sexta-feira, 29 de abril de 2011

Margens do Tempo

A Ilha do Lago

Dos dias claros aos escuros, apenas busco me encontrar. Tentar ter ao menos um noção do que eu sou, quem eu sou. Longe daquelas percas de tempo como "quem somos, pra onde vamos" e todo esse papo manjado. Procuro encontrar uma identidade para quem sou, afinal de contas, certos momentos me perco em mim mesmo. A mente sai do corpo visando encontrar uma estrada que a leva à algum lugar, qualquer lugar. Onde a sociedade em si nunca conseguiu chegar, um lugar intocado pelo homem. Achar esse lugar sagrado seria uma dádiva para a alma que finalmente encontraria um lar. Pois aqui fora tudo machuca, tudo não é. O mundo que um via existiu na mente de cada criança, lhe é arrancado pelas mãos da realidade dos homens, em algo que nós próprios chamamos de evolução. Ficamos inteligentes demais, espertos demais, e assim perdemos nossa pureza, nossa simplicidade. E se crês que isso ainda existe no "aqui e agora", não se engane, pois a maldade reside nos corações em que há tempos falta lealdade, respeito e - por que não - ignorância. Os ignorantes que são felizes, e pobre coitado foi aquele que um dia ousou dizer "pobre daqueles que não entendem". Porque no fim, quem pouco sabe, pouco vê, e com pouco se contenta - embora os espertos sempre queiram mais -.
Com tudo isso em mente apenas queria um momento para poder parar. Descer do mundo por poucos instantes e deixar a mente flutuar no vácuo, tentando assim se acalmar e "respirar". Queria eu ser mais verdadeiro comigo mesmo, e fazer valer as palavras que saem da boca... Queria poder voltar para aquele lugar que chamavam de Avalon...

Nenhum comentário: