O mundo que não inspira
Quadrado. Sistemático. Engenhoso. Por fim, maligno.
Essa é minha definição de mundo. Ok, talvez nem tanto assim... Mas me sinto como se fosse assim. No momento imagino-me escrevendo esse texto em uma máquina de escrever, não posso errar não posso errar... Nunca podemos errar, erros são para os fracos já diria alguém mundo à fora. Mas... Se isso for verdade, então sou o mais fraco dos fracos! Assustador. É que por vezes o mundo lá fora sabe, as coincidências do dia-à-dia, os fatos que se estendem além de meu jardim, mostram-me o quão trouxa eu posso ser. Falo isso de verdade, ao ponto de olhar para mim mesmo e pensar "não acredito que você queria fazer isso... Que perdedor.". E é a verdade, se me olho no espelho vejo o perdedor que sou, posso ter tudo, todas minhas ambições e objetivos de vida concluidos que ainda serei essencialmente um perdedor. E da raça mais pura! Desmotivante. Nesses momentos que me vem à mente aquela frase de Shakespeare "não importa o quanto você se importe com algo, algumas pessoas simplesmente não se importam". Ela ecoa nos meus pensamentos e costura os neuronios de tal forma que os faz crer que essa é a verdade e nada poderá mudar isso. Entretanto ao mesmo tempo uma pequena e fraca voz me fala no fundo da mente "Seja você mesmo sempre, custe o que custar", e isso me chama atenção, pois dai ouço outras orações alheias a toda essa confusão mental, tais como: "Não desista de ser o melhor", "Um dia todos saberam o que perderam", "Não tenha vergonha de ser você mesmo e falar o que pensa", "Eles não são importantes para você, não ligue para eles". E essa última sentença é que eu me detenho, porque não vejo como eles não podem ser importantes para mim, pois são tudo afinal! Gostaria de saber quem foi o sujo que disse isso... Um dia saberei...
Saindo de mim um pouco e olhando o mundo lá de fora, vejo que as coisas não simplesmente acontecem "do nada", esse "nada" não existe, tudo é proposital. Ou nem tudo. Outra história. Coisas acontecem por um próposito, não que seja uma crença ou algo assim, só acho que tem coisas que seriam simplesmente muito estranhas para que fosse apenas coincidencias. Achar uma amiga à bordo de um taxí saindo da rodoviaria, com cinquenta minutos de atraso, não é algo que eu chame de coincidencia... Acho que tinha que ser, que algo ajudou para que isso acontecesse, pois imagine as chances, a probabilidade de isso acontecer! Seriam nulas! Mas a engenhosidade que rege o mundo, que mexe as engrenagens da vida é mais complexa do que podemos imaginar. Imagino como se fosse uma grande máquina e nós pequenas peças que compõem esse corpo estraordinário que é o planeta, cada pequena parte tem importancia e funciona de acordo com um comando dado pela máquina. Visão quadrada essa. Sistemática demais. Difícil demais. Mas ainda assim, ainda que o mundo esteja contra mim, vou continuar com a minha visão e fazer o que eu acho que deve ser feito, fazer o que eu acho certo. Nem que essa máquina que é o mundo, me deixe sem utilidade...
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