O Que Há Por de Trás das Cortinas
Por trás das pedras pode existir um paraíso ainda intocado, onde as folhas das árvores são mais verdes e a vida brilha em sua forma primordial. Trás da rebentação existe um oceano que ninguém nunca foi, onde um império está submerso à espera de um herói. Quando as brumas se desfizerem os mortais então finalmente poderão ver aquilo que por décadas negaram existir, e se ajoelharam diante à beleza que se apresentará. Até mesmo no fundo das geleiras existe algo quente que vibra de vida e esconde os mistérios de uma existencia milenar. Dentro das mais densas florestas moram aquele povo antigo, dotado de mágia e cheio de mistérios e cultos mais velhos que eles próprios. Até mesmo o universo, a Via Lactéa, possui a Terra em seu seio, ocultando-a de todo o resto e disfarçando-a no meio de tantos pontos brilhantes. Cada qual esconde em si um outro lugar, algo maior e melhor que talvez por receio não queira mostrar para o mundo. Protegem para que não seja destruído e nem corrompido pelo virus da natureza humana, ainda que isso tenha sido criado por nós mesmos...
Se todas essas coisas e muitas mais, escondem, protegem, algo primordioso em si ou com sua própria vida, por que não eu esconderia também?
Os pensamentos que a mente já não mais suporta ter são passados adiante para que alguém mais possa ver que a loucura não pertence há uma só pessoa...
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Luzes da Noite
Por vezes ficar em silêncio e apenas ouvir a balada do vento na janela é a melhor coisa a se fazer. Assim podemos ouvir a melodia que toca no nosso interior e a mente pode descansar calmamente sem nenhum pensamento a lhe importunar. As luzes da noite e a sua vida vão aparecer no seu quarto e iluminar em focos distintos o teto escurecido pela noite, assim como foi quando eras pequeno de mais para lembrar e a noite o acolhia como um filho. Às vezes é melhor deixarmo-nos levar pelas correntezas da vida apenas para aprender quando que a experiência vence o conhecimento e por que as verdades se apresentam quando somos novos de mais para nos recordarmos.
Por vezes deve tentar ouvir o que o silêncio tem a dizer...
Por vezes deve tentar ouvir o que o silêncio tem a dizer...
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Acontece e a gente nem percebe
Redemoinhos da Vida
Os mares, as marés e os oceanos. Ah as águas da vida! No remexer das profundezas desse mar minha mente afunda serenamente e sem medo algum. Deixo com que tudo se encha de água e que todos nós nos afoguemos nessas águas calmas e transparentes. Deveria eu beber um pouco para acelerar o processo e chegar mais rápido ao meu destino, ou deixo com que a correnteza me leve na calmaria do fim de tarde? Meu navio afundou em memórias e somente eu restei na embarcação, como um capitão deve fazer vou sendo levado para o lugar mais profundo nessas montanhas submersas. Vejo toda essa bela obra de minha vida perecer sendo engolida sem pudor pelas águas, mas ao mesmo tempo tudo se torna tão mais belo pela sutileza que reina aqui no oceano. Onde a vida começou, agora termina... Termina? Todos esses quadros de minhas lembranças estão encharcados de água doce e a pureza de cada um fica explícita de tal maneira que nunca tivera visto antes; vejo agora coisas que jamais pensei estarem ali também. Impossível imaginar que tudo isso vai se perder assim tão de repente, tão rápido e sem sentido algum, como num maremoto maluco de emoções. Será que essas obras de arte tornar-se-ão como as dos famosos artistas que o mundo somente conheceu após a morte? Não gostaria disso para mim, prefiro o total anonimato se tiver de ser assim...
Belo é o sol que me banha com seus raios, mesmo na profundidade que estou... Alias, creio que a consciência já perdi, pois não sinto mais meus pulmões encheram-se com a água que me circunda e acolhe como um abraço fraternal. É como se estivesse enfim voltando para casa. O horizonte a minha frente se faz em um azul escuro tão terno, tão sublime... Um azul celeste que clama por vida, que chama como se estivesse esperando por mim há tempos, e calmamente anseia pela minha chegada. Não sei se é a hora. Já me perdi dentro de tudo e esse navio que parece não ter fim faz com que minha mente se confunda facilmente dentre os anos estampados nas paredes. E quando penso em fechar os olhos para acompanhar a música que ecoá no fundo do mar, sinto como se o corpo pulasse de dentro para fora e a vida saísse pelas pontas dos dedos...
Um iceberg enorme fez com que minha embarcação não fosse jogada as profundezas e quando meus olhos abriram-se pude apenas ver que o destino mais uma vez brincara comigo, pois o que na verdade acontecera foi que adormeci no colchão de ar e cai na água, fazendo com que um pouco d'água entrasse em meus pulmões... Coisas da vida...
