja o que tiver de ser. Não havia mais razões para me prender. Embora que para fazer essa revolução necessitaria de tempo e a influência externa me faria tentar desistir do longo caminho que se apresentava a minha frente. Quantas vezes nos últimos tempos pensei em apenas parar e me contentar com tudo o que já havia conquistado. Mais um vez eu não sabia o que falar, não sabia o que devia fazer e o medo me dominava assim como quando era criança. Mas agora eu deveria ser mais forte, agora podia vencer essa batalha, pois meu coração eu havia posto à parte da batalha do dia-a-dia e tudo o que a ele tentasse atingir apenas acertaria as muralhas que guardavam-no. Assim os anos passaram e deixei para trás muita coisa, acreditando que isso seria o melhor à ser feito. Só hoje compreendo que isso apenas fez com que eu privasse o mundo do melhor que o meu eu pode oferecer... Pelo menos pude me dar conta disso antes que fosse tarde demais, assim posso abrir o peito e deixar entrar todos aqueles que quiserem me visitar. E quando o medo vier tomar conta de mim, eu ei de abraça-lo e tremer somente para sentir o que é realmente viver. Em outras palavras, vou ser o que realmente sou sem esconder o que dorme dentro do peito, mesmo que a vida tente me ferir, pois estou cansado de machucar todos aqueles que apenas querem fazer o bem.

Mensagem Astral

O Mensageiro

Por vezes acredito que meus textos possuem todas as respostas para as perguntas que me faço diariamente. Por vezes creio que repita sempre as mesmas perguntas, apenas procurando por respostas diferentes. E por vezes tenho diversas perguntas para as mesmas respostas. Entretanto são tantas as questões que podem ser feitas que já não sei se tudo o que um dia transformei em palavras pode responder. Embora acredite que muitas coisas que acontecem pelo mundo à fora eu possa resolver. E que todo o conhecimento que necessitamos para viver está escondido dentro de nós mesmos, ou seja, a informação para elaborarmos nossas respostas é baseado em apenas auto reflexão. Mas ainda assim me dê sua mão que posso tentar lhe explicar porque sentes isso que queima o peito de dentro para fora, isso que a faz perder a racionalidade do momento e quase enlouquecer com tantos pensamentos. Saiba que estou aqui apenas para servir, embora deseje que o mundo inteiro possa me ver ao menos um vez, para que todos entendam o que sinto ao te ver.
A profundidade dos teus olhos me faz mergulhar em um oceano no seu eu à procura das mais lindas razões que possam lhe fazer sorrir, pois é disso que deves sempre lembrar. Recorde-se das boas risadas, dos momentos em que sentia não estar sozinha, das suas reflexões consigo mesma a respeito da vida e do mundo. Deixe tudo para trás, essas memórias ruins vão apenas fortalecer pontes com um passado negro e cheio de espinhos. Renda-se as minhas mensagens, entre em meus contos, viva meus personagens! E por fim, sinta o que eu sinto ao escrever cada palavra dessas, a felicidade que se esconde por de trás do azul que reflete em teus olhos...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Palavras e mais Palavras

