Loucuras do Dia-a-Dia
Parte 2
"Enquanto estava parado ali no sinal, quase dormindo ao volante, pois aquilo não ficava verde nunca, a música da rádio mudou e começou uma melodia que me era muito familiar e que há anos não ouvia. O tom da guitarra de introdução fez com que sentisse o arrepio de lembrar qual música que era. O semáforo abriu e arranquei o carro lentamente, afinal era só eu na rua naquele sábado pela manhã, justo afinal. As ruas totalmente vazias e aquela música antiga tocando na rádio, realmente tinha algo de estranho naquela manhã e infelizmente na hora não consegui saber o que era, mas podia sentir que algo grande iria acontecer.
Cheguei na empresa eram 8 horas da manhã e o friozinho da manhã do início da primavera ainda imperava no ar. Por algum motivo a música ficara em minha mente e lembranças da adolescência começaram a pipocar no cérebro como se esse fosse um microondas na potência máxima. As sombras da primeira década do século começaram a vir em minha mente como um filme de antigas fotos desbotadas, afinal mesmo sendo memórias elas todas estavam no fundo do baú de meu eu. Abri a porta da empresa e me dirigi até minha sala, e como de costume não havia quase ninguém lá, além do pessoal que iniciava suas horas extras, cumprimentei à todos e subi para meu escritório.
Olhei para mesa e vi ali algo que não estava na sexta quando sai, um cartão roxo de forma retangular, apanhei-o nas mãos e logo o reconheci. Larguei o paletó no braço da cadeira para abrir o cartão e foi então que ele entrou na sala..."
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