Os mares, as marés e os oceanos. Ah as águas da vida! No remexer das profundezas desse mar minha mente afunda serenamente e sem medo algum. Deixo com que tudo se encha de água e que todos nós nos afoguemos nessas águas calmas e transparentes. Deveria eu beber um pouco para acelerar o processo e chegar mais rápido ao meu destino, ou deixo com que a correnteza me leve na calmaria do fim de tarde? Meu navio afundou em memórias e somente eu restei na embarcação, como um capitão deve fazer vou sendo levado para o lugar mais profundo nessas montanhas submersas. Vejo toda essa bela obra de minha vida perecer sendo engolida sem pudor pelas águas, mas ao mesmo tempo tudo se torna tão mais belo pela sutileza que reina aqui no oceano. Onde a vida começou, agora termina... Termina? Todos esses quadros de minhas lembranças estão encharcados de água doce e a pureza de cada um fica explícita de tal maneira que nunca tivera visto antes; vejo agora coisas que jamais pensei estarem ali também. Impossível imaginar que tudo isso vai se perder assim tão de repente, tão rápido e sem sentido algum, como num maremoto maluco de emoções. Será que essas obras de arte tornar-se-ão como as dos famosos artistas que o mundo somente conheceu após a morte? Não gostaria disso para mim, prefiro o total anonimato se tiver de ser assim...
Belo é o sol que me banha com seus raios, mesmo na profundidade que estou... Alias, creio que a consciência já perdi, pois não sinto mais meus pulmões encheram-se com a água que me circunda e acolhe como um abraço fraternal. É como se estivesse enfim voltando para casa. O horizonte a minha frente se faz em um azul escuro tão terno, tão sublime... Um azul celeste que clama por vida, que chama como se estivesse esperando por mim há tempos, e calmamente anseia pela minha chegada. Não sei se é a hora. Já me perdi dentro de tudo e esse navio que parece não ter fim faz com que minha mente se confunda facilmente dentre os anos estampados nas paredes. E quando penso em fechar os olhos para acompanhar a música que ecoá no fundo do mar, sinto como se o corpo pulasse de dentro para fora e a vida saísse pelas pontas dos dedos...
Um iceberg enorme fez com que minha embarcação não fosse jogada as profundezas e quando meus olhos abriram-se pude apenas ver que o destino mais uma vez brincara comigo, pois o que na verdade acontecera foi que adormeci no colchão de ar e cai na água, fazendo com que um pouco d'água entrasse em meus pulmões... Coisas da vida...
sábado, 25 de setembro de 2010
Os Velhos Cavaleiros
Até que as Estrelas se Apaguem
Somos diferentes pratos de uma mesma balança, e por anos lutamos juntos por um mesmo ideal. Cada qual da sua maneira, cada qual com suas manias e vontades, mas sempre juntos. Não desistimos ao cair, ajudando um ao outro para se levantar e continuar a batalha que havia se iniciado anos há trás. Nem sempre lutamos lado a lado, pois já fomos inimigos e erguemos nossas espadas de aço um contra o outro, em uma batalha sangrenta onde o orgulho estava em jogo. Mas as coisas nem sempre foram só guerras, houveram momentos em que podemos sentar a sombra das árvores e conversar alegremente sobre as besteiras da vida, sem preocupação deixando com que o vento nos guiasse em direção do amanhã.
Quando esse amanhã finalmente chegou, vi sendo separada aquela aliança que um dia fizemos, todas as lembranças passaram em minha mente como em um filme e não pude acreditar que era real. Meus olhos fizeram-se preto e branco e o sangue gelou por alguns segundos. O equilibrio estava desfeito. Tanto haviamos vivido lado a lado pelas estradas da vida que não me dei conta do quão importante aquele amigo se tornara, afinal, era meu braço direito e principalmente nas horas difíceis era o alguém à quem podia recorrer. O sol se apagou e o velho vento negro soprou nos céus que derramavam suas lágrimas sobre nós, assim ele se foi...
Hoje nossas armaduras não brilham mais e os céus não se abrem diante de nossa força, a balança pende apenas para um dos lado e todos descansam em sua eterna paz. O som do metal se chocando, a tensão da batalha e o cheiro de sangue hoje estão somente nas memórias de cada um dos cavaleiros que uma vez lutou ao nosso lado. Todo aquele espiríto de equipe focado somente no viver, tudo aquilo, aquela mágia toda que tomava conta de nós se perceu em meio aos ventos e se dissipou pelos mares da imaginação. Ainda assim, sei que em algum lugar desse mundo pulsa firmenente aquele sentimento que uma vez fez o sangue ferver e correr pelo corpo todo, isso está vivo de alguma maneira dentro de cada um de nós. Essa é a nossa lembrança e nosso motivo para continuar. Sei que esteja onde estiver, quando olhas para o tapete azul-celeste do céu podes ver nas estrelas nossas constelações lutarem pelo lugar mais brilhante dos céus. E como um lampejo, um raio fracionado da memória do universo sentes que também eu observo a mesma coisa, assim fazendo com que o vento negro deixe a balança em equilibrio mais uma vez...
Somos diferentes pratos de uma mesma balança, e por anos lutamos juntos por um mesmo ideal. Cada qual da sua maneira, cada qual com suas manias e vontades, mas sempre juntos. Não desistimos ao cair, ajudando um ao outro para se levantar e continuar a batalha que havia se iniciado anos há trás. Nem sempre lutamos lado a lado, pois já fomos inimigos e erguemos nossas espadas de aço um contra o outro, em uma batalha sangrenta onde o orgulho estava em jogo. Mas as coisas nem sempre foram só guerras, houveram momentos em que podemos sentar a sombra das árvores e conversar alegremente sobre as besteiras da vida, sem preocupação deixando com que o vento nos guiasse em direção do amanhã.