O Que Realmente Amo

Se um dia me perguntarem o que amo, com certeza eu ei de responder: "as palavras que um dia pude escrever, pois elas são eu descrito das mais diversas maneiras". Um lugar onde nada pode atingir, onde as coisas ficam nos seus devidos lugares e onde a loucura pode voar livremente pelos céus. Simplesmente não preciso ligar para mais nada, posso ser eu mesmo e ninguém irá me julgar; creio que enfim encontrei o lugar no qual pertenço. É um lugar que não tenho medo de expor o que vive em meu interior, pois acredite, esse sou eu, esse é meu eu de verdade. O que vês aqui fora é nada mais do que uma casca enrijecida pelo tempo e desilusões da vida, algo preparado para não quebrar e resistir à qualquer tipo de impacto. Enquanto por dentro dessa fortaleza vive um garoto simples, com os sentimentos mais puros para ofertar. Um garoto que acredita na beleza do mundo, na verdade das palavras e na ingenuidade das coisas.
Quando tenho meu caderno em mãos e posso fazer com que minhas palavras dancem livres pelas folhas e a língua do meu peito começa a tomar forma. Vai ficando bonito e ao mesmo tempo um tanto triste, cada palavra se enche de sentimentos e os textos ficam tão densos que ao ler podes sentir o que as palavras emanam. Por vezes chego à me surpreender com a felicidade que posso ver nas palavras, tão pura e sem malícia, um eu que talvez eu tenha me esquecido. Mas aquele medo que corroía meus pensamentos e as grandes correntes que me prendiam ao passado, agora simplesmente não assustam mais. Pois tudo aquilo serviu para dar experiência e mostrar que o mundo lá fora pode ser muito maior do que meus olhos podem ver. Então apenas não me preocupo mais.
O que desafia agora é conseguir por abaixo toda essa proteção que eu mesmo criei dentro de mim, para poder voltar à mostrar ao mundo o que tenho de melhor, mostrar para o mundo esse mundo de palavras que vive dentro de mim. Não tenha medo você também, olhe nos meus olhos e veja que até eles escondem a verdade, mas tente enxergar além do que a realidade lhe mostra, pois tenho certeza que lá vais encontrar um mundo como o meu, como o que um dia eu deixei para trás.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mente de Palavras

A História Que Quis Esquecer

Quando fechar meus olhos e me perder em pensamentos, daí ainda assim será cedo demais. Cedo demais para falar, cedo para dizer que não. Nunca tive tempo para pensar, mas pensava o tempo todo e simplesmente não conseguia parar, os pensamentos eram coisas que me fulminavam com constantes ataques. Minha mente sempre andou em altas velocidades, e por vezes de tão rápido que ela andava, uma hora entrava em parafuso e o ritmo desacelerava da mesma maneira que antes ganhara velocidade. Assim tudo se acalmava e até os ventos paravam... Quando a minha voz você não mais escutar saiba que ainda me lembro de ti, por mais que queira esquecer e que em mim ainda vive um pedaço de você. A meia década se foi assim como a profecia que um dia eu ousei proferir, e o que ficou daquele tempo foram apenas as lembranças que flutuam no céu como bolhas invisíveis de sabão.
O vento suave do entardecer leva minha mente para passear pelas mais belas paisagens que posso imaginar; um lugar só meu onde só eu posso entrar. Tudo desacelera e a vida passar devagar, vejo tudo o que já se foi, todas as coisas que deixei para trás tentando encontrar o meu lugar, e todos aqueles que por mim já passaram. Vejo sorrisos, vejo olhares, ouço risos e gritos de felicidade. Que bom que estão todos bem afinal. Mas é lá do fundo, longe perto daquela praça, mais especificamente naquele balanço antigo que vejo os olhos que mais me encantaram, olhos rápidos, curiosos e profundos. Olhos que me levaram a loucura, que me fizeram crer em um destino que existiu só em minha fantasia. O céu tornou-se vermelho escarlate, onde as estrelas brancas brilhavam mais fortes do que nunca e eu senti o crepúsculo descer seu véu sob minha cabeça. Aqueles olhos me hipnotizavam e tiravam-me do eixo, fazendo com que meu pensamento se desgrudasse do corpo, enquanto o vento sereno esfriava a carne e o vazio começara a penetrar-me a pele. Lentamente meu mundo começou a perecer e meu corpo continuava imóvel apenas esperando que tudo acabasse quando o sol nascesse novamente. As nuvens formaram a tempestade, nuvens castanhas que refletiam a intensidade daquele olhar e o próprio céu que um dia me abrigara agora me intimidava com sua imensidão.
Se meu mundo possuía um núcleo, com certeza eu estava na frente dele naquele exato momento em que acordei. As nuvens brancas como algodão dançavam nos céus, enquanto meu corpo descansava deitado na grama verde do parque. Fechei meus olhos e devaniei em memórias que não eram minhas, mergulhei na imaginação da alma e vi tudo o que um dia sonhei que vivi. Mas nunca mais consegui me lembrar quem portava aqueles olhos que tanto me encantaram, pois eu apenas quis esquecer-la para em nenhuma vida mais lembrar.

