Vozes do Eu
Por vezes acreditei que deveria ser mais impessoal e assim fui-me restringindo a não falar certas coisas. Meus textos começaram a perder a vida e não sentia mais neles a vitalidade que antes pudera sentir, era como se tivessem mortos, ou apenas com menos intensidade. Eram sentimentos mascarados, as mesmas máscaras que condeno eu mesmo punha em meus textos. Tentava assim não falar de ninguém, de nenhuma situação e colocava outras coisas para que no fim tudo isso que realmente queria por para fora ficasse nas entrelinhas. Não digo que não tenha funcionado, até porque obtive resultados, eu ficava mais leve e sentia que aquilo tinha passado, mesmo que não por completo. Mas faltava algo, faltava a cereja do bolo a parte final da obra-prima assim como existia nas memórias de meu caderno.
Consegui descobrir a peça que faltava em meu quebra-cabeças, era algo simples, algo amador que eu havia perdido há tempos atrás. Era a simples paixão por escrever e só escrever, sem querer ou fazer para que alguém possa ler, sem esconder informações, pensamentos ou sensações. Perdi o que antes era eu mesmo descrito em palavras, e só quando ouvi minhas próprias palavras pude notar que essa era a mágia que havia naquilo que escrevia. Fui tão impessoal que as vezes tinha de pensar antes de escrever, refletir para saber como ficaria bom o texto, se teria nexo ou se encaixaria. Entretanto agora me pergunto: Porquê?Pra quê? Das primeiras palavras que escrevi pouco me importava quem iria ler, embora sempre soubesse que alguém um dia veria eu pouco me importava. Aquilo era pessoal, era eu afinal.
Agora tento resgatar o que eu acreditava ser o mais belo que possuía, que aos meus olhos nunca foi nada demais, apenas agia com o coração e nem pensava em como isso iria soar. De meus sonhos pude encontrar a chave que procurava, e não me culpem, pois o que escreverei aqui sou eu e minha vida, nada além disso. Minhas loucuras secretas que precisam de um escape, a imaginação que voa alto e a solidão sob a luz negra da lua. Coisas assim que pairam em minha mente e que há muito já ilustraram esse espaço, hoje irão retornar para me lembrar de seus marcas e cicatrizes. Espero que possa enfim dar mais um passo na procura do meu eu.
Os pensamentos que a mente já não mais suporta ter são passados adiante para que alguém mais possa ver que a loucura não pertence há uma só pessoa...
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Das Noites que Não Dormi
The Moon Strike I
"O Ceifador
Das luzes da noite surge um espectro negro que sintula no meio da escuridão. Enquanto a música toca, a nobre alma clama por sussego em meio a tanta vida. Aquela mão negra se move por entre a multidão procurando um lugar no qual possa repousar. Afinal essa é a função do ceifador, garantir que as almas possam enfim descansar. Pelas ruas desertas da madrugada corre a escuridão, frenetica com os gritos que só ela consegue ouvir no sim do no silêncio."
Das frases, da loucura, da mente que começa a se perder no mundo prestes a cair no absimo da insanidade. De repente surge nesse meio toda, nessa confusão maluca que engloba tudo e à todos ao mesmo tempo, uma idéia como um relampago no escuro céu da tempestade. Cruza a mente de ponta à ponta e faz com que todas as atenções se virem à ela. Assim nasceu o pequeno texto acima. Um flash negro de sinceridade, um grito abafado à força pelas mãos da sanidade que não pode deixar com que isso saísse pela boca. O corpo foi controlado pelas correntes que impedem que o verdadeiro eu se liberte e revele-se ao mundo e todo esse esforço para conter o incontrolável se mostra visivel no dia que veio depois, quando o corpo e alma estavam cansados demais para que pudessem agir em sincronia. Entregaram-se ao léu, ao bel prazer do destino e jogaram-se aos ventos que banhavam tudo que ali existia. De algum modo, tudo continuou como estava mesmo que algo tivesse começado a girar. Talvez uma coisa nova, ou algo que já ali estava, mas nunca antes tivera sido visto. Sei que... Nada mais sei, de nada mais entendo. A vertigem abatia os olhos enquanto escrevia as pequenas frases e ao mesmo tempo sentia que a máquina toda recomeçava seu ciclo. O passado me veio a mente e a raiva tomou conta de tudo, se pudesse rugiria alto ali mesmo, sem vergonha alguma e atacaria a presa sem piedade. Entretanto as correntes ainda seguravam o espiríto inquieto e impediam-me de qualquer ato. Era a vitória da razão. Afinal de contas, nunca passei das palavras, do desenho de letras esboçadas em um livro qualquer e talvez realmente não mereça nada mais do que reconhecimento de um passado longuiquo que jamais voltará.
Ainda assim, sei que essas palavras tem o poder de mudar, como fizeram comigo um dia, algumas palavras que li e ouvi, nesse dia me tornei escravo da escrita e não pude mais fugir ou até fingir que não tenho a paixão por escrever. A reflexão pura me revelou as verdades do mundo e pude finalmente entender a lingua que fala meu coração, mesmo que não concordasse com nada do que ele falava.
Foi assim que tudo aconteceu, tão rápido que o tempo nem se deu conta, tão rápido que a música ainda tocava, tão rápido que não tive nem tempo de sequer chorar, tão rápido que não pude me perder. E por fim senti a alma correr a cidade toda na alegria da ventania e no ritmo das luzes para enfim repousar no calor seco da lua.
"O Ceifador
Das luzes da noite surge um espectro negro que sintula no meio da escuridão. Enquanto a música toca, a nobre alma clama por sussego em meio a tanta vida. Aquela mão negra se move por entre a multidão procurando um lugar no qual possa repousar. Afinal essa é a função do ceifador, garantir que as almas possam enfim descansar. Pelas ruas desertas da madrugada corre a escuridão, frenetica com os gritos que só ela consegue ouvir no sim do no silêncio."
Das frases, da loucura, da mente que começa a se perder no mundo prestes a cair no absimo da insanidade. De repente surge nesse meio toda, nessa confusão maluca que engloba tudo e à todos ao mesmo tempo, uma idéia como um relampago no escuro céu da tempestade. Cruza a mente de ponta à ponta e faz com que todas as atenções se virem à ela. Assim nasceu o pequeno texto acima. Um flash negro de sinceridade, um grito abafado à força pelas mãos da sanidade que não pode deixar com que isso saísse pela boca. O corpo foi controlado pelas correntes que impedem que o verdadeiro eu se liberte e revele-se ao mundo e todo esse esforço para conter o incontrolável se mostra visivel no dia que veio depois, quando o corpo e alma estavam cansados demais para que pudessem agir em sincronia. Entregaram-se ao léu, ao bel prazer do destino e jogaram-se aos ventos que banhavam tudo que ali existia. De algum modo, tudo continuou como estava mesmo que algo tivesse começado a girar. Talvez uma coisa nova, ou algo que já ali estava, mas nunca antes tivera sido visto. Sei que... Nada mais sei, de nada mais entendo. A vertigem abatia os olhos enquanto escrevia as pequenas frases e ao mesmo tempo sentia que a máquina toda recomeçava seu ciclo. O passado me veio a mente e a raiva tomou conta de tudo, se pudesse rugiria alto ali mesmo, sem vergonha alguma e atacaria a presa sem piedade. Entretanto as correntes ainda seguravam o espiríto inquieto e impediam-me de qualquer ato. Era a vitória da razão. Afinal de contas, nunca passei das palavras, do desenho de letras esboçadas em um livro qualquer e talvez realmente não mereça nada mais do que reconhecimento de um passado longuiquo que jamais voltará.
Ainda assim, sei que essas palavras tem o poder de mudar, como fizeram comigo um dia, algumas palavras que li e ouvi, nesse dia me tornei escravo da escrita e não pude mais fugir ou até fingir que não tenho a paixão por escrever. A reflexão pura me revelou as verdades do mundo e pude finalmente entender a lingua que fala meu coração, mesmo que não concordasse com nada do que ele falava.
Foi assim que tudo aconteceu, tão rápido que o tempo nem se deu conta, tão rápido que a música ainda tocava, tão rápido que não tive nem tempo de sequer chorar, tão rápido que não pude me perder. E por fim senti a alma correr a cidade toda na alegria da ventania e no ritmo das luzes para enfim repousar no calor seco da lua.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Semelhança com a Realidade
Os Olhos Teus
E é do sentimento mais puro que não deveria ter vergonha, mas é inevitável, é impossível não ter! Pois meu olhar toca o seu e o tempo pará e retrocede. Te vejo como aquela menina que eu ainda não conhecia, mas que os olhos me convidavam a conhecer um mundo totalmente novo e diferente do que eu conhecia. Por alguns segundos vejo o mundo que existe àquela época e como nossas inocencias estavam a flor da pele. De certo modo éramos felizes sem saber. Mesmo que o peso caísse sobre meus ombros e não tivesse força para aguentar, eu ainda assim estava tranquilo, pois imaginava que um dia tudo ficaria bem. E assim não pude olhar para trás e encarar seu rosto ao ouvir as palavras que ali estavam escritas. Não havia como fugir, eram minhas letra que desenhavam aquelas páginas cheias de sentimentos e experiências, era eu enfim. Senti o corpo todo se auto contraindo e o sangue circulando rápido, fazendo com que o coração acelerasse assim como o carro. Desviei o olhar que sempre tornava a encontrar o seu que retruia pelo espelho. Faziam anos e aquelas inocentes palavras ainda me afetavam, mas e como não, não é mesmo? Afinal era a verdade daqueles tempos que estava toda ali descrita. Era eu, um eu que eu mesmo traduzi para a linguagem que todos pudessem entender. Pouco me importava com o que iriam pensar quando escrevi aquilo tudo e pus o sangue lá. De corpo e alma, era meu eu feito de papel. E pensar que aqueles eram apenas os primeiros textos, dentre tantos que haviam naquelas páginas já amarelas... Ah o antigo caderno vermelho...
E é do sentimento mais puro que não deveria ter vergonha, mas é inevitável, é impossível não ter! Pois meu olhar toca o seu e o tempo pará e retrocede. Te vejo como aquela menina que eu ainda não conhecia, mas que os olhos me convidavam a conhecer um mundo totalmente novo e diferente do que eu conhecia. Por alguns segundos vejo o mundo que existe àquela época e como nossas inocencias estavam a flor da pele. De certo modo éramos felizes sem saber. Mesmo que o peso caísse sobre meus ombros e não tivesse força para aguentar, eu ainda assim estava tranquilo, pois imaginava que um dia tudo ficaria bem. E assim não pude olhar para trás e encarar seu rosto ao ouvir as palavras que ali estavam escritas. Não havia como fugir, eram minhas letra que desenhavam aquelas páginas cheias de sentimentos e experiências, era eu enfim. Senti o corpo todo se auto contraindo e o sangue circulando rápido, fazendo com que o coração acelerasse assim como o carro. Desviei o olhar que sempre tornava a encontrar o seu que retruia pelo espelho. Faziam anos e aquelas inocentes palavras ainda me afetavam, mas e como não, não é mesmo? Afinal era a verdade daqueles tempos que estava toda ali descrita. Era eu, um eu que eu mesmo traduzi para a linguagem que todos pudessem entender. Pouco me importava com o que iriam pensar quando escrevi aquilo tudo e pus o sangue lá. De corpo e alma, era meu eu feito de papel. E pensar que aqueles eram apenas os primeiros textos, dentre tantos que haviam naquelas páginas já amarelas... Ah o antigo caderno vermelho...
domingo, 28 de novembro de 2010
Alvorecer de Minha Casa
Alvorecer de Minha Casa
A mesma escuridão que ensinou, hoje maltrata. Faz com que sinta só e somente só, mesmo que esse mundo esteja povoado de diferentes e incríveis pessoas, aquele alguém ainda me falta. O alguém que acalentará a dor da alma, que irá entender o que se passa por trás de minhas cortinas, o alguém que vou correr pra abraçar. Esse alguém, ainda não achei. Então sinto-me só. Mesmo que o sol brilhe amanhã e me faça sorrir ao perceber que não dormi a noite inteira, o peito se aperta e me vejo novamente sorrindo sozinho. Olhando para o céu da alvorada quando o sol ainda não se elevou e seus raios começam a iluminar tudo ao redor, não há ninguém ao meu lado apenas uma lembrança perdida que sinto não ser minha, embora seja tão familiar. Os momentos que se seguiram até aqui foram levados a uma eternidade, onde eu sempre estava sorrindo e feliz, mesmo que no rosto isso não transparecesse, esse era o sentimento que pulsava intensamente dentro do peito como uma bomba-relógio.
De tudo que sempre considerei mais sagrado, sempre mantive no pedestal as memórias que jamais quis esquecer, tudo fotografado e catalogado pela mente. Pois sem elas com certeza cairia na singularidade que existe no fundo de minha alma, algo tão intenso e veloz que seria incapaz de sair dali. Já estive em suas bordas prestes à cair, prestes a me alçar naquele mar negro que clamava por minha presença e de alguma maneira sentia que se mergulhasse lá iria entender as razões disso tudo, matando para sempre essa insegurança de ficar imerso na escuridão da noite. Teriam braços quentes e delicados envoltos ao meu corpo gelado que cairia quase que imovel, sentiria o calor do amor fluindo do teu corpo ao meu em sincronia cosmica, algo que por éras já acontecia. Os anos me separaram disso tudo, dessas imagens amargas que vejo ao olhar para o poço escuro nas bordas da singularidade. Imagens que mostram as memórias que não são minhas, embora sinta que aquele seja eu, que aqueles olhos seja os meus... Isso tudo confude e abtrai meus pensamentos para o além do aqui e agora. Quero o que é meu por direito, quero poder voltar para o lugar no qual por éras chamei de casa, e ver a pessoa na qual jurei sempre amar. Perdi tudo isso nas areias do tempo e tudo virou pó neste deserto de estrelas. Ainda que não fosse ela mesma, e sim somente um reflexo do seu eu completo, não me importo eu queria voltar a encontrá-la em algum lugar que não meus sonhos. E se não ela, alguém que faça o mesmo, alguma alma que seja tão pura à esse ponto, que possa compreender tudo que existe entre o céu e a terra e ainda ver além dessa simplicidade de mundo. Ah... Escuridão me envolve quando sei que vou perder sem nem ter ganhado, a esperança voltará a brilhar fraca ainda que o sol esteja no alto e minha alma irá se acalmar mais um vez, voltando assim para o que antes era. Voltarei a viver no cotidiano de simplesmente viver sendo consumido pouco à pouco pela própria loucura da noite, onde os espirítos voam livremente e as estrelas dançam nos céus. Preciso voltar para casa e encontrar a deusa que lá deixei à me esperar, assim voltarei a ser aquele que sempre fui e tudo ficará claro como o amanhacer de ontem, quando sorri ao olhar para o céu e saber que não estava sozinho.
A mesma escuridão que ensinou, hoje maltrata. Faz com que sinta só e somente só, mesmo que esse mundo esteja povoado de diferentes e incríveis pessoas, aquele alguém ainda me falta. O alguém que acalentará a dor da alma, que irá entender o que se passa por trás de minhas cortinas, o alguém que vou correr pra abraçar. Esse alguém, ainda não achei. Então sinto-me só. Mesmo que o sol brilhe amanhã e me faça sorrir ao perceber que não dormi a noite inteira, o peito se aperta e me vejo novamente sorrindo sozinho. Olhando para o céu da alvorada quando o sol ainda não se elevou e seus raios começam a iluminar tudo ao redor, não há ninguém ao meu lado apenas uma lembrança perdida que sinto não ser minha, embora seja tão familiar. Os momentos que se seguiram até aqui foram levados a uma eternidade, onde eu sempre estava sorrindo e feliz, mesmo que no rosto isso não transparecesse, esse era o sentimento que pulsava intensamente dentro do peito como uma bomba-relógio.
De tudo que sempre considerei mais sagrado, sempre mantive no pedestal as memórias que jamais quis esquecer, tudo fotografado e catalogado pela mente. Pois sem elas com certeza cairia na singularidade que existe no fundo de minha alma, algo tão intenso e veloz que seria incapaz de sair dali. Já estive em suas bordas prestes à cair, prestes a me alçar naquele mar negro que clamava por minha presença e de alguma maneira sentia que se mergulhasse lá iria entender as razões disso tudo, matando para sempre essa insegurança de ficar imerso na escuridão da noite. Teriam braços quentes e delicados envoltos ao meu corpo gelado que cairia quase que imovel, sentiria o calor do amor fluindo do teu corpo ao meu em sincronia cosmica, algo que por éras já acontecia. Os anos me separaram disso tudo, dessas imagens amargas que vejo ao olhar para o poço escuro nas bordas da singularidade. Imagens que mostram as memórias que não são minhas, embora sinta que aquele seja eu, que aqueles olhos seja os meus... Isso tudo confude e abtrai meus pensamentos para o além do aqui e agora. Quero o que é meu por direito, quero poder voltar para o lugar no qual por éras chamei de casa, e ver a pessoa na qual jurei sempre amar. Perdi tudo isso nas areias do tempo e tudo virou pó neste deserto de estrelas. Ainda que não fosse ela mesma, e sim somente um reflexo do seu eu completo, não me importo eu queria voltar a encontrá-la em algum lugar que não meus sonhos. E se não ela, alguém que faça o mesmo, alguma alma que seja tão pura à esse ponto, que possa compreender tudo que existe entre o céu e a terra e ainda ver além dessa simplicidade de mundo. Ah... Escuridão me envolve quando sei que vou perder sem nem ter ganhado, a esperança voltará a brilhar fraca ainda que o sol esteja no alto e minha alma irá se acalmar mais um vez, voltando assim para o que antes era. Voltarei a viver no cotidiano de simplesmente viver sendo consumido pouco à pouco pela própria loucura da noite, onde os espirítos voam livremente e as estrelas dançam nos céus. Preciso voltar para casa e encontrar a deusa que lá deixei à me esperar, assim voltarei a ser aquele que sempre fui e tudo ficará claro como o amanhacer de ontem, quando sorri ao olhar para o céu e saber que não estava sozinho.
domingo, 21 de novembro de 2010
Registre!
Foto-lembranças
Cada momento, uma foto. A vida é estagnada em um momento, quando o dedo clica o botão e o flash sai para que a foto seja batida. Assim nasce uma lembrança, nasce uma ancora para que anos depois se possa voltar para aquele momento e revivê-lo em sua mente. Na hora não percebemos, apenas para-se para tirar uma foto e pronto, mas quando olhamos para ela anos depois, daí sim que nota-se o quão especial era aquela foto, aquelas pessoas e tanto tempo já passou desde então. Os olhos mostram a mente indo fundo e relembrando das coisas que aconteceram, o olhar profundo expressa saudade de maneira inconfundível. Dessas lembranças de papel antigamente faziam-se álbuns para que justamente possuíssemos algo que conseguisse fazer-nos lembrar de todos os bons momentos de nossas vidas, de nossas alegrias. Não é atoa que aniversários, casamentos, formaturas, nascimentos e etc, são todos registrados em videos e fotos para não esquecermos. Pois com o tempo a memória vai se embaçando e tudo fica mais nebuloso como se uma neblina pairasse em nossa mente, e isso chama-se idade. Relembrar é viver, já dizia alguém em algum lugar, então quem sou eu para contradizer? Apenas deixo sonhar, deixo com que vivam e quero que vivam o máximo que conseguirem. Afinal não interessa se ruim ou bom, triste ou feliz, momentos são momentos e sempre nos lembraremos deles, não é atoa que dizem que passa o filme de nossa vida nos alguns segundos de vida, com certeza muitas fotos aparecerão em nossas cabeças. É assim que é.
Cada foto, cada video, essas coisas todas elas vivem com nós e morrem apenas quando não existir mais ninguém que possa olhar-las e lembrar com ternura dos momentos vividos lá naquele passado. Seja intenso, não ligue para o que a sociedade diz, não caia na onda da maldade e acredite no que lhe falam! Por vezes pode ser verdade, mesmo que você se surpreenda ao ouvir alguma coisa... Mas quanto as fotos, tire muitas, forme albuns, entretanto não apenas coloque-as na internet como o usual, imprima-as e faça um álbum de verdade! Que daqui à anos quando olhar dentro das velhas gavetas da comoda da sua mãe, encontre esse registro de quando tinha apenas 20 anos ou menos e achava que seus problemas eram os mais terríveis do universo! Bons tempos aquele você vai pensar, que é o que penso hoje sobre quando tinha apenas 15, 16 anos. Olho para as fotos e deixo a mente voar longe, assim como sei que tu também faz.
Sorria então, para que não saia mal na foto, pois elas lhe serão úteis no futuro!
Cada momento, uma foto. A vida é estagnada em um momento, quando o dedo clica o botão e o flash sai para que a foto seja batida. Assim nasce uma lembrança, nasce uma ancora para que anos depois se possa voltar para aquele momento e revivê-lo em sua mente. Na hora não percebemos, apenas para-se para tirar uma foto e pronto, mas quando olhamos para ela anos depois, daí sim que nota-se o quão especial era aquela foto, aquelas pessoas e tanto tempo já passou desde então. Os olhos mostram a mente indo fundo e relembrando das coisas que aconteceram, o olhar profundo expressa saudade de maneira inconfundível. Dessas lembranças de papel antigamente faziam-se álbuns para que justamente possuíssemos algo que conseguisse fazer-nos lembrar de todos os bons momentos de nossas vidas, de nossas alegrias. Não é atoa que aniversários, casamentos, formaturas, nascimentos e etc, são todos registrados em videos e fotos para não esquecermos. Pois com o tempo a memória vai se embaçando e tudo fica mais nebuloso como se uma neblina pairasse em nossa mente, e isso chama-se idade. Relembrar é viver, já dizia alguém em algum lugar, então quem sou eu para contradizer? Apenas deixo sonhar, deixo com que vivam e quero que vivam o máximo que conseguirem. Afinal não interessa se ruim ou bom, triste ou feliz, momentos são momentos e sempre nos lembraremos deles, não é atoa que dizem que passa o filme de nossa vida nos alguns segundos de vida, com certeza muitas fotos aparecerão em nossas cabeças. É assim que é.