Quando esse amanhã finalmente chegou, vi sendo separada aquela aliança que um dia fizemos, todas as lembranças passaram em minha mente como em um filme e não pude acreditar que era real. Meus olhos fizeram-se preto e branco e o sangue gelou por alguns segundos. O equilibrio estava desfeito. Tanto haviamos vivido lado a lado pelas estradas da vida que não me dei conta do quão importante aquele amigo se tornara, afinal, era meu braço direito e principalmente nas horas difíceis era o alguém à quem podia recorrer. O sol se apagou e o velho vento negro soprou nos céus que derramavam suas lágrimas sobre nós, assim ele se foi...
Hoje nossas armaduras não brilham mais e os céus não se abrem diante de nossa força, a balança pende apenas para um dos lado e todos descansam em sua eterna paz. O som do metal se chocando, a tensão da batalha e o cheiro de sangue hoje estão somente nas memórias de cada um dos cavaleiros que uma vez lutou ao nosso lado. Todo aquele espiríto de equipe focado somente no viver, tudo aquilo, aquela mágia toda que tomava conta de nós se perceu em meio aos ventos e se dissipou pelos mares da imaginação. Ainda assim, sei que em algum lugar desse mundo pulsa firmenente aquele sentimento que uma vez fez o sangue ferver e correr pelo corpo todo, isso está vivo de alguma maneira dentro de cada um de nós. Essa é a nossa lembrança e nosso motivo para continuar. Sei que esteja onde estiver, quando olhas para o tapete azul-celeste do céu podes ver nas estrelas nossas constelações lutarem pelo lugar mais brilhante dos céus. E como um lampejo, um raio fracionado da memória do universo sentes que também eu observo a mesma coisa, assim fazendo com que o vento negro deixe a balança em equilibrio mais uma vez...
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Que Sirva de Lição
"It's Like a Circle"
Pouco me importa o que essas mentes que não usam nem 50% da sua capacidade vão vir a pensar de mim ou de meus atos e palavras. Influenciar-me-á pouquíssimo a opinião alheia e da maioria da população. Se para ti ou para muitos eu ei de ser insuportável, tchau e benção, até a próxima vida amizade! Porque sinceramente, isso cansa. Cansa tentar ser agradável, um cara legal, atencioso e só ser usado. Pra idiota eu não sirvo. E tem coisas que não mudam, afinal como ela disse "it's like a circle", ou pra quem não domina "é como um circulo". Tens razão, tudo na vida é um circulo e as coisas tendem sempre a voltar a forma original. "Viemos do nada e voltaremos ao nada". É assim que é, é assim que sou. Não é de agora, não é de hoje nem ontem que já fui conhecido assim; me conheci por si mesmo e tinha minha própria fama. Nunca fui de ter muitos amigos, pois desde de pirralho adotava a filosofia do "poucos e bons" e assim fui crescendo sendo sempre fiel aos que me eram queridos. Mas se até Jesus Cristo foi traído por um de seus companheiros, quem seria eu para não ser também? Então veio a dor, o desespero e aquelas coisas todas que vem junto, principalmente a raiva e sentimento de vingança. Coisas que peguei e sucumbi às catacumbas do meu ser, afinal são coisas da vida e não teria que gastar meu precioso tempo com elas.
Já vivi mais do que podes imaginar e já fui mais longe do que o pensamento da massa um dia imaginou ir. Refleti demais sentado naquela janela e a cada fim de tarde uma nova semente nascia em minha mente para um dia florecer. Chorei, admito. Cada pequena lágrima que rolou pelo rosto me fez aprender mais do que um livro e soco na parede para aliviar a raiva eu conseguia ir mais além em minha mente e desvendar um pouco mais do enorme labirinto que há ali. Entendi muitas coisas e vi que os mundos das pessoas possuem caminhos semelhantes, embora às vezes levem para lugares distintos. Enxerguei a vida que havia bem em minha frente, mas que meus olhos sempre me mentiram não existir, e o mais incrível é que fiz tudo isso apenas viajando em mim mesmo, no meu oceano onde descobri terras inabitadas.
Então amizade, por entender tudo o que há em mim, não me importo para o que o pequeno carrocinho que você chama de cerébro, pensa de mim ou deixa de pensar, porque eu não vou mudar.