domingo, 10 de julho de 2011

Talvez Você Me Entenda Também

De Vez Enquando

Às vezes sinto como se pudesse voltar há tempos remotos da infância, às vezes sinto saudade de poder ir para um lugar diferente a cada domingo, às vezes sinto saudade de acordar cedo para ir à escola. Às vezes eu viajo em mim mesmo. Cada dia que passa, cada dia que passou, uma memória para recordar, um sorriso que pude arrancar de um rosto entristecido. Todo o dia, o dia todo. Quero poder levar às pessoas a felicidade de minha infância, as risadas que dava sem saber porque e toda aquela despreocupação que eu sentia firme no corpo. Quero que minhas palavras alcancem o mundo inteiro e o que o mundo sorria quando as leia. A vida é mais simples do que parece, nossos problemas são sempre menores que nós, e acredite, tudo tem solução, só temos que parar e respirar fundo para nos reencontrar. O mundo de hoje e o de ontem andam na mesma velocidade, é você que está acelerando, pisando fundo e vendo as luzes passarem rápido demais! Pare, pare! Uma coisa de cada vez, cada vez uma coisa. Claro, não vá devagar de mais senão podem lhe deixar para trás, mas faça como eu e continue caminhando.
Não importa o que passe, ou as pessoas que passem em sua vida, apenas continue caminhando, agregue valor a si mesmo. De tudo o que lhe falarem, tire suas conclusões e use-as para se tornar melhor, afinal ninguém fala nada em vão e até mesmo o que você pensa que não precisa escutar um dia lhe fará falta. Deixe que o sol se vá e traga consigo a noite que refrescará nossa mente; deixe a vida acontecer ao seu redor, não censure nada que possa acontecer e apenas curta os momentos. Momentos que são curtos demais, mas são eles que se tornaram lembranças e nos trarão a saudade no dia de amanhã. Guarde das pessoas somente as coisas boas, os erros deles e tudo o que lhe fizeram de ruim apenas esqueça, isso não irá lhe fazer nem melhor nem pior. E quando os reencontrar somente dos bons momentos creio que vais querer relembrar. Chore se preciso, emocione-se a cada momento, pois acredite, ele é único e possui um valor inestimável! Não ligue para o que dizem de você, mas não se perca no mundo, porque será muito mais difícil para se reencontrar depois. Leia bastante, pense, reflita e evolua (não esqueça desse último, muitas pessoas esquecem)! Esqueça e relembre, me esqueça para que um dia quando me ver de novo possa sentir saudades. Sonhe. Sonhe muito, mas não faça como eu que vivi em um mundo de sonhos por muitos anos e quando acordei me vi perdido e sem saber o que fazer para voltar à dormir. E o mais importante, divirta-se! A vida passa rápido de mais para que fiquemos presos a preocupações sem fundamento e coisas que não vão nos levar a lugar nenhum. Quando o amanhã chegar, talvez às vezes você também tenha essa vontade que eu tenho de poder fazer tudo de novo, talvez às vezes você se lembre de coisas boas e uma lágrima quente de felicidade escorra pelo seu rosto. E tomará que às vezes você venha me visitar aqui, pois às vezes eu penso em você também.

