domingo, 13 de fevereiro de 2011

Fúria em Flor

A Lótus da Loucura

O Bater das Asas


Vontade de voar baixo pelas ruas da cidade deixando as luzes distorcidas no horizonte. Fazendo com que a alma pulsasse incessantemente em um ritmo tão frenético que o coração mal conseguiria acompanhar. Libertar toda essa ira que dorme no meu corpo desde os tempos remotos onde ainda os reis lutavam entre si. Jogar fora esta sensação de prisão que corre todo o corpo e contraí os músculos para que eles façam alguma coisa. Fazer com que as asas escondidas pelo tempo apareçam lentamente em minhas costas, de tal maneira a por fora todo o lixo que consume meu ser no dia-a-dia. Os olhares que me fuzilam com pensamentos prématuros e com densos préconceitos, seriam simplesmente alçados ao ar para que fossem destruidos pela íra que minhas asas desprendem. O futuro mostrará que o voo do cardial é demais para que humanos comuns consigam entender e quando eu tocar o topo e retirar a mascará que esconderá meu rosto, todos irão cair. E por ventura, como a própria história diz, eles irão voltar-se a mim e tentar usar de meu poder para que possam então também crescer. Eis que a maldição de minha íra irá recair sob os que um dia não tiveram humildade e irão sucumbir na escuridão do abismo. Não por vingança, não por ódio, isso tudo acontecerá por pura justiça... E a história será reescrita aos poucos com as lágrimas daqueles que já se foram...

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