Não cheguei a reler ele, para saber se existe algum elemento pessoal, mas... E dai?! XD
Ai vai ele:
When The Night Comes
Quando a noite chega, fico sozinho em meu quarto deitado e a espera de algum milagre, a espera do momento que sei que não virá. A mente se vai em meio a pensamentos fundidos a sonhos, as expectativas são das mais diversas, ilusões para um futuro tanto à longo prazo como a curto; a noite que o telefone noite, o dia dos dez anos, o aniversário especial, um momento de paz, o reencontro de raiva, o olhar, o entendimento e... O pedido de desculpas... Dentre tudo isso está apenas uma criança a observar as cinzas. Ela está agachada ali e seu olhar para aquilo é tão profundo e concentrado... Uma criança em meio a esse temível cenário, deixada ali por alguém, um erro do passado. As cinzas? Não sei por que ele as observa, mas esse é um lugar que por algum motivo aleatório tenho sempre a vontade de voltar. Não sei, me sinto bem aqui. Embora não entenda por que...
Abro os olhos e vejo o mesmo teto de sempre. Sim, um teto familiar. Vejo que as horas ainda não passaram e que o céu não está totalmente escuro, aquela maldita penumbra que me persegue há anos. Não consigo ver as estrelas esta noite, é tão estranho, pois... Estou sozinho, e desta vez realmente sozinho, não há ninguém aqui, só eu e eu mesmo. Um tempo para refletir. Levanto-me calmamente da cama e arrisco olhar o monitor, que por causa do tempo sem uso se desligou, não há ninguém, ninguém que me faça sorrir, que faça o coração bater mais forte, ninguém que possa vir aqui agora e dizer "não se preocupe, estou aqui contigo".
Olho para a janela e vejo que ainda não trocaram à lâmpada do poste, pois é, está escuro aqui, sempre foi. No interior sempre foi, escuro e frio, mas eu gosto. Posso por um casaco e sair para caminhar à noite só para sentir o vento lunar. Viajo olhando para o céu nesta noite, e um pensamento me vem à mente... "É tudo sempre igual, nada diferente. As respostas são sempre as mesmas, as perguntas também, até as atitudes são as mesmas, os anos passam e tudo está igual. As pessoas não evoluem... Quando isso irá mudar?" O vento sopra em meu rosto, gosto de senti-lo, aquilo me faz bem, o cantarolar dos grilos, ou sei lá o que seja, dá um tom de mato para o cenário, e neste clima me lembro da infância no sitio. Num sábado há essa hora estaríamos voltando de lá. Bons tempos quando eu não sabia que sabia das coisas da vida. Afinal, eu sempre soube...
De repente sou interrompido, o telefone toca, vou rapidamente atende-lo. Minha tia, avisando que meu avô trocou de quarto... Mas estou sozinho, e não sou o alvo da informação. Volto ao meu quarto, olhou para o monitor, algumas janelas no msn fazem a barra piscar, não quero falar com ninguém, eles não vão resolver meus problemas e nem podem me ajudar agora, não quero ajuda, estou bem afinal. Com o telefone voltei à realidade, mas ainda assim vou para janela. Eu realmente talvez não saiba o que era aquilo e porque ainda me puxa, quero negá-lo, não me faz tanta importância, só que alguma coisa ainda me leva para aquele lugar... Não tem mais jeito, não sei como terminar o texto, por isso fecho o caderno do jeito que está e novamente me deito na cama, mas desta vez, para dormir... Alguém um dia irá me acordar...
Um comentário:
Fala aew foca!!
um kadin grande, mas ta maneiro o texto!!
Mas é isso aew!!!
Abração!
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