Pouco me importa o que essas mentes que não usam nem 50% da sua capacidade vão vir a pensar de mim ou de meus atos e palavras. Influenciar-me-á pouquíssimo a opinião alheia e da maioria da população. Se para ti ou para muitos eu ei de ser insuportável, tchau e benção, até a próxima vida amizade! Porque sinceramente, isso cansa. Cansa tentar ser agradável, um cara legal, atencioso e só ser usado. Pra idiota eu não sirvo. E tem coisas que não mudam, afinal como ela disse "it's like a circle", ou pra quem não domina "é como um circulo". Tens razão, tudo na vida é um circulo e as coisas tendem sempre a voltar a forma original. "Viemos do nada e voltaremos ao nada". É assim que é, é assim que sou. Não é de agora, não é de hoje nem ontem que já fui conhecido assim; me conheci por si mesmo e tinha minha própria fama. Nunca fui de ter muitos amigos, pois desde de pirralho adotava a filosofia do "poucos e bons" e assim fui crescendo sendo sempre fiel aos que me eram queridos. Mas se até Jesus Cristo foi traído por um de seus companheiros, quem seria eu para não ser também? Então veio a dor, o desespero e aquelas coisas todas que vem junto, principalmente a raiva e sentimento de vingança. Coisas que peguei e sucumbi às catacumbas do meu ser, afinal são coisas da vida e não teria que gastar meu precioso tempo com elas.
Já vivi mais do que podes imaginar e já fui mais longe do que o pensamento da massa um dia imaginou ir. Refleti demais sentado naquela janela e a cada fim de tarde uma nova semente nascia em minha mente para um dia florecer. Chorei, admito. Cada pequena lágrima que rolou pelo rosto me fez aprender mais do que um livro e soco na parede para aliviar a raiva eu conseguia ir mais além em minha mente e desvendar um pouco mais do enorme labirinto que há ali. Entendi muitas coisas e vi que os mundos das pessoas possuem caminhos semelhantes, embora às vezes levem para lugares distintos. Enxerguei a vida que havia bem em minha frente, mas que meus olhos sempre me mentiram não existir, e o mais incrível é que fiz tudo isso apenas viajando em mim mesmo, no meu oceano onde descobri terras inabitadas.
Então amizade, por entender tudo o que há em mim, não me importo para o que o pequeno carrocinho que você chama de cerébro, pensa de mim ou deixa de pensar, porque eu não vou mudar.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Agora é!! Ta ai a história!
Loucuras do Dia-a-Dia
Parte 6
Eu queria me lembrar de quem era aquela mensagem de palavras calmas e sem preocupação, mas minha mente não deixava e assim os pensamentos que voavam como pássaros em minha mente foram cada um para um lado e eu não mais consegui manter um foco de raciocínio. As ruas se alongavam e quando mais me aproximava do local no qual tinha combinado de ir, mais meu coração acelerava e fazia com que o sangue circulasse com a intensidade do nervosismo. Nesse momento um pensamento cruzou o céu de minha mente e fez com que tudo ficasse mais claro e ao mesmo tempo engraçado. O pensamento me dizia: "Mesmo agora com 29 anos na cara, ainda sente esse frio na barriga de quando era apenas um adolescente sem rumo...". Tive de rir de mim mesmo, porque era a mais pura verdade! De algum modo eu estava ansioso e até um pouco nervoso pelos momentos que se seguiriam que minha mente nem mais lembrava do que a noite me reservara.
Meu relógio bateu exatas dezesseis horas quando desci do carro e olhei para aquele parque; parecia mentira, mas já fazia muito tempo que não colocava os pés nele, no mínimo cinco anos, estava tudo assim tão diferentemente parecido. Adentrei o parque pensando em como reconhecer a pessoa da mensagem, afinal eu não sabia quem ela era e... Bom ela provavelmente iria me conhecer. Assim caminhei em direção ao lago (não me pergunte porque, pois eu também não sei), e quando cheguei na ponte que levava até o centro do lago avistei uma menina que olhava para o outro lado de onde eu estava. Cabelos escuros desciam-lhe as costas quase até sua cintura, as curvas dela eram perfeitas e por um momento meu peito apertou em um pressentimento estranho que eu ignorei. Me recostei no parapeito do lado oposto do qual a mulher estava e olhei para a praça afim de encontrar alguém conhecido, ou melhor, encontrar a pessoa da mensagem.
Por burrice ou algo que não sei explicar, não tinha até aquele momento pensado em mandar uma mensagem avisando algo como "Cheguei, onde você está?" ou qualquer coisa do gênero, então foi o que fiz. Escrevi calmamente a mensagem; aqueles ventos acalmavam minha mente e alma e faziam-me lembrar de um passado muito bom, de pela paz. De repente, ouço um som de celular e olho para trás, não acreditei quando aquela mulher de antes virou e pegou o celular. Por um impulso falei sem pensar "É você?", e ela no susto virou-se. Seus olhos tocaram os meus e um sorriso ilustrou seu rosto que se abria para mim como uma linda manhã de verão, ao que ouvi:
- FOOOOOOCAAAA!!!
Ela correu e abraçou-me forte, tão forte que o ar faltou em meus velhos pulmões. Estava linda como sempre, como nas lembranças boas que eu guardara dela, e quando vi aquele olhar não teve erro, a reconheci instantaneamente. Velhas imagens pipocavam em minha mente, enquanto eu retribuía aquele abraço que parecia percorrer o tempo fazendo com que voltássemos à ser adolescentes outra vez. Fechei meus olhos e abracei-a mais forte, mal podia acreditar que voltava à vê-la após tanto tempo. O sentimento de nostalgia que percorria meu corpo era tanto que as palavras saíram de minha boca e nem me dei por conta do que disse, mas ainda lembro das palavras "Senti tanto a sua falta...".
