quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"Continua sentado que ainda não termino..."

Loucuras do Dia-a-Dia
Parte 5

Abracei-a como sempre fiz desde pequeno quando procurava seu colo e logo me sentei.
- O que vamos comer mãe?
- Fico feliz por podermos almoçar juntos filho, fazia algum tempo que não saiamos...
- Realmente, é que as coisas andam complicadas na empresa e.. - fui interrompido como o habitual.
- Eu sabia que tu iria crescer na empresa não disse?
- É, tu tinha razão...

Logo fizemos nosso pedido e durante todo o almoço conversamos sobre o futuro, sobre quando eu tinha apenas dezoito anos e sonhava com o dia em que iria morar sozinho, ter meu próprio carro e etc. Mas quando estávamos terminando de comer ela me fez uma pergunta que jamais iria imaginar ouvir:
- Ainda gosta dela não é mesmo? Tu não consegue esconder nada de mim. - E seus olhos pareciam penetrar no intimo de minha mente e ver a verdade por si mesmos.
- Não adianta te dizer que não, então sim... - Admiti olhando para longe como se o pensamento decolasse para um lugar muito além dali.
- E é hoje não é mesmo? - Quando ouvi essas palavras daí sim que me surpreendi, afinal, como ela sabia disso!? - Não precisa nem responder, só pela sua cara posso ver que é... Bem acontece filho, e se te conheço bem tu vai ir, então boa sorte lá. Qualquer coisa estarei sempre contigo, ok?

Concordei com a cabeça e nós saímos juntos do restaurante. Eram quase que três horas da tarde, o dia tivera passado rápido e o frio intensificado. Acompanhei-a até o carro e nos despedimos com o compromisso de fazermos isso mais vezes, então entrei no carro e meus olhos vislumbraram uma mensagem no celular. Um tanto quanto estranho, porque não tivera ouvido nada no almoço e nem senti ele vibrar, mas abri a mensagem para ver o que estava escrito. Lembro-me pouco do conteúdo exato, entretanto dizia mais ou menos assim "Foooocaa! Nossa faz tempo que não te chamo assim, tu ta ocupado hoje lá pelas 16? To em porto a gente podia sai". Mesmo com a minha excelente memória não pude me lembrar de quem era o tal número, mas ainda assim respondi àquela mensagem dizendo que sim, incrívelmente eu estava livre naquela tarde, e minutos depois recebi outra mensagem para me encontrar com essa pessoa, que supostamente deveria ser uma mulher pelo jeito que escrevia, as dezesseis horas no parque germânia. Eram quinze e trinta, então ainda teria tempo de ir. Liguei o carro e me dirigi para lá na curiosidade em saber quem era...

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