Cada foto, cada video, essas coisas todas elas vivem com nós e morrem apenas quando não existir mais ninguém que possa olhar-las e lembrar com ternura dos momentos vividos lá naquele passado. Seja intenso, não ligue para o que a sociedade diz, não caia na onda da maldade e acredite no que lhe falam! Por vezes pode ser verdade, mesmo que você se surpreenda ao ouvir alguma coisa... Mas quanto as fotos, tire muitas, forme albuns, entretanto não apenas coloque-as na internet como o usual, imprima-as e faça um álbum de verdade! Que daqui à anos quando olhar dentro das velhas gavetas da comoda da sua mãe, encontre esse registro de quando tinha apenas 20 anos ou menos e achava que seus problemas eram os mais terríveis do universo! Bons tempos aquele você vai pensar, que é o que penso hoje sobre quando tinha apenas 15, 16 anos. Olho para as fotos e deixo a mente voar longe, assim como sei que tu também faz.
Sorria então, para que não saia mal na foto, pois elas lhe serão úteis no futuro!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
O Ano que Tudo Mudou
Memoráveis relatos de tempos remotos onde as coisas aconteciam por acontecer, quando os ventos ainda sopravam puros e minha mente não havia sido corrompida pela vida.
O Mundo Antes de 2006
parte 1
Pra mim não existia, pois simplesmente não lembro de nada que tenha acontecido antes desse ano que mudou tudo. Dali pra trás há somente flashs de memórias apagadas, como um filme antigo, como fotos velhas e desfocadas, todas castigadas pelas garras do tempo. Se tivesse que classificar minha vida em uma linha, iria separa-la em Antes de 2006 e Depois de 2006. No antes aconteceram tantas coisas que ainda me recordo, mas creio que a maioria realmente não teve tanta importancia quanto os fatos que sucederam o sexto ano do século 21. Desde lá parece-me ter vivido mais de uma década, não sei bem ao certo porque, mas as memórias se perdem e não sei ao certo quanto as coisas aconteceram. Por vezes elas parecem ter sido há tanto tempo trás que quase não lembro, e outras vezes parece-me terem acontecido há tão pouco tempo que é como se tivesse sido no mês passado. E em ambas vezes estou errado, ou já aconteceu há mais do que penso, ou antes do que me recordava, embora na maioria das vezes seja o primeiro caso...
Foram tantas imersões em mim mesmo que já não lembro mais quantas vezes recorri aos imensos corredores da própria cabeça para fugir do mundo e pensar, refletir sobre tudo. Foram anos lá dentro que só não envelheci, porque ao passo do tempo aqui fora passaram-se apenas alguns minutos ou horas, sendo que lá eram meses e anos. Aprendi tanto que livros e livros poderiam ser escritos por essas mãos que hoje trocam a caneta pelo teclado, aprendi estudando à mim. Antes disso tudo, eu era apenas eu e vivia sem saber, mesmo que buscasse algo maior, algum significado para tudo isso que eu sentia. E por fim, depois de tudo o que aconteceu naquele ano, acordei para a vida literalmente. Achei o foco, achei a mim mesmo, eu me formei como individuo. Sempre em metamorfose, sem nunca possuir uma forma final! Fui do buraco mais profundo ao canto mais longuinquo do céu alguns anos. Peguei a vida e virei ela de cabeça para baixo, me atirei sabendo que iria quebrar a cabeça ao tocar o chão, apenas ignorei as consequencias, queria um aqui e agora e tive! Depois de um 2007 todo voltado para a reflexão e lenta evolução, abri as portas em 2008 e explodi, vivi muito e poderia ter feito muito mais se não fosse algumas correntes que me seguravam. Entretanto isso pouco importa, o que a mente lembra são de bons momentos, coisas históricas para minha existência, que eu ei de lembrar até os últimos dias e quando o filmezinho passar, algunas cenas com certeza vão estar lá!
O Mundo Antes de 2006
parte 1
Pra mim não existia, pois simplesmente não lembro de nada que tenha acontecido antes desse ano que mudou tudo. Dali pra trás há somente flashs de memórias apagadas, como um filme antigo, como fotos velhas e desfocadas, todas castigadas pelas garras do tempo. Se tivesse que classificar minha vida em uma linha, iria separa-la em Antes de 2006 e Depois de 2006. No antes aconteceram tantas coisas que ainda me recordo, mas creio que a maioria realmente não teve tanta importancia quanto os fatos que sucederam o sexto ano do século 21. Desde lá parece-me ter vivido mais de uma década, não sei bem ao certo porque, mas as memórias se perdem e não sei ao certo quanto as coisas aconteceram. Por vezes elas parecem ter sido há tanto tempo trás que quase não lembro, e outras vezes parece-me terem acontecido há tão pouco tempo que é como se tivesse sido no mês passado. E em ambas vezes estou errado, ou já aconteceu há mais do que penso, ou antes do que me recordava, embora na maioria das vezes seja o primeiro caso...
Foram tantas imersões em mim mesmo que já não lembro mais quantas vezes recorri aos imensos corredores da própria cabeça para fugir do mundo e pensar, refletir sobre tudo. Foram anos lá dentro que só não envelheci, porque ao passo do tempo aqui fora passaram-se apenas alguns minutos ou horas, sendo que lá eram meses e anos. Aprendi tanto que livros e livros poderiam ser escritos por essas mãos que hoje trocam a caneta pelo teclado, aprendi estudando à mim. Antes disso tudo, eu era apenas eu e vivia sem saber, mesmo que buscasse algo maior, algum significado para tudo isso que eu sentia. E por fim, depois de tudo o que aconteceu naquele ano, acordei para a vida literalmente. Achei o foco, achei a mim mesmo, eu me formei como individuo. Sempre em metamorfose, sem nunca possuir uma forma final! Fui do buraco mais profundo ao canto mais longuinquo do céu alguns anos. Peguei a vida e virei ela de cabeça para baixo, me atirei sabendo que iria quebrar a cabeça ao tocar o chão, apenas ignorei as consequencias, queria um aqui e agora e tive! Depois de um 2007 todo voltado para a reflexão e lenta evolução, abri as portas em 2008 e explodi, vivi muito e poderia ter feito muito mais se não fosse algumas correntes que me seguravam. Entretanto isso pouco importa, o que a mente lembra são de bons momentos, coisas históricas para minha existência, que eu ei de lembrar até os últimos dias e quando o filmezinho passar, algunas cenas com certeza vão estar lá!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Acreditas?
Imperfeições do Eu
Há certas coisas que gostaria de falar, há certas coisas que não sei como dizer, há verdades que não consigo sempre esconder. Existem tantas e tantas coisas aqui comigo. Existem caminhos que não sei traçar, que só conheço como andar depois que estou neles, mas o que adianta se eles não consigo encontrar. Uma vez me perdi e quando vi já estava em uma longa estrada que muito me ensinou. Percorrer o mesmo caminho é burrice, mas a vontade que cresce no ser faz com que isso passe a ser uma possibilidade mesmo que esteja claro não iria dar certo. Das montanhas já conheço, os desafios continuam o mesmo e a roda giraria da mesma forma e ritmo. E o moinho não pode ser sempre o mesmo, ter sempre a mesma rotina.
Dos ares novos que me trazem aqui, das coisas que correm e morrem por terra, eu não posso falar. Falharia só em pensar, me desanimo em dizer e não arrisco para não obter. Seria direto demais, cru demais, seco demais. Nesse mundo em que tudo precisa ser embelezado, bezundado com o tempo e retocado com uma falsidade lisa tão fina como uma simples película de água, para que tenha a cor intensa da verdade nua e crua, tudo se faz mais difícil e irreal ao mesmo tempo. Onde os mais incredúlos possuem mais, onde aqueles que não pensam e que não hajem são mais valorizados, nesse mundo de cabeças pro ar. Eu não consigo viver em paz. Pois de tudo o que guardo em mim, queria dizer aos ventos... E então todos apaixonados ficariam pela virtuda que afloraria no ar e viveria nos ventos dos quatro cantos do mundo, purificando toda essa horda de ilusões.
Há certas coisas que gostaria de falar, há certas coisas que não sei como dizer, há verdades que não consigo sempre esconder. Existem tantas e tantas coisas aqui comigo. Existem caminhos que não sei traçar, que só conheço como andar depois que estou neles, mas o que adianta se eles não consigo encontrar. Uma vez me perdi e quando vi já estava em uma longa estrada que muito me ensinou. Percorrer o mesmo caminho é burrice, mas a vontade que cresce no ser faz com que isso passe a ser uma possibilidade mesmo que esteja claro não iria dar certo. Das montanhas já conheço, os desafios continuam o mesmo e a roda giraria da mesma forma e ritmo. E o moinho não pode ser sempre o mesmo, ter sempre a mesma rotina.
Dos ares novos que me trazem aqui, das coisas que correm e morrem por terra, eu não posso falar. Falharia só em pensar, me desanimo em dizer e não arrisco para não obter. Seria direto demais, cru demais, seco demais. Nesse mundo em que tudo precisa ser embelezado, bezundado com o tempo e retocado com uma falsidade lisa tão fina como uma simples película de água, para que tenha a cor intensa da verdade nua e crua, tudo se faz mais difícil e irreal ao mesmo tempo. Onde os mais incredúlos possuem mais, onde aqueles que não pensam e que não hajem são mais valorizados, nesse mundo de cabeças pro ar. Eu não consigo viver em paz. Pois de tudo o que guardo em mim, queria dizer aos ventos... E então todos apaixonados ficariam pela virtuda que afloraria no ar e viveria nos ventos dos quatro cantos do mundo, purificando toda essa horda de ilusões.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Em que velocidade você anda?
Rota 1991
As estradas correm rápido e passam por mim sem que eu perceba. Aumento a velocidade para não perder de vista esses sonhos malucos que fazem com que o motor continue ligado. O velocímetro começa a subir constantemente enquanto vou pisando fundo no acelerador, o vento começa a assoviar e parece até cantar as músicas mais loucas que me dizem para ir mais rápido mais rápido. Conta-giros não existe mais! As rotações são tantas e tão poucos segundos que o ponteiro já parou de funcionar. Enxergo apenas o sol no horizonte distante e sei que tenho que alcança-lo de alguma maneira, nessa corrida contra mim mesmo. Vamos deslizando pelas curvas e ultrapassando as barreiras do cotidiano, não ligo mais para essas coisas pequenas que se intrometem no meu caminho. Tudo é tão pequeno e passageiro, apenas tenho que aumentar a velocidade para não sentir-los passar. O pé afunda o pedal sem parar e o ronco desse motor me faz sonhar cada vez mais alto, voando baixo já nessa estrada sem rota certa. O circulo completo da vida roda em mim e apenas aquilo que de fato importa é o que está explicito no painel de instrumentos, nada de pequenos problemas sem relevância, coisas que serão apagadas perante a robustez da vida e do tempo. Para onde você vai? Para qualquer lugar que me leve para longe de mim mesmo, para um lugar onde possa eu ser sempre verdadeiro sem que me julguem com suas opiniões sem sentido, afinal eles não sabem o que sinto aqui dentro. Ninguém conhece minha lógica de funcionamento, por isso não tenho concerto. Talvez até haja um alguém que entende um pouco, que conseguiu ver que essa mecânica toda é mais simples do que aparenta e que há mais efeitos visuais que funcionalidade em si. O pedal do acelerador serve para aumentar a velocidade, o freio para não entrar rápido demais nas curvas e o freio de mão para segurar quando estiver caindo no declive. Simples e fácil. Sem marchas, sem embreagem.
A freada brusca trava tudo e faz com que os sonhos se percam no horizonte, logo após aquela curva dos 18 anos. E só agora com velocidade reduzida vejo que me perdi há tempos. Não reconheço mais esse caminho, mas quem se importa afinal? E o pé volta cair sobre o pedal. A frente impina e com uma força extrema tudo avança pegando novamente velocidade, se parar já era ficará para trás. Nunca pare, jamais pare. Tudo recomeça e a velocidade vem e vem. Esse ciclo, minha "mecanica" por assim dizer, já me falava "é como um circulo baby", e lá vamos nós de novo!
As estradas correm rápido e passam por mim sem que eu perceba. Aumento a velocidade para não perder de vista esses sonhos malucos que fazem com que o motor continue ligado. O velocímetro começa a subir constantemente enquanto vou pisando fundo no acelerador, o vento começa a assoviar e parece até cantar as músicas mais loucas que me dizem para ir mais rápido mais rápido. Conta-giros não existe mais! As rotações são tantas e tão poucos segundos que o ponteiro já parou de funcionar. Enxergo apenas o sol no horizonte distante e sei que tenho que alcança-lo de alguma maneira, nessa corrida contra mim mesmo. Vamos deslizando pelas curvas e ultrapassando as barreiras do cotidiano, não ligo mais para essas coisas pequenas que se intrometem no meu caminho. Tudo é tão pequeno e passageiro, apenas tenho que aumentar a velocidade para não sentir-los passar. O pé afunda o pedal sem parar e o ronco desse motor me faz sonhar cada vez mais alto, voando baixo já nessa estrada sem rota certa. O circulo completo da vida roda em mim e apenas aquilo que de fato importa é o que está explicito no painel de instrumentos, nada de pequenos problemas sem relevância, coisas que serão apagadas perante a robustez da vida e do tempo. Para onde você vai? Para qualquer lugar que me leve para longe de mim mesmo, para um lugar onde possa eu ser sempre verdadeiro sem que me julguem com suas opiniões sem sentido, afinal eles não sabem o que sinto aqui dentro. Ninguém conhece minha lógica de funcionamento, por isso não tenho concerto. Talvez até haja um alguém que entende um pouco, que conseguiu ver que essa mecânica toda é mais simples do que aparenta e que há mais efeitos visuais que funcionalidade em si. O pedal do acelerador serve para aumentar a velocidade, o freio para não entrar rápido demais nas curvas e o freio de mão para segurar quando estiver caindo no declive. Simples e fácil. Sem marchas, sem embreagem.
A freada brusca trava tudo e faz com que os sonhos se percam no horizonte, logo após aquela curva dos 18 anos. E só agora com velocidade reduzida vejo que me perdi há tempos. Não reconheço mais esse caminho, mas quem se importa afinal? E o pé volta cair sobre o pedal. A frente impina e com uma força extrema tudo avança pegando novamente velocidade, se parar já era ficará para trás. Nunca pare, jamais pare. Tudo recomeça e a velocidade vem e vem. Esse ciclo, minha "mecanica" por assim dizer, já me falava "é como um circulo baby", e lá vamos nós de novo!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Luzes da Lucidez
Retrato sob o Sol do Tempo
Irei me esquecer do seu rosto com o passar dos anos, assim como uma antiga foto que vai perdendo a cor. Já não me lembro mais da sua voz, e do seu olhar indo em encontro ao meu. Os anos passaram e apenas ficou na memória flashs de uma pessoa que não existe mais, momentos especiais, de um tempo especial que ficou para trás, lá quando eu ainda era jovem o suficiente para não saber o que de fato era viver. O que ainda vive dentro de mim são apenas lembranças de sentimentos que marcaram minha vida... Um dia vou esquecer até seu nome, e quem sabe até me arrepiar ao ouvi-lo mesmo sem conseguir lembrar do porque. Seu rosto irá se desfocar nas minhas memórias, mais do que hoje já está, e somente vou lembrar de que uma menina conseguiu mudar minha vida com simples atos que mal e mal consigo explicar. Meus netos ficaram deslumbrados com as histórias e ao olhar para o horizonte, deixando o vento afagar meu rosto enrugado eu ei de voltar no tempo para mais uma vez sentir aquele abraço quente que reconfortava e fazia flutuar. Eu amei uma ilusão que hoje já se perdeu em meio a multidão. Hoje já não sei se era delírio ou desilusão, amor ou ficção, mas tenho certeza que o peito ficava quente amolecia com o suave toque se sua pele. Bons tempos aqueles em que por ti eu de joelhos cai. Pena que do teu rosto eu não recordo mais, entretanto o ano não consigo não lembrar, pois aquele 2006 marcou muitas coisas, que não me permitiram esquecer de tal número. Ah um dia não vou mais lembrar do seu rosto, seu sorriso, seu olhar, e quando esse dia chegar, vou ter ainda a certeza de continuar a te amar...
Irei me esquecer do seu rosto com o passar dos anos, assim como uma antiga foto que vai perdendo a cor. Já não me lembro mais da sua voz, e do seu olhar indo em encontro ao meu. Os anos passaram e apenas ficou na memória flashs de uma pessoa que não existe mais, momentos especiais, de um tempo especial que ficou para trás, lá quando eu ainda era jovem o suficiente para não saber o que de fato era viver. O que ainda vive dentro de mim são apenas lembranças de sentimentos que marcaram minha vida... Um dia vou esquecer até seu nome, e quem sabe até me arrepiar ao ouvi-lo mesmo sem conseguir lembrar do porque. Seu rosto irá se desfocar nas minhas memórias, mais do que hoje já está, e somente vou lembrar de que uma menina conseguiu mudar minha vida com simples atos que mal e mal consigo explicar. Meus netos ficaram deslumbrados com as histórias e ao olhar para o horizonte, deixando o vento afagar meu rosto enrugado eu ei de voltar no tempo para mais uma vez sentir aquele abraço quente que reconfortava e fazia flutuar. Eu amei uma ilusão que hoje já se perdeu em meio a multidão. Hoje já não sei se era delírio ou desilusão, amor ou ficção, mas tenho certeza que o peito ficava quente amolecia com o suave toque se sua pele. Bons tempos aqueles em que por ti eu de joelhos cai. Pena que do teu rosto eu não recordo mais, entretanto o ano não consigo não lembrar, pois aquele 2006 marcou muitas coisas, que não me permitiram esquecer de tal número. Ah um dia não vou mais lembrar do seu rosto, seu sorriso, seu olhar, e quando esse dia chegar, vou ter ainda a certeza de continuar a te amar...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Indescritível
Na Balada do Sonho Vivo
Ao ouvir aquelas músicas, as notas penetravam no corpo e pousavam na alma como suaves borboletas. Nisso o estado de êxtase chegava ao seu pico e o corpo de carne e osso se transformava em energia pura que se misturava com a multidão. Podia sentir as partes do corpo de estendendo por toda a área, numa propagação ritmada pela guitarra que ecoava ao fundo, fazendo com que a melodia ditasse toda uma sincronia de emoções e imaginação. Como se fosse um turbilhão de pura emoção, pois creio que ninguém ali conseguia acreditar que de fato estava a viver tal acontecimento. Um evento que por si só já trás força suficiente para mover os mares, estava todo compactado em um único local, com milhares de sonhadores que viviam um sonho em plena lucidez. Em minha mente brotavam imagens, memórias, cenas de lugares que nunca vi, coisas que nunca vivi, lembranças confusas de momentos memoráveis, mas totalmente inexplicáveis que de certa forma eu lembrava naquele momento, movido pela melodia que entornava o lugar. Os flashs de lembranças continuavam a cada nova música e ao mesmo tempo em que a mente viajava pelas ondas sonoras que se encaixavam perfeitamente nos elos perdidos da alma, o corpo sentia na pele o vento que o fazia se desfazer em energia, que o relaxava e dançava ao ritmo da música. Lá no centro de tudo isso, alguém que proporcionava tal fenômeno tão inexplicável, uma pessoa que veio das terras das quais eu devo voltar, alguém que trás consigo uma carga de experiência tão inimaginável quanto ao que vinha na mente. Alguém especial por si só. Sabia de certa maneira que ele também podia sentir o bem que suas palavras emanavam e sentia a aura que tomara conta do lugar.
Em meu íntimo sei que o eram aquelas imagens desfocadas que minha mente reproduzia com tanta firmeza, mas fico com receio de descobrir o que há por de trás de tudo aquilo que vi com os olhos de meu próprio espírito. Porque não tenho a certeza de que será isso que irá me confirmar o que desde sempre a mente veio a imaginar, entretanto creio cegamente que essas coisas já aconteceram e o presságio de que tudo mudará continua cada vez mais forte, como se agora a árvore estivesse prestes a dar seus belíssimos frutos. Fica aqui então a lembrança de que os ventos mudarão e meu nome desaparecerá das mentes alheias para um dia voltar a brilhar como nunca antes alguém viu. Fazendo desacreditar e impressionar aqueles que ousaram um dia esquecer do quão importante podemos ser... Jamais feche seus olhos para essa beleza do ser, do nascer e da vida como um todo.
Ao ouvir aquelas músicas, as notas penetravam no corpo e pousavam na alma como suaves borboletas. Nisso o estado de êxtase chegava ao seu pico e o corpo de carne e osso se transformava em energia pura que se misturava com a multidão. Podia sentir as partes do corpo de estendendo por toda a área, numa propagação ritmada pela guitarra que ecoava ao fundo, fazendo com que a melodia ditasse toda uma sincronia de emoções e imaginação. Como se fosse um turbilhão de pura emoção, pois creio que ninguém ali conseguia acreditar que de fato estava a viver tal acontecimento. Um evento que por si só já trás força suficiente para mover os mares, estava todo compactado em um único local, com milhares de sonhadores que viviam um sonho em plena lucidez. Em minha mente brotavam imagens, memórias, cenas de lugares que nunca vi, coisas que nunca vivi, lembranças confusas de momentos memoráveis, mas totalmente inexplicáveis que de certa forma eu lembrava naquele momento, movido pela melodia que entornava o lugar. Os flashs de lembranças continuavam a cada nova música e ao mesmo tempo em que a mente viajava pelas ondas sonoras que se encaixavam perfeitamente nos elos perdidos da alma, o corpo sentia na pele o vento que o fazia se desfazer em energia, que o relaxava e dançava ao ritmo da música. Lá no centro de tudo isso, alguém que proporcionava tal fenômeno tão inexplicável, uma pessoa que veio das terras das quais eu devo voltar, alguém que trás consigo uma carga de experiência tão inimaginável quanto ao que vinha na mente. Alguém especial por si só. Sabia de certa maneira que ele também podia sentir o bem que suas palavras emanavam e sentia a aura que tomara conta do lugar.
Em meu íntimo sei que o eram aquelas imagens desfocadas que minha mente reproduzia com tanta firmeza, mas fico com receio de descobrir o que há por de trás de tudo aquilo que vi com os olhos de meu próprio espírito. Porque não tenho a certeza de que será isso que irá me confirmar o que desde sempre a mente veio a imaginar, entretanto creio cegamente que essas coisas já aconteceram e o presságio de que tudo mudará continua cada vez mais forte, como se agora a árvore estivesse prestes a dar seus belíssimos frutos. Fica aqui então a lembrança de que os ventos mudarão e meu nome desaparecerá das mentes alheias para um dia voltar a brilhar como nunca antes alguém viu. Fazendo desacreditar e impressionar aqueles que ousaram um dia esquecer do quão importante podemos ser... Jamais feche seus olhos para essa beleza do ser, do nascer e da vida como um todo.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Uma Lição Ou Não
Um Drama para a Vida
O que seria de nossas existências sem que houvesse uma história? Um traçado digno de livros e estudos afins, tais como os que encontramos por ai sobre as grandes celebridades da humanidade. Cada dia uma história e uma história em cada dia. Quem nunca quis fazer-se elevar para que todos o conhecessem, ter as luzes dos holofotes iluminando seus rostos em meio a noite estrelada, envolta de música e flashs rápidos que cruzam o campo de visão? Quem nunca quis viver aquele filme romântico em que o amor brota até do chão e nos arranca lágrimas emocionadas pela felicidade dos personagens, que embora fictícios nos parecem tão reais. Quem nunca quis viver uma aventura em que sabes que irá conseguir voltar para casa e que o mundo todo saberá de seus feitos? Quem nunca quis ser Arthur, e dominar a Bretanha? Ou Gandhi e espalhar o bem mundo à fora? Até mesmo ser reconhecido como um grande líder como o qual foi Napoleão? Entrar para história, fazendo história.
Viver um drama, procurar de maneira implícita por aquele sofrimento gostoso que nos faz sentir vivos e não deixa com que a mente esqueça de que ser feliz é sempre melhor. Procurar por aquele abraço cinematográfico do amigo que tu sabes que podes confiar, e se entregar aos cuidados da pessoa amada que lhe entenderá por completo. Fixar a imagem daquele romance de quanto éramos jovens e não sabíamos das incertezas que o mundo tem para nos mostrar. Viver intensamente sem nem ao menos saber. Ah quem nunca quis viver um filme, só para poder conhecer o que realmente quer dizer o "felizes para sempre". Perder o medo de falar e simplesmente ser verdadeiro consigo mesmo e com o mundo, falando o que a mente diz e não o que o corpo simplesmente quer. Quebrando as barreiras da sociedade e voltando aos tempos antigos que a ignorância nos permitia ousar mais... Faça assim, de sua maneira, seja ela qual for, a vida ter um sentindo para que não seja esquecida nos anos que virão e que tu mesmo possa relembrar dos momentos que passaram, com aquela saudade gostosa que trás consigo a nostalgia e o sorriso mais sincero que possuís, fazendo com que apareça a aura de felicidade que à todos contagiará. Em outras palavras, viva seu drama, pois o final feliz acontece dia após dia, só cabe a nós podermos reconhecer-lo.
O que seria de nossas existências sem que houvesse uma história? Um traçado digno de livros e estudos afins, tais como os que encontramos por ai sobre as grandes celebridades da humanidade. Cada dia uma história e uma história em cada dia. Quem nunca quis fazer-se elevar para que todos o conhecessem, ter as luzes dos holofotes iluminando seus rostos em meio a noite estrelada, envolta de música e flashs rápidos que cruzam o campo de visão? Quem nunca quis viver aquele filme romântico em que o amor brota até do chão e nos arranca lágrimas emocionadas pela felicidade dos personagens, que embora fictícios nos parecem tão reais. Quem nunca quis viver uma aventura em que sabes que irá conseguir voltar para casa e que o mundo todo saberá de seus feitos? Quem nunca quis ser Arthur, e dominar a Bretanha? Ou Gandhi e espalhar o bem mundo à fora? Até mesmo ser reconhecido como um grande líder como o qual foi Napoleão? Entrar para história, fazendo história.
Viver um drama, procurar de maneira implícita por aquele sofrimento gostoso que nos faz sentir vivos e não deixa com que a mente esqueça de que ser feliz é sempre melhor. Procurar por aquele abraço cinematográfico do amigo que tu sabes que podes confiar, e se entregar aos cuidados da pessoa amada que lhe entenderá por completo. Fixar a imagem daquele romance de quanto éramos jovens e não sabíamos das incertezas que o mundo tem para nos mostrar. Viver intensamente sem nem ao menos saber. Ah quem nunca quis viver um filme, só para poder conhecer o que realmente quer dizer o "felizes para sempre". Perder o medo de falar e simplesmente ser verdadeiro consigo mesmo e com o mundo, falando o que a mente diz e não o que o corpo simplesmente quer. Quebrando as barreiras da sociedade e voltando aos tempos antigos que a ignorância nos permitia ousar mais... Faça assim, de sua maneira, seja ela qual for, a vida ter um sentindo para que não seja esquecida nos anos que virão e que tu mesmo possa relembrar dos momentos que passaram, com aquela saudade gostosa que trás consigo a nostalgia e o sorriso mais sincero que possuís, fazendo com que apareça a aura de felicidade que à todos contagiará. Em outras palavras, viva seu drama, pois o final feliz acontece dia após dia, só cabe a nós podermos reconhecer-lo.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Just what I know
Todos Temos Asas
E quando o mundo recomeça a girar o sentido se põe em prumo novamente. Assim se faz a vida. Enquanto todos acham que o céu é o limite, eu descubro o universo. Eles procuram estar nas nuvens enquanto me torno um caçador de estrelas. O universo me fascina, admito, porém nem sempre pude estar nas alturas para observá-lo de perto, pois a linha da vida que nos conduz como meros fantoches nem sempre libera nossas asas para voar. Por vezes até me ponho a crer que de fato as coisas acontecem de formas certas, entretanto de modos estranhos, e a coisa toda vai funcionando bem, plenamente bem. A mente se liberta das correntes humanas aos poucos e vai ficando robusta com o tempo, é o que chamam de evolução. Uma evolução neural que pode ser levada à outro nível de vida, outro nível de percepção do todo que é a Terra em si. Livrar-se do animal que nos prende e deixar com que a alma (ou seja lá como você cre que seja) tome conta e mostre-te algo aquém do que vê no dia-a-dia morbido, algo diferente do cotidiano. Os olhos ainda serão os mesmo, mas com um brilho diferente. A luz das estrelas espelhar-se-á na face da iris, banhando-a com uma cor que somente a natureza seria capaz de criar, algo que todos irão perceber mesmo sem saber do que se trata. O céu ficará livre, assim como os mares e onde quer que queira explorar, porque o pensamento voa rápido e colore as paredes da mente nas cores do pôr-do-sol.
Tudo se repete sabia? Tudo é feito de circulos, até mesmo os planetas. Mesmo que não acredistes, pois não o forçarei a crer no que escrevo, nem que siga o que falo, apenas digo-te para que lembres bem de cada palavra, porque quando estivermos lá na frente quero te ver lembrar que uma vez eu já havia profetizado as realidades nas quais negastes. De alguma maneira, posso ouvir as vozes dos ventos e sentir o que a terra tem a dizer sobre o futuro que virá. Ou ainda consigo ler a lingua simples dos livros do destino, onde está explicita toda a lógica fula da sociedade, afinal ainda somos animais, somos macacos. Sendo assim, tudo não se passa e não se limita em algo diferente do que já aconteceu, somente as pessoas mudam, os fatos ficam e ficam por muito tempo... Enfim, a mente se transformou em algo que decolou um alta velocidade, livrando-se das correntes mortais que a prendiam na ignorancia da humanidade e voou para um lugar no qual tenho certeza que já estive, mas que não lembro ter vivido... Provavelmente algo parecido com Alkazam, que já descrevi uma vez.
E quando o mundo recomeça a girar o sentido se põe em prumo novamente. Assim se faz a vida. Enquanto todos acham que o céu é o limite, eu descubro o universo. Eles procuram estar nas nuvens enquanto me torno um caçador de estrelas. O universo me fascina, admito, porém nem sempre pude estar nas alturas para observá-lo de perto, pois a linha da vida que nos conduz como meros fantoches nem sempre libera nossas asas para voar. Por vezes até me ponho a crer que de fato as coisas acontecem de formas certas, entretanto de modos estranhos, e a coisa toda vai funcionando bem, plenamente bem. A mente se liberta das correntes humanas aos poucos e vai ficando robusta com o tempo, é o que chamam de evolução. Uma evolução neural que pode ser levada à outro nível de vida, outro nível de percepção do todo que é a Terra em si. Livrar-se do animal que nos prende e deixar com que a alma (ou seja lá como você cre que seja) tome conta e mostre-te algo aquém do que vê no dia-a-dia morbido, algo diferente do cotidiano. Os olhos ainda serão os mesmo, mas com um brilho diferente. A luz das estrelas espelhar-se-á na face da iris, banhando-a com uma cor que somente a natureza seria capaz de criar, algo que todos irão perceber mesmo sem saber do que se trata. O céu ficará livre, assim como os mares e onde quer que queira explorar, porque o pensamento voa rápido e colore as paredes da mente nas cores do pôr-do-sol.
Tudo se repete sabia? Tudo é feito de circulos, até mesmo os planetas. Mesmo que não acredistes, pois não o forçarei a crer no que escrevo, nem que siga o que falo, apenas digo-te para que lembres bem de cada palavra, porque quando estivermos lá na frente quero te ver lembrar que uma vez eu já havia profetizado as realidades nas quais negastes. De alguma maneira, posso ouvir as vozes dos ventos e sentir o que a terra tem a dizer sobre o futuro que virá. Ou ainda consigo ler a lingua simples dos livros do destino, onde está explicita toda a lógica fula da sociedade, afinal ainda somos animais, somos macacos. Sendo assim, tudo não se passa e não se limita em algo diferente do que já aconteceu, somente as pessoas mudam, os fatos ficam e ficam por muito tempo... Enfim, a mente se transformou em algo que decolou um alta velocidade, livrando-se das correntes mortais que a prendiam na ignorancia da humanidade e voou para um lugar no qual tenho certeza que já estive, mas que não lembro ter vivido... Provavelmente algo parecido com Alkazam, que já descrevi uma vez.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Série: O Quarto Onde o Dia Nunca Nasceu
O Quarto Onde o Dia Nunca Nasceu
Parte 2 de 2
Queria ter nascido desenho animado, para viver 12 ou 13 episódios, uma ou duas temporadas quem sabe mais, isso não importa, pois iria a felicidade de cada episódio e morrer sem deixar de existir quando chegasse ao fim da história. Reviveria a cada "play" que alguém desse e saberia que apenas as alegrias da fantasia estariam à minha espera, porque não teria de me preocupar com as incertezas do mundo e tudo acabaria bem no final... Ou se não haveria outra temporada. Teria uma aventura, uma paixão e conheceria o verdadeiro significado da palavra amor, com algo inocente e sem duplos sentidos, tão puro que transpareceria da humanidade que temos em nosso seio. Teria uma vida de aventuras, batalhas, romances e até mesmo mágia! Teria de fato algo à chamar de vida. Creio que assim minha alma se acalmaria, sentiria-me satisfeito por fim, sem esse vazio que consome a cada dia a inutilidade de objetivos fulos e sem profundidade, sem razão, sem importância.
Venceria por fim meu maior inimigo, não teria que ver ele tirar aqueles que amo sem piedade e também por ao léu minhas tão preciosas lembranças, venceria o tempo. Iria viver e morrer como se nada tivesse acontecido, pois estaria vivo para sempre na mente alheia que por gerações tocariam seus olhos em meu sorriso através do monitor. A vida da animação, do personagem, a minha vida, iria fluir pela tela e o espectador sentiria em seu peito a beleza dos sentimentos e quem sabe até entender um pouco do que se trata essa existência que chamamos de vida. Assim como eu faço agora. Busco mais do que simplesmente viver. Busco o que está além, a aventura de uma vida, as loucuras de fato loucas que se pode fazer e tentar descobrir o quão não-animal é isso que chamamos de amor. Algo que vai além do corpo, que acalenta a alma e não o corpo, que te faz descansar em braços cheios de plenitude onde não sentes mais seu interior pulsando e implorando por ser ouvido. Busco em mim mesmo a não humanidade, a intelectualidade que temos, sem se entregar ao instinto do carnal, sem se entregar ao animal que reside em nosso peito; tento controlar essa selvageria que meu corpo possuí.
Por fim tudo seria mais belo, mas vibrante e empolgante. Seria algo que de fato conheço por vida, mesmo que seja somente em minha imaginação. Continuarei aqui em meu quarto procurando por alguma coisa motivo ou razão que possa satisfazer totalmente esse desejo que impregna meu eu de tal forma que por vezes mergulho na escuridão das sombras da lua. O quarto ainda me acolhe e aqui é o lugar onde as reflexões conseguem chegar o mais próximo do que seria esse sentir a vida que tanto me fascina. Pois aqui consigo sentir a energia, por assim dizer, que circunda o mundo e faz as coisas acontecerem... Aqui da janela de meu quarto... O mundo ainda gira quando chega o fim e os créditos da nossa vida vem à tela do monitor...
Clique Aqui para ler a parte 1!
Parte 2 de 2
Queria ter nascido desenho animado, para viver 12 ou 13 episódios, uma ou duas temporadas quem sabe mais, isso não importa, pois iria a felicidade de cada episódio e morrer sem deixar de existir quando chegasse ao fim da história. Reviveria a cada "play" que alguém desse e saberia que apenas as alegrias da fantasia estariam à minha espera, porque não teria de me preocupar com as incertezas do mundo e tudo acabaria bem no final... Ou se não haveria outra temporada. Teria uma aventura, uma paixão e conheceria o verdadeiro significado da palavra amor, com algo inocente e sem duplos sentidos, tão puro que transpareceria da humanidade que temos em nosso seio. Teria uma vida de aventuras, batalhas, romances e até mesmo mágia! Teria de fato algo à chamar de vida. Creio que assim minha alma se acalmaria, sentiria-me satisfeito por fim, sem esse vazio que consome a cada dia a inutilidade de objetivos fulos e sem profundidade, sem razão, sem importância.
Venceria por fim meu maior inimigo, não teria que ver ele tirar aqueles que amo sem piedade e também por ao léu minhas tão preciosas lembranças, venceria o tempo. Iria viver e morrer como se nada tivesse acontecido, pois estaria vivo para sempre na mente alheia que por gerações tocariam seus olhos em meu sorriso através do monitor. A vida da animação, do personagem, a minha vida, iria fluir pela tela e o espectador sentiria em seu peito a beleza dos sentimentos e quem sabe até entender um pouco do que se trata essa existência que chamamos de vida. Assim como eu faço agora. Busco mais do que simplesmente viver. Busco o que está além, a aventura de uma vida, as loucuras de fato loucas que se pode fazer e tentar descobrir o quão não-animal é isso que chamamos de amor. Algo que vai além do corpo, que acalenta a alma e não o corpo, que te faz descansar em braços cheios de plenitude onde não sentes mais seu interior pulsando e implorando por ser ouvido. Busco em mim mesmo a não humanidade, a intelectualidade que temos, sem se entregar ao instinto do carnal, sem se entregar ao animal que reside em nosso peito; tento controlar essa selvageria que meu corpo possuí.
Por fim tudo seria mais belo, mas vibrante e empolgante. Seria algo que de fato conheço por vida, mesmo que seja somente em minha imaginação. Continuarei aqui em meu quarto procurando por alguma coisa motivo ou razão que possa satisfazer totalmente esse desejo que impregna meu eu de tal forma que por vezes mergulho na escuridão das sombras da lua. O quarto ainda me acolhe e aqui é o lugar onde as reflexões conseguem chegar o mais próximo do que seria esse sentir a vida que tanto me fascina. Pois aqui consigo sentir a energia, por assim dizer, que circunda o mundo e faz as coisas acontecerem... Aqui da janela de meu quarto... O mundo ainda gira quando chega o fim e os créditos da nossa vida vem à tela do monitor...
Clique Aqui para ler a parte 1!
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Série: O Quarto Onde o Dia Nunca Nasceu
O Quarto Onde o Dia Nunca Nasceu
Parte 1 de 2
Quando escolhi esse cômodo, nunca imaginei que ele se tornaria tão frio, tão escuro e por vezes tão sinistro. Não fazia idéia de que o sol não reinava aqui e que as sombras já haviam tomado conta dele muito antes de eu chegar, e não sabendo de nada disso eu o escolhi. Eu, o escolhi. Foi assim que as coisas aconteceram, foi assim que tudo do que me lembro aconteceu e aconteceu aqui neste quarto. Já troquei as coisas de lugar movendo tudo o que podia para um lado e para o outro, sempre tentando encontrar a melhor maneira de me acomodar, uma vez quase pintei as paredes com desenhos em giz de cera, já tive os mais diversos quadros e até adereços no teto. Já vivi muito aqui. Do que me lembro foram dez anos de vida que se passaram desde que cheguei, e em nenhuma vez, nem a lua nem o sol vieram me visitar... Houve uma vez que pensei que pudesse ser o sol, e quando pela janela (ah a janela...) olhei vi que era apenas o reflexo de seus raios que batiam no edificio lá adiante do outro lado da rua. Quem normalmente vem me acolher é o crepusculo, o entardecer. Sempre sombrio e calmo, respirando do seu vento que tudo acalma e que faz com que minha alma fique tão inquieta que sinto-a estremecer me pedindo algo que não sei o que é. O deprecivo cair da noite, quando as luzes se apagam e os postes ascendem suas lampadas mais deprimentes ainda, que com seu brilho triste iluminam a rua em tom de melancolia.
Tudo isso e mais um pouco, vi do meu quarto, de minha janela. Anos passaram e a paisagem pouco se modificou, mas aquele garoto lá vivia cresceu sempre com seus sonhos voando alto pelo céu que pudera ver dali onde estava. Quantas histórias já aconteceram, quantas pessoas já não estiveram aqui, e quantos sentimentos alegrias e tristesas... Nossa, foram dez anos afinal. Dez anos em que muitos e muitos amigos passaram por aqui, muitas pessoas que daqui eu conheci. Só essas paredes sabem de tudo o que houve, pois nelas estão as marcas de cada fato de cada acontecimento. As lagrímas que caíram, os gritos que ecoaram, as verdades que foram lançadas ao ar, os desabafos suspirados e as brincadeiras que ressoaram com o riso. Tantas e tantas memórias... Hoje todas elas estão perdidas pelas sombras que aqui ficaram, pois a solitão fria volta a sua casa e repousa ao meu lado, nua e bela sob o reflexo da noite. Seu abraço gélido me faz suspirar e expõe meu verdadeiro eu de modo que não tenho como não deixar-me possuir, porque ela e somente ela sabe o quão dócil e fraco sou. As forças que um dia tive para aguentar as vezes que ela me chamava, agora já estão longe demais para que eu possa pensar em não ter sua companhia. Sinto o seu corpo me abraçar, me confortar e faz delirar em loucura viva e profunda nos parapeitos da mente, onde ameaço cair no mais puro lago de insanidade. Meus pensamentos fantaseiam um mundo no qual eu sei não existir, mas que sempre sinto já ter vivido, como um salto temporal onde existia aquilo que me acalmava e deixava com que a alma descançasse. Não entendo esse mundo, essa realidade.
Dos passos que dou em vão pela casa toda com o pensamento longe tentando encontrar um motivo, um alguém ou qualquer coisa que me faça estar satisfeito, pois não sei mais o que faço com essa vontade louca, com essa saudade de algo que eu nunca vi; desses passos não tiro nada, nenhuma conclusão. Apenas vejo minhas lembranças estampadas nas paredes da casa me lembrando que não voltaram, e que a vida fui deixando para trás sem piedade nem responsabilidade, muito menos coragem para proferir as palavras que marcariam elas não só em mim, mas em quem me acompanhava. Queria que pudessem sentir o mesmo, essa fervura no peito que faz com que me dê o desejo de relembrarmos juntos esses tempos e por eles viver mais e mais....
Parte 1 de 2
Quando escolhi esse cômodo, nunca imaginei que ele se tornaria tão frio, tão escuro e por vezes tão sinistro. Não fazia idéia de que o sol não reinava aqui e que as sombras já haviam tomado conta dele muito antes de eu chegar, e não sabendo de nada disso eu o escolhi. Eu, o escolhi. Foi assim que as coisas aconteceram, foi assim que tudo do que me lembro aconteceu e aconteceu aqui neste quarto. Já troquei as coisas de lugar movendo tudo o que podia para um lado e para o outro, sempre tentando encontrar a melhor maneira de me acomodar, uma vez quase pintei as paredes com desenhos em giz de cera, já tive os mais diversos quadros e até adereços no teto. Já vivi muito aqui. Do que me lembro foram dez anos de vida que se passaram desde que cheguei, e em nenhuma vez, nem a lua nem o sol vieram me visitar... Houve uma vez que pensei que pudesse ser o sol, e quando pela janela (ah a janela...) olhei vi que era apenas o reflexo de seus raios que batiam no edificio lá adiante do outro lado da rua. Quem normalmente vem me acolher é o crepusculo, o entardecer. Sempre sombrio e calmo, respirando do seu vento que tudo acalma e que faz com que minha alma fique tão inquieta que sinto-a estremecer me pedindo algo que não sei o que é. O deprecivo cair da noite, quando as luzes se apagam e os postes ascendem suas lampadas mais deprimentes ainda, que com seu brilho triste iluminam a rua em tom de melancolia.
Tudo isso e mais um pouco, vi do meu quarto, de minha janela. Anos passaram e a paisagem pouco se modificou, mas aquele garoto lá vivia cresceu sempre com seus sonhos voando alto pelo céu que pudera ver dali onde estava. Quantas histórias já aconteceram, quantas pessoas já não estiveram aqui, e quantos sentimentos alegrias e tristesas... Nossa, foram dez anos afinal. Dez anos em que muitos e muitos amigos passaram por aqui, muitas pessoas que daqui eu conheci. Só essas paredes sabem de tudo o que houve, pois nelas estão as marcas de cada fato de cada acontecimento. As lagrímas que caíram, os gritos que ecoaram, as verdades que foram lançadas ao ar, os desabafos suspirados e as brincadeiras que ressoaram com o riso. Tantas e tantas memórias... Hoje todas elas estão perdidas pelas sombras que aqui ficaram, pois a solitão fria volta a sua casa e repousa ao meu lado, nua e bela sob o reflexo da noite. Seu abraço gélido me faz suspirar e expõe meu verdadeiro eu de modo que não tenho como não deixar-me possuir, porque ela e somente ela sabe o quão dócil e fraco sou. As forças que um dia tive para aguentar as vezes que ela me chamava, agora já estão longe demais para que eu possa pensar em não ter sua companhia. Sinto o seu corpo me abraçar, me confortar e faz delirar em loucura viva e profunda nos parapeitos da mente, onde ameaço cair no mais puro lago de insanidade. Meus pensamentos fantaseiam um mundo no qual eu sei não existir, mas que sempre sinto já ter vivido, como um salto temporal onde existia aquilo que me acalmava e deixava com que a alma descançasse. Não entendo esse mundo, essa realidade.
Dos passos que dou em vão pela casa toda com o pensamento longe tentando encontrar um motivo, um alguém ou qualquer coisa que me faça estar satisfeito, pois não sei mais o que faço com essa vontade louca, com essa saudade de algo que eu nunca vi; desses passos não tiro nada, nenhuma conclusão. Apenas vejo minhas lembranças estampadas nas paredes da casa me lembrando que não voltaram, e que a vida fui deixando para trás sem piedade nem responsabilidade, muito menos coragem para proferir as palavras que marcariam elas não só em mim, mas em quem me acompanhava. Queria que pudessem sentir o mesmo, essa fervura no peito que faz com que me dê o desejo de relembrarmos juntos esses tempos e por eles viver mais e mais....
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Infernos Cósmicos
As Muralhas do Outro Mundo
Meus pés já tocaram o solo árido do inferno, cai naquele lugar e de lá voltei mais forte. Conheci a mais profunda escuridão, bebi da água vermelha dos rios do além-mundo, fiz lá um pouco de tudo e me revoltei! A cada dia que passava aquelas chamas negras dançavam em meu corpo que se contorcia em dores; a dor vinha de dentro para fora e fazia com que o peito abrisse em lágrimas quentes. De dentro de mim mesmo podia-se ver que algo incandescente vivia e morria ali a cada segundo, e sangrava um liquido denso e escuro que anos depois fui descobrir que era a mais pura treva. Sucumbi dentre as rochas frias procurando encontrar alguma razão que ocupasse aquela lacuna na qual ela deixara, mas encontrei apenas poeira cósmica de páginas apagadas da memória. O ferimento de espada que cruzou meu ser, pulsava tão forte, tão vivido, tão recente que não parecia ter sido feito pelas mãos de uma mulher. Aquilo ainda sangrava lentamente e aos poucos a bela cicatriz ia se formando conforme passava o tempo ali no inferno. Afundei-me na lava da loucura procurando pela minha sanidade que há muito tivera perdido, ardia-me o rosto, o corpo e até mesmo a alma, entretanto sabia que no fundo daquele poço fervente estaria a chave que me libertaria do inferno.
Durante todos aqueles anos que vivi lá, não parei de pensar um dia sequer, assim a mente mantinha-se ocupada em viver mesmo que o corpo estivesse parado ou sendo punido por erros que nem meus eram, mas não me importava mais. Tudo que uma vez foi minha carne, eu sei, não me pertencia mais, pois nunca eu de carne fui. Então pra que preocupar-me com o estado desse corpo se a mente se perdia em um distante oceano lá nos confins do inferno? Quando finalmente encontrei as respostas para as questões que me aflingiam, pude eu então renascer para o mundo material! Não sabia, não tinha percebido e nem envelhecido como tal, mas os anos que vivi no submundo equivaliam à apenas um mero ano. Consegui assim evoluir a mente para um estado que nunca antes tivera visto e aquela pessoa de martir passou a admirável e uma questão de eras vividas por um viajante astral. Naquele tempo todo que lá vivi, conheci muita gente e muitos lugares, fui até o mais distante ponto do mundo, onde as águas são calmas e quentes, mas também fui até o mais alto pico que existe onde minha alma se transformou em gelo e por detalhe não esqueci-me de quem eu era. Viagens infinitas pelo universo iluminado e pelos mundos virgens do espaço, entretanto sempre carregava aquela chama negra que matava e renascia em meu eu aquele momento em que o peito me cortaram... Aprendi muito, vivi muito mesmo sem viver nada.
Renasci, voltei das cinzas do inferno para um mundo no qual eu não sabia que havia então mudado, me perdi em sua beleza e nesse sonho louco adormeci durante dois outros anos... Hoje enfim volto para o que restou de mim aqui nesse mundo no qual jugam ser o real. Usarei tudo o que um vi ou vivi para conseguir ir mais além e encontrar a pessoa na qual eu perdi há séculos atrás... Ainda ei de encontrar, nem que pelos infernos mais uma vez eu tenha de passar!
Meus pés já tocaram o solo árido do inferno, cai naquele lugar e de lá voltei mais forte. Conheci a mais profunda escuridão, bebi da água vermelha dos rios do além-mundo, fiz lá um pouco de tudo e me revoltei! A cada dia que passava aquelas chamas negras dançavam em meu corpo que se contorcia em dores; a dor vinha de dentro para fora e fazia com que o peito abrisse em lágrimas quentes. De dentro de mim mesmo podia-se ver que algo incandescente vivia e morria ali a cada segundo, e sangrava um liquido denso e escuro que anos depois fui descobrir que era a mais pura treva. Sucumbi dentre as rochas frias procurando encontrar alguma razão que ocupasse aquela lacuna na qual ela deixara, mas encontrei apenas poeira cósmica de páginas apagadas da memória. O ferimento de espada que cruzou meu ser, pulsava tão forte, tão vivido, tão recente que não parecia ter sido feito pelas mãos de uma mulher. Aquilo ainda sangrava lentamente e aos poucos a bela cicatriz ia se formando conforme passava o tempo ali no inferno. Afundei-me na lava da loucura procurando pela minha sanidade que há muito tivera perdido, ardia-me o rosto, o corpo e até mesmo a alma, entretanto sabia que no fundo daquele poço fervente estaria a chave que me libertaria do inferno.
Durante todos aqueles anos que vivi lá, não parei de pensar um dia sequer, assim a mente mantinha-se ocupada em viver mesmo que o corpo estivesse parado ou sendo punido por erros que nem meus eram, mas não me importava mais. Tudo que uma vez foi minha carne, eu sei, não me pertencia mais, pois nunca eu de carne fui. Então pra que preocupar-me com o estado desse corpo se a mente se perdia em um distante oceano lá nos confins do inferno? Quando finalmente encontrei as respostas para as questões que me aflingiam, pude eu então renascer para o mundo material! Não sabia, não tinha percebido e nem envelhecido como tal, mas os anos que vivi no submundo equivaliam à apenas um mero ano. Consegui assim evoluir a mente para um estado que nunca antes tivera visto e aquela pessoa de martir passou a admirável e uma questão de eras vividas por um viajante astral. Naquele tempo todo que lá vivi, conheci muita gente e muitos lugares, fui até o mais distante ponto do mundo, onde as águas são calmas e quentes, mas também fui até o mais alto pico que existe onde minha alma se transformou em gelo e por detalhe não esqueci-me de quem eu era. Viagens infinitas pelo universo iluminado e pelos mundos virgens do espaço, entretanto sempre carregava aquela chama negra que matava e renascia em meu eu aquele momento em que o peito me cortaram... Aprendi muito, vivi muito mesmo sem viver nada.
Renasci, voltei das cinzas do inferno para um mundo no qual eu não sabia que havia então mudado, me perdi em sua beleza e nesse sonho louco adormeci durante dois outros anos... Hoje enfim volto para o que restou de mim aqui nesse mundo no qual jugam ser o real. Usarei tudo o que um vi ou vivi para conseguir ir mais além e encontrar a pessoa na qual eu perdi há séculos atrás... Ainda ei de encontrar, nem que pelos infernos mais uma vez eu tenha de passar!
Minha Ilha...Meu lar...
Estrelas da Vida
O mundo nunca brilhou de verdade, nem hoje nem nos tempos em que a luz que existia provinha de velas. Tudo sempre foi escuro e denso como uma floresta. Onde o vento ressoava pelas árvores e as copas dançavam em seu ritmo calmo e delicado. Há tempos atrás respirávamos vida onde quer que estivéssemos, a natureza em si fluía como as ondas que correm para a beira-mar. Podíamos nos perder na neblina a acabar encontrando um outro lugar, tão maravilhoso que a imaginação não consegue criar imagens nas quais sejam semelhantes. Vivíamos intensamente, livres e sem qualquer preocupação, ouvindo o som longínquo das gaitas do norte que ecoavam pelas montanhas verdes e virgens. Sob o céu iluminado com as luzes da vida éramos felizes e corríamos com o gamo pelos campos do mundo à fora. A noite acolhia à todos nós e nos dava o dom da vida como se descesse do céu a energia que ligava os mundos, passando pelo nosso corpo e entrando em sincronia com a terra pulsante.
Hoje as coisas se tornaram cinzas, as brumas não existem mais e as crenças emburrecem. Somos o que somos e o sistema que criamos nos controla impiedosamente. A liberdade nos foi tirada e levada pelos ventos que sopram em direção à ilha esquecida. Nem mais o céu mostra seu sorriso de estrelas jovens e as lágrimas do meu eu caem no vão temporal do aqui e agora. Ah como quero voltar para aquele lugar que um dia chamei de lar... Lá na ilha onde o sol colore os céus e toca aquele som de harpa que calma e relaxa. Quero voltar para o meu lar no além mar...
O mundo nunca brilhou de verdade, nem hoje nem nos tempos em que a luz que existia provinha de velas. Tudo sempre foi escuro e denso como uma floresta. Onde o vento ressoava pelas árvores e as copas dançavam em seu ritmo calmo e delicado. Há tempos atrás respirávamos vida onde quer que estivéssemos, a natureza em si fluía como as ondas que correm para a beira-mar. Podíamos nos perder na neblina a acabar encontrando um outro lugar, tão maravilhoso que a imaginação não consegue criar imagens nas quais sejam semelhantes. Vivíamos intensamente, livres e sem qualquer preocupação, ouvindo o som longínquo das gaitas do norte que ecoavam pelas montanhas verdes e virgens. Sob o céu iluminado com as luzes da vida éramos felizes e corríamos com o gamo pelos campos do mundo à fora. A noite acolhia à todos nós e nos dava o dom da vida como se descesse do céu a energia que ligava os mundos, passando pelo nosso corpo e entrando em sincronia com a terra pulsante.
Hoje as coisas se tornaram cinzas, as brumas não existem mais e as crenças emburrecem. Somos o que somos e o sistema que criamos nos controla impiedosamente. A liberdade nos foi tirada e levada pelos ventos que sopram em direção à ilha esquecida. Nem mais o céu mostra seu sorriso de estrelas jovens e as lágrimas do meu eu caem no vão temporal do aqui e agora. Ah como quero voltar para aquele lugar que um dia chamei de lar... Lá na ilha onde o sol colore os céus e toca aquele som de harpa que calma e relaxa. Quero voltar para o meu lar no além mar...
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Saberia me Responder?
O Que Há Por de Trás das Cortinas
Por trás das pedras pode existir um paraíso ainda intocado, onde as folhas das árvores são mais verdes e a vida brilha em sua forma primordial. Trás da rebentação existe um oceano que ninguém nunca foi, onde um império está submerso à espera de um herói. Quando as brumas se desfizerem os mortais então finalmente poderão ver aquilo que por décadas negaram existir, e se ajoelharam diante à beleza que se apresentará. Até mesmo no fundo das geleiras existe algo quente que vibra de vida e esconde os mistérios de uma existencia milenar. Dentro das mais densas florestas moram aquele povo antigo, dotado de mágia e cheio de mistérios e cultos mais velhos que eles próprios. Até mesmo o universo, a Via Lactéa, possui a Terra em seu seio, ocultando-a de todo o resto e disfarçando-a no meio de tantos pontos brilhantes. Cada qual esconde em si um outro lugar, algo maior e melhor que talvez por receio não queira mostrar para o mundo. Protegem para que não seja destruído e nem corrompido pelo virus da natureza humana, ainda que isso tenha sido criado por nós mesmos...
Se todas essas coisas e muitas mais, escondem, protegem, algo primordioso em si ou com sua própria vida, por que não eu esconderia também?
Por trás das pedras pode existir um paraíso ainda intocado, onde as folhas das árvores são mais verdes e a vida brilha em sua forma primordial. Trás da rebentação existe um oceano que ninguém nunca foi, onde um império está submerso à espera de um herói. Quando as brumas se desfizerem os mortais então finalmente poderão ver aquilo que por décadas negaram existir, e se ajoelharam diante à beleza que se apresentará. Até mesmo no fundo das geleiras existe algo quente que vibra de vida e esconde os mistérios de uma existencia milenar. Dentro das mais densas florestas moram aquele povo antigo, dotado de mágia e cheio de mistérios e cultos mais velhos que eles próprios. Até mesmo o universo, a Via Lactéa, possui a Terra em seu seio, ocultando-a de todo o resto e disfarçando-a no meio de tantos pontos brilhantes. Cada qual esconde em si um outro lugar, algo maior e melhor que talvez por receio não queira mostrar para o mundo. Protegem para que não seja destruído e nem corrompido pelo virus da natureza humana, ainda que isso tenha sido criado por nós mesmos...
Se todas essas coisas e muitas mais, escondem, protegem, algo primordioso em si ou com sua própria vida, por que não eu esconderia também?
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Luzes da Noite
Por vezes ficar em silêncio e apenas ouvir a balada do vento na janela é a melhor coisa a se fazer. Assim podemos ouvir a melodia que toca no nosso interior e a mente pode descansar calmamente sem nenhum pensamento a lhe importunar. As luzes da noite e a sua vida vão aparecer no seu quarto e iluminar em focos distintos o teto escurecido pela noite, assim como foi quando eras pequeno de mais para lembrar e a noite o acolhia como um filho. Às vezes é melhor deixarmo-nos levar pelas correntezas da vida apenas para aprender quando que a experiência vence o conhecimento e por que as verdades se apresentam quando somos novos de mais para nos recordarmos.
Por vezes deve tentar ouvir o que o silêncio tem a dizer...
Por vezes deve tentar ouvir o que o silêncio tem a dizer...
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Acontece e a gente nem percebe
Redemoinhos da Vida
Os mares, as marés e os oceanos. Ah as águas da vida! No remexer das profundezas desse mar minha mente afunda serenamente e sem medo algum. Deixo com que tudo se encha de água e que todos nós nos afoguemos nessas águas calmas e transparentes. Deveria eu beber um pouco para acelerar o processo e chegar mais rápido ao meu destino, ou deixo com que a correnteza me leve na calmaria do fim de tarde? Meu navio afundou em memórias e somente eu restei na embarcação, como um capitão deve fazer vou sendo levado para o lugar mais profundo nessas montanhas submersas. Vejo toda essa bela obra de minha vida perecer sendo engolida sem pudor pelas águas, mas ao mesmo tempo tudo se torna tão mais belo pela sutileza que reina aqui no oceano. Onde a vida começou, agora termina... Termina? Todos esses quadros de minhas lembranças estão encharcados de água doce e a pureza de cada um fica explícita de tal maneira que nunca tivera visto antes; vejo agora coisas que jamais pensei estarem ali também. Impossível imaginar que tudo isso vai se perder assim tão de repente, tão rápido e sem sentido algum, como num maremoto maluco de emoções. Será que essas obras de arte tornar-se-ão como as dos famosos artistas que o mundo somente conheceu após a morte? Não gostaria disso para mim, prefiro o total anonimato se tiver de ser assim...
Belo é o sol que me banha com seus raios, mesmo na profundidade que estou... Alias, creio que a consciência já perdi, pois não sinto mais meus pulmões encheram-se com a água que me circunda e acolhe como um abraço fraternal. É como se estivesse enfim voltando para casa. O horizonte a minha frente se faz em um azul escuro tão terno, tão sublime... Um azul celeste que clama por vida, que chama como se estivesse esperando por mim há tempos, e calmamente anseia pela minha chegada. Não sei se é a hora. Já me perdi dentro de tudo e esse navio que parece não ter fim faz com que minha mente se confunda facilmente dentre os anos estampados nas paredes. E quando penso em fechar os olhos para acompanhar a música que ecoá no fundo do mar, sinto como se o corpo pulasse de dentro para fora e a vida saísse pelas pontas dos dedos...
Um iceberg enorme fez com que minha embarcação não fosse jogada as profundezas e quando meus olhos abriram-se pude apenas ver que o destino mais uma vez brincara comigo, pois o que na verdade acontecera foi que adormeci no colchão de ar e cai na água, fazendo com que um pouco d'água entrasse em meus pulmões... Coisas da vida...
Os mares, as marés e os oceanos. Ah as águas da vida! No remexer das profundezas desse mar minha mente afunda serenamente e sem medo algum. Deixo com que tudo se encha de água e que todos nós nos afoguemos nessas águas calmas e transparentes. Deveria eu beber um pouco para acelerar o processo e chegar mais rápido ao meu destino, ou deixo com que a correnteza me leve na calmaria do fim de tarde? Meu navio afundou em memórias e somente eu restei na embarcação, como um capitão deve fazer vou sendo levado para o lugar mais profundo nessas montanhas submersas. Vejo toda essa bela obra de minha vida perecer sendo engolida sem pudor pelas águas, mas ao mesmo tempo tudo se torna tão mais belo pela sutileza que reina aqui no oceano. Onde a vida começou, agora termina... Termina? Todos esses quadros de minhas lembranças estão encharcados de água doce e a pureza de cada um fica explícita de tal maneira que nunca tivera visto antes; vejo agora coisas que jamais pensei estarem ali também. Impossível imaginar que tudo isso vai se perder assim tão de repente, tão rápido e sem sentido algum, como num maremoto maluco de emoções. Será que essas obras de arte tornar-se-ão como as dos famosos artistas que o mundo somente conheceu após a morte? Não gostaria disso para mim, prefiro o total anonimato se tiver de ser assim...
Belo é o sol que me banha com seus raios, mesmo na profundidade que estou... Alias, creio que a consciência já perdi, pois não sinto mais meus pulmões encheram-se com a água que me circunda e acolhe como um abraço fraternal. É como se estivesse enfim voltando para casa. O horizonte a minha frente se faz em um azul escuro tão terno, tão sublime... Um azul celeste que clama por vida, que chama como se estivesse esperando por mim há tempos, e calmamente anseia pela minha chegada. Não sei se é a hora. Já me perdi dentro de tudo e esse navio que parece não ter fim faz com que minha mente se confunda facilmente dentre os anos estampados nas paredes. E quando penso em fechar os olhos para acompanhar a música que ecoá no fundo do mar, sinto como se o corpo pulasse de dentro para fora e a vida saísse pelas pontas dos dedos...
Um iceberg enorme fez com que minha embarcação não fosse jogada as profundezas e quando meus olhos abriram-se pude apenas ver que o destino mais uma vez brincara comigo, pois o que na verdade acontecera foi que adormeci no colchão de ar e cai na água, fazendo com que um pouco d'água entrasse em meus pulmões... Coisas da vida...
sábado, 25 de setembro de 2010
Os Velhos Cavaleiros
Até que as Estrelas se Apaguem
Somos diferentes pratos de uma mesma balança, e por anos lutamos juntos por um mesmo ideal. Cada qual da sua maneira, cada qual com suas manias e vontades, mas sempre juntos. Não desistimos ao cair, ajudando um ao outro para se levantar e continuar a batalha que havia se iniciado anos há trás. Nem sempre lutamos lado a lado, pois já fomos inimigos e erguemos nossas espadas de aço um contra o outro, em uma batalha sangrenta onde o orgulho estava em jogo. Mas as coisas nem sempre foram só guerras, houveram momentos em que podemos sentar a sombra das árvores e conversar alegremente sobre as besteiras da vida, sem preocupação deixando com que o vento nos guiasse em direção do amanhã.
Quando esse amanhã finalmente chegou, vi sendo separada aquela aliança que um dia fizemos, todas as lembranças passaram em minha mente como em um filme e não pude acreditar que era real. Meus olhos fizeram-se preto e branco e o sangue gelou por alguns segundos. O equilibrio estava desfeito. Tanto haviamos vivido lado a lado pelas estradas da vida que não me dei conta do quão importante aquele amigo se tornara, afinal, era meu braço direito e principalmente nas horas difíceis era o alguém à quem podia recorrer. O sol se apagou e o velho vento negro soprou nos céus que derramavam suas lágrimas sobre nós, assim ele se foi...
Hoje nossas armaduras não brilham mais e os céus não se abrem diante de nossa força, a balança pende apenas para um dos lado e todos descansam em sua eterna paz. O som do metal se chocando, a tensão da batalha e o cheiro de sangue hoje estão somente nas memórias de cada um dos cavaleiros que uma vez lutou ao nosso lado. Todo aquele espiríto de equipe focado somente no viver, tudo aquilo, aquela mágia toda que tomava conta de nós se perceu em meio aos ventos e se dissipou pelos mares da imaginação. Ainda assim, sei que em algum lugar desse mundo pulsa firmenente aquele sentimento que uma vez fez o sangue ferver e correr pelo corpo todo, isso está vivo de alguma maneira dentro de cada um de nós. Essa é a nossa lembrança e nosso motivo para continuar. Sei que esteja onde estiver, quando olhas para o tapete azul-celeste do céu podes ver nas estrelas nossas constelações lutarem pelo lugar mais brilhante dos céus. E como um lampejo, um raio fracionado da memória do universo sentes que também eu observo a mesma coisa, assim fazendo com que o vento negro deixe a balança em equilibrio mais uma vez...
Somos diferentes pratos de uma mesma balança, e por anos lutamos juntos por um mesmo ideal. Cada qual da sua maneira, cada qual com suas manias e vontades, mas sempre juntos. Não desistimos ao cair, ajudando um ao outro para se levantar e continuar a batalha que havia se iniciado anos há trás. Nem sempre lutamos lado a lado, pois já fomos inimigos e erguemos nossas espadas de aço um contra o outro, em uma batalha sangrenta onde o orgulho estava em jogo. Mas as coisas nem sempre foram só guerras, houveram momentos em que podemos sentar a sombra das árvores e conversar alegremente sobre as besteiras da vida, sem preocupação deixando com que o vento nos guiasse em direção do amanhã.
Quando esse amanhã finalmente chegou, vi sendo separada aquela aliança que um dia fizemos, todas as lembranças passaram em minha mente como em um filme e não pude acreditar que era real. Meus olhos fizeram-se preto e branco e o sangue gelou por alguns segundos. O equilibrio estava desfeito. Tanto haviamos vivido lado a lado pelas estradas da vida que não me dei conta do quão importante aquele amigo se tornara, afinal, era meu braço direito e principalmente nas horas difíceis era o alguém à quem podia recorrer. O sol se apagou e o velho vento negro soprou nos céus que derramavam suas lágrimas sobre nós, assim ele se foi...
Hoje nossas armaduras não brilham mais e os céus não se abrem diante de nossa força, a balança pende apenas para um dos lado e todos descansam em sua eterna paz. O som do metal se chocando, a tensão da batalha e o cheiro de sangue hoje estão somente nas memórias de cada um dos cavaleiros que uma vez lutou ao nosso lado. Todo aquele espiríto de equipe focado somente no viver, tudo aquilo, aquela mágia toda que tomava conta de nós se perceu em meio aos ventos e se dissipou pelos mares da imaginação. Ainda assim, sei que em algum lugar desse mundo pulsa firmenente aquele sentimento que uma vez fez o sangue ferver e correr pelo corpo todo, isso está vivo de alguma maneira dentro de cada um de nós. Essa é a nossa lembrança e nosso motivo para continuar. Sei que esteja onde estiver, quando olhas para o tapete azul-celeste do céu podes ver nas estrelas nossas constelações lutarem pelo lugar mais brilhante dos céus. E como um lampejo, um raio fracionado da memória do universo sentes que também eu observo a mesma coisa, assim fazendo com que o vento negro deixe a balança em equilibrio mais uma vez...
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Que Sirva de Lição
"It's Like a Circle"
Pouco me importa o que essas mentes que não usam nem 50% da sua capacidade vão vir a pensar de mim ou de meus atos e palavras. Influenciar-me-á pouquíssimo a opinião alheia e da maioria da população. Se para ti ou para muitos eu ei de ser insuportável, tchau e benção, até a próxima vida amizade! Porque sinceramente, isso cansa. Cansa tentar ser agradável, um cara legal, atencioso e só ser usado. Pra idiota eu não sirvo. E tem coisas que não mudam, afinal como ela disse "it's like a circle", ou pra quem não domina "é como um circulo". Tens razão, tudo na vida é um circulo e as coisas tendem sempre a voltar a forma original. "Viemos do nada e voltaremos ao nada". É assim que é, é assim que sou. Não é de agora, não é de hoje nem ontem que já fui conhecido assim; me conheci por si mesmo e tinha minha própria fama. Nunca fui de ter muitos amigos, pois desde de pirralho adotava a filosofia do "poucos e bons" e assim fui crescendo sendo sempre fiel aos que me eram queridos. Mas se até Jesus Cristo foi traído por um de seus companheiros, quem seria eu para não ser também? Então veio a dor, o desespero e aquelas coisas todas que vem junto, principalmente a raiva e sentimento de vingança. Coisas que peguei e sucumbi às catacumbas do meu ser, afinal são coisas da vida e não teria que gastar meu precioso tempo com elas.
Já vivi mais do que podes imaginar e já fui mais longe do que o pensamento da massa um dia imaginou ir. Refleti demais sentado naquela janela e a cada fim de tarde uma nova semente nascia em minha mente para um dia florecer. Chorei, admito. Cada pequena lágrima que rolou pelo rosto me fez aprender mais do que um livro e soco na parede para aliviar a raiva eu conseguia ir mais além em minha mente e desvendar um pouco mais do enorme labirinto que há ali. Entendi muitas coisas e vi que os mundos das pessoas possuem caminhos semelhantes, embora às vezes levem para lugares distintos. Enxerguei a vida que havia bem em minha frente, mas que meus olhos sempre me mentiram não existir, e o mais incrível é que fiz tudo isso apenas viajando em mim mesmo, no meu oceano onde descobri terras inabitadas.
Então amizade, por entender tudo o que há em mim, não me importo para o que o pequeno carrocinho que você chama de cerébro, pensa de mim ou deixa de pensar, porque eu não vou mudar.
Pouco me importa o que essas mentes que não usam nem 50% da sua capacidade vão vir a pensar de mim ou de meus atos e palavras. Influenciar-me-á pouquíssimo a opinião alheia e da maioria da população. Se para ti ou para muitos eu ei de ser insuportável, tchau e benção, até a próxima vida amizade! Porque sinceramente, isso cansa. Cansa tentar ser agradável, um cara legal, atencioso e só ser usado. Pra idiota eu não sirvo. E tem coisas que não mudam, afinal como ela disse "it's like a circle", ou pra quem não domina "é como um circulo". Tens razão, tudo na vida é um circulo e as coisas tendem sempre a voltar a forma original. "Viemos do nada e voltaremos ao nada". É assim que é, é assim que sou. Não é de agora, não é de hoje nem ontem que já fui conhecido assim; me conheci por si mesmo e tinha minha própria fama. Nunca fui de ter muitos amigos, pois desde de pirralho adotava a filosofia do "poucos e bons" e assim fui crescendo sendo sempre fiel aos que me eram queridos. Mas se até Jesus Cristo foi traído por um de seus companheiros, quem seria eu para não ser também? Então veio a dor, o desespero e aquelas coisas todas que vem junto, principalmente a raiva e sentimento de vingança. Coisas que peguei e sucumbi às catacumbas do meu ser, afinal são coisas da vida e não teria que gastar meu precioso tempo com elas.
Já vivi mais do que podes imaginar e já fui mais longe do que o pensamento da massa um dia imaginou ir. Refleti demais sentado naquela janela e a cada fim de tarde uma nova semente nascia em minha mente para um dia florecer. Chorei, admito. Cada pequena lágrima que rolou pelo rosto me fez aprender mais do que um livro e soco na parede para aliviar a raiva eu conseguia ir mais além em minha mente e desvendar um pouco mais do enorme labirinto que há ali. Entendi muitas coisas e vi que os mundos das pessoas possuem caminhos semelhantes, embora às vezes levem para lugares distintos. Enxerguei a vida que havia bem em minha frente, mas que meus olhos sempre me mentiram não existir, e o mais incrível é que fiz tudo isso apenas viajando em mim mesmo, no meu oceano onde descobri terras inabitadas.
Então amizade, por entender tudo o que há em mim, não me importo para o que o pequeno carrocinho que você chama de cerébro, pensa de mim ou deixa de pensar, porque eu não vou mudar.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Agora é!! Ta ai a história!
Loucuras do Dia-a-Dia
Parte 6
Eu queria me lembrar de quem era aquela mensagem de palavras calmas e sem preocupação, mas minha mente não deixava e assim os pensamentos que voavam como pássaros em minha mente foram cada um para um lado e eu não mais consegui manter um foco de raciocínio. As ruas se alongavam e quando mais me aproximava do local no qual tinha combinado de ir, mais meu coração acelerava e fazia com que o sangue circulasse com a intensidade do nervosismo. Nesse momento um pensamento cruzou o céu de minha mente e fez com que tudo ficasse mais claro e ao mesmo tempo engraçado. O pensamento me dizia: "Mesmo agora com 29 anos na cara, ainda sente esse frio na barriga de quando era apenas um adolescente sem rumo...". Tive de rir de mim mesmo, porque era a mais pura verdade! De algum modo eu estava ansioso e até um pouco nervoso pelos momentos que se seguiriam que minha mente nem mais lembrava do que a noite me reservara.
Meu relógio bateu exatas dezesseis horas quando desci do carro e olhei para aquele parque; parecia mentira, mas já fazia muito tempo que não colocava os pés nele, no mínimo cinco anos, estava tudo assim tão diferentemente parecido. Adentrei o parque pensando em como reconhecer a pessoa da mensagem, afinal eu não sabia quem ela era e... Bom ela provavelmente iria me conhecer. Assim caminhei em direção ao lago (não me pergunte porque, pois eu também não sei), e quando cheguei na ponte que levava até o centro do lago avistei uma menina que olhava para o outro lado de onde eu estava. Cabelos escuros desciam-lhe as costas quase até sua cintura, as curvas dela eram perfeitas e por um momento meu peito apertou em um pressentimento estranho que eu ignorei. Me recostei no parapeito do lado oposto do qual a mulher estava e olhei para a praça afim de encontrar alguém conhecido, ou melhor, encontrar a pessoa da mensagem.
Por burrice ou algo que não sei explicar, não tinha até aquele momento pensado em mandar uma mensagem avisando algo como "Cheguei, onde você está?" ou qualquer coisa do gênero, então foi o que fiz. Escrevi calmamente a mensagem; aqueles ventos acalmavam minha mente e alma e faziam-me lembrar de um passado muito bom, de pela paz. De repente, ouço um som de celular e olho para trás, não acreditei quando aquela mulher de antes virou e pegou o celular. Por um impulso falei sem pensar "É você?", e ela no susto virou-se. Seus olhos tocaram os meus e um sorriso ilustrou seu rosto que se abria para mim como uma linda manhã de verão, ao que ouvi:
- FOOOOOOCAAAA!!!
Ela correu e abraçou-me forte, tão forte que o ar faltou em meus velhos pulmões. Estava linda como sempre, como nas lembranças boas que eu guardara dela, e quando vi aquele olhar não teve erro, a reconheci instantaneamente. Velhas imagens pipocavam em minha mente, enquanto eu retribuía aquele abraço que parecia percorrer o tempo fazendo com que voltássemos à ser adolescentes outra vez. Fechei meus olhos e abracei-a mais forte, mal podia acreditar que voltava à vê-la após tanto tempo. O sentimento de nostalgia que percorria meu corpo era tanto que as palavras saíram de minha boca e nem me dei por conta do que disse, mas ainda lembro das palavras "Senti tanto a sua falta...".
Parte 6
Eu queria me lembrar de quem era aquela mensagem de palavras calmas e sem preocupação, mas minha mente não deixava e assim os pensamentos que voavam como pássaros em minha mente foram cada um para um lado e eu não mais consegui manter um foco de raciocínio. As ruas se alongavam e quando mais me aproximava do local no qual tinha combinado de ir, mais meu coração acelerava e fazia com que o sangue circulasse com a intensidade do nervosismo. Nesse momento um pensamento cruzou o céu de minha mente e fez com que tudo ficasse mais claro e ao mesmo tempo engraçado. O pensamento me dizia: "Mesmo agora com 29 anos na cara, ainda sente esse frio na barriga de quando era apenas um adolescente sem rumo...". Tive de rir de mim mesmo, porque era a mais pura verdade! De algum modo eu estava ansioso e até um pouco nervoso pelos momentos que se seguiriam que minha mente nem mais lembrava do que a noite me reservara.
Meu relógio bateu exatas dezesseis horas quando desci do carro e olhei para aquele parque; parecia mentira, mas já fazia muito tempo que não colocava os pés nele, no mínimo cinco anos, estava tudo assim tão diferentemente parecido. Adentrei o parque pensando em como reconhecer a pessoa da mensagem, afinal eu não sabia quem ela era e... Bom ela provavelmente iria me conhecer. Assim caminhei em direção ao lago (não me pergunte porque, pois eu também não sei), e quando cheguei na ponte que levava até o centro do lago avistei uma menina que olhava para o outro lado de onde eu estava. Cabelos escuros desciam-lhe as costas quase até sua cintura, as curvas dela eram perfeitas e por um momento meu peito apertou em um pressentimento estranho que eu ignorei. Me recostei no parapeito do lado oposto do qual a mulher estava e olhei para a praça afim de encontrar alguém conhecido, ou melhor, encontrar a pessoa da mensagem.
Por burrice ou algo que não sei explicar, não tinha até aquele momento pensado em mandar uma mensagem avisando algo como "Cheguei, onde você está?" ou qualquer coisa do gênero, então foi o que fiz. Escrevi calmamente a mensagem; aqueles ventos acalmavam minha mente e alma e faziam-me lembrar de um passado muito bom, de pela paz. De repente, ouço um som de celular e olho para trás, não acreditei quando aquela mulher de antes virou e pegou o celular. Por um impulso falei sem pensar "É você?", e ela no susto virou-se. Seus olhos tocaram os meus e um sorriso ilustrou seu rosto que se abria para mim como uma linda manhã de verão, ao que ouvi:
- FOOOOOOCAAAA!!!
Ela correu e abraçou-me forte, tão forte que o ar faltou em meus velhos pulmões. Estava linda como sempre, como nas lembranças boas que eu guardara dela, e quando vi aquele olhar não teve erro, a reconheci instantaneamente. Velhas imagens pipocavam em minha mente, enquanto eu retribuía aquele abraço que parecia percorrer o tempo fazendo com que voltássemos à ser adolescentes outra vez. Fechei meus olhos e abracei-a mais forte, mal podia acreditar que voltava à vê-la após tanto tempo. O sentimento de nostalgia que percorria meu corpo era tanto que as palavras saíram de minha boca e nem me dei por conta do que disse, mas ainda lembro das palavras "Senti tanto a sua falta...".
terça-feira, 7 de setembro de 2010
O próximo é história!
Galáxia dos Sonhos
A mente se perde quando cai e torna a virar parafuso no fluxo de energia que circunda a terra na velocidade do som. Toda àquela aurora se transforma em pura luz que brilha nos imensos "céus" do universo, como um grito silêncioso que cruza a galáxia. Por entre as estrelas mais distantes meu pensamento ecoá e se espalha nos véus das nebulosas que dançam com o vento do infinito. Tão escuro e tão brilhante, tão contraditório e simples. As correntes das nebulosas coloridas convidam a mente a viajar por suas estradas universais que ligam tudo o que há nesse universo longínquo, mas que não deixam com que você se livre delas tão facilmente. Contudo, perde-se é comum e as belas luas dos planetas alheios podem te mostrar o caminho de volta para casa, ou te levar para um lugar mais lindo e mais inacreditável onde seus sonhos são flutuar pelo espaço sideral em forma de passáros de luz.
Com o estalo da madeira do forro eu desperto para a realidade onde o teto é meu limite e as paredes delineiam até onde posso ir com meu pensamento, um sonho fechado dentro do quarto. Os olhos se abrem nas nuvens do céu azul que começa a aparecer horizonte laranjado daquele fim de tarde... Ah aqueles olhos... Eles ainda atormentam meus pensamentos que se perdem em isanidade misturada em prazer. Vejo-os nas brumas do universo de meu eu e ainda me perco ao ter de encará-los, e me pergunto o quão fraco sou. Apenas aqueles dois brilhantes podem me derrubar em segundos e toda a aurora e fantásia de minhas galáxias se esvai em poeira cósmica... Até quando? Até quando aquele olhar vai afetar a sanidade de meus sonhos....
A mente se perde quando cai e torna a virar parafuso no fluxo de energia que circunda a terra na velocidade do som. Toda àquela aurora se transforma em pura luz que brilha nos imensos "céus" do universo, como um grito silêncioso que cruza a galáxia. Por entre as estrelas mais distantes meu pensamento ecoá e se espalha nos véus das nebulosas que dançam com o vento do infinito. Tão escuro e tão brilhante, tão contraditório e simples. As correntes das nebulosas coloridas convidam a mente a viajar por suas estradas universais que ligam tudo o que há nesse universo longínquo, mas que não deixam com que você se livre delas tão facilmente. Contudo, perde-se é comum e as belas luas dos planetas alheios podem te mostrar o caminho de volta para casa, ou te levar para um lugar mais lindo e mais inacreditável onde seus sonhos são flutuar pelo espaço sideral em forma de passáros de luz.
Com o estalo da madeira do forro eu desperto para a realidade onde o teto é meu limite e as paredes delineiam até onde posso ir com meu pensamento, um sonho fechado dentro do quarto. Os olhos se abrem nas nuvens do céu azul que começa a aparecer horizonte laranjado daquele fim de tarde... Ah aqueles olhos... Eles ainda atormentam meus pensamentos que se perdem em isanidade misturada em prazer. Vejo-os nas brumas do universo de meu eu e ainda me perco ao ter de encará-los, e me pergunto o quão fraco sou. Apenas aqueles dois brilhantes podem me derrubar em segundos e toda a aurora e fantásia de minhas galáxias se esvai em poeira cósmica... Até quando? Até quando aquele olhar vai afetar a sanidade de meus sonhos....
domingo, 5 de setembro de 2010
Fronteiras da Mente
Um Mundo Diferente
Gostaria de um dia poder entender. Pegar toda minha ignorância, jogá-la fora e poder compreender tudo o que se passa nas mentes alheias. Poder ver o que está além de meus olhos, mas escancarado em minha frente! Abre-se como uma lótus e mesmo assim não consigo entender os seus "porques", os motivos pelos quais não escolhem aquilo que ao meu ver seria o melhor. Ser o melhor nem sempre basta. Como mostrar o que é o melhor? Fazer-se compreender é difícil e é algo que creio que tentarei a vida toda, até porque é como dizem "cachorro velho não aprende truques novos".
A impotencia me domina e sinto como se os braços ficassem atados por cordas invisíveis, que me prender para não fazer ou falar tudo o que a mente gostaria. A estranha sensação de estar alheio ao mundo, de querer acordar desse mundo que sei que é real, mas que ao mesmo tempo parece são imaginário... "As coisas não acontecem como você quer" é a máxima que vejo e que me faz sentir tão pequeno, tão fraco, incapaz de modelar tudo como "deveria" ser. Ainda assim luto contra essa ignorância sem tamanho, esse receio que corre pelas ruas e invade um à um. Algo constante e que impede com que minha alma se desgrude do corpo e se expanda como deveria ser! Liberar a mente para que ela pudesse voar em alta velocidade pelos vários céus que existem nos mundos particulares das pessoas. Comparti-lhe seu mundo, não feche suas portas. E se fechar, ao menos me diga porque. Não quebre as pontes que ligam os mundos, construa mais e mais! Procure saber o que há no terreno desconhecido para que não encontre nada que lhe desagrade, mas arrisque um pouco, afinal "quem não arrisca não petisca". O que existe do outro lado do muro é incrível e eu posso te ajudar a ver, ou até mesmo, por que não, ir até lá...
Mas me diga o que falta em mim para te levar...
Gostaria de um dia poder entender. Pegar toda minha ignorância, jogá-la fora e poder compreender tudo o que se passa nas mentes alheias. Poder ver o que está além de meus olhos, mas escancarado em minha frente! Abre-se como uma lótus e mesmo assim não consigo entender os seus "porques", os motivos pelos quais não escolhem aquilo que ao meu ver seria o melhor. Ser o melhor nem sempre basta. Como mostrar o que é o melhor? Fazer-se compreender é difícil e é algo que creio que tentarei a vida toda, até porque é como dizem "cachorro velho não aprende truques novos".
A impotencia me domina e sinto como se os braços ficassem atados por cordas invisíveis, que me prender para não fazer ou falar tudo o que a mente gostaria. A estranha sensação de estar alheio ao mundo, de querer acordar desse mundo que sei que é real, mas que ao mesmo tempo parece são imaginário... "As coisas não acontecem como você quer" é a máxima que vejo e que me faz sentir tão pequeno, tão fraco, incapaz de modelar tudo como "deveria" ser. Ainda assim luto contra essa ignorância sem tamanho, esse receio que corre pelas ruas e invade um à um. Algo constante e que impede com que minha alma se desgrude do corpo e se expanda como deveria ser! Liberar a mente para que ela pudesse voar em alta velocidade pelos vários céus que existem nos mundos particulares das pessoas. Comparti-lhe seu mundo, não feche suas portas. E se fechar, ao menos me diga porque. Não quebre as pontes que ligam os mundos, construa mais e mais! Procure saber o que há no terreno desconhecido para que não encontre nada que lhe desagrade, mas arrisque um pouco, afinal "quem não arrisca não petisca". O que existe do outro lado do muro é incrível e eu posso te ajudar a ver, ou até mesmo, por que não, ir até lá...
Mas me diga o que falta em mim para te levar...
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Ainda não é a história.. Calma lá..
Evolução Inversa
O velho homem que caminhava enrolado em seu manto à passos lentos e precisos pelas estradas que o mundo apresentava, é o reflexo de nossas almas cansadas de tanto viver na procura pelo lugar no qual realmente pertencemos. Nas ilhas nesse oceano de frases sem sentido encontramos aquelas palavras que foram proferidas com ternura para acalmar nossos soluços nas noite em que a escuridão invadia seu quarto. Todo um céu de estranhas estrelas brilhantes apareceu sob nossas cabeças quando percebemos que não somos o que realmente enxergamos no espelho e que essa simples existência vai muito mais além do que pensávamos. Elas brilhavam todas de cores diferentes e os sorrisos daqueles que estavam ali em volta começaram a aparecer na escuridão, fazendo com que percebamos que não estávamos sozinhos afinal.
Por vezes já eu também senti estranho usando essa fantasia de carne e osso que visto, como se não fosse minha, como se não tivesse compatibilidade, como se fosse sair dali de dentro a qualquer momento. Todos nós, uma vez saímos de casa pensando em não voltar, querendo talvez encontrar um lugar no qual nosso intimo chamaria de lar e ao mesmo tempo tivemos medo de saber onde de fato fica esse lugar. Embora ainda assim sejamos sempre inundados pela curiosidade que corrompe nossas mentes e trás de volta a vida àquela criança que há tempos fomos, trás de volta todos nossos sonhos... A intensidade com que as coisas passam por nós e as marcas que ficam tanto no corpo como na mente, são as armas necessárias para sucumbir à nós mesmos a um estado superior de experiência e pessimismo que talvez só consigamos nos livrar quando deixarmos essa carcaça de carne. Pois a pureza que as crianças tem, com nada podemos comprar, o mundo, esse oceano incrédulo e pacotes prontos que os outros colocam em nossas cabeças, essa coisa quadrada que a sociedade nos impõe. Isso! É o que nos destrói aos poucos e vai deixando cego os que não percebem que a pureza lhes foi roubada... Então, aquele velho homem do manto aparece em nossas mentes sem que saibamos quem ele é, mesmo tendo a certeza que de o conhecemos muito bem. E quando o dia chegar espero que consigas entender que ele é o reflexo do que o espelho mostra, o que restou do seu eu interior...
O velho homem que caminhava enrolado em seu manto à passos lentos e precisos pelas estradas que o mundo apresentava, é o reflexo de nossas almas cansadas de tanto viver na procura pelo lugar no qual realmente pertencemos. Nas ilhas nesse oceano de frases sem sentido encontramos aquelas palavras que foram proferidas com ternura para acalmar nossos soluços nas noite em que a escuridão invadia seu quarto. Todo um céu de estranhas estrelas brilhantes apareceu sob nossas cabeças quando percebemos que não somos o que realmente enxergamos no espelho e que essa simples existência vai muito mais além do que pensávamos. Elas brilhavam todas de cores diferentes e os sorrisos daqueles que estavam ali em volta começaram a aparecer na escuridão, fazendo com que percebamos que não estávamos sozinhos afinal.
Por vezes já eu também senti estranho usando essa fantasia de carne e osso que visto, como se não fosse minha, como se não tivesse compatibilidade, como se fosse sair dali de dentro a qualquer momento. Todos nós, uma vez saímos de casa pensando em não voltar, querendo talvez encontrar um lugar no qual nosso intimo chamaria de lar e ao mesmo tempo tivemos medo de saber onde de fato fica esse lugar. Embora ainda assim sejamos sempre inundados pela curiosidade que corrompe nossas mentes e trás de volta a vida àquela criança que há tempos fomos, trás de volta todos nossos sonhos... A intensidade com que as coisas passam por nós e as marcas que ficam tanto no corpo como na mente, são as armas necessárias para sucumbir à nós mesmos a um estado superior de experiência e pessimismo que talvez só consigamos nos livrar quando deixarmos essa carcaça de carne. Pois a pureza que as crianças tem, com nada podemos comprar, o mundo, esse oceano incrédulo e pacotes prontos que os outros colocam em nossas cabeças, essa coisa quadrada que a sociedade nos impõe. Isso! É o que nos destrói aos poucos e vai deixando cego os que não percebem que a pureza lhes foi roubada... Então, aquele velho homem do manto aparece em nossas mentes sem que saibamos quem ele é, mesmo tendo a certeza que de o conhecemos muito bem. E quando o dia chegar espero que consigas entender que ele é o reflexo do que o espelho mostra, o que restou do seu eu interior...
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
"Continua sentado que ainda não termino..."
Loucuras do Dia-a-Dia
Parte 5
Abracei-a como sempre fiz desde pequeno quando procurava seu colo e logo me sentei.
- O que vamos comer mãe?
- Fico feliz por podermos almoçar juntos filho, fazia algum tempo que não saiamos...
- Realmente, é que as coisas andam complicadas na empresa e.. - fui interrompido como o habitual.
- Eu sabia que tu iria crescer na empresa não disse?
- É, tu tinha razão...
Logo fizemos nosso pedido e durante todo o almoço conversamos sobre o futuro, sobre quando eu tinha apenas dezoito anos e sonhava com o dia em que iria morar sozinho, ter meu próprio carro e etc. Mas quando estávamos terminando de comer ela me fez uma pergunta que jamais iria imaginar ouvir:
- Ainda gosta dela não é mesmo? Tu não consegue esconder nada de mim. - E seus olhos pareciam penetrar no intimo de minha mente e ver a verdade por si mesmos.
- Não adianta te dizer que não, então sim... - Admiti olhando para longe como se o pensamento decolasse para um lugar muito além dali.
- E é hoje não é mesmo? - Quando ouvi essas palavras daí sim que me surpreendi, afinal, como ela sabia disso!? - Não precisa nem responder, só pela sua cara posso ver que é... Bem acontece filho, e se te conheço bem tu vai ir, então boa sorte lá. Qualquer coisa estarei sempre contigo, ok?
Concordei com a cabeça e nós saímos juntos do restaurante. Eram quase que três horas da tarde, o dia tivera passado rápido e o frio intensificado. Acompanhei-a até o carro e nos despedimos com o compromisso de fazermos isso mais vezes, então entrei no carro e meus olhos vislumbraram uma mensagem no celular. Um tanto quanto estranho, porque não tivera ouvido nada no almoço e nem senti ele vibrar, mas abri a mensagem para ver o que estava escrito. Lembro-me pouco do conteúdo exato, entretanto dizia mais ou menos assim "Foooocaa! Nossa faz tempo que não te chamo assim, tu ta ocupado hoje lá pelas 16? To em porto a gente podia sai". Mesmo com a minha excelente memória não pude me lembrar de quem era o tal número, mas ainda assim respondi àquela mensagem dizendo que sim, incrívelmente eu estava livre naquela tarde, e minutos depois recebi outra mensagem para me encontrar com essa pessoa, que supostamente deveria ser uma mulher pelo jeito que escrevia, as dezesseis horas no parque germânia. Eram quinze e trinta, então ainda teria tempo de ir. Liguei o carro e me dirigi para lá na curiosidade em saber quem era...
Parte 5
Abracei-a como sempre fiz desde pequeno quando procurava seu colo e logo me sentei.
- O que vamos comer mãe?
- Fico feliz por podermos almoçar juntos filho, fazia algum tempo que não saiamos...
- Realmente, é que as coisas andam complicadas na empresa e.. - fui interrompido como o habitual.
- Eu sabia que tu iria crescer na empresa não disse?
- É, tu tinha razão...
Logo fizemos nosso pedido e durante todo o almoço conversamos sobre o futuro, sobre quando eu tinha apenas dezoito anos e sonhava com o dia em que iria morar sozinho, ter meu próprio carro e etc. Mas quando estávamos terminando de comer ela me fez uma pergunta que jamais iria imaginar ouvir:
- Ainda gosta dela não é mesmo? Tu não consegue esconder nada de mim. - E seus olhos pareciam penetrar no intimo de minha mente e ver a verdade por si mesmos.
- Não adianta te dizer que não, então sim... - Admiti olhando para longe como se o pensamento decolasse para um lugar muito além dali.
- E é hoje não é mesmo? - Quando ouvi essas palavras daí sim que me surpreendi, afinal, como ela sabia disso!? - Não precisa nem responder, só pela sua cara posso ver que é... Bem acontece filho, e se te conheço bem tu vai ir, então boa sorte lá. Qualquer coisa estarei sempre contigo, ok?
Concordei com a cabeça e nós saímos juntos do restaurante. Eram quase que três horas da tarde, o dia tivera passado rápido e o frio intensificado. Acompanhei-a até o carro e nos despedimos com o compromisso de fazermos isso mais vezes, então entrei no carro e meus olhos vislumbraram uma mensagem no celular. Um tanto quanto estranho, porque não tivera ouvido nada no almoço e nem senti ele vibrar, mas abri a mensagem para ver o que estava escrito. Lembro-me pouco do conteúdo exato, entretanto dizia mais ou menos assim "Foooocaa! Nossa faz tempo que não te chamo assim, tu ta ocupado hoje lá pelas 16? To em porto a gente podia sai". Mesmo com a minha excelente memória não pude me lembrar de quem era o tal número, mas ainda assim respondi àquela mensagem dizendo que sim, incrívelmente eu estava livre naquela tarde, e minutos depois recebi outra mensagem para me encontrar com essa pessoa, que supostamente deveria ser uma mulher pelo jeito que escrevia, as dezesseis horas no parque germânia. Eram quinze e trinta, então ainda teria tempo de ir. Liguei o carro e me dirigi para lá na curiosidade em saber quem era...
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Pelas Ondas da Vida
Os Caminhos do Deserto
Eles corriam e achavam que eu ficava para trás, mas mal sabiam eles que aquilo que viam, aquele eu lá parado era uma mera ilusão, uma miragem. Afinal eu estava tão distante que jamais poderiam me alcançar novamente. Sem perceber todos correram em círculos enquanto continuei em meu ritmo leve e sem compromisso, mas em uma tangente que andou reta na direção que hoje eles pensam seguir. Olham para trás e enxergam apenas aquilo que querem, a sua própria imaginação, isso talvez por que tenham medo de olhar para o horizonte e me ver sabendo que jamais irão conseguir me buscar. No momento em que todos eles começaram a engatinhar por essas estradas da vida, os mais espertos como eu já arriscavam ficar em pé, embora eu admita que demorei mais tempo do que eles para conseguir caminhar. E quando o fiz já pude correr, entretanto pela competição deixei com que eles não soubessem e assim achassem que estão à minha frente. Por obra do destino o tempo parou para eles quando andavam à passos largos e ligeiros, mas sempre dando com a cara no chão arenoso daquelas paisagens desertas. Não tive medo nem receio quando precisei me levantar, pois como qualquer um eu também tombei algumas vezes e já dei meus chutes no chão, ou pulei para tentar voar. Quem nunca fez, não é mesmo?
Dessas advercidades houveram várias, incontáveis na verdade, e mesmo assim nunca deixei de crer que andaríamos todos juntos em direção de algo que não sabíamos ao certo o que era, mas tínhamos a certeza de que estava lá no horizonte em algum lugar. Entretanto essa verdade não se realizou, uma vez que nossas estradas foram separadas por nossas próprias mentes e eles começaram um à um a andar em círculos. Como se fossem órbitas todos se alienaram da estrada que nos guiava e se perderam para mim no meio da tempestade de areia do deserto bem quando o Sol cruzava a linha do horizonte emanando um laranja que cansava o corpo e quase fazia com que o tempo parasse. E acho que realmente parou para alguns deles...
Bem, sei que ainda retornaram a consciência e tentaram correr mais rápido do que o vento e que a luz do Sol, por isso torço para que não percam o equilibrio e caiam. Tomará que possam olhar para o horizonte e ainda ver o meu vulto no meio do Sol laranja do fim de tarde, porque se não creio que será tarde demais para alguns deles que ficaram eternamente distântes do tão sonhado futuro que nós um dia devaniamos em ter.
Eles corriam e achavam que eu ficava para trás, mas mal sabiam eles que aquilo que viam, aquele eu lá parado era uma mera ilusão, uma miragem. Afinal eu estava tão distante que jamais poderiam me alcançar novamente. Sem perceber todos correram em círculos enquanto continuei em meu ritmo leve e sem compromisso, mas em uma tangente que andou reta na direção que hoje eles pensam seguir. Olham para trás e enxergam apenas aquilo que querem, a sua própria imaginação, isso talvez por que tenham medo de olhar para o horizonte e me ver sabendo que jamais irão conseguir me buscar. No momento em que todos eles começaram a engatinhar por essas estradas da vida, os mais espertos como eu já arriscavam ficar em pé, embora eu admita que demorei mais tempo do que eles para conseguir caminhar. E quando o fiz já pude correr, entretanto pela competição deixei com que eles não soubessem e assim achassem que estão à minha frente. Por obra do destino o tempo parou para eles quando andavam à passos largos e ligeiros, mas sempre dando com a cara no chão arenoso daquelas paisagens desertas. Não tive medo nem receio quando precisei me levantar, pois como qualquer um eu também tombei algumas vezes e já dei meus chutes no chão, ou pulei para tentar voar. Quem nunca fez, não é mesmo?
Dessas advercidades houveram várias, incontáveis na verdade, e mesmo assim nunca deixei de crer que andaríamos todos juntos em direção de algo que não sabíamos ao certo o que era, mas tínhamos a certeza de que estava lá no horizonte em algum lugar. Entretanto essa verdade não se realizou, uma vez que nossas estradas foram separadas por nossas próprias mentes e eles começaram um à um a andar em círculos. Como se fossem órbitas todos se alienaram da estrada que nos guiava e se perderam para mim no meio da tempestade de areia do deserto bem quando o Sol cruzava a linha do horizonte emanando um laranja que cansava o corpo e quase fazia com que o tempo parasse. E acho que realmente parou para alguns deles...
Bem, sei que ainda retornaram a consciência e tentaram correr mais rápido do que o vento e que a luz do Sol, por isso torço para que não percam o equilibrio e caiam. Tomará que possam olhar para o horizonte e ainda ver o meu vulto no meio do Sol laranja do fim de tarde, porque se não creio que será tarde demais para alguns deles que ficaram eternamente distântes do tão sonhado futuro que nós um dia devaniamos em ter.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
"Senta que a história continua!"
Loucuras do Dia-a-Dia
Parte 4
Do outro lado da linha uma suave voz me disse:
- Estou saindo de casa, tu já tá ai?
Imediatamente larguei minha caneta e respondi confiante:
- Não, estou saindo aqui da empresa e em dez minutos estarei lá, ok?
A resposta foi positiva e logo desliguei telefone. Arrumei alguns papeis em cima da mesa, peguei meu paletó, desliguei o notebook, peguei a pasta e sai do escritório quase que correndo. Por algum motivo bizarro não acreditava no que acontecia, porque... Nossa era bom demais, depois de tantos anos iríamos ser só nós dois de novo como tempos atrás foi, seria especial e inesquecível, pois a experiência da vida me mostrava que ela era a pessoa mais maravilhosa que já tive e tinha orgulho de ter! Passei na sala de meu sócio e avisei que estava saindo, porque tinha compromisso e afinal era sábado! Mas quando estava deixando o prédio lembrei que havia esquecido de algo em cima da mesa, algo importante que não poderia me esquecer, pois aconteceria essa noite e iria vivenciar isso uma vez na vida. Então corri para o elevador e voltei à minha sala para buscar aquele cartão roxo que havia esquecido.
Entrei no carro e o relógio já batia treze horas e quinze minutos, ou seja, para variar eu estava atrasado. Quase sem pensar voei para o restaurante afim dela não ficar braba de me esperar, mesmo que algo me dissesse que ela também iria se tardar, pois afinal eu deveria ter "puxado" isso de alguém não é mesmo? No transito só podia pensar no momento que se procederia e esquecia da sensação que tive ao acordar, até porque agora o sol brilhava forte lá fora e amenizava o frio que havia devido ao vento gélido. Ao chegar ao lugar marcado, e entrar no salão do restaurante logo a vi, a mais bonita de todas as mulheres do restaurante, ela estava a me esperar e pelo jeito tinha chegado a pouquíssimo tempo. Me dirigi até a mesa e ela me recebeu com um sorriso tão magnífico que meu peito ardeu em felicidade por tê-la convidado para aquele momento, pois ao ver seus olhos olhando para os meus tive a certeza de que ela também estava transbordando de felicidade.
Parte 4
Do outro lado da linha uma suave voz me disse:
- Estou saindo de casa, tu já tá ai?
Imediatamente larguei minha caneta e respondi confiante:
- Não, estou saindo aqui da empresa e em dez minutos estarei lá, ok?
A resposta foi positiva e logo desliguei telefone. Arrumei alguns papeis em cima da mesa, peguei meu paletó, desliguei o notebook, peguei a pasta e sai do escritório quase que correndo. Por algum motivo bizarro não acreditava no que acontecia, porque... Nossa era bom demais, depois de tantos anos iríamos ser só nós dois de novo como tempos atrás foi, seria especial e inesquecível, pois a experiência da vida me mostrava que ela era a pessoa mais maravilhosa que já tive e tinha orgulho de ter! Passei na sala de meu sócio e avisei que estava saindo, porque tinha compromisso e afinal era sábado! Mas quando estava deixando o prédio lembrei que havia esquecido de algo em cima da mesa, algo importante que não poderia me esquecer, pois aconteceria essa noite e iria vivenciar isso uma vez na vida. Então corri para o elevador e voltei à minha sala para buscar aquele cartão roxo que havia esquecido.
Entrei no carro e o relógio já batia treze horas e quinze minutos, ou seja, para variar eu estava atrasado. Quase sem pensar voei para o restaurante afim dela não ficar braba de me esperar, mesmo que algo me dissesse que ela também iria se tardar, pois afinal eu deveria ter "puxado" isso de alguém não é mesmo? No transito só podia pensar no momento que se procederia e esquecia da sensação que tive ao acordar, até porque agora o sol brilhava forte lá fora e amenizava o frio que havia devido ao vento gélido. Ao chegar ao lugar marcado, e entrar no salão do restaurante logo a vi, a mais bonita de todas as mulheres do restaurante, ela estava a me esperar e pelo jeito tinha chegado a pouquíssimo tempo. Me dirigi até a mesa e ela me recebeu com um sorriso tão magnífico que meu peito ardeu em felicidade por tê-la convidado para aquele momento, pois ao ver seus olhos olhando para os meus tive a certeza de que ela também estava transbordando de felicidade.
Pequena Pausa
Breve Momento
A sua frente chega lentamente aquele furacão, a tempestade se alastra pelos céus cinzas e vai fazendo com que o sol fique coberto por aquelas nuvens escuras. Sabemos o que irá acontecer nos segundos que irão se proceder, é inevitável não há como escapar e correr é inútil, mas nesse breve momento que ainda nos resta de lucidez, a mente borbulha pelas verdades de nossa vida. Ali me transformo no meu verdadeiro eu, algo muito além dessa casca que todos vêem, pois assumo a verdadeira face que adormecia em minha alma. Agora posso fazer isso sem o medo de me machucar. Não há perigo agora, todos estão longe o suficiente e aquelas asperas palavras não irão me tocar, nem a mim nem a vocês.