Parte 6
Eu queria me lembrar de quem era aquela mensagem de palavras calmas e sem preocupação, mas minha mente não deixava e assim os pensamentos que voavam como pássaros em minha mente foram cada um para um lado e eu não mais consegui manter um foco de raciocínio. As ruas se alongavam e quando mais me aproximava do local no qual tinha combinado de ir, mais meu coração acelerava e fazia com que o sangue circulasse com a intensidade do nervosismo. Nesse momento um pensamento cruzou o céu de minha mente e fez com que tudo ficasse mais claro e ao mesmo tempo engraçado. O pensamento me dizia: "Mesmo agora com 29 anos na cara, ainda sente esse frio na barriga de quando era apenas um adolescente sem rumo...". Tive de rir de mim mesmo, porque era a mais pura verdade! De algum modo eu estava ansioso e até um pouco nervoso pelos momentos que se seguiriam que minha mente nem mais lembrava do que a noite me reservara.
Meu relógio bateu exatas dezesseis horas quando desci do carro e olhei para aquele parque; parecia mentira, mas já fazia muito tempo que não colocava os pés nele, no mínimo cinco anos, estava tudo assim tão diferentemente parecido. Adentrei o parque pensando em como reconhecer a pessoa da mensagem, afinal eu não sabia quem ela era e... Bom ela provavelmente iria me conhecer. Assim caminhei em direção ao lago (não me pergunte porque, pois eu também não sei), e quando cheguei na ponte que levava até o centro do lago avistei uma menina que olhava para o outro lado de onde eu estava. Cabelos escuros desciam-lhe as costas quase até sua cintura, as curvas dela eram perfeitas e por um momento meu peito apertou em um pressentimento estranho que eu ignorei. Me recostei no parapeito do lado oposto do qual a mulher estava e olhei para a praça afim de encontrar alguém conhecido, ou melhor, encontrar a pessoa da mensagem.
Por burrice ou algo que não sei explicar, não tinha até aquele momento pensado em mandar uma mensagem avisando algo como "Cheguei, onde você está?" ou qualquer coisa do gênero, então foi o que fiz. Escrevi calmamente a mensagem; aqueles ventos acalmavam minha mente e alma e faziam-me lembrar de um passado muito bom, de pela paz. De repente, ouço um som de celular e olho para trás, não acreditei quando aquela mulher de antes virou e pegou o celular. Por um impulso falei sem pensar "É você?", e ela no susto virou-se. Seus olhos tocaram os meus e um sorriso ilustrou seu rosto que se abria para mim como uma linda manhã de verão, ao que ouvi:
- FOOOOOOCAAAA!!!
Ela correu e abraçou-me forte, tão forte que o ar faltou em meus velhos pulmões. Estava linda como sempre, como nas lembranças boas que eu guardara dela, e quando vi aquele olhar não teve erro, a reconheci instantaneamente. Velhas imagens pipocavam em minha mente, enquanto eu retribuía aquele abraço que parecia percorrer o tempo fazendo com que voltássemos à ser adolescentes outra vez. Fechei meus olhos e abracei-a mais forte, mal podia acreditar que voltava à vê-la após tanto tempo. O sentimento de nostalgia que percorria meu corpo era tanto que as palavras saíram de minha boca e nem me dei por conta do que disse, mas ainda lembro das palavras "Senti tanto a sua falta...".
terça-feira, 7 de setembro de 2010
O próximo é história!
Galáxia dos Sonhos
A mente se perde quando cai e torna a virar parafuso no fluxo de energia que circunda a terra na velocidade do som. Toda àquela aurora se transforma em pura luz que brilha nos imensos "céus" do universo, como um grito silêncioso que cruza a galáxia. Por entre as estrelas mais distantes meu pensamento ecoá e se espalha nos véus das nebulosas que dançam com o vento do infinito. Tão escuro e tão brilhante, tão contraditório e simples. As correntes das nebulosas coloridas convidam a mente a viajar por suas estradas universais que ligam tudo o que há nesse universo longínquo, mas que não deixam com que você se livre delas tão facilmente. Contudo, perde-se é comum e as belas luas dos planetas alheios podem te mostrar o caminho de volta para casa, ou te levar para um lugar mais lindo e mais inacreditável onde seus sonhos são flutuar pelo espaço sideral em forma de passáros de luz.
Com o estalo da madeira do forro eu desperto para a realidade onde o teto é meu limite e as paredes delineiam até onde posso ir com meu pensamento, um sonho fechado dentro do quarto. Os olhos se abrem nas nuvens do céu azul que começa a aparecer horizonte laranjado daquele fim de tarde... Ah aqueles olhos... Eles ainda atormentam meus pensamentos que se perdem em isanidade misturada em prazer. Vejo-os nas brumas do universo de meu eu e ainda me perco ao ter de encará-los, e me pergunto o quão fraco sou. Apenas aqueles dois brilhantes podem me derrubar em segundos e toda a aurora e fantásia de minhas galáxias se esvai em poeira cósmica... Até quando? Até quando aquele olhar vai afetar a sanidade de meus sonhos....
