sexta-feira, 2 de julho de 2010

Palavras Internas

Agradeço à quem deixou um comentário ali no outro texto, mas vale lembrar que os textos são histórias aleatórias e não algo que realmente esteja passando em minha vida... (ou não)... E crer em Deus é muito relativo. Mas obrigado por ler e comentar ;D


A Realidade que Não é Vista


Às vezes vejo coisas que não existem, outras me aparecem pensamentos que não fazem sentido nenhum e dentre o tempo dessas coisas acontecerem sinto o que não deveria sentir, um sentimento estranho que corrompe o próprio ser e quebra o silencio absoluto da alma com um urro de dor. As paredes de concreto vibram ao som do que não tem medida, assim se desmanchando como se fosse feitas de papel machê. Estranho e poético. Faz-me viajar dentro de um mundo que a escuridão domina como se fosse um véu negro que foi posto no mundo, mas posso ver as brilhantes estrelas no meu horizonte assim como se eu estivesse no meio da galáxia, e aquele silencio majestoso toma conta de todo o ambiente que perde o peso da atmosfera e me faz flutuar. As luzes da vida passam rápido por mim e me envolvem para mostrar o que há no além, algo que é mais profundo que a realidade e mais belo do que a pureza da natureza. Como se fosse um amigo sem face, mas que pode sentir o mesmo que eu, que vê as mesmas coisas que eu e me entende perfeitamente como ninguém. Meu velho amigo que vem me visitar no crepúsculo de cada dia, hoje se perde no véu da noite e o vento o guia até mim. Uma alegre companhia triste que faz com que o sorriso mais forçado seja esboçado no rosto molhado pelo vento que sopra vindo da lua. É como se tivesse sido transportado para um outro lugar além do aqui e agora, onde o tempo passa mais devagar, todos enxergam o que só eu vejo e onde há uma beleza estranha no ar. A atmosfera é mais densa e acolhedora como um fim de tarde que venta forte e trás o aroma da água que estoura lá embaixo nas pedras do velho forte que aqui jaz. Lindo como um dia de outono e gelado como o mais belo inverno, esse é o lugar no qual eu pertenço e posso ir quando ninguém mais consegue me dar a mão... Pois eles não conseguem ver as asas que nós todos temos porque a vida as arranca facilmente e faz com que você não acredite mais no destino que se impõe a sua frente, nu e cru como deve ser. Entretanto meu transe tem sempre um fim, e acabo por acordar pela manhã com o sol batendo em meu rosto e o rádio tocando aquela música que diz “Hello darkness my old friend, I come here to talk you again...” um lindo som do silencio da alma que reside no peito de cada um e me faz fechar os olhos mais uma vez...

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