A sinfonia das árvores e dos ventos fazem com que os pensamentos viagem em direção do horizonte e nesses segundos podemos até ver os raios de sol que tocam nossos corpos. A boca treme por saber o que virá à acontecer, como se o coração fosse pular para fora do corpo e toda a nossa verdade intima fosse relevada num piscar de olhos para que todos pudessem ver. O vento domina o corpo e o envolve como em um abraço caloroso cheio de carinho, como se a vida me abraçasse e dissesse que tenho mais uma chance, mas que dessa vez precisaria ser eu mesmo e mais ninguém... Tudo isso nesse breve momento de lucidez, antes do furacão chegar...
A sua frente chega lentamente aquele furacão, a tempestade se alastra pelos céus cinzas e vai fazendo com que o sol fique coberto por aquelas nuvens escuras. Sabemos o que irá acontecer nos segundos que irão se proceder, é inevitável não há como escapar e correr é inútil, mas nesse breve momento que ainda nos resta de lucidez, a mente borbulha pelas verdades de nossa vida. Ali me transformo no meu verdadeiro eu, algo muito além dessa casca que todos vêem, pois assumo a verdadeira face que adormecia em minha alma. Agora posso fazer isso sem o medo de me machucar. Não há perigo agora, todos estão longe o suficiente e aquelas asperas palavras não irão me tocar, nem a mim nem a vocês.
A sinfonia das árvores e dos ventos fazem com que os pensamentos viagem em direção do horizonte e nesses segundos podemos até ver os raios de sol que tocam nossos corpos. A boca treme por saber o que virá à acontecer, como se o coração fosse pular para fora do corpo e toda a nossa verdade intima fosse relevada num piscar de olhos para que todos pudessem ver. O vento domina o corpo e o envolve como em um abraço caloroso cheio de carinho, como se a vida me abraçasse e dissesse que tenho mais uma chance, mas que dessa vez precisaria ser eu mesmo e mais ninguém... Tudo isso nesse breve momento de lucidez, antes do furacão chegar...
terça-feira, 24 de agosto de 2010
"Senta que lá vem mais história"
Loucuras do Dia-a-Dia
Parte 3
"- Tu tá atrasado de n... O que é isso? - Foi o que ele disse logo entrou na sala e viu aquele cartão em minhas mãos. Eu nada respondi, apenas olhei para ele e voltei meus olhos para o cartão e falei como se estivesse pensando alto.
- Depois de longos onze anos, isso finalmente veio para mim, afinal, era meu. Mas é quase inacreditável que ela tenha guardado isso por tanto tempo. - Houve silêncio no ambiente por alguns segundos até que meu amigo comentou.
- É hoje, não é mesmo? - indagou se aproximando da mesa para ver melhor o que eu segurava, mas parecia já saber o que era aquele pedaço de papel roxo.
- É sim... Quase me esqueci... Fico impressionado que mesmo depois da última conversa que tivemos há meses atrás, ela ainda assim tenha feito algo como isso - e balancei o cartão em minhas mãos.
- E tu vai ir?
- Creio que sim, até porque acho que ela quer realmente que eu vá. Caso contrário não teria me mandado ESSE convite... Se bem que... Se tivesse mandado qualquer outro, eu não iria e ela sabia disso. - Tive de sorrir ao completar a frase, pois realmente tinha sentindo naquilo que falava que chegava a ser cômico a esperteza daquele ato - Tu vai querer ir junto? Não acho que vai ter algum problema.
- Topo, vamo sim. Só falar da situação que lá em casa fica tudo ok. - Resumiu ele muito calmamente como o de costume.
- Então, tudo bem. Vai ser como as velhas noites em que saíamos por ai "benignando", isso vai ser bom para nós. - Ainda com o convite em mãos, eu o abri e passei os olhos pelas frases ali descritas. Eram tão novas e tão velhas para mim, afinal, tinha 11 anos de existência.
- Agora vamos trabalhas Beni. - Disse ele já saindo da minha sala.
O relógio marcava nove horas da manhã e os outros funcionários já começavam a se aprontar para continuar o serviço de sexta, e eu como um bom chefe, não poderia ficar parado enquanto eles trabalham. Deixei o convite no canto de minha mesa e comecei a fazer o que havia de pendente por hoje.
Era uma hora da tarde quando meu telefone tocou..."
Parte 3
"- Tu tá atrasado de n... O que é isso? - Foi o que ele disse logo entrou na sala e viu aquele cartão em minhas mãos. Eu nada respondi, apenas olhei para ele e voltei meus olhos para o cartão e falei como se estivesse pensando alto.
- Depois de longos onze anos, isso finalmente veio para mim, afinal, era meu. Mas é quase inacreditável que ela tenha guardado isso por tanto tempo. - Houve silêncio no ambiente por alguns segundos até que meu amigo comentou.
- É hoje, não é mesmo? - indagou se aproximando da mesa para ver melhor o que eu segurava, mas parecia já saber o que era aquele pedaço de papel roxo.
- É sim... Quase me esqueci... Fico impressionado que mesmo depois da última conversa que tivemos há meses atrás, ela ainda assim tenha feito algo como isso - e balancei o cartão em minhas mãos.
- E tu vai ir?
- Creio que sim, até porque acho que ela quer realmente que eu vá. Caso contrário não teria me mandado ESSE convite... Se bem que... Se tivesse mandado qualquer outro, eu não iria e ela sabia disso. - Tive de sorrir ao completar a frase, pois realmente tinha sentindo naquilo que falava que chegava a ser cômico a esperteza daquele ato - Tu vai querer ir junto? Não acho que vai ter algum problema.
- Topo, vamo sim. Só falar da situação que lá em casa fica tudo ok. - Resumiu ele muito calmamente como o de costume.
- Então, tudo bem. Vai ser como as velhas noites em que saíamos por ai "benignando", isso vai ser bom para nós. - Ainda com o convite em mãos, eu o abri e passei os olhos pelas frases ali descritas. Eram tão novas e tão velhas para mim, afinal, tinha 11 anos de existência.
- Agora vamos trabalhas Beni. - Disse ele já saindo da minha sala.
O relógio marcava nove horas da manhã e os outros funcionários já começavam a se aprontar para continuar o serviço de sexta, e eu como um bom chefe, não poderia ficar parado enquanto eles trabalham. Deixei o convite no canto de minha mesa e comecei a fazer o que havia de pendente por hoje.
Era uma hora da tarde quando meu telefone tocou..."
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
"Senta que lá vem história amigo!"
Loucuras do Dia-a-Dia
Parte 2
"Enquanto estava parado ali no sinal, quase dormindo ao volante, pois aquilo não ficava verde nunca, a música da rádio mudou e começou uma melodia que me era muito familiar e que há anos não ouvia. O tom da guitarra de introdução fez com que sentisse o arrepio de lembrar qual música que era. O semáforo abriu e arranquei o carro lentamente, afinal era só eu na rua naquele sábado pela manhã, justo afinal. As ruas totalmente vazias e aquela música antiga tocando na rádio, realmente tinha algo de estranho naquela manhã e infelizmente na hora não consegui saber o que era, mas podia sentir que algo grande iria acontecer.
Cheguei na empresa eram 8 horas da manhã e o friozinho da manhã do início da primavera ainda imperava no ar. Por algum motivo a música ficara em minha mente e lembranças da adolescência começaram a pipocar no cérebro como se esse fosse um microondas na potência máxima. As sombras da primeira década do século começaram a vir em minha mente como um filme de antigas fotos desbotadas, afinal mesmo sendo memórias elas todas estavam no fundo do baú de meu eu. Abri a porta da empresa e me dirigi até minha sala, e como de costume não havia quase ninguém lá, além do pessoal que iniciava suas horas extras, cumprimentei à todos e subi para meu escritório.
Olhei para mesa e vi ali algo que não estava na sexta quando sai, um cartão roxo de forma retangular, apanhei-o nas mãos e logo o reconheci. Larguei o paletó no braço da cadeira para abrir o cartão e foi então que ele entrou na sala..."
Parte 2
"Enquanto estava parado ali no sinal, quase dormindo ao volante, pois aquilo não ficava verde nunca, a música da rádio mudou e começou uma melodia que me era muito familiar e que há anos não ouvia. O tom da guitarra de introdução fez com que sentisse o arrepio de lembrar qual música que era. O semáforo abriu e arranquei o carro lentamente, afinal era só eu na rua naquele sábado pela manhã, justo afinal. As ruas totalmente vazias e aquela música antiga tocando na rádio, realmente tinha algo de estranho naquela manhã e infelizmente na hora não consegui saber o que era, mas podia sentir que algo grande iria acontecer.
Cheguei na empresa eram 8 horas da manhã e o friozinho da manhã do início da primavera ainda imperava no ar. Por algum motivo a música ficara em minha mente e lembranças da adolescência começaram a pipocar no cérebro como se esse fosse um microondas na potência máxima. As sombras da primeira década do século começaram a vir em minha mente como um filme de antigas fotos desbotadas, afinal mesmo sendo memórias elas todas estavam no fundo do baú de meu eu. Abri a porta da empresa e me dirigi até minha sala, e como de costume não havia quase ninguém lá, além do pessoal que iniciava suas horas extras, cumprimentei à todos e subi para meu escritório.
Olhei para mesa e vi ali algo que não estava na sexta quando sai, um cartão roxo de forma retangular, apanhei-o nas mãos e logo o reconheci. Larguei o paletó no braço da cadeira para abrir o cartão e foi então que ele entrou na sala..."
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
"Senta que lá vem história"
Loucuras do Dia-a-Dia
parte 1
E foi naquele dia depois que acordei que tudo começou. O sol brilhava lá fora e o azul do céu me convidava para sair, e sentir o dia bonito que se iniciava. Entretanto meu rosto inchado e os olhos cerrados não me davam muito humor para sorrir naquela amanhã, afinal fazia 8ºC lá fora, e eram 7 horas da manhã, impossível você querer sair e sorrir para o mundo. Algo havia acontecido no mundo e eu ainda não sabia o que era, estava curioso portanto, e creio que faria de tudo para descobrir o que era senão não conseguiria acalmar aquela curiosidade. Hoje eu vejo o quão burro fui ao querer adiantar o que o futuro já tinha a mim reservado, e não era nada bom...
Ao tomar café senti como se os raios do sol entrassem cinzas na janela da cozinha e por um momento eu olhei para atrás, e obviamente não havia nada ali além da própria janela. Era como se algo tivesse me dito que iria chover, mas convenhamos com aquele sol, e nenhuma nuvem no céu, era impossível! Entretanto quando me levantei da cadeira uma frase passou em meus pensamentos "No dia em que o sol perdeu seu brilho e lhe tomaram os ventos, tudo parou". Foi como se alguém tivesse colocado ela em meus pensamentos agitados que se preocupavam para não se atrasar para o trabalho. Mesmo assim, segui meu dia e entrei no carro para mais uma vez trabalhar, mas no caminho quando parei no semáforo...
parte 1
E foi naquele dia depois que acordei que tudo começou. O sol brilhava lá fora e o azul do céu me convidava para sair, e sentir o dia bonito que se iniciava. Entretanto meu rosto inchado e os olhos cerrados não me davam muito humor para sorrir naquela amanhã, afinal fazia 8ºC lá fora, e eram 7 horas da manhã, impossível você querer sair e sorrir para o mundo. Algo havia acontecido no mundo e eu ainda não sabia o que era, estava curioso portanto, e creio que faria de tudo para descobrir o que era senão não conseguiria acalmar aquela curiosidade. Hoje eu vejo o quão burro fui ao querer adiantar o que o futuro já tinha a mim reservado, e não era nada bom...
Ao tomar café senti como se os raios do sol entrassem cinzas na janela da cozinha e por um momento eu olhei para atrás, e obviamente não havia nada ali além da própria janela. Era como se algo tivesse me dito que iria chover, mas convenhamos com aquele sol, e nenhuma nuvem no céu, era impossível! Entretanto quando me levantei da cadeira uma frase passou em meus pensamentos "No dia em que o sol perdeu seu brilho e lhe tomaram os ventos, tudo parou". Foi como se alguém tivesse colocado ela em meus pensamentos agitados que se preocupavam para não se atrasar para o trabalho. Mesmo assim, segui meu dia e entrei no carro para mais uma vez trabalhar, mas no caminho quando parei no semáforo...
domingo, 15 de agosto de 2010
O Dia de Amanhã
Desabafo 1/2
Queria eu conseguir ser 100% verdadeiro e não ter de me esconder atrás dessas máscaras que todos usam. Aqui e ali, existe de tudo! Os sorrisos falsos vão lhe enganar e você ainda vai perceber que se meteu em um beco sem saída. A rua da vida não tem limite de velocidade, mas eu não andaria muito rápido, pois o combustível para correr é imensurável. As luzes que vivem na noite vão te fascinar, podes ter certeza, mas não se deixe levar pela beleza do improvável, as coisas nem sempre são o que parecem ser, ainda mais nesse grande baile à fantasia que o mundo é. Não posso falar as verdades que estão entaladas na garganta assim como tu não podes gritar aquilo que seu peito manda, o que guarda para si em noites frias de julho. Eu não sei de mais nada afinal. Da época em que eu era sábio, conseguia ser o rei, entretanto hoje tudo é tão rápido e as meias verdades pairam pelo ar, passando por mim como passárinhos dançarinos e ainda efeitando um mundo totalmente colorido e sem nexo algum. O senso do ridiculo se perdeu nos tempos dos meus país, pois a geração que ai está não tem futuro, não consigo ver futuro. Um dia ainda poderei falar o que me vem na boca do peito sem que a mente barre ou censure qualquer coisa! Um dia todos serão verdadeiros, um dia... Um dia...
Queria eu conseguir ser 100% verdadeiro e não ter de me esconder atrás dessas máscaras que todos usam. Aqui e ali, existe de tudo! Os sorrisos falsos vão lhe enganar e você ainda vai perceber que se meteu em um beco sem saída. A rua da vida não tem limite de velocidade, mas eu não andaria muito rápido, pois o combustível para correr é imensurável. As luzes que vivem na noite vão te fascinar, podes ter certeza, mas não se deixe levar pela beleza do improvável, as coisas nem sempre são o que parecem ser, ainda mais nesse grande baile à fantasia que o mundo é. Não posso falar as verdades que estão entaladas na garganta assim como tu não podes gritar aquilo que seu peito manda, o que guarda para si em noites frias de julho. Eu não sei de mais nada afinal. Da época em que eu era sábio, conseguia ser o rei, entretanto hoje tudo é tão rápido e as meias verdades pairam pelo ar, passando por mim como passárinhos dançarinos e ainda efeitando um mundo totalmente colorido e sem nexo algum. O senso do ridiculo se perdeu nos tempos dos meus país, pois a geração que ai está não tem futuro, não consigo ver futuro. Um dia ainda poderei falar o que me vem na boca do peito sem que a mente barre ou censure qualquer coisa! Um dia todos serão verdadeiros, um dia... Um dia...
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Memórias da Verdade
Novo projeto!! Acompanhe no blog http://memoriasdaverdade.blogspot.com/
Abaixo, o primeiro post do meu ponto de vista da história!
Dia I
"-Quase na hora de bater o sinal... Mal posso esperar pra sair dessa sala de aula, isso aqui tá um porre. Não aguento mais aula por hoje, mas o pior é que tenho aula até o meio-dia ainda, droga! Bem... Pelo menos quando bater o sinal eu... - pensava aquele garoto quase que atirado em sua classe, com o olhar distante fixado em algum ponto do quadro-negro para que o professor achasse que ele prestava atenção.
- Lucas! Vem, vamo desce. - Disse o garoto ao seu lado.
O chamado era a deixa que ele queria pra simplesmente se levantar e sair, e foi o que fez. -Foda-se o intervalo-. Simplesmente se levantou, atravessou a sala e saiu, mas uma reação inesperada aconteceu; todos os seus colegas também saíam, como se pudesse pegar e simplesmente sair da sala enquanto a aula ainda acontecia.
O corretor estava vazio como o de costume, afinal todos estavam na aula pensou ele. As escadas centrais nunca tinham sido tão grandes, pois suas pernas ficaram pesadas parecendo que ele tivera corrido o dia todo, estranho. Quando finalmente alcançou o segundo andar, todos saíram de suas salas e o corredor virou uma baderna sem tamanho. "Será que ela está aqui? Será? Mas eu não a acho... De repente já desceu; é já deve ter descido." Tudo estava acontecendo tão rápido, todos passavam por ele tão rápido e suas pernas cada vez mais pesadas, mal tinha forças para ficar de pé. E quando finalmente conseguiu alcançar o térreo seus joelhos falharam e foi chão, entretanto estranhamente não sentiu dor ao cair. Ali do chão que ele viu que quem procurara realmente está lá, só passar a grande porta de vidro que dava acesso ao pátio e ele encontraria ela. Tentou se mover, se levantar e recompor-se, mas foi em vão, suas pernas não o obedeciam de jeito nenhum, tinha algo estranho acontecendo, tinha certeza! Então com os braços foi se movendo para conseguir cruzar a porta, ele ai chegando mais perto e mais perto, a felicidade e ansiedade pelo momento invadi-lhe o corpo e um calor confortável pulsava em seu sangue e....."
- Oh Lucas. Brother acorda ai. Sonhei com elas dinovo...
- Ahn? Que foi Gabriel? - Falei meio sonolento, afinal deviam ser apenas seis horas manhã - Tava dormindo velho, mas agora que você falou, acho que sonhei com um passado estranho, mas tenho certeza que ela estava lá também.. Enfim o que você sonhou pra me acordar tão cedo? - Bocejei e fiquei ouvindo o que ele falava, afinal, éramos só nós dois naquele sotão...
Abaixo, o primeiro post do meu ponto de vista da história!
Dia I
"-Quase na hora de bater o sinal... Mal posso esperar pra sair dessa sala de aula, isso aqui tá um porre. Não aguento mais aula por hoje, mas o pior é que tenho aula até o meio-dia ainda, droga! Bem... Pelo menos quando bater o sinal eu... - pensava aquele garoto quase que atirado em sua classe, com o olhar distante fixado em algum ponto do quadro-negro para que o professor achasse que ele prestava atenção.
- Lucas! Vem, vamo desce. - Disse o garoto ao seu lado.
O chamado era a deixa que ele queria pra simplesmente se levantar e sair, e foi o que fez. -Foda-se o intervalo-. Simplesmente se levantou, atravessou a sala e saiu, mas uma reação inesperada aconteceu; todos os seus colegas também saíam, como se pudesse pegar e simplesmente sair da sala enquanto a aula ainda acontecia.
O corretor estava vazio como o de costume, afinal todos estavam na aula pensou ele. As escadas centrais nunca tinham sido tão grandes, pois suas pernas ficaram pesadas parecendo que ele tivera corrido o dia todo, estranho. Quando finalmente alcançou o segundo andar, todos saíram de suas salas e o corredor virou uma baderna sem tamanho. "Será que ela está aqui? Será? Mas eu não a acho... De repente já desceu; é já deve ter descido." Tudo estava acontecendo tão rápido, todos passavam por ele tão rápido e suas pernas cada vez mais pesadas, mal tinha forças para ficar de pé. E quando finalmente conseguiu alcançar o térreo seus joelhos falharam e foi chão, entretanto estranhamente não sentiu dor ao cair. Ali do chão que ele viu que quem procurara realmente está lá, só passar a grande porta de vidro que dava acesso ao pátio e ele encontraria ela. Tentou se mover, se levantar e recompor-se, mas foi em vão, suas pernas não o obedeciam de jeito nenhum, tinha algo estranho acontecendo, tinha certeza! Então com os braços foi se movendo para conseguir cruzar a porta, ele ai chegando mais perto e mais perto, a felicidade e ansiedade pelo momento invadi-lhe o corpo e um calor confortável pulsava em seu sangue e....."
- Oh Lucas. Brother acorda ai. Sonhei com elas dinovo...
- Ahn? Que foi Gabriel? - Falei meio sonolento, afinal deviam ser apenas seis horas manhã - Tava dormindo velho, mas agora que você falou, acho que sonhei com um passado estranho, mas tenho certeza que ela estava lá também.. Enfim o que você sonhou pra me acordar tão cedo? - Bocejei e fiquei ouvindo o que ele falava, afinal, éramos só nós dois naquele sotão...
sábado, 31 de julho de 2010
Eles falavam e eu não queria ouvir... Então ouça agora..
Do que me Disseram
Por vezes gostaria de não acreditar nas palavras que você me disse meu amigo. Queria crer que não era verdade o que tivestes me digo há tanto tempo atrás, porque achava que o mundo poderia mudar com o passar dos anos e que nós éramos novos demais para tirar uma conclusão assim. Nós não, você. Mas não foram as primeiras palavras que não quis acreditar, longe disso. Foi apenas mais uma verdade que me contaram e eu neguei, não sei se por birra ou devaneio, entretanto eu disse "não" em minha mente, como se negasse a verdade que estava diante de meus olhos. Tinha sobre a vista uma nuvem pálida e densa que se misturava com a água da chuva e fazia com que nada eu pudesse enxergar, e com isso era assim que eu mesmo ia me cegando por não querer ver tudo isso. Você tinha razão afinal. Esse dia só me faz realmente perceber que estou sozinho e que as pessoas nas quais eu mais acreditei, simplesmente não se importam com o meu eu. Talvez por isso você odeie tanto o seu próprio dia, talvez por isso eu também deva odiar o meu. Lembro-me agora de tantas outras palavras que me disseram e eu ignorei, e que por ventura da vida ou uma oportunidade que ela me deu, pude conferir na pele que era real. Tantas verdades jogadas ao vento para que todos possam ouvir, mas ninguém quer escutar... E eu sou um dos que não quer. Prefiro crer na fantasia de um mundo bom do que encarar a realidade cruel do mundo.