A mente se perde quando cai e torna a virar parafuso no fluxo de energia que circunda a terra na velocidade do som. Toda àquela aurora se transforma em pura luz que brilha nos imensos "céus" do universo, como um grito silêncioso que cruza a galáxia. Por entre as estrelas mais distantes meu pensamento ecoá e se espalha nos véus das nebulosas que dançam com o vento do infinito. Tão escuro e tão brilhante, tão contraditório e simples. As correntes das nebulosas coloridas convidam a mente a viajar por suas estradas universais que ligam tudo o que há nesse universo longínquo, mas que não deixam com que você se livre delas tão facilmente. Contudo, perde-se é comum e as belas luas dos planetas alheios podem te mostrar o caminho de volta para casa, ou te levar para um lugar mais lindo e mais inacreditável onde seus sonhos são flutuar pelo espaço sideral em forma de passáros de luz.
Com o estalo da madeira do forro eu desperto para a realidade onde o teto é meu limite e as paredes delineiam até onde posso ir com meu pensamento, um sonho fechado dentro do quarto. Os olhos se abrem nas nuvens do céu azul que começa a aparecer horizonte laranjado daquele fim de tarde... Ah aqueles olhos... Eles ainda atormentam meus pensamentos que se perdem em isanidade misturada em prazer. Vejo-os nas brumas do universo de meu eu e ainda me perco ao ter de encará-los, e me pergunto o quão fraco sou. Apenas aqueles dois brilhantes podem me derrubar em segundos e toda a aurora e fantásia de minhas galáxias se esvai em poeira cósmica... Até quando? Até quando aquele olhar vai afetar a sanidade de meus sonhos....
domingo, 5 de setembro de 2010
Fronteiras da Mente
Um Mundo Diferente
Gostaria de um dia poder entender. Pegar toda minha ignorância, jogá-la fora e poder compreender tudo o que se passa nas mentes alheias. Poder ver o que está além de meus olhos, mas escancarado em minha frente! Abre-se como uma lótus e mesmo assim não consigo entender os seus "porques", os motivos pelos quais não escolhem aquilo que ao meu ver seria o melhor. Ser o melhor nem sempre basta. Como mostrar o que é o melhor? Fazer-se compreender é difícil e é algo que creio que tentarei a vida toda, até porque é como dizem "cachorro velho não aprende truques novos".
A impotencia me domina e sinto como se os braços ficassem atados por cordas invisíveis, que me prender para não fazer ou falar tudo o que a mente gostaria. A estranha sensação de estar alheio ao mundo, de querer acordar desse mundo que sei que é real, mas que ao mesmo tempo parece são imaginário... "As coisas não acontecem como você quer" é a máxima que vejo e que me faz sentir tão pequeno, tão fraco, incapaz de modelar tudo como "deveria" ser. Ainda assim luto contra essa ignorância sem tamanho, esse receio que corre pelas ruas e invade um à um. Algo constante e que impede com que minha alma se desgrude do corpo e se expanda como deveria ser! Liberar a mente para que ela pudesse voar em alta velocidade pelos vários céus que existem nos mundos particulares das pessoas. Comparti-lhe seu mundo, não feche suas portas. E se fechar, ao menos me diga porque. Não quebre as pontes que ligam os mundos, construa mais e mais! Procure saber o que há no terreno desconhecido para que não encontre nada que lhe desagrade, mas arrisque um pouco, afinal "quem não arrisca não petisca". O que existe do outro lado do muro é incrível e eu posso te ajudar a ver, ou até mesmo, por que não, ir até lá...
Mas me diga o que falta em mim para te levar...
Gostaria de um dia poder entender. Pegar toda minha ignorância, jogá-la fora e poder compreender tudo o que se passa nas mentes alheias. Poder ver o que está além de meus olhos, mas escancarado em minha frente! Abre-se como uma lótus e mesmo assim não consigo entender os seus "porques", os motivos pelos quais não escolhem aquilo que ao meu ver seria o melhor. Ser o melhor nem sempre basta. Como mostrar o que é o melhor? Fazer-se compreender é difícil e é algo que creio que tentarei a vida toda, até porque é como dizem "cachorro velho não aprende truques novos".
A impotencia me domina e sinto como se os braços ficassem atados por cordas invisíveis, que me prender para não fazer ou falar tudo o que a mente gostaria. A estranha sensação de estar alheio ao mundo, de querer acordar desse mundo que sei que é real, mas que ao mesmo tempo parece são imaginário... "As coisas não acontecem como você quer" é a máxima que vejo e que me faz sentir tão pequeno, tão fraco, incapaz de modelar tudo como "deveria" ser. Ainda assim luto contra essa ignorância sem tamanho, esse receio que corre pelas ruas e invade um à um. Algo constante e que impede com que minha alma se desgrude do corpo e se expanda como deveria ser! Liberar a mente para que ela pudesse voar em alta velocidade pelos vários céus que existem nos mundos particulares das pessoas. Comparti-lhe seu mundo, não feche suas portas. E se fechar, ao menos me diga porque. Não quebre as pontes que ligam os mundos, construa mais e mais! Procure saber o que há no terreno desconhecido para que não encontre nada que lhe desagrade, mas arrisque um pouco, afinal "quem não arrisca não petisca". O que existe do outro lado do muro é incrível e eu posso te ajudar a ver, ou até mesmo, por que não, ir até lá...