sábado, 9 de julho de 2011

A Língua das Estrelas

O Futuro de Amanhã

Por mais que eu queira esquecer, por mais que queira simplesmente arrancar essas memórias da minha mente, ela própria faz uma armadilha para mim e me põe nas entranhas dos meus próprios sentimentos. Me faz sentir simples, frágil e quebradiço, e no meu peito sinto que nada mais reside, somente há um pequeno vazio envolto de estrelas e planetas solitários. Por mais que eu queira, eu não quero. Isso está certo afinal? Os diferentes momentos da vida me levam sempre a voltar a pensar e repensar, volto para as diversas memórias que não quero mais lembrar e vejo como sorrir era mais fácil naquela época. Tudo era mais leve e acho que até minha mente não fervia tanto em pensamentos malucos como hoje. Era inocente e ingênuo enfim. Levei em diante o que não tinha mais cura, tentei fazer com que o impossível fosse possível e minha burra esperança durou anos e anos. Mas finalmente quero desistir de tentar, cansei. Foi olhando para as estrelas que descobri que seus brilhos estavam somente em meus olhos e não de fato nelas. Então tudo o que fiz foi em vão e eu mesmo me encarregarei de pôr fora. Mas são minhas lembranças as responsáveis pela sobre-vida que ano após ano isso ganha aqui no meu peito. São essas palavras, momentos, sentimentos e tempo que fazem com que eu não queira simplesmente esquecer. Poderia ser mais fácil.
Dói no peito essa dor que parece uma chama que lentamente vai queimando minha carne de dentro pra fora, sem fazer calor algum. Uma chama fria que conforta minha alma na calmaria das noites sem luar. Algo que faz com que o corpo todo trepide e me faz sentir como se fosse apenas uma casca prestes à quebrar. Se pudesse escolher, gostaria de ter esquecido isso tudo muito antes. Se pudesse escolher eu não iria ter do que lembrar. Entretanto não me sobra outra escolha, outra alternativa; vai ser como se eu próprio me apunhalá-se, mas é o que tenho que fazer. Arrancar à força essas memórias e fazer com que elas jamais tenham acontecido, pois quando rever tudo o que um dia foi, apenas a indiferença vai transpassar meus olhos lúcidos do esquecimento. E daí então espero que tudo não aconteça de novo, nesse novo começo de um futuro próximo...

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Vírus que Move o Mundo

"Está tudo morto e enterrado"

Da destruição nasce o novo que brota no peito como flores das manhãs de verao. A estupidez que corroi o ser vem de nosso proprios corações arrogantes por natureza que desejam ter aquilo que já possuem; querendo sempre mais e mais. De toda a dor, quero a pior delas para estancar o que sangra da alma e verte pelos céus em forma de vento frio. Como um ciclone negro meu ego há de se erguer aos céus para enfim destruir tudo o que estiver infectado com a hipocrisia.
O vermelho escarlate que vem dos vivos há de alimentar o ódio que constantemente nasce nas entranhas da mente. Tudo por causa da crueldade da humanidade que não deixa com que a bondade venha até ela e mesmo aqueles que pensam que fazem o bem, tem em seu coração a mais pura crueldade... Antes esses tivessem piedade ao serem cruéis... Nunca ei de entender por que fazem tanto mal, por que causam tanta dor àqueles que os querem bem. É como se dessem facadas em quem se aproxima querendo apenas ajudar e não pedindo mais do que afeto em troca. Desfazem os sonhos assim como as nuvens se dissipam no céu, e esmagam a pureza da ingenuidade de nossos corações como as ondas que insistem em se chocar com as rochas. Esse é você, esse sou eu. De tantos que perambulam pelas extremidades do cotidiano alheios ao mundo que os rodeia lá fora, apenas vejo as mente perturbadas por sua própria dose de loucura sem fundamento. Mentes sedentas por desejos que já foram cumpridos, renegados diante do tempo e esquecidos como se fossem apenas grãos de areia. Esse você que um dia nasceu nas manhãs de verão, hoje já perece e tudo o que de vós um dia conheci, morreu sem deixar marcas ou dar a mínima explicação. Hoje só consigo ver hipocrisia nas tuas palavras e falsidade em tudo vós faz. Pois não estaria à clamar por ter tudo o que um dia quis lhe dar, se não fosse por falsidade e infantilidade que já dominaram teu ser. De minha esperança é que um dia, quando o Sol se pôr sob as águas calmas do oceano, isso que contamina o mundo possa ser levado com ele e a noite venha para curar a mente de todos àqueles que ainda tiverem salvação...