Por vezes gostaria de não acreditar nas palavras que você me disse meu amigo. Queria crer que não era verdade o que tivestes me digo há tanto tempo atrás, porque achava que o mundo poderia mudar com o passar dos anos e que nós éramos novos demais para tirar uma conclusão assim. Nós não, você. Mas não foram as primeiras palavras que não quis acreditar, longe disso. Foi apenas mais uma verdade que me contaram e eu neguei, não sei se por birra ou devaneio, entretanto eu disse "não" em minha mente, como se negasse a verdade que estava diante de meus olhos. Tinha sobre a vista uma nuvem pálida e densa que se misturava com a água da chuva e fazia com que nada eu pudesse enxergar, e com isso era assim que eu mesmo ia me cegando por não querer ver tudo isso. Você tinha razão afinal. Esse dia só me faz realmente perceber que estou sozinho e que as pessoas nas quais eu mais acreditei, simplesmente não se importam com o meu eu. Talvez por isso você odeie tanto o seu próprio dia, talvez por isso eu também deva odiar o meu. Lembro-me agora de tantas outras palavras que me disseram e eu ignorei, e que por ventura da vida ou uma oportunidade que ela me deu, pude conferir na pele que era real. Tantas verdades jogadas ao vento para que todos possam ouvir, mas ninguém quer escutar... E eu sou um dos que não quer. Prefiro crer na fantasia de um mundo bom do que encarar a realidade cruel do mundo.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Ouça, por favor..
Névoa Mental
"E são das besteiras, das pequenas coisas, que nascem os mais profundos lagos de sentimentos tenebrosos. É do alheio, do cotidiano saturado que provém aquilo tudo que meus olhos estão cansados de ver, pois todo o dia tenho de cumprimentar essa 'coisa' que dorme aqui em meu quarto. Ela se esconde nas sombras que os movéis fazem, e brinca comigo como uma criança de cinco anos faz com seus tios. Não tenho mais forças para brincar, ela já me cansou demais e o sol demora à nascer a cada dia, e por vezes ainda, nem com a vinda do astro-rei ela vai embora. Santa insistencia, só pode me amar! Mas... Se eu pensar bem, acho que viver sem ela seria dificil demais, até porque ela me faz companhia nesses dias frios de Julho, quando os ventos sopram mais fortes e as tempestades são mais constantes. As músicas que embalam o ambiente fazem com que uma penumbra aconchegante caia sobre o comodo que aos poucos vai escurecendo com a entrada da luz negra da noite, que mancha as paredes com as sombras que cria. A mente se perde na estrada imaginária e em uma curva do relógio se vai sem rumo e nem tempo; os trilhos do trem ficaram para trás, mas eu ainda posso sentir o vagão acelerar! Não sei o que há embaixo dele, por onde ele anda, mas vou acelerando mais e mais só para sentir aquela velocidade em meu corpo quase como se pudesse voar!
Pena que ao olhar para baixo... Vejo o que o trem destruiu e agora sei que não há mais volta para concertar aquilo que deixei para trás... Me vejo em meu quarto, bem onde estava minutos atrás antes de delirar em algo que penso ser um sonho que tive, mesmo estando de olhos abertos, ou eu acho que estava... Enfim, não importa, pois agora devo continuar a minha busca eterna pelas palavras impronunciaveis que pairam no ar de meu quarto. E é quando aquele ser que ali estava, espalhado em minha cama me diz: "Pare de tentar fugir, de tentar encontrar algo que você sabe que não vai conseguir, deixe esses sonhos bobos para trás e venha comigo que vou lhe mostrar um mundo bem melhor e que não vai machucar você". Por um momento a proposta tentadora me pareceu ótima e abri a boca para concordar, entretanto foi ai que notei a face que se escondia por de trás de seu rosto, e virei as costas para ela dizendo o que ela não gostaria de escutar: "Prefiro morrer sozinho à ter que ir à alguma lugar com você Solidão". Então me ative a segurar minhas lágrimas, pois sabia que eu havia acabado de profetizar aquilo que o destino tinha reservado para mim..."
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Ouça... Ouça... Ouça minha voz
the fallen sky
"Mais uma vez o céu despencou sobre minha cabeça. Aquela tempestade toda que ali havia, cheia de nuvens negras e ventos aterrorizadores, veio abaixo em minha direção. Senti aquele peso nas costas e meus olhos falharam por um momento, quando tudo ficou preto. Os sentidos foram todos mergulhados em água fria e cambaliei por uns dois metros antes de conseguir me apoiar em uma árvore. Aquela imensidão toda estava a minha frente, como um animal que encara a presa antes de atacá-la, e eu era a presa que a faminta imensidão do céu iria esquartejar. Pus a mão na cabeça e vi o mundo todo rodar nele mesmo, por um instante achei que fosse apagar bem ali diante de tudo aquilo, porque não tinha mais forças para continuar, não mesmo. Foi quando senti aquela mão tocando meu ombro, posso jurar que senti uma mão me tocando, mas ao olhar para o lado não vi nada, não havia nada. Estranhamente eu sentia como se houvesse, na minha mente tinha! E por algum motivo que até hoje não sei qual é, retomei minhas forças, o resto que ainda possuia, para forçar os joelhos a não dobrar-se diante do magestoso céu. Nesse momento tive medo, um medo estranho que me invadia o corpo como se no sangue circulasse um liquido gelado que fazia com que o corpo todo tremesse de um frio que não era frio. Isso me dominou em segundos e loco senti que meu rosto estava rachando... Minha máscara havia sido descoberta e com ela iria-se a minha minha barreira de proteção, depois pela o mundo poderia ver o meu intimo, o meu eu verdadeiro. E o peso do céu que caia em direção da terra ainda estava sendo sustentado pelos meus ombros..."
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Ouça a minha voz...
"Eu precisava ter mais coragem, ser mais forte sabe? Porque no fundo isso ainda me atormenta. Parece que estou preso a algo lá do passado, como uma corrente que transcende o tempo. Queria ter mais força pra poder fazer o que devo fazer, sem ter medo de nada! Até me acho uma criança quando penso em fazê-lo e o corpo hesita, a mente diz que não. Mas não tenho. Mesmo que isso me pese na consciência, mesmo saiba que preciso dar um fim definitivo para tudo isso, ainda assim tenho receio desse fim... Receio de... Eu não sei, é como se não tivesse esse medo justamente por não saber o que pode vir a seguir, porque pela primeira vez eu fico sem norte, sem opções, sem saber o que virá a seguir. Primeira vez é sempre mais difícil, entretanto fui eu quem desejou não saber o que aconteceria, fui eu quem quis isso há muito atrás. E agora não tenho a coragem necessária pra poder dar um passo adiante. Ah um dia eu ainda ei de ter aquela motivação que por vezes me invade, mas que não dura o tempo suficiente para que eu, em exatase possa terminar o que tenho que fazer... Mas um dia eu teria, ah se terei..."
sexta-feira, 23 de julho de 2010
A Lenda Lendária II
"Se dependesse dele, acho que nunca tivera saído daqui. Mas é uma pena que sua vontade não possa ser ouvida, ainda mais quando é dele que estou falando, Lucadin.[...]"
Folha 16,
O Rei Sem Reino
"[...]Não havia como não gostar dele, desde o primeiro momento que o vi, senti algo estranho por ele... Sabia que era ele, era dele que Fel havia nos falado anos atrás! A bondade que seus olhos emanavam ficou gravada em minha mente e aqueles profundos olhos azuis me facinavam de tal maneira que minhas damas chegavam a me questionar sobre o que sentia por ele. Mas não era o que aquela fofoqueiras imaginavam! Era uma admiração incrível que eu não consegui nunca explicar ao certo. As vezes até acho que senti a mesma coisa que Burmel disse que sentiu quando viu Lucadin pela primeira vez. Não era possível que não me sentisse calma e tranquila quando ele estava ao meu lado... Isso é tão confuso que chego a me perder, mas o via como se fosse o pai que eu nunca tive, um alguém o qual poderia confiar de olhos fechados que jamais iria me trair. Acho que tudo isso veio porque Fel e Fio haviam falado dele e o mandaram para nós.
Lucadin... Aos poucos conseguiu conquistar todos do palácio como se fossem seus parentes! Era estranho, pois quando mais gente se aproximava mais alegre ele ficava, odiava ter de ficar sozinho e isso eu nunca entendi muito bem porque. Afinal nunca me contou muito de seu passado, somente umas histórias loucas que ouviamos junto das crianças. Até hoje sonho com aqueles contos cheios de mágia e aventuras por lugares que nunca tivera imaginado existir! Ficava me perguntando como alguém podia ter uma memória tão boa e ter viajado tanto sendo tão novo... Tanta foi minha curiosidade que um dia não resisti e quando as crianças já tinham dormido, não resisti e pergunte para ele, na frente dos outros mesmo! "Há quanto tempo já vives nessa terra Lucadin?". Eis que recebi a resposta que jamais pensaria, pois ele sabia que se falasse a verdade nenhum de nós iria levá-lo a sério, então me disse bom sua voz terna e calma "Comecei a viver quando encontrei todos vocês, foi ai que entendi o que era viver". Sabio aquele Lucadin, terminou a frase olhando para Lena, que não se conteve e o abraçou emocionada com suas palavras. Ele era parte de nossa família, parte de nós... E somente mais tarde fomos descobrir toda a verdade sobre ele e o que escondia em seu peito.
No dia em que partiu ele prometeu a todos nós que voltaria, embora não tenha nos dito quanto, disse que voltaria. E nós como bons amigos que somos, o prometemos esperar pelo seu retorno de braços abertos, pois mesmo não sendo o seu povo, erámos sua familia e seu lar. Lilum ainda o fez prometer que viria vê-la, aquela garota por mais nova que ela fosse tinha plena noção das palavras que falara e sabia que o velho Lucadin não iria resistir e dizer não a uma pequena menina como ela. Vovô Lucadin, como ela o chamava se foi para até hoje não voltar... Creio que jamais o verei novamente, mas sei que em algum lugar ele ainda pensa em voltar para sua casa, sinto que está vivo! Perdido em algum canto do mundo, chorando em certas noites quando pensa nos anos que passamos juntos. Mas um choro não de tristesa e sim de felicidade com lágrimas doces que rolam por seu rosto assim como rolam por meu agora em meus últimos momentos. Sim meu 'pai' reservei estas últimas folhas para ti... Somente para ti. São as folhas que tu me dastes aquele primeiro dia em que você chegou ainda assustado com a 'calorosa' recepção que Lena lhe deu. Sei que podes sentir os nossos corações que chamam por ti, pois sempre conseguira falar as palavras certas tanto para mim como para Lena e acalentava-nos como se fossemos suas filhas. Ah Lucadin... Nesses meus últimos momentos gostaria de poder te ver mais uma vez... Porque sei que quando eu me for, demorará demais para que tu se junte à mim e Darlan, que me espera lá em cima... Ainda tens que fazer muita coisa meu 'pai' e por ti eu estarei sempre, sempre, esperando. Não tenho mais forças para escrever e sei que sabes das palavras que meu coração não encontra maneiras de expressar neste papel, o máximo que consigo por aqui é um simples: Amo você meu pai. Tomará que um dia possas ler isso e ver as marcas que deixastes em nós aqui em Lovena... Adeus papai, adeus Lucadin..."
Tifflen Arden, rainha de Lovena
quinta-feira, 22 de julho de 2010
A Lenda Lendária
Conto-lhes em primeira mão a Lenda Lendária de Lucadin... Ou parte dela que se reflete em minha mente nesse exato momento...
Folha 2,
Rascunho de um Retrato
"Em um tempo em que as coisas não eram como você as conhece hoje, quando ainda vivia-se nas florestas do velho continente, nesse tempo nasceu um homem, alguém que viria a se tornar uma lenda de seu tempo... Nasceu Lucadin. E nasceu como um herói deve nascer, da mais profunda tristesa que pode haver nesse mundo, pois o recem-nascido Lucadin só pode olhar para sua mãe uma única vez, antes dela perder as forças e deixá-lo no mundo. Mas ele não estaria sozinho, seu pai está vivo, pensariam os mais leigos, entretanto com as tribos atacando constantemente o pequeno vilarejo dele, seu pai se foi para nunca mais voltar daquela batalha. Então o jovem Lucadin estava realmente sozinho, e acabou sendo criado pela vida que o rodeava sem ter um lugar para o qual voltar. Uma infância um pouco difícil eu diria, mas nem assim nosso protagonista desanimou ou se desenvolveu como um garoto problemático, muito pelo contrario até! Sempre teve o sorriso no rosto e respeito pelo próximo o que se retornou sua marca sua tribo. Lucadin era um exemplo de criança a ser seguido, pois sempre pareceu ter mais idade do que realmente tinha, uma vez que sua conversa refinada e o habito de ouvir as pessoas era muito desenvolvido. Talvez até por ter de se virar sozinho desde sempre, mas isso trouxe para ele alguns aspectos um pouco ruins, como a solidão de seus mundo e a incerteza de ter seus amigos, era difícil para ele conseguir expressar tais sentimentos que guardava em seu peito. Mas era assim que era o Lucadin que conheci. Um sujeito alegre, com um coração enorme, inteligente e perceptivo como ninguém! E um mestre na caça! Habilidades raras hoje em dia, afinal, ou você caça ou você pensa, e Lucadin conseguia fazer magestrosamente ambas coisas o que me deixava estupefada. Grande homem aquele Lucadin.
Mas nunca mais ouvi falar dele desde que foi embora daqui de Lovena, suas histórias certamente ecoaram nos anos que passarem e seu nome sempre será reverenciado por sua nobreza. Alias, não conheci Lucadin desde a infancia não! Só sei o que ele me confessou uma vez, quando contava uma de suas histórias, afinal como tinha histórias aquele rapaz. Até hoje não sei se o que ele contava vinha de sua imaginação ou eram histórias reais mesmo. Me pareciam tão... Mágicas... Enfim, não sei, mas gosto de acreditar que eram reais, porque não consigo pensar que ele tenha mentido para todos nós! Não sei bem de onde Lucadin veio, porque veio e como veio, mas minha mãe sempre o tratou bem, assim como meu pai, então não vejo motivos para perguntar coisas que talvez seja melhor eu não saber. E também de nada me importa, pois isso nada mudaria! Ele será para mim sempre como um tio distante, no qual sempre poderei ajudar e contar com sua ajuda, foi o que ele me disse. E mesmo sabendo que ele era diferente de nós, eu acreditei. Era uma criança ainda e jamais me esqueceria daquela cena quando ele partiu e me disse tais palavras, minha mãe chorou e meu pai lhe entregou sua espada. Entretanto foi uma partida discreta para o restante do, por assim dizer, reino. Nada oficial, Lucadin não queria grandes manifestações ou uma choradeira em massa, ele apenas 'tinha' de ir, e disse para nós que se pudesse realmente ficaria! Entretanto algo lhe mostrou que seu lugar não era ali e precisava partir para continuar sua viagem, mas prometeu voltar! Ainda espero pelo dia em que o verei caminhando em nossa direção... Grande pequeno Lucadin... "
Lilum Ikel Warfild
quarta-feira, 21 de julho de 2010
By The Way II
I tried to see, I tried to find, I tried...
O Garoto de Lá
O mundo todo lá fora se agita e move como uma máquina louca que não para nunca. Tudo está funcionando perfeitamente, assim eu posso me deitar e relaxar. Aguentar esses problemas todos os dias não tem sido fácil, afinal não tenho mais descanso... Gostaria eu de ser aquele menino que tanto observo daqui de minha casa, ele é tão simples e tão despreocupado que me dá inveja. E por mais que ele esteja lá, ele com ele e mais ninguém, tão solitário em seu quarto eu sinto como se o mundo todo estivesse em suas mãos. O que é um tanto engraçado, até porque creio que não há mais ninguém a observá-lo, além de mim mesmo... Mas ele me parece tão superior, tão alheio a tudo o que o rodeia e aprecio muito isso, a capacidade de se abstrair.
Não entendo como ele pode ser tão só, sendo o garoto que é. O observo todo o dia e quase a todo o momento, pelo menos quando tenho algum tempo, pois algo nele realmente me chama atenção. É como se me reconhecesse nele, um eu de anos há atrás que estava como ele perdido no mundo sem um norte certo ou objetivo a alcançar. Até por isso que acho que ele possuí o mundo em suas mãos, afinal eu possuía e não tinha idéia disso. Vejo que esse mundo dele vai aos poucos avançando nas garras da escuridão, que o seduz aos poucos... Sinceramente espero que um dia ele possa se livrar delas e saia da realidade do seu quarto. Pois daqui posso ver o mundo que o espera, o mundo que ele tem para conquistar..
O Garoto de Lá
O mundo todo lá fora se agita e move como uma máquina louca que não para nunca. Tudo está funcionando perfeitamente, assim eu posso me deitar e relaxar. Aguentar esses problemas todos os dias não tem sido fácil, afinal não tenho mais descanso... Gostaria eu de ser aquele menino que tanto observo daqui de minha casa, ele é tão simples e tão despreocupado que me dá inveja. E por mais que ele esteja lá, ele com ele e mais ninguém, tão solitário em seu quarto eu sinto como se o mundo todo estivesse em suas mãos. O que é um tanto engraçado, até porque creio que não há mais ninguém a observá-lo, além de mim mesmo... Mas ele me parece tão superior, tão alheio a tudo o que o rodeia e aprecio muito isso, a capacidade de se abstrair.
Não entendo como ele pode ser tão só, sendo o garoto que é. O observo todo o dia e quase a todo o momento, pelo menos quando tenho algum tempo, pois algo nele realmente me chama atenção. É como se me reconhecesse nele, um eu de anos há atrás que estava como ele perdido no mundo sem um norte certo ou objetivo a alcançar. Até por isso que acho que ele possuí o mundo em suas mãos, afinal eu possuía e não tinha idéia disso. Vejo que esse mundo dele vai aos poucos avançando nas garras da escuridão, que o seduz aos poucos... Sinceramente espero que um dia ele possa se livrar delas e saia da realidade do seu quarto. Pois daqui posso ver o mundo que o espera, o mundo que ele tem para conquistar..
By the way
By the way
A Praia
Vi o futuro se transformar em passado bem à frente de meus olhos, tanto que eles secaram repentinamente e meu eu se perdeu ao tentar ser. A mare estava baixa e as ondas estouravam tão tranquilamente que não percebi o tempo passar como deveria de ser. A brisa maritma alisava meu rosto com tanto carinho que me sentia novamente no colo de minha mãe, ah como eram bons aqueles tempos... Apenas a música, minha inocencia e a praia vazia. Depois de tudo o que fiz não sei como ainda tenho coragem de voltar para cá, de olhar para algo que reneguei, que gritei aos céus que não queria mais, como posso ser tão assim... sujo... Mas eu consegui mentir bem até, todos sempre acreditaram que eu era feliz e nenhum deles jamais viu uma lágrima sequer sair de minha paltebras. Fiz tudo isso sem nem ao menos uma vez olhar para trás, e quando essas memórias me veem à mente sinto tamanha vergonha que a única vontade é de simplesmente desaparecer daqui. Ver algo além daquela névoa seria difícil demais para olhos comuns, mas os meus eram como fárois à noite em uma estrada, pois podia ver aquilo tudo que as pessoas não falam e nem sabiam. Com isso vinha a sensação de já ter vivido diversas situações o que fazia com que me confundisse e não conseguisse distinguir entre lembranças e devaneios. Entretanto eu estava ali novamente, onde tudo quase começou, o inicio daquele fim que eu ainda estava por conhecer. Ali, na minha frente.
O vento já soprava um pouco mais forte no fim da tarde e as ondas começavam a estourar com violencias nas pedras da encosta. Se fosse a primeira vez que eu estivesse ali, com certeza estranharia ver o céu nesse laranja quase rosa que abraçava o azul e tocava as águas lá trás no horizonte. Mas meu olhar estava tão longe dali que não me ative a essas belezas da natureza, pois eu viaja muito além do horizonte que o mar podia me mostrar. Era incrível demais aquele momento, por mais nostáugico que fosse, era demais! Internamente estava revivendo tudo o que me levou até ali e essas lembranças todas conseguiram me arrancar um sorriso modesto, quase que um riso, porque tinha me dado conta de todas as besteiras e peripécias que fiz. Nada que não me orgulhasse, mas algumas simplesmente tinha vergonha de lembrar. A brisa do mar banhava meus cabelos e ofuscava minha visão, fazendo com que eu realmente me sentisse um garoto à beira do mar, sentia até a areia fina nos meus meus pés descalços, tal como quando era uma criança. Era tudo tão natural que chegava a me assustar. Até então eu vivera sempre naquelas fortalezas de concreto e tinha me esquecido de como era bom se sentir em casa, se sentir querido. Porque afinal era assim que o vento da praia e o mar me recebiam de volta, eu estava de volta ao lugar no qual jamais tivera de ter saído. Mas dessa vez era diferente, pois meus olhos repousavam sobre algo que antes não estava ali, tenho certeza que não!
Eu teria percebido se estivesse aqui esse tempo todo, com certeza eu teria notado a presença desses olhos castanhos como a tempestade que repousavam nos meus e aquele sorriso que acalmava minha alma... Teria percebido...
Assinar:
Postagens (Atom)