Mas me diga o que falta em mim para te levar...
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Ainda não é a história.. Calma lá..
Evolução Inversa
O velho homem que caminhava enrolado em seu manto à passos lentos e precisos pelas estradas que o mundo apresentava, é o reflexo de nossas almas cansadas de tanto viver na procura pelo lugar no qual realmente pertencemos. Nas ilhas nesse oceano de frases sem sentido encontramos aquelas palavras que foram proferidas com ternura para acalmar nossos soluços nas noite em que a escuridão invadia seu quarto. Todo um céu de estranhas estrelas brilhantes apareceu sob nossas cabeças quando percebemos que não somos o que realmente enxergamos no espelho e que essa simples existência vai muito mais além do que pensávamos. Elas brilhavam todas de cores diferentes e os sorrisos daqueles que estavam ali em volta começaram a aparecer na escuridão, fazendo com que percebamos que não estávamos sozinhos afinal.
Por vezes já eu também senti estranho usando essa fantasia de carne e osso que visto, como se não fosse minha, como se não tivesse compatibilidade, como se fosse sair dali de dentro a qualquer momento. Todos nós, uma vez saímos de casa pensando em não voltar, querendo talvez encontrar um lugar no qual nosso intimo chamaria de lar e ao mesmo tempo tivemos medo de saber onde de fato fica esse lugar. Embora ainda assim sejamos sempre inundados pela curiosidade que corrompe nossas mentes e trás de volta a vida àquela criança que há tempos fomos, trás de volta todos nossos sonhos... A intensidade com que as coisas passam por nós e as marcas que ficam tanto no corpo como na mente, são as armas necessárias para sucumbir à nós mesmos a um estado superior de experiência e pessimismo que talvez só consigamos nos livrar quando deixarmos essa carcaça de carne. Pois a pureza que as crianças tem, com nada podemos comprar, o mundo, esse oceano incrédulo e pacotes prontos que os outros colocam em nossas cabeças, essa coisa quadrada que a sociedade nos impõe. Isso! É o que nos destrói aos poucos e vai deixando cego os que não percebem que a pureza lhes foi roubada... Então, aquele velho homem do manto aparece em nossas mentes sem que saibamos quem ele é, mesmo tendo a certeza que de o conhecemos muito bem. E quando o dia chegar espero que consigas entender que ele é o reflexo do que o espelho mostra, o que restou do seu eu interior...
O velho homem que caminhava enrolado em seu manto à passos lentos e precisos pelas estradas que o mundo apresentava, é o reflexo de nossas almas cansadas de tanto viver na procura pelo lugar no qual realmente pertencemos. Nas ilhas nesse oceano de frases sem sentido encontramos aquelas palavras que foram proferidas com ternura para acalmar nossos soluços nas noite em que a escuridão invadia seu quarto. Todo um céu de estranhas estrelas brilhantes apareceu sob nossas cabeças quando percebemos que não somos o que realmente enxergamos no espelho e que essa simples existência vai muito mais além do que pensávamos. Elas brilhavam todas de cores diferentes e os sorrisos daqueles que estavam ali em volta começaram a aparecer na escuridão, fazendo com que percebamos que não estávamos sozinhos afinal.
Por vezes já eu também senti estranho usando essa fantasia de carne e osso que visto, como se não fosse minha, como se não tivesse compatibilidade, como se fosse sair dali de dentro a qualquer momento. Todos nós, uma vez saímos de casa pensando em não voltar, querendo talvez encontrar um lugar no qual nosso intimo chamaria de lar e ao mesmo tempo tivemos medo de saber onde de fato fica esse lugar. Embora ainda assim sejamos sempre inundados pela curiosidade que corrompe nossas mentes e trás de volta a vida àquela criança que há tempos fomos, trás de volta todos nossos sonhos... A intensidade com que as coisas passam por nós e as marcas que ficam tanto no corpo como na mente, são as armas necessárias para sucumbir à nós mesmos a um estado superior de experiência e pessimismo que talvez só consigamos nos livrar quando deixarmos essa carcaça de carne. Pois a pureza que as crianças tem, com nada podemos comprar, o mundo, esse oceano incrédulo e pacotes prontos que os outros colocam em nossas cabeças, essa coisa quadrada que a sociedade nos impõe. Isso! É o que nos destrói aos poucos e vai deixando cego os que não percebem que a pureza lhes foi roubada... Então, aquele velho homem do manto aparece em nossas mentes sem que saibamos quem ele é, mesmo tendo a certeza que de o conhecemos muito bem. E quando o dia chegar espero que consigas entender que ele é o reflexo do que o espelho mostra, o que restou do seu eu interior...
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
"Continua sentado que ainda não termino..."
Loucuras do Dia-a-Dia
Parte 5
Abracei-a como sempre fiz desde pequeno quando procurava seu colo e logo me sentei.
- O que vamos comer mãe?
- Fico feliz por podermos almoçar juntos filho, fazia algum tempo que não saiamos...
- Realmente, é que as coisas andam complicadas na empresa e.. - fui interrompido como o habitual.
- Eu sabia que tu iria crescer na empresa não disse?
- É, tu tinha razão...
Logo fizemos nosso pedido e durante todo o almoço conversamos sobre o futuro, sobre quando eu tinha apenas dezoito anos e sonhava com o dia em que iria morar sozinho, ter meu próprio carro e etc. Mas quando estávamos terminando de comer ela me fez uma pergunta que jamais iria imaginar ouvir:
- Ainda gosta dela não é mesmo? Tu não consegue esconder nada de mim. - E seus olhos pareciam penetrar no intimo de minha mente e ver a verdade por si mesmos.
- Não adianta te dizer que não, então sim... - Admiti olhando para longe como se o pensamento decolasse para um lugar muito além dali.
- E é hoje não é mesmo? - Quando ouvi essas palavras daí sim que me surpreendi, afinal, como ela sabia disso!? - Não precisa nem responder, só pela sua cara posso ver que é... Bem acontece filho, e se te conheço bem tu vai ir, então boa sorte lá. Qualquer coisa estarei sempre contigo, ok?
Concordei com a cabeça e nós saímos juntos do restaurante. Eram quase que três horas da tarde, o dia tivera passado rápido e o frio intensificado. Acompanhei-a até o carro e nos despedimos com o compromisso de fazermos isso mais vezes, então entrei no carro e meus olhos vislumbraram uma mensagem no celular. Um tanto quanto estranho, porque não tivera ouvido nada no almoço e nem senti ele vibrar, mas abri a mensagem para ver o que estava escrito. Lembro-me pouco do conteúdo exato, entretanto dizia mais ou menos assim "Foooocaa! Nossa faz tempo que não te chamo assim, tu ta ocupado hoje lá pelas 16? To em porto a gente podia sai". Mesmo com a minha excelente memória não pude me lembrar de quem era o tal número, mas ainda assim respondi àquela mensagem dizendo que sim, incrívelmente eu estava livre naquela tarde, e minutos depois recebi outra mensagem para me encontrar com essa pessoa, que supostamente deveria ser uma mulher pelo jeito que escrevia, as dezesseis horas no parque germânia. Eram quinze e trinta, então ainda teria tempo de ir. Liguei o carro e me dirigi para lá na curiosidade em saber quem era...
Parte 5
Abracei-a como sempre fiz desde pequeno quando procurava seu colo e logo me sentei.
- O que vamos comer mãe?
- Fico feliz por podermos almoçar juntos filho, fazia algum tempo que não saiamos...
- Realmente, é que as coisas andam complicadas na empresa e.. - fui interrompido como o habitual.
- Eu sabia que tu iria crescer na empresa não disse?
- É, tu tinha razão...
Logo fizemos nosso pedido e durante todo o almoço conversamos sobre o futuro, sobre quando eu tinha apenas dezoito anos e sonhava com o dia em que iria morar sozinho, ter meu próprio carro e etc. Mas quando estávamos terminando de comer ela me fez uma pergunta que jamais iria imaginar ouvir:
- Ainda gosta dela não é mesmo? Tu não consegue esconder nada de mim. - E seus olhos pareciam penetrar no intimo de minha mente e ver a verdade por si mesmos.
- Não adianta te dizer que não, então sim... - Admiti olhando para longe como se o pensamento decolasse para um lugar muito além dali.
- E é hoje não é mesmo? - Quando ouvi essas palavras daí sim que me surpreendi, afinal, como ela sabia disso!? - Não precisa nem responder, só pela sua cara posso ver que é... Bem acontece filho, e se te conheço bem tu vai ir, então boa sorte lá. Qualquer coisa estarei sempre contigo, ok?
Concordei com a cabeça e nós saímos juntos do restaurante. Eram quase que três horas da tarde, o dia tivera passado rápido e o frio intensificado. Acompanhei-a até o carro e nos despedimos com o compromisso de fazermos isso mais vezes, então entrei no carro e meus olhos vislumbraram uma mensagem no celular. Um tanto quanto estranho, porque não tivera ouvido nada no almoço e nem senti ele vibrar, mas abri a mensagem para ver o que estava escrito. Lembro-me pouco do conteúdo exato, entretanto dizia mais ou menos assim "Foooocaa! Nossa faz tempo que não te chamo assim, tu ta ocupado hoje lá pelas 16? To em porto a gente podia sai". Mesmo com a minha excelente memória não pude me lembrar de quem era o tal número, mas ainda assim respondi àquela mensagem dizendo que sim, incrívelmente eu estava livre naquela tarde, e minutos depois recebi outra mensagem para me encontrar com essa pessoa, que supostamente deveria ser uma mulher pelo jeito que escrevia, as dezesseis horas no parque germânia. Eram quinze e trinta, então ainda teria tempo de ir. Liguei o carro e me dirigi para lá na curiosidade em saber